O St. Josephs Hospital já recebeu este ano 40.000 pacientes
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Um hospital norte-americano em Phoenix perdeu a sua ligação à Igreja Católica por ter realizado um aborto que salvou a vida da mãe. O bispo católico Thomas Olmsted considerou que a realização do aborto a uma mulher que estava grávida de 11 semanas foi moralmente errada.
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O St. Joseph Hospital em Phoenix deixou assim de ser considerado uma instituição católica, anunciou o bispo de Phoenix, citado pelo diário britânico "Guardian". O estabelecimento hospitalar foi fundado há 115 anos por freiras católicas.
O aborto foi realizado em Novembro de 2009 a uma mulher de cerca de 20 anos a quem foi diagnosticada uma elevada pressão arterial que não tinha sido detectada antes da gravidez. Vários exames demonstraram que o estado de saúde se deteriorou de forma significativa durante as primeiras semanas de gestação. Órgãos vitais como o coração e os pulmões estavam a ser afectados e os médicos consideraram que a vida da paciente estava em risco, adiantou o "Guardian". A equipa de médicos chegou mesmo a informá-la que o risco de morte se aproximava dos 100 por cento se avançasse com a gravidez.
Depois de ouvida a paciente e a família, os médicos decidiram interromper a gestação. A directora do hospital, Linda Hunt, defendeu que a decisão “foi consistente com os valores da dignidade e da justiça”. E adiantou: “Se estamos perante uma situação em que a gravidez ameaça a vida de uma mulher, a nossa prioridade é salvar os dois. Mas se isso não for possível iremos sempre salvar a vida que podemos salvar, e foi isso que fizemos neste caso.”
O bispo Olmsted discordou desta posição. Consultou o comité de doutrina da conferência norte-americana de bispos católicos, que faz uma distinção entre abortos directos que nunca são justificáveis e abortos indirectos que acontecem acidentalmente no decorrer de procedimentos médicos para salvar a vida da mãe, e foi considerado que a situação em causa se tratara de um aborto directo, adiantou o "Guardian".
“O bebé estava saudável e não havia problemas com a gravidez. No entanto, a mãe tinha uma doença que precisava de ser tratada. Mas em vez de tratar a doença, o St. Joseph decidiu que o bebé saudável de 11 semanas deveria ser morto directamente. Isso é contrário aos ensinamentos da Igreja”, disse Olmsted, citado pelo diário britânico.
O St. Joseph Hospital tem 697 camas e uma equipa de 5000 pessoas. Este ano já admitiu cerca de 4000 pacientes, é especialmente reconhecido pelos seus departamentos dedicados à doença de Parkinson e de neurocirurgia e habitualmente é classificado como um dos 10 melhores hospitais norte-americanos.
Como não é financiado pela Igreja católica, o hospital continuará a funcionar normalmente, adiantou o "Guardian". Mas deixará de haver actos religiosos neste estabelecimento de saúde.
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http://www.publico.pt/Mundo/igreja-catolica-desligase-de-hospital-dos-eua-por-aborto-que-salvou-uma-mulher_1472180
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