Pôster do filme “Criação” (Creation) - baseado no livro “Annie’s Box”, escrito por Randal Reynes, tataraneto de Charles Darwin, o criador da teoria da evolução.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Facebook ganha R$ 10,5 por usuário; R$ 3,6 com grupo do Brasil

O Facebook teve uma receita de US$ 1,81 (cerca de R$ 3,65), em média, com cada usuário brasileiro - e de outros países do mesmo grupo - no ano passado. A cifra faz parte de dados financeiros apresentados pela rede social nessa quarta-feira. Mundialmente, cada um dos 1 bilhão de cadastrados rendeu ao site US$ 5,32 (cerca de R$ 10,50) Em seu relatório financeiro, a empresa dividiu o planeta quatro partes: Estados Unidos e Canadá, Europa, Ásia e o "Resto do mundo" - onde encontram-se o Brasil e outros países não especificados pelo site. No grupo mais rentável - dos EUA e Canadá - a média é de US$ 13,58 por usuário. Em segundo vem a Europa, US$ 5,91, seguida por Ásia, US$ 2,35. O Brasil está entre os países em que o Facebook ganha 65% menos que a média mundial, apesar de estar entre os cinco países com o maior número de usuários, e ser um dos locais em que a rede tem um escritório próprio. Segundo o Facebook, para chegar nos números da receita por usuário, foram usados dados com base numa estimativa da localização dos cadastrados quando desempenham alguma atividade que gere renda para o site - como acessar anúncios ou pagar por serviços de promoção de posts, por exemplo. Os dados foram divulgados no relatório financeiro do quarto trimestre de 2012. No período, com crescimento de 40% na receita, chegando a US$ 1,585 bilhão, a maior rede social do mundo registrou lucro líquido de US$ 64 milhões no quarto trimestre, ou US$ 0,03 por ação. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o resultado é menor. A empresa chegou a US$ 302 milhões, ou US$ 0,14 por ação, entre outubro e dezembro de 2011. Ainda assim, o resultado foi considerado bom por analistas. . http://tecnologia.terra.com.br/internet/facebook-ganha-r-1050-por-usuario-em-2012-r-36-com-brasileiros,cc0598fac309c310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Não somos parentes !!!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Quem descobriu a América????????

História Ilustrada Curtir esta página · há 29 minutos Admitindo o equívoco dialético de se dizer que a a América foi "descoberta" por povos diferentes de seus nativos indígenas, ainda há muito o que se avaliar sobre quem foram os primeiros navegadores a atingir o continente. O famoso mapa de 1418 Este antigo mapa, embora haja quem questione a veracidade de sua data documentada, é uma das provas físicas de que este capítulo da história ainda deve ser revisado. Este álbum visa mostrar algumas evidências da teoria entre elas: * A rica cultura de tapeçaria dos povos das Américas caracterizando ali uma evidência da influência chinesa. ** Peças de arte pré-colombianas representando cavalos, encontradas na Cofins Cave, no Brasil, e em Trujillo, no Peru. (Não existiam cavalos na América até os Europeus resolverem criá-los lá, isso sustentaria que viajantes comerciantes visitaram o continente com seus cavalos) ***No noroeste do Pacífico, nos Estados Unidos de hoje, investigações em oito sítios diferentes encontraram moedas chinesas. ****nas Chaves da Flórida, afastado da costa do Big Sur, Califórnia, artefatos de jade chineses pré-colombianos foram desenterrados do leito de um rio e do fundo do mar. Em breve serão feitas novas postagens aprofundando o tema, aguarde!

Felizes sem Deus: Oprah Winfrey entrevista Dinamarquesas

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Há 371 anos, morria um dos "gigantes" da história da ciência

“Se vi mais longe, foi por estar de pé sobre os ombros de gigantes”, disse certa vez Isaac Newton, considerado um dos mais importantes - senão o maior cientista de todos os tempos. Certamente o mais conhecido "gigante" a quem o britânico se referia, Galileu Galilei morria há exatamente 371 anos, quase um ano antes de Newton nascer. Galileu nasceu em 15 de fevereiro de 1564, em Pisa, na Itália. Filho de um músico, estudou medicina e foi professor de matemática - era um típico intelectual renascentista, que se arriscava por diversas áreas do conhecimento. Foi pai de diversas invenções e, certamente, a mais famosa foi seu telescópio. Foi em 1609 que o italiano ouviu falar de um instrumento criado pelo holandês Hans Lipperhey e que permitiu ver à distância. Galileu construiu sua primeira luneta com um aumento de três vezes e a aperfeiçoou ao longo do tempo, conseguindo aumentar até 30 vezes. Além disso, ele notou a importância de fixar o objeto no chão para permitir registrar posições com exatidão. De 7 a 15 de janeiro de 1610, descobre quatro luas de Júpiter (que depois foram chamadas de "galileanas"). A princípio, ele achou ter visto três estrelas perto do planeta gigante. No dia seguinte, as estrelas pareceram ter se movido no caminho errado. Depois de alguns dias, ele notou que as "estrelas" nunca deixavam a vizinhança de Júpiter. Ele conclui que observava corpos planetários e era uma prova de que nem tudo girava ao redor da Terra. Suas descobertas são publicadas, em 1610, no livro Siderius Nuncius, que recebeu apoio de Johannes Kepler (outro "gigante" de Newton) após ser desacreditada por cientistas da época. Não levou muito tempo para que Galileu mostrasse que Vênus orbitava o Sol, e não a Terra. Ele ainda argumentou que a existência de manchas solares mostra que o Sol tem rotação. O italiano reunia, assim, dados suficientes para derrubar a teoria geocêntrica. Mas a Inquisição não gostou da ideia. Após análise de seu livro sobre as manchas solares, o cardeal Bellarmino lê a sentença do Santo Ofício em de fevereiro de 1616, na qual proíbe o italiano de difundir a teoria heliocêntrica. Em 1623, o cardeal Maffeo Barberini era eleito papa com o nome Urbano VIII. Amigo de Galileo, o liberou no ano seguinte a escrever sobre a teoria heliocêntrica, desde que fosse tratada como hipótese matemática. Em 1630, ele publica um novo livro que reafirma o heliocentrismo. O papa cede às pressões e envia o caso à Inquisição. Em 22 de junho de 1633, Galileu Galilei, aos 70 anos, foi condenado por heresia e à prisão em sua residência, em Arcetri. Lá o italiano ficou até sua morte. Foi somente em 31 de outubro de 1992 que um papa reconheceu que a condenação de Galileu foi um engano. "O erro dos teólogos da época, quando mantinham a centralidade da Terra, era o de pensar que o nosso entendimento da estrutura física do mundo era, de algum modo, imposto pelo sentido literal da Sagrada Escritura", afirmou João Paulo II na época. . http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/ha-371-anos-morria-um-dos-gigantes-da-historia-da-ciencia,13129d63f471c310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

Telescópio de raios-X revela imagem inédita de buracos negros

O observatório espacial de raios-X de mais alta energia já lançado começou a compartilhar sua visão única do cosmos. Duas imagens feitas pelo NuSTAR, lançado em junho de 2012, foram divulgadas por pesquisadores durante a reunião semestral da Sociedade Astronômica Americana, na Califórnia. Uma delas detalha os restos da supernova de Cassiopeia A, e a outra mostra uma nova visão de dois buracos negros na galáxia espiral IC 342. A missão NuSTAR tem como objetivo captar raios com energia mais alta do que os telescópios espaciais Chandra, dos Estados Unidos, e o europeu XMM-Newton, ambos lançados em 1999. A equipe de pesquisadores do NuSTAR, liderados pela astrônoma Fiona Harrison, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, divulgou as imagens como uma demonstração prévia da capacidade do observatório. "Essas imagens têm uma combinação de nitidez e sensibilidade que é de várias ordens de magnitude melhor do que jamais foi conseguido nessa região do espectro eletromagnético", afirmou Harrison. Segundo ela, os pesquisadores ainda estão se acostumando com a arquitetura própria do telescópio, que tem seus equipamentos óticos de raios-X em um braço flexível a cerca de 10 metros do detector. O observatório tem uma órbita de 90 minutos ao redor da Terra. "Estamos aprendendo como apontá-lo, e estamos lidando com o fato de que, conforme contornamos a Terra, entramos e saímos da sombra", afirma. "O braço se move e temos um sistema de metrologia complicado que remonta todas as imagens para formar as imagens nítidas", diz. A imagem da Cassiopeia A, localizada a 11 mil anos-luz de distância da Terra, mostra um anel de raios-X de alta energia em torno dos dados existentes em comprimentos de onda visíveis ao olho humano, e dos raios-X de baixa energia captados pelo Chandra. A outra imagem, dos dois buracos negros inicialmente detectados pelo Chandra, são extraordinariamente vivos em raios-X de alta energia captados pelo NuSTAR. Eles aparecem muito mais claramente do que buracos negros de tamanhos semelhantes - provendo o primeiro dos muitos mistérios que a equipe do NuSTAR espera revelar e resolver. . http://noticias.terra.com.br/ciencia/telescopio-de-raios-x-revela-imagem-inedita-de-buracos-negros,cadc46137561c310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

Procissão do Nazareno Negro reúne 500 mil nas Filipinas

http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/procissao-do-nazareno-negro-reune-500-mil-nas-filipinas,07dfe52dded1c310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html#tphotos

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Galáxia pode ter 17 bilhões de 'Terras', diz estudo

Até uma em cada seis estrelas pode abrigar em sua órbita um planeta do tamanho da Terra, segundo uma pesquisa divulgada nesta semana. Com base nesse dado, os autores da pesquisa afirmam que pode haver um total de 17 bilhões desses planetas em toda a galáxia. A pesquisa, divulgada no encontro semestral da Sociedade Astronômica Americana, na Califórnia, foi baseada em análises de possíveis planetas revelados pelo telescópio espacial Kepler. A equipe responsável pelo Kepler também anunciou 461 novos candidatos a planetas, elevando a 2.740 o número total de planetas já identificados. Desde seu lançamento, em 2009, o telescópio Kepler vem observando uma parte fixa do céu, captando mais de 150 mil estrelas em seu campo de visão. Ele detecta a diminuta redução na luz que chega de uma estrela quando um planeta passa em frente a ele, no que é chamado trânsito. Mas essa é uma medida difícil de se fazer, com a luz total mudando apenas frações de porcentagem. Além disso, nem toda redução se deve a uma estrela. 'Correções' O astrônomo François Fressin, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica - que descobriu o primeiro planeta do tamanho da Terra - começou a tentar descobrir não somente quais candidatos detectados pelo Kepler podem não ser planetas, mas também quais planetas podem não ser visíveis ao Kepler. "Temos que corrigir duas coisas. Primeiro, a lista de candidatos do Kepler é incompleta", disse Fressin à BBC. "Nós somente vemos os planetas que estão em trânsito pelas suas estrelas hospedeiras, estrelas que por acaso têm um planeta que está bem alinhado para que nós o vejamos. Para cada um deles, há dezenas que não estão nessas condições", explica. "A segunda grande correção é na lista de candidatos - há alguns que não são planetas verdadeiros transitando sua estrela hospedeira, são outras configurações astrofísicas", diz. Isso pode incluir, por exemplo, estrelas binárias, nas quais uma estrela orbita outra, bloqueando parte da luz conforme as estrelas "transitam"umas às outras. "Nós simulamos todas as possíveis configurações em que podíamos pensar - e descobrimos que elas poderiam representar apenas 9,5% dos planetas Kepler, e que todo o resto são planetas genuínos", explicou Fressin. Os resultados sugerem que 17% das estrelas hospedam um planeta com tamanho até 25% superior ao da Terra, com órbitas fechadas que duram apenas 85 dias ou menos - semelhante ao do planeta Mercúrio. Isso significa que a galáxia abrigaria ao menos 17 bilhões de planetas do tamanho da Terra. Zona habitável O estudo divulgado por Fressin foi complementado pelos resultados de uma pesquisa do astrônomo Christopher Burke, do Seti Institute, que anunciou a descoberta de mais 461 candidatos a planetas. Desse montante, uma fração substancial tem o tamanho da Terra ou não são muito maiores - planetas que até agora vinham sendo particularmente difíceis de serem detectados. "O que é particularmente interessante é que quatro desses novos planetas - com menos de duas vezes o tamanho da Terra - estão potencialmente na zona habitável, a localização em torno de uma estrela onde poderia potencialmente haver água líquida para sustentar a vida", disse Burke à BBC. Um dos quatro planetas, batizado de KOI 172.02, tem apenas uma vez e meia o diâmetro da Terra e orbita uma estrela semelhante ao Sol - no que seria a versão mais próxima já descoberta de uma "gêmea" da Terra. "É muito animador, porque estamos realmente começando a aumentar a sensibilidade a essas coisas na zona habitável - estamos realmente só chegando à fronteira dos planetas que podem potencialmente ter vida", diz Burke. William Borucki, um dos líderes da missão do Kepler, se disse "encantado" com os novos resultados. "A coisa mais importante é a estatística - não encontramos somente uma Terra, mas cem Terras, que é o que veremos com o passar dos anos com a missão Kepler - porque ele foi desenvolvido para encontrar várias Terras", disse. . http://noticias.terra.com.br/ciencia/galaxia-pode-ter-17-bilhoes-de-terras-diz-estudo,83fb46137561c310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Drogas S/A Pilulas

Foi deus que me deu !!!!

domingo, 6 de janeiro de 2013

Papa diz que Reis Magos representam o povo em busca de Deus

O papa Bento XVI afirmou neste domingo que os Reis Magos representam o povo, as civilizações, as culturas e as religiões que estão "no caminho para Deus, em busca de seu reino da paz, da justiça, da verdade e da liberdade." Após a realização da Missa da Epifania, durante a qual nomeou quatro novos bispos, entre eles, a seu secretário particular, Georg Gänswein, o Papa se assomou na janela de seu escritório no Palácio Apostólico para dirigir-se aos milhares de fiéis e peregrinos que, em um dia ensolarado o aguardavam para a reza do Angelus. Pouco antes da missa, Bento XVI assegurou que "realizamos a Epifania do Senhor, enquanto muitas Igrejas Orientais, segundo o calendário juliano, realizam o Natal". Essa pequena diferença - disse - na qual se sobrepõem os dois momentos, destaca "o Menino, que nasceu na humildade da gruta de Belém, e a luz do mundo (os Magos), que ilumina o caminho de todos os povos". É uma combinação - explicou - que faz pensar do ponto de vista da fé: por um lado, no Natal, diante de Jesus, vemos a fé de Maria, José e dos pastores, e hoje, na Epifania do Senhor, na fé dos Magos que vieram de Oriente para adorar o Rei dos Judeus. O papa Ratzinger fez referência a María, "filha de Sião": um núcleo de Israel, o povo que conhece e tem fé no Deus que se revela aos patriarcas. Essa fé chega a sua plenitude em Maria, "bendita porque acreditou, o Verbo fez-se carne, Deus apareceu no mundo", disse. A fé de Maria se transforma em precedente - assegurou - e "é o modelo da fé da Igreja", povo da Nova Aliança. Mas este povo começa a ser "universal, e isto o vemos hoje nas figuras dos Magos, que chegaram a Belém, seguindo a luz de uma estrela e os sinais das Sagradas Escrituras". E fez alusão a São Leão Magno que assegurou: "Em um tempo lhe foi prometido a Ahraham uma inumerável descendência que seria gerada não só pela carne, mas também pela fecundidade da fé". E São Leão - lembrou o Papa - convidou "todos os povos a adorar o Criador do universo, que Deus seja conhecido não só na Judéia, mas em toda a Terra". Nesta perspectiva - concluiu - "podemos ver também as ordenações episcopais que tive a alegria de dar esta manhã na Basílica de São Pedro: dois dos novos bispos permanecerão a serviço da Santa Sé, e os outros dois começarão a ser representantes pontifícios das duas nações". Depois do Angelus, o Papa cumprimentou os peregrinos em sete línguas. . http://noticias.terra.com.br/mundo/papa-diz-que-reis-magos-representam-o-povo-em-busca-de-deus,fd4152672260c310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

Papa pede coragem da Igreja contra "agnosticismo intolerante"

O papa Bento XVI disse neste domingo que os líderes católicos devem ter coragem para enfrentar os ataques de "agnosticismo intolerante" que prevalece em muitos países. O papa e a Igreja vêm sofrendo um ataque crescente por causa da oposição ao casamento homossexual e a sacerdotes mulheres. O papa tem repetidamente denunciado o que ele diz serem tentativas de separar a religião do debate público. A pontífice de 85 anos de idade rezou uma missa no dia que o cristãos ocidentais celebram a Epifania, e ordenou quatro arcebispos novos, incluindo seu secretário pessoal. Em uma missa para cerca de 10 mil pessoas na Basílica de São Pedro, no Vaticano, ele rejeitou firmemente as sugestões de que a Igreja deveria mudar para se adequar à opinião pública. "Qualquer um que vive e proclama a fé da Igreja está em muitos pontos fora de sintonia com a forma predominante de pensar", disse ele. "A aprovação da sabedoria predominante, no entanto, não é o critério a que nos submetemos". Nos Estados Unidos, um grupo começou uma petição no site da Casa Branca, no mês passado, pedindo ao governo do presidente Barack Obama para listar a Igreja Católica como um "grupo de ódio" por causa de sua oposição ao casamento gay. "O agnosticismo reinante hoje tem seus próprios dogmas e é extremamente intolerante em relação a qualquer coisa que possa questioná-lo e aos critérios que utiliza", disse o papa. "Por isso, a coragem de contrariar a mentalidade prevalecente é particularmente urgente para um bispo hoje. Ele deve ser corajoso", disse ele. O papa ordenou os novos arcebispos em uma cerimônia com a presença de primeiro-ministro italiano, Mario Monti, colocando as mãos sobre as cabeças dos quatro homens e os ungindo com o óleo para simbolizar a transmissão da autoridade episcopal. O mais conhecido dos quatro novos arcebispos é o secretário particular do pontífice, monsenhor Georg Ganswein, que tem sido a pessoa mais próxima de Bento 16 desde a sua eleição em 2005, como líder de 1,2 bilhões de católicos romanos no mundo. Ganswein, de 56 anos, um alemão como o papa, foi promovido no mês passado ao cargo de prefeito da Casa Pontifícia, uma posição que irá aumentar significativamente sua relevância à medida que o papa fica mais velho e mais frágil. Como prefeito, Ganswein, que já é uma das figuras mais conhecidas e poderosas na corte papal, irá organizar todas as audiências públicas e privadas do papa, assim como a sua agenda. Como ele também deve manter seu emprego como secretário particular do papa, Ganswein terá ainda mais poder para decidir quem tem acesso ao pontífice. Ganswein era o superior imediato de Paolo Gabriele, o ex-mordomo papal que foi condenado por roubar documentos confidenciais e entregá-los para a mídia. O atual secretário foi a pessoa que confrontou Gabriele sobre o desaparecimento dos papéis. Gabriele foi perdoado pelo papa no mês passado depois de ter sido condenado a 18 meses de prisão por roubo agravado. Os outros novos arcebispos são Angelo Vincenzo Zani, um italiano no departamento do Vaticano para a Educação Católica, Nwachukwu Fortunato, um nigeriano que se torna embaixador do Vaticano para a Nicarágua, e Nicolas Thevenin, um francês que se torna embaixador na Guatemala. . http://noticias.terra.com.br/mundo/papa-pede-coragem-da-igreja-contra-agnosticismo-intolerante,67f152672260c310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

Buracos negros primordiais poderiam “provar” a matéria escura

Uma nova ideia pode ajudar os cientistas a detectar evidências da matéria escura; ao prestar atenção em ondulações na superfície das estrelas, as vibrações poderiam indicar que um estranho objeto de matéria escura, hipotético, conhecido como um buraco negro primordial, passou através delas. As ondulações poderiam, assim, fornecer a prova observável da matéria escura, que os cientistas acreditam que é responsável por mais de 80% de toda a matéria no universo, mas até agora não foi detectada. “Há uma questão mais ampla do que constitui a matéria escura, e se um buraco negro primordial for encontrado, ele se encaixaria em todos os parâmetros”, disse o coautor do estudo, Shravan Hanasoge. “Identificar um teria profundas implicações para nossa compreensão do universo primordial e da matéria escura”, completa. Os cientistas acreditam que apenas 4% do universo é composto de material “normal”, que nós podemos ver. O resto é uma coisa estranha, chamada de energia escura e matéria escura. Embora a matéria escura teoricamente domine o universo, os cientistas ainda não a observaram diretamente, apenas inferiram sua existência através de efeitos gravitacionais sobre a matéria que eles podem ver. O novo estudo pode ajudar os cientistas a obter um melhor controle sobre o que é a matéria escura. Para isso, eles simularam o que aconteceria se um buraco negro primordial passasse por uma estrela. Buracos negros primordiais são remanescentes teóricos do Big Bang, o evento explosivo que criou o universo. Esses objetos estranhos, que ainda não foram observados, são uma das várias estruturas cósmicas que podem ser a fonte de matéria escura. Buracos negros primordiais são muito menores do que os buracos negros “normais” e, portanto, não engolem uma estrela e toda a sua luz. Ao contrário, suas colisões com estrelas causariam vibrações perceptíveis nas superfícies das estrelas. “Se você imaginar um balão de água furado e observar a ondulação dentro da água, isso é semelhante à forma como superfície de uma estrela apareceria”, disse o autor do estudo, Michael Kesden. “Ao olhar para como se move uma estrela em sua superfície, você pode descobrir o que está acontecendo lá dentro. Se um buraco negro passa, você pode ver a superfície vibrar”, explica. As simulações dos pesquisadores também colocam alguns números em quão grande um buraco negro primordial teria que ser para causar uma ondulação perceptível. Eles descobriram que um objeto com a massa de um asteroide de tamanho decente faria o truque. Se buracos negros primordiais existirem de verdade, os cientistas devem ser capazes de detectar um em algum ponto. “Agora que sabemos que buracos negros primordiais podem produzir vibrações detectáveis nas estrelas, nós poderíamos tentar olhar para uma amostra maior de estrelas”, disse Kesden. “A Via Láctea tem 100 bilhões de estrelas, então cerca de 10.000 eventos detectáveis devem estar acontecendo a cada ano na nossa galáxia, se soubermos para onde olhar”, conclui.[LiveScience] . http://hypescience.com/buracos-negros-primordiais-poderiam-%E2%80%9Cprovar%E2%80%9D-a-materia-escura/

Buracos negros são devoradores compulsivos?

Quando a matéria que o buraco negro está engolindo vai caindo, ela aquece à medida que aproxima-se do buraco negro e, eventualmente, sua temperatura fica tão alta, que ela brilha. Se há muita matéria sendo devorada, dizemos que o buraco negro é bastante ativo. Os buracos negros mais ativos geram núcleos galácticos extremamente ativos, conhecidos como quasares, que costumam apresentar um brilho equivalente ao de um trilhão de sóis, mais brilhante até do que uma galáxia. Sempre se acreditou que a maioria dos quasares resultava de eventos extremos, como colisões de galáxias, que alimentavam o buraco negro com uma quantidade enorme de matéria em um único evento. Mas também se sabia que existiam os quasares mais tranquilos, que devoravam sua matéria lentamente, “em pequenos lanches”, por assim dizer. O professor Kevin Schawinski, um astrônomo da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, resolveu testar esta crença sobre os buracos negros dos quasares, e num estudo examinou 30 quasares da coleção de imagens do telescópio Hubble e do telescópio Spitzer. Neste estudo, a equipe descobriu que das 30 galáxias examinadas, 26 não apresentavam sinais de colisões de galáxias, e apenas uma delas tinha sinais claros de uma colisão. Mas mesmo o equipamento do Hubble não é capaz de fazer um zoom nas galáxias observadas, de forma que eles não sabem ainda qual o processo que está alimentando estes quasares. Schawinski acha que é uma combinação de fatores, como movimentos aleatórios de gases, disparos de supernovas, a absorção de pequenos corpos, e correntes de gases e estrelas alimentando o buraco negro central. Os cientistas estão apostando suas fichas no telescópio espacial James Webb (STJW), a ser lançado em 2018. Ele pode ajudar os cientistas a resolver este enigma, pois vai operar na faixa do infravermelho, e será capaz de examinar em detalhe o que o Hubble e o Spitzer apenas descobriram existir.[LiveScience] , http://hypescience.com/buracos-negros-sao-devoradores-compulsivos/

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Astrônomos descobrem correntes de gás que formam planetas

Astrônomos observaram pela primeira vez uma etapa crucial no nascimento de planetas gigantes. Enormes correntes de gás fluem através do espaço vazio no interior de um disco de material situado em torno de uma estrela jovem. Estas são as primeiras observações de tais correntes, que se pensa serem criadas por planetas gigantes à medida que “engolem” gás e crescem. O estudo foi publicado na revista Nature. Os pesquisadores usaram o telescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) durante pesquisa. Uma equipe internacional estudou a jovem estrela HD 142527, situada a mais de 450 anos-luz de distância, a qual se encontra rodeada por um disco de gás e poeira cósmica - os restos da nuvem a partir da qual a estrela se formou. O disco poeirento encontra-se dividido numa parte interior e noutra exterior, divisão esta feita por um espaço, que se pensa ter sido esculpido por planetas gigantes gasosos recentemente formados que limpam as suas órbitas à medida que rodam em torno da estrela. O disco interior tem uma dimensão que vai desde a estrela até à distância equivalente à órbita de Saturno no nosso Sistema Solar, enquanto que o disco exterior começa só 14 vezes mais longe. Este último disco não circunda a estrela de forma uniforme; tem antes a forma de uma ferradura, provavelmente causada pelo efeito gravitacional dos planetas gigantes em órbita da estrela. De acordo com a teoria, os planetas gigantes crescem à medida que capturam gás do disco exterior, em correntes que formam pontes que atravessam o espaço entre os discos. “Os astrônomos têm vindo a prever a existência destas correntes, no entanto esta é a primeira vez que fomos capazes de as ver diretamente,” diz Simon Casassus, da Universidad do Chile, que liderou o novo estudo. “Graças ao novo telescópio ALMA, pudemos obter observações diretas que comprovam as teorias atuais de formação de planetas!” Casassus e a sua equipe usaram o ALMA para observar o gás e a poeira cósmica em torno da estrela, o que lhes permitiu ver com muito mais pormenor e muito mais perto da estrela, do que o que tinha sido possível até agora com telescópios do mesmo tipo. As observações ALMA, nos comprimentos de onda submilimétricos, são também imunes à radiação da estrela, que afeta os telescópios que trabalham no visível ou no infravermelho. O espaço no disco era já conhecido, mas a equipa descobriu também gás difuso que permanece neste espaço e duas correntes mais densas de gás que fluem do disco exterior, passando pelo espaço vazio, até ao disco interior. “Pensamos que existe um planeta gigante escondido no interior do disco e que dá origem a estas correntes. Os planetas crescem ao capturar algum do gás do disco exterior, mas na realidade “comem como uns alarves”: os restos de gás que “deixam cair” flui para o disco interior, que se situa em torno da estrela” diz Sebastián Pérez, um membro da equipa, também da Universidade do Chile. As observações respondem a outra questão sobre o disco em torno da HD 142527. Como a estrela central ainda se está a formar, capturando material do disco interior, este disco deveria ter sido já todo devorado pela estrela, se não fosse de algum modo realimentado. A equipe descobriu que a taxa à qual os restos de gás fluem para o disco interior é precisamente a necessária para manter este disco com matéria suficiente para alimentar a estrela em crescimento. Outra descoberta pioneira é a detecção do gás difuso no espaço entre discos. “Os astrónomos procuraram este gás durante muito tempo, mas até agora só tinham tido evidências indiretas da sua existência. Agora, com o ALMA, pudemos vê-lo diretamente,” explica Gerrit van der Plas, outro membro da equipa, da Universidade do Chile. Este gás residual é uma evidência adicional de que as correntes são causadas por planetas gigantes, em vez de outros objetos ainda maiores como, por exemplo, uma estrela companheira. “Uma segunda estrela teria limpado muito melhor o espaço entre discos, não deixando nenhum gás residual. Ao estudar a quantidade de gás que ainda resta, talvez possamos estimar as massas dos objetos que estão a fazer a limpeza.” acrescenta Pérez. Então, e os planetas propriamente ditos? Casassus explica que não está surpreendido por a equipe não os ter conseguido detectar de forma direta. “Procurámos estes planetas com instrumentos infravermelhos de vanguarda instalados noutros telescópios. No entanto, pensamos que os planetas em formação ainda estão muito envolvidos pelas correntes de gás, que são praticamente opacas. É capaz de ser, por isso, extremamente difícil descobrir estes planetas de forma direta.” Apesar disso, os astrônomos pretendem descobrir mais sobre estes planetas ao estudar as correntes de gás e o gás difuso. O telescópio ALMA ainda está em fase de construção, e por isso mesmo não atingiu ainda todas as suas capacidades. Quando estiver completo, a sua visão será ainda mais nítida e novas observações das correntes poderão permitir a equipe determinar as propriedades dos planetas, incluindo as suas massas. Com informações do Observatório Europeu do Sul (ESO) . http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/astronomos-descobrem-correntes-de-gas-que-formam-planetas,3d1b91d8cdcfb310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

Did Lucy Walk On the Ground or Stay in the Trees?

O registro mostra que os nossos predecessores eram habitués arborícolas, até que Lucy entrou em cena. Cerca de 3,5 milhões de anos na África, esta nova criatura, o Australopithecus afarensis apareceu, a primeira espécie bípede. Antropólogos publicaram recentemente que o A. afarensis possuía um rígid tornozelo e um pé arqueado, e possivelmente escalava árvores. Fonte: http://gd.is/JsCF
Dec. 31, 2012 — Much has been made of our ancestors "coming down out of the trees," and many researchers view terrestrial bipedalism as the hallmark of "humanness." After all, most of our living primate relatives -- the great apes, specifically -- still spend their time in the trees. Humans are the only member of the family devoted to the ground, living terrestrial rather than arboreal lives, but that wasn't always the case. The fossil record shows that our predecessors were arboreal habitués, that is, until Lucy arrived on the scene. About 3.5 million years ago in Africa, this new creature, Australopithecus afarensis, appeared; Lucy was the first specimen discovered. Anthropologists agree that A. afarensis was bipedal, but had Lucy and her legions totally forsaken the trees? The question is at the root of a controversy that still rages. "Australopithecus afarensis possessed a rigid ankle and an arched, nongrasping foot," write Nathaniel Dominy and his co-authors in Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). "These traits are widely interpreted as being functionally incompatible with climbing and thus definitive markers of terrestriality," says Dominy, an associate professor of anthropology at Dartmouth. But not so fast; this interpretation may be a rush to judgment in light of new evidence brought to light by Dominy and his colleagues. They did what anthropologists do. They went out and looked at modern humans who, like Lucy, have feet adapted to terrestrial bipedalism, and found these people can still function as effective treeclimbers. Co-authors Vivek Venkataraman and Thomas Kraft collaborated with Dominy on field studies in the Philippines and Africa that inform their PNAS paper. Venkataraman and Kraft are Dartmouth graduate students in the Ecology and Evolutionary Biology PhD program in the Department of Biological Sciences, and are supported by National Science Foundation graduate research fellowships. The studies in Uganda compared Twa hunter-gatherers to their agriculturalist neighbors, the Bakiga. In the Philippines, the researchers studied Agta hunter-gatherers and Manobo agriculturalists. Both the Twa and the Agta habitually climb trees in pursuit of honey, a highly nutritious component of their diets. They climb in a fashion that has been described as "walking" up small-diameter trees. The climbers apply the soles of their feet directly to the trunk and "walk" upward, with their arms and legs advancing alternately. Among the climbers, Dominy and his team documented extreme dorsiflexion -- bending the foot upward toward the shin to an extraordinary degree -- beyond the range of modern "industrialized" humans. Assuming their leg bones and ankle joints were normal, "we hypothesized that a soft-tissue mechanism might enable such extreme dorsiflexion," the authors write. They tested their hypothesis using ultrasound imaging to measure and compare the lengths of gastrocnemius muscle fibers -- the large calf muscles -- in all four groups -- the Agta, Manobo, Twa and Bakiga. The climbing Agta and Twa were found to have significantly longer muscle fibers. "These results suggest that habitual climbing by Twa and Agta men changes the muscle architecture associated with ankle dorsiflexion," write the scientists, demonstrating that a terrestrially adapted foot and ankle do not exclude climbing from the behavioral repertoire of human hunter- gatherers, or Lucy. In their conclusions, the Dartmouth team highlights the value of modern humans as models for studying the anatomical correlates of behavior, both in the present and in the dim past of our fossil ancestors. . http://www.sciencedaily.com/releases/2012/12/121231161043.htm?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A%20sciencedaily%2Ffossils_ruins%20%28ScienceDaily%3A%20Fossils%20%26%20Ruins%20News%29

Cientistas registram sinais de cultura em orangotangos

O uso inteligente que os chimpanzés fazem de varetas para pescar cupins é bem conhecido. Em 1964, Jane Goodall anunciou sua descoberta revolucionária ao mundo, escrevendo para o periódico Nature: “Durante três anos na Reserva de Chimpanzés Gombe Stream em Tanganyika, na África Oriental, eu vi chimpanzés usando objetos naturais como ferramentas em muitas ocasiões. Esses objetos consistiam de varetas, caules, troncos e gravetos, que eram usados principalmente para a alimentação com insetos, e folhas que eram usadas como ‘ferramentas para beber’ e para limpar várias partes do corpo”. Enquanto o grupo de animais não-humanos conhecidos por usar ferramentas se expandiu significativamente nos quase 50 anos desde que Goodall observou seu primeiro chimpanzé de Gombe, o ato de usar varetas em cupinzeiros e degustar os cupins que viviam no seu interior se tornou um exemplo icônico do uso não-humano de ferramentas, o modelo pelo qual julgamos todas as outras formas possíveis. Talvez seja menos sabido que outro primata, o orangotango da Sumatra (Pongo abelii), também `pesca` com varetas. Em vez de pescar cupins, ele consegue mel. Assim como humanos e chimpanzés, comunidades de orangotangos na ilha de Sumatra, na Indonésia, têm tradições diferentes. Apenas aqueles que vivem a oeste do Rio Alas já foram observados acessando mel com varetas. O comportamento nunca foi observado na natureza entre os orangotangos que vivem a leste do rio. Há um consenso geral entre psicólogos cognitivos de que diferenças genéticas entre comunidades da mesma espécie não são suficientes para explicar a variação no uso de ferramentas que foi observado. E nem o são as diferenças ambientais entre comunidades tipicamente grandes o suficiente para serem responsáveis pela emergência de formas particulares de uso de ferramentas em alguns grupos, mas não em outros. A explicação que permanece é unicamente cognitiva. Isto é, diferenças culturais devem ser explicadas por um processo de aprendizagem social. Depois de um indivíduo usar espontaneamente uma ferramenta para um determinado propósito, o comportamento se espalharia pelo grupo todo. Indivíduos ingênuos ou inexperientes aprenderiam sobre ferramentas ao observar indivíduos mais velhos ou mais experientes usando-as com sucesso. Com o tempo, o comportamento se tornaria estável dentro daquele grupo social específico. A implicação dessa hipótese do uso de ferramentas é que indivíduos de comunidades em que o uso de ferramentas não foi observado são, capazes de usar ferramentas do ponto de vista cognitivo, não são menos aptos mentalmente. Em vez disso, o uso espontâneo de uma ferramenta simplesmente nunca ocorreu ou, se ocorreu, não se espalhou pelo grupo por questões circunstanciais. Essa ideia não é fácil de provar, mesmo tendo sentido lógico. A aprendizagem social entre primatas como chimpanzés ou orangotangos está muito bem documentada em cativeiro e entre primatas nascidos na Natureza que depois foram resgatados e criados em santuários. Pesquisadores, no entanto, não conseguiam projetar um experimento para provar que comportamentos “considerados culturais na Natureza” eram disseminados por meio da aprendizagem social. Agora, um grupo de pesquisadores conduzido por Thibaud Gruber, da Universidade de Zurique pode ter feito exatamente isso. A vida é dura para os orangotangos da Sumatra, em primeiro lugar graças à perda de hábitat decorrente do desmatamento provocado pela extração de madeira e por indústrias de óleo de palma. Como resultado, muitos orangotangos acabam no Centro de Cuidados Batu Mbelin, em uma cidade chamada Sibolangit no norte da Sumatra. Lá, orangotangos selvagens que foram resgatados ou confiscados são reabilitados (primeiro em quarentena e depois em grupos sociais) antes de serem soltos em partes das florestas da Sumatra mais seguras para eles. Já que tanto os orangotangos das comunidades que pescam mel a oeste do Rio Alas quanto os de comunidades a leste do rio que não fazem isso acabam em Batu Mbelin, o lugar era perfeito para a equipe de Gruber avaliar as capacidades de uso de ferramentas dos desses primatas. Também era muito mais seguro para os pesquisadores, devido à instabilidade política em outras partes da Sumatra. Eles deram aos orangotangos dois tipos diferentes de tarefas associadas a varetas. Na tarefa do mel, eles receberam um tronco de madeira com um buraco no centro, além de um galho de madeira que tinha sido destituído da maioria de suas folhas. Os orangotangos assistiram enquanto um zelador colocava mel no buraco. Em seguida os pesquisadores observaram durante dez minutos para ver se os primatas colocariam as varetas no buraco para obter o mel. De 13 indivíduos originários do oeste do rio, nove foram bem sucedidos, se comparados a apenas dois de 10 indivíduos do leste. Isso foi consistente com as observações de campo de que o ato de mergulhar varetas no mel era prevalecente no oeste, e quase ausente no leste. Em seguida veio a tarefa de rastelagem. Os orangotangos receberam duas varetas: uma reta e uma curvada. O teste foi para saber se eles tentariam usar qualquer uma das ferramentas para obter um pedaço de comida que estava fora de alcance. 10 dos 13 orangotangos ocidentais tiveram sucesso, além de quatro de 10 dos orientais. Ainda que a margem de 77% de sucesso dos orangotangos ocidentais e de 40% dos orientais pareça grande, ela não é estatisticamente significativa.Os dois grupos podem, portanto, ser vistos como igualmente aptos no que diz respeito ao uso de uma vareta ou de um rastelo. Com base apenas nesses resultados, pode parecer razoável concluir que o ato de obter mel poderia ser explicado por fatores cognitivos e não genéticos, já que os dois grupos foram capazes de executar a tarefa com o rastelo. Os orangotangos do leste não eram menos habilidosos nas duas tarefas relacionadas a varetas, apenas na relativa ao mel. No entanto, os resultados não são tão claros. Os pesquisadores não tinham descartado completamente a genética como possível fator levando ao uso eficiente de ferramentas, apenas sugeriram isso. De acordo com sua hipótese, se a genética influenciava a habilidade de usar varetas como ferramentas em geral, o sucesso na tarefa de rastelagem deveria prever o sucesso na tarefa do mel. Usando um modelo estatístico, Gruber observou que a idade, o sexo, a idade ao chegar ao centro e o sucesso no teste de rastelagem não eram fatores que determinavam sucesso na tarefa com o mel. Na verdade, a única variável que previa sucesso na tarefa do mel era a origem geográfica. Isso apoia a ideia de que a aprendizagem social, e não a genética ou o ambiente, é a chave do uso de ferramentas. “Esses resultados”, escreve Gruber, “apoiam a hipótese de que o Rio Alas constitui uma barreira geográfica para a disseminação da variante cultural de mergulhar varetas no mel”. As florestas a oeste do rio também são capazes de manter mais orangotangos por quilômetro quadrado do que aquelas a leste do rio, dando ainda mais apoio à hipótese de aprendizagem social. O fato é particularmente interessante porque novos comportamentos só podem se propagar eficientemente em um grupo por meio da aprendizagem social quando a densidade populacional é suficientemente alta. Há mais nessa história. De acordo com os pesquisadores, a maioria dos orangotangos que participaram do estudo e tiveram sucesso na tarefa do mel chegaram a Batu Mbelin com uma idade em que eram jovens demais para terem experimentado a busca de mel com uso de ferramenta na Natureza. Observações de campo indicaram que orangotangos juvens não usam ferramentas sozinhos até os quatro anos, e só se tornam suficientemente habilidosos nisso até os seis ou sete anos. Dos orangotangos `pescadores` de mel do centro de cuidados, apenas dois podem ter atingido essa idade antes de serem separados de seus grupos e levados a Batu Mbelin. Como a explicação genética já tinha sido descartada com a tarefa de rastelagem, os pesquisadores especulam que os dois grupos de orangotangos chegaram ao centro com diferentes conhecimentos adquiridos, mas que seu conhecimento não foi resultado dos comportamentos que eles já tinham desenvolvido completamente ou praticado extensivamente. Em vez disso eles argumentam que o conhecimento cultural, como o uso de varetas para acessar mel, pode ser tomado como abstração, como ideias, em vez de concretamente como um comportamento específico. Talvez os orangotangos do oeste tenham tido a ideia de que varetas poderiam ser usadas para obter mel ao observar outros indivíduos, antes de serem fisicamente capazes de executar esses comportamentos. A conclusão, mesmo altamente especulativa, tem base teórica. Ao alterar as exigências de diferentes tarefas cognitivas, psicólogos do desenvolvimento descobriram que crianças humanas são capazes de raciocínios de alto nível antes de sua anatomia relativamente imatura dar-lhes a habilidade de agir sobre esse raciocínio. Uma criança pode se sair bem em uma tarefa que pede contato visual, mas não em uma versão da mesma tarefa que requer um alcance maior. (Às vezes isso é visto como uma distinção entre desempenho e competência, noção apoiada por muitos psicólogos do desenvolvimento mas não aceita universalmente.) Por analogia, é possível que orangotangos do oeste tenham observado o uso de varetas para se alimentar de mel, mesmo que não tenham praticado o suficiente antes de chegarem a Batu Mbeling. Teriam, assim, uma compreensão da ferramenta no nível das ideias o que os tornaria suficientemente preparados para a tarefa. Será que a cultura é adquirida “no nível representativo”, como escreve Gruber, “e não no nível comportamental”? O argumento se baseia na noção de que orangotangos não são usuários proficientes de ferramentas até atingirem seis ou sete anos, mas isso é derivado de um único estudo observacional. Mais observações de campo seriam necessárias para fortalecer o argumento. As observações dos pesquisadores, porém, estão ficando mais difíces uma vez que a sobrevivência dos orangotangos da Sumatra está cada vez mais ameaçada pela perda de hábitat. Nos últimos 75 anos, os orangotangos da Sumatra perderam quase 80% de sua população. Restam apenas entre 7000 e 7500 indivíduos. Se não houver mais proteção a esses animais, a cultura dos orangotangos vai simplesmente desaparecer. Gruber T., Singleton I. & van Schaik C. (2012). Sumatran Orangutans Differ in Their Cultural Knowledge but Not in Their Cognitive Abilities,Current Biology, 22 (23) 2231-2235. DOI: 10.1016/j.cub.2012.09.041 . http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/cientistas_registram_capacidade_cultural_de_orangotangos.html

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Papa espera 2013 de paz e condena capitalismo sem regras

O papa Bento 16 afirmou na sua mensagem de Ano Novo nesta terça-feira esperar que 2013 seja um ano de paz, e disse também que o mundo estava sob a ameaça de um capitalismo sem regras, do terrorismo e da criminalidade. O papa, de 85 anos, participou de uma missa na Basílica de São Pedro, no dia que a Igreja Católica celebra o Dia Mundial da Paz. No fim da missa, ele discursou para milhares de pessoas na Praça de São Pedro. "Um novo ano é como uma viagem. Com a luz e a graça de Deus, pode ser o começo de um caminho de paz para cada pessoa, família, país, para o mundo inteiro", afirmou o papa da sua janela que dá para a praça. Milhares de pessoas que haviam participado de uma passeata pela paz até o Vaticano soltaram balões azuis enquanto o papa falava. Antes, no seu sermão, o líder da Igreja Católica falou da tensão e o conflito causados pela desigualdade entre ricos e pobres. Ele denunciou o "egoísmo" e o "individualismo", que se expressam no "capitalismo desregulado, várias formas de terrorismo e criminalidade". Na sua mensagem para o Dia da Paz, o papa pediu um novo modelo econômico e regras éticas para o mercado, dizendo que a crise financeira global era prova de que o capitalismo não protege os mais fracos da sociedade. Bento 16 se disse convencido da "vocação da humanidade para a paz", apesar dos muitos problemas. Segundo ele, uma relação pessoal com Deus pode ajudar com "a escuridão e a angústia", que às vezes caracterizam a existência humana. Ele alertou sobre a insegurança alimentar e reafirmou a oposição da igreja ao casamento gay. . http://noticias.terra.com.br/mundo/papa-espera-2013-de-paz-e-condena-capitalismo-sem-regras,d268471cd26fb310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

HQ mostra como seria divulgado o nascimento de Jesus com a internet

A internet tem revolucionado a forma como as pessoas se comunicam principalmente depois que dispositivos como smartphones e tablets tornaram possível que a conexão seja feita de qualquer lugar. Foi pensando nessa rapidez de troca de informações que Correio Brasiliense resolveu criar uma HQ (história em quadrinhos) mostrando como seria o nascimento de Jesus nos dias atuais. A publicação usou o feriado do Natal para recriar a história bíblica, desde a visita do anjo Gabriel até a visita dos reis magos ao Menino Jesus. Mas a diferença da narração está nas tecnologias que foram usadas para criar o nascimento de Jesus em 2012. Nessa versão Maria recebe a mensagem do anjo através do Skype, um comunicador que permite conversas por vídeo. José encontra a estrebaria onde Jesus nasceu através do site Couchsurfing, como ele não conseguiu reservar um hotel ele usou este site onde às pessoas oferecem suas residências para hospedar turistas. Os três reis magos também se beneficiaram das tecnologias e encontram o Messias usando um aplicativo para iPad para poder seguir a estrela que os levaram até Jesus.
http://noticias.gospelprime.com.br/hq-mostra-como-seria-divulgado-o-nascimento-de-jesus-com-a-internet/

Ambiente irregular pode ser a chave para a evolução humana

Em Olduvai Gorge, onde escavações ajudaram a confirmar África como berço da humanidade, os cientistas agora descobriram que a paisagem outrora oscilou rapidamente, orientando provavelmente a evolução humana inicial. Estas descobertas sugerem que os principais desenvolvimentos mentais dentro da linhagem humana podem ter sido associados a um ambiente altamente variável, defendem os pesquisadores. Olduvai Gorge é um numa ravina na margem oriental do Planalto do Serengeti, no norte da Tanzânia, que contém fósseis de hominídeos - membros da linhagem humana. Escavações em Olduvai Gorge por Louis e Mary Leakey em meados dos anos 1950 ajudaram a estabelecer a origem Africana da humanidade. Para saber mais sobre as raízes da humanidade, os cientistas analisaram amostras de ceras foliares preservadas em sedimentos lacustres no desfiladeiro de Olduvai, identificando quais as plantas que dominaram o ambiente local há aproximadamente 2 milhões de anos atrás. Esta foi a altura em que o Homo Erectus, um ancestral direto dos humanos modernos que usavam ferramentas de pedra relativamente avançadas, apareceu. Após quatro anos de trabalho, os pesquisadores concentraram-se em isótopos de carbono - os átomos do mesmo elemento com diferentes números de neutrões - nas amostras, que podem revelar que plantas reinavam numa área. As gramíneas que dominam as savanas fazem uma espécie de fotossíntese que envolve tanto o carbono-12 normal como o mais pesado do carbono-13, enquanto as árvores e arbustos dependem de um tipo de fotossíntese que prefere carbono-12. (Em átomos de carbono-12 cada um possui seis neutrões, enquanto os átomos de carbono-13 têm sete) Os cientistas há muito tempo pensavam que a África passou por um período de secura que aumentou gradualmente - a chamada Grande Seca - há mais de 3 milhões de anos, ou talvez uma mudança grande no clima que favoreceu a expansão das pastagens em todo o continente, influenciando a evolução humana. No entanto, a nova pesquisa, revelou "fortes evidências de mudanças dramáticas em todo o ecossistema de savana Africana, na qual as paisagens de pastagem aberta transitaram para florestas fechadas ao longo de vários milhares de anos", disse o pesquisador Clayton Magill, biogeoquímico da Pennsylvania State University. Os investigadores também construíram um registo altamente detalhado da história da água em Olduvai, analisando proporções de isótopos de hidrogénio em ceras vegetais e outros compostos em sedimentos de lagos próximos. Estes resultados suportam os dados de isótopos de carbono, sugerindo as flutuações na região, com períodos de seca dominadas por pastagens e períodos húmidos caracterizadas por extensões de cobertura lenhosa. Modelos estatísticos e matemáticos da equipa de pesquisa vinculam as mudanças observadas com outros eventos da época, tais como alterações no movimento do planeta. "A órbita da Terra em torno do Sol muda lentamente com o tempo", disse Freeman. "Essas mudanças estavam ligadas ao clima local em Olduvai Gorge através de alterações no sistema de monções na África." A órbita da Terra em torno do Sol pode variar ao longo do tempo numa série de maneiras - por exemplo, a órbita da Terra em torno do Sol pode crescer mais ou menos circular ao longo do tempo, e a rotação do eixo da Terra em relação ao plano equatorial do Sol também pode inclinar para trás e para frente. Isso altera a quantidade de luz solar que a Terra recebe, a energia que impulsiona a atmosfera da Terra. A equipa também descobriu ligações entre mudanças em Olduvai e as temperaturas da superfície do mar nos trópicos. Essas descobertas agora lançam luz sobre as alterações ambientais pelas quais os ancestrais dos humanos modernos passaram, facto que os pode ter obrigado a adaptar-se de forma a sobreviver e prosperar. "Os primeiros humanos passaram de ter árvores disponíveis para ter gramíneas apenas disponíveis em apenas 10 a 100 gerações, e as suas dietas teriam de mudar em resposta", disse Magill. "As mudanças na disponibilidade de alimentos, no tipo de alimento, ou na maneira como você come o alimento pode desencadear mecanismos evolutivos para lidar com essas mudanças O resultado pode ser o aumento do tamanho do cérebro e da cognição, alterações na locomoção e até mesmo mudanças sociais - Forma como você interage com outras pessoas num grupo". Esta variabilidade no ambiente coincidiu com um período fundamental na evolução humana ", quando o género Homo foi estabelecido pela primeira vez e quando se descobriu a primeira evidência do uso de ferramentas", disse Magill. Os pesquisadores agora esperam para examinar as mudanças de Olduvai não apenas ao longo do tempo, mas no espaço, o que poderia ajudar a lançar luz sobre aspectos da evolução dos primeiros humanos, tais como padrões de forrageamento. Magill, Freeman e a sua colega Ashley Gail detalharam as suas descobertas online a 24 de dezembro em dois artigos na revista Proceedings. . http://www.ciencia-online.net/2012/12/ambiente-irregular-pode-ser-chave-para.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+ciencia-online+%28Ci%C3%AAncia+Online%29

El Juicio contra Dios - La moralidad de Dios.

Colonização de Marte será movida pelo turismo, diz astrofísico

Não é com alegria que o astrofísico Neil deGrasse Tyson prevê que o turismo se tornará no futuro o maior responsável pelas missões tripuladas para o espaço. O diretor do Planetário Hayden, no Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque, constitui-se de um dos mais premiados cientistas americanos, um dos maiores entusiastas da ciência como motor de desenvolvimento econômico e social e um dos grandes críticos do corte de verbas da agência espacial americana, a Nasa. Tyson prevê: "Robôs vão continuar a explorar os planetas, luas e asteroides, mas as pessoas não vão participar, a menos que as culturas reconheçam o valor da exploração do espaço, como uma espécie de mola propulsora de inovação que serve à saúde de uma economia", acredita. "Provavelmente haverá colônias na Lua e em Marte, mas que serão conduzidas pelo turismo, e não por pesquisa". Difundir a importância da exploração espacial e da ciência em geral é uma de suas missões. Em cada programa de televisão que aparece, o Tyson faz questão de tirar dúvidas e suscitar a curiosidade dos espectadores a respeito de asteroides, viagens espaciais e partículas químicas. Utilizando-se de redes sociais, como Reddit, e uma linguagem acessível e bem-humorada em suas explicações sobre o universo, ele busca popularizar a ciência: "Quando a aprendizagem deixa de ser divertida, ela torna-se dolorosa, e a gente para de aprender". Referência quando se trata de astronomia, Tyson possui dez livros publicados sobre o assunto. O último foi lançado em fevereiro deste ano e é dedicado à exploração do espaço: Space Chronicles: Facing the Ultimate Frontier. Ele também colaborou com a Nasa em projetos sobre o futuro da exploração espacial e recebeu a maior condecoração dada a um civil, a Distinguished Public Service Medal. No momento, Tyson está trabalhando em uma refilmagem da série de TV Cosmos, realizada pelo astrônomo Carl Sagan na década de 1980. A série, com 13 episódios, deve ir ao ar pela FOX em 2013. Tyson é tido por muitos como o substituto de Sagan. "Uma honra ser considerado na mesma frase", enfatiza o cientista. Confira a seguir a entrevista completa, concedida com exclusividade ao Terra: Terra - Você é um grande fã do Isaac Newton. Para uma pessoa que não sabe a importância de Newton, que só ouviu falar na escola - o cara da maçã -, o que você falaria? Como explicar sua importância? Neil deGrasse Tyson - Newton permitiu que a civilização fizesse a transição de ver a natureza como um lugar místico, além da compreensão da mente humana, para um lugar conhecido, em que podemos usar as leis da física para prever o comportamento da própria natureza. A revolução industrial não teria sido possível sem esta transição. Terra - No que se refere à exploração do Sistema Solar, como você acha que ela estará daqui a 50, 100 e 200 anos? Tyson - Quase não há investimento na propulsão do futuro: unidades de antimatéria, propulsão iônica, etc. Portanto não há razão para pensar que o Sistema Solar ficará menor. Robôs vão continuar a explorar os planetas, luas e asteróides, mas as pessoas não vão participar, a menos que as culturas reconheçam o valor da exploração do espaço, como uma espécie de mola propulsora de inovação que serve à saúde de uma economia. Provavelmente haverá colônias na Lua e em Marte, mas que serão conduzidas pelo turismo e não por pesquisa. O mesmo vale para visitas a asteroides, que serão movidas por interesses de mineração, e não de exploração. Terra - As verbas da Nasa estão cada vez mais ameaçadas. A cada ano, elas caem mais. Diminuir essa verba é uma decisão adequada? Tyson - As pessoas (os americanos) não reconhecem o valor total da Nasa para a economia. Trata-se da criação de uma nação inovadora, que tem o desejo incessante de sonhar com um amanhã que somente a ciência e a tecnologia podem trazer. E é aí que estão as sementes da economia do século 21. Terra - É muito comum se deparar com pessoas que acham que o investimento em ciência básica é inútil. Elas acreditam que mandar uma sonda para Marte é um desperdício de dinheiro. Qual é a importância da ciência básica? Por que se busca uma partícula elementar ou se manda uma sonda para analisar a geologia de Marte? Tyson - Cada máquina com um interruptor on-off em um hospital, trazido para o serviço de diagnosticar a condição do corpo humano, sem precisar cortar para abrí-lo, é baseado em um princípio da física, descoberto por um físico que não tinha interesse em medicina. Isso inclui todo o departamento de radiologia: máquinas de raios X, tomografias, tomografia computadorizada, ressonância magnética, eletrocardiogramas e eletroencefalogramas. Enquanto isso, na década de 1930, Albert Einstein escreveu uma equação que permitiu que o laser fosse inventado. E podemos ter certeza de que ele não estava pensando em códigos de barras e cirurgia a laser na época. Então, negar o financiamento da ciência básica é arriscar seu futuro como participante no cenário mundial de tecnologia e inovações. Terra - Muitos cientistas se declaram religiosos, mas muitos outros dizem que a religião atrapalha e freia a ciência. Por outro lado, muitos religiosos apoiam a ciência, enquanto outros criticam as pesquisas porque vão contra suas crenças. Ciência e religião podem coexistir pacificamente? Tyson - É um fato empírico de que a ciência e a religião podem coexistir, porque ela coexiste em muitos cientistas e pessoas treinadas em ciência. Contudo é bastante revelador perceber que os percentuais de cientistas que são religiosos variam conforme o campo de estudo. Os menores são biólogos, físicos e astrofísicos, e os mais elevados são matemáticos e engenheiros. Assim, as profissões que estão mais próximas das operações da natureza são menos representadas entre cientistas religiosos. Mais importante, os cientistas religiosos que são bem-sucedidos não usam a bíblia como referência para suas ideias sobre a natureza. Então, não se pode colocar junto os cientistas religiosos de sucesso com os fundamentalistas religiosos, que afirmam que Deus criou o universo em seis dias e que o mundo não tem mais do que 6 mil anos de idade. Eles não são a mesma comunidade de pessoas. Se você afirma que o seu texto religioso revelado é também uma cartilha sobre as operações da natureza, então você vive uma vida de conflito com a ciência. Terra - O que você acha do trabalho do ex-mágico James Randi e do cientista Michael Shermer? Ambos defendem o ceticismo. Você se considera um cético também? Tyson - Qualquer cientista também é um cético - que é como a ciência progride. Uma pessoa que não é cética está pronta para ser explorada por pessoas que têm algo a vender. Terra - O governo brasileiro tem um grande programa de investimento em educação científica, chamado "Ciência Sem Fronteiras". A ideia é enviar estudantes brasileiros às universidades líderes no mundo e melhorar a qualidade da pesquisa e da educação no País. Você acha que esta é a solução? Tyson - Uma ideia interessante. Ela certamente não pode machucar. Mas eu sempre abracei soluções heterodoxas para esse desafio. Você não pode fazer as pessoas se interessarem por ciência. Elas precisam se sentir compelidas a partir de dentro. Concordo com uma cultura aeroespacial ativa porque estimula a inovação em todos, mesmo quando você não está diretamente no campo aeroespacial. Isso porque os avanços na indústria aeroespacial tendem a ser mais púbicos do que avanços em outros campos. O Brasil tem a terceira maior indústria aeroespacial do mundo. E, na última vez que verifiquei, foi o inventor de um avião que podia funcionar com álcool. A Embraer também domina os mercados de companhias aéreas regionais nos EUA. Esses tipos de inovações têm o poder de inspirar em um nível que não requerem programas para que as pessoas fiquem interessadas em campos STEM (na sigla, em inglês), que compreendem Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Terra - Muitos criticam o programa, por exemplo, por excluir as ciências humanas e por ter sido feito muito rápido, sem um planejamento detalhado. O que você acha disso? Tyson - Isso depende do porquê estão fazendo isso. Nada constrói "novas" economias como as inovações em ciência e tecnologia. Isso é conhecido desde a revolução industrial. Se você está fazendo isso para estimular uma cultura mais "arredondada", então as artes precisam aterrissar bem ao lado das ciências. Enquanto a arte raramente leva a novas economias (com excessão onde a ciência tem permitido às artes expressar-se de uma nova forma), as artes podem impulsionar o turismo e enriquecer a vida de uma nação civilizada de todas as formas intangíveis, que contribuem para o porquê de alguém querer viver em um país e não em outro, e por que algumas pessoas, quando se mudam para lá, quererem ficar. Terra - E você acha que este programa pode ajudar o Brasil a ganhar o Prêmio Nobel de Física, algum dia? Quais são as chances do Brasil? Tyson - Minha escola (Escola Superior de Ciência do Bronx, em Nova York) conta sete prêmios Nobel entre seus graduados. Tudo em física. Este é um motivo de orgulho entre nós. E ele traça para uma cultura de pessoas que querem fazer ciência - que são obrigados a fazer ciência, porque eles veem quase diariamente o que a ciência pode fazer para a saúde, a riqueza e a segurança de uma nação. Os avanços da era Apollo alteraram a mentalidade dos americanos. E este grupo de laureados estava entre eles. Eles se formaram no colegial, entre 1947 e 1966. Os EUA quebraram a barreira do som em 1947. O programa Apollo foi anunciado em 1962. Nós pousamos na lua em 1969. A nossa presença no espaço era uma força da natureza em si. Terra - Como você vê sua popularidade crescente em redes sociais como Reddit? A internet tem força para popularizar a ciência? Tyson - Sim. Mas a internet também tem o poder de popularizar a não ciência tão bem quanto o absurdo. Então, eu estou feliz em ser um participante, mas os desafios permanecem para aqueles que se preocupam com a alfabetização científica. Terra - Em suas entrevistas, você sempre fala sobre ciência com bom humor, explicando os assuntos de forma divertida e fazendo piadas. Você acha que essa é uma forma de manter as pessoas mais interessadas? Elas entendem melhor a ciência dessa forma? Tyson - Quem aí não gosta de rir? Quando a aprendizagem deixa de ser divertida, ela torna-se dolorosa e a gente para de aprender. E, além disso, acontece que eu acho o universo hilário. Terra - Qual a influência de Carl Sagan em sua vida e no seu trabalho? Tyson - Eu conheci ele enquanto estava no ensino médio. E nos encontramos várias vezes depois disso. Ele nunca foi meu mentor, como alguns têm presumido. Mas o meu primeiro encontro com ele foi eterno. Ele passou um tempo comigo - um aluno que ele nunca havia conhecido - simplesmente porque ele tinha ficado sabendo do meu interesse em astrofísica. Daquele momento em diante, eu passei a encontrar tempo para alunos que eu nunca havia visto antes, da mesma forma como Carl deu seu tempo para mim. Terra - Muitas pessoas dizem que você é o substituto dele, o novo Carl Sagan, o novo porta-voz dos astrônomos. O que você acha disso? Tyson - Uma honra ser considerado na mesma frase. Temos uma forte sobreposição em nossas declarações de missão pessoais, embora ele fosse muito mais vigilante no combate à pseudociência. Terra - Com a morte de Armstrong, muitos relembraram seu grande feito, de ter sido o primeiro homem a pisar na lua, em 1969. Qual foi de fato a importância da chegada do homem à Lua? Tyson - A morte de Armstrong é especialmente importante não porque ele pousou na Lua e deu os primeiros passos, mas porque, três anos depois, nós paramos de ir, e toda a era está recuando rapidamente para o passado, sem nada para mostrar desde então. Isso torna a morte de Neil Armstrong uma tragédia a lamentar mais do que uma vida para comemorar. Terra - Há quem diga que a China será o próximo país a conquistar a Lua. Você acredita nisso? E que importância esse feito teria hoje? Tyson - A China provavelmente vai realizar esta façanha. Eu não me preocupo com quem "deve" fazê-lo. Eles têm sido coerentes com as suas promessas e suas realizações no espaço. Então, eu não tenho nenhuma razão para duvidar de seus planos para os "taikonautas" visitarem a Lua em um futuro próximo. Terra - Como estamos nos preparando para o dia 13 de abril de 2036? Quais seriam as consequências previsíveis do impacto do asteroide Apophis na Terra? (O asteroide tem 1 chance em 250 mil de atingir a Terra. Como lembra Tyson em outra entrevista, muita gente aposta na loteria com probabilidade de acerto bem menor.) Tyson - Se Apophis atingir a Terra, ele provavelmente vai bater no Oceano Pacífico e causar um trilhão de dólares em danos materiais ao longo da costa oeste da América do Norte. Mas ninguém tem que morrer. Nós vamos saber com antecedência onde e quando ele vai bater. Mas eu gostaria de desviar o asteróide, se ele vier ao nosso encontro, em vez de fugir dele. E a única maneira de desviá-lo é garantir que você tenha cientistas e engenheiros em seu meio, porque são eles que vão, naturalmente, pensar desta forma. . http://noticias.terra.com.br/ciencia/colonizacao-de-marte-sera-movida-pelo-turismo-diz-astrofisico,37ea8116492da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html