A alta-comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, manifestou nesta quinta-feira preocupação com os relatos sobre a pressão exercida contra empresas privadas para suspenderem serviços financeiros ou de Internet ao site WikiLeaks.
Pillay disse que, vistas em conjunto, as medidas podem ser interpretadas como uma tentativa de evitar que o WikiLeaks faça suas revelações, o que é uma violação da liberdade de expressão.
Embora não esteja claro quem está por trás dos ataques e contra-ataques digitais, eles geraram preocupações sobre a necessidade de que os países protejam o direito ao livre compartilhamento de informações, conforme prevê o direito internacional, disse a jurista sul-africana.
"Estou preocupado com os relatos sobre a pressão sendo exercida sobre empresas privadas, inclusive bancos, empresas de cartões de crédito e provedores de Internet, para fecharem as linhas de crédito pra donativos ao WikiLeaks, bem como pararem de hospedar o site", disse ela a jornalistas.
"Se o WikiLeaks cometeu algum ato ilegal reconhecível, isso precisa ser tratado por meio do sistema judicial, e não por meio de pressão e intimidação, inclusive contra terceiros."
O WikiLeaks irritou os EUA e outras autoridades ao começar a divulgar detalhes sobre 250 mil comunicações diplomáticas confidenciais norte-americanas.
"O caso desperta questões complexas de direitos humanos a respeito do equilíbrio entre liberdade de informação, o direito das pessoas a saberem, e a necessidade de proteger a segurança nacional ou a ordem pública. Esse equilíbrio é difícil."
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4836209-EI294,00-Comissaria+de+Direitos+da+ONU+critica+pressao+sobre+WikiLeaks.html
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
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