Pôster do filme “Criação” (Creation) - baseado no livro “Annie’s Box”, escrito por Randal Reynes, tataraneto de Charles Darwin, o criador da teoria da evolução.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Meninas nepalesas "se casam" com deus em antigo ritual

Meninas se preparam para cerimônia de casamento em Katmandu, antes que chegem à puberdade


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Bhintuna, 9 anos, sentava-se sorridente coberta de joias e usando um vestido de noiva em brocado vermelho e dourado enquanto segurava uma bandeja de oferendas, esperando sua vez de participar do ritual que a casaria com um deus.
A estudante é apenas uma de centenas de meninas nepalesas que devem participar do ritual que as casará com o deus Vishnu ao longo do próximo mês, uma época simbólica de casamentos, segundo a tradição nesta nação profundamente religiosa e de maioria hindu.
"É divertido. Estou feliz por usar novas roupas e por estar com tantos amigos", disse Bhintuna.
O ritual, que ocorre antes que uma menina atinja a puberdade, é um dos três casamentos aos quais as garotas da comunidade Newar, que domina o vale de Katmandu, são submetidas em suas vidas.
Em um cerimônia posterior ela se "casará" com o sol ao passar 12 noites em um quarto escuro quando tiver 11 ou 13 anos, um ritual que lhe dá proteção adicional. Seu último casamento será com o seu marido real e humano, geralmente por volta dos 25 anos.
As origens da tradição são obscuras, mas Rajendra Rajopadhyaya, o sacerdote que conduziu a cerimônia, disse datar de pelo menos vários séculos.
O Nepal tornou-se uma nação oficialmente secular e aboliu sua monarquia hindu em 2008, mas a maioria de seus 26,6 milhões permanece profundamente religiosa.
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5586431-EI8143,00-Meninas+nepalesas+se+casam+com+deus+em+antigo+ritual.html

Astrônomos estão mais perto de obter foto inédita de buraco negro

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Um projeto que está agrupando imagens do centro da Via Láctea obtidas por mais de 70 telescópios ao redor do mundo estima que em 2015 terá capacidade para atingir um feito sem precedentes: observar um buraco negro.
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Batizado de Event Horizon Telescope, o plano começou a ser posto em prática em 2007 ainda sem perspectiva de quando --e se-- essa meta poderia ser atingida. Foi num encontro no Arizona, na semana passada, que astrônomos se deram conta de que o objetivo não está longe.
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A meta dos cientistas é fotografar o buraco negro gigante que físicos acreditam existir no centro da nossa galáxia.

O movimento da matéria superaquecida nessa região leva a crer que ela abriga um objeto desses, com uma massa de 4 milhões de vezes a do Sol. Essa matéria tumultuada no centro da galáxia, porém, é difícil de ver.

A única maneira prática para se observar o núcleo da Via Láctea, na verdade, é com telescópios que detectam ondas de rádio, em vez de luz comum.

Como elas possuem uma frequência muito menor, atravessam concentrações de matéria com mais facilidade e chegam até a periferia da galáxia, onde fica a Terra.

Um único radiotelescópio, porém, não conseguiria ver tão distante. "Seria como tentar observar uma laranja na superfície da Lua", diz Dan Marrone, da Universidade do Arizona, um dos coordenadores do projeto.

A ideia, então, é agrupar dados de 11 arranjos diferentes de radiotelescópios no Chile, na Califórnia, no Havaí, na Espanha, no México, na França e no Arizona.

Juntos, eles conseguirão ter sensibilidade suficiente para enxergar a sombra do "horizonte de eventos" do buraco negro, a região onde ele começa a engolir a luz.

"Os primeiros dados, com parte dos telescópios, sugerem que há no centro da galáxia uma estrutura menor do que pensávamos. Ainda assim, é grande o suficiente para que o projeto consiga vê-la no futuro", diz Marrone.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1041277-astronomos-estao-mais-perto-de-obter-foto-inedita-de-buraco-negro.shtml
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Como enxergar um buraco negro

Primeira mãe de todos os cavalos viveu há 140 mil anos

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A "Eva égua", a primeira mãe de todos os cavalos de hoje, viveu há cerca de 140 mil anos. Mas não se trata de um relato bíblico agora descoberto, mas sim de pesquisa com material genético que indicou que essa é a data provável da raiz do que os pesquisadores chamaram de mitogenoma ancestral de égua --a "Eva equina".
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O motivo é simples. O material genético, hereditário, dos seres vivos é uma mistura de parte de pai, parte de mãe. Esse material genético na forma de DNA fica no núcleo das células do corpo.

Mas, além do DNA nuclear, existe um que é transmitido na maior parte das espécies apenas pela mãe. Ele fica em um pequeno órgão celular chamado mitocôndria, uma "fabriqueta" de energia.

O genoma mitocondrial, por não apresentar a "recombinação" de genes de pais e mães, permite ter uma visão mais precisa do relacionamento evolutivo dos seres vivos e mesmo daquele dentro de uma mesma espécie.

Uma equipe internacional de 22 pesquisadores liderada por Antonio Torroni, da Universidade de Pavia, e Alessandro Achilli, da Universidade de Perugia, Itália, incluindo pesquisadores de Portugal, EUA, Síria, Irã e Alemanha, publicou os resultados na edição de hoje da "PNAS", a revista científica da Academia de Ciências dos Estados Unidos.

A edição do texto costuma ser feita por um membro da academia e, desta vez, isso foi feito pelo brasileiro Francisco Mauro Salzano, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Salzano não é especialista em genética de equinos, mas trabalha com evolução humana e domesticação de animais. Para o pesquisador, o estudo foi rigoroso, o mais detalhado até hoje. Foram estudados 83 genomas mitocondriais de cavalos atuais vivendo na Ásia, Europa, Oriente Médio e Américas.

Não se trata de mera curiosidade científica. Como lembraram os autores na "PNAS", "a agricultura e a domesticação animal foram passos fundamentais no desenvolvimento humano, contribuindo para o surgimento de povoações maiores, sociedades mais estratificadas e grandes civilizações".

Qual o papel do cavalo nessa história? "O cavalo serviu como um meio de prover comida, facilitar o transporte, e (desde a Era do Bronze) aperfeiçoar as capacidades de fazer guerra", dizem Torroni, Achilli e colegas.

A importância dos cavalos talvez tenha se refletido na rapidez com que foram domesticados e na provável ocorrência do fenômeno em locais bem distantes. O estudo revelou 18 grupos genéticos diferentes com as mesmas mutações e compartilhando ancestrais.

Os rebanhos atuais de bois e ovelhas derivam de alguns poucos animais domesticados em poucos lugares entre 10 mil e 8.000 anos atrás. Já a domesticação do cavalo, feita entre 7.000 e 6.000 anos atrás, deve ter ocorrido em vários pontos da Eurásia Central. Segundo os pesquisadores, os dados, no futuro, podem ser usados, por exemplo, para ajudar a determinar a pureza das raças.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1041778-primeira-mae-de-todos-os-cavalos-viveu-ha-140-mil-anos.shtml

Porque duvidam da evolução - Marcelo Gleiser

Sayd Alexandre
Por que duvidam da evolução?

Será que é tão ofensivo ter um ancestral em comum com outros primatas, como os chimpanzés?

Ao menos nos EUA, a evidência é indiscutível. Em uma pesquisa do grupo Gallup na véspera do aniversário de 200 anos do nascimento de Charles Darwin, no dia 12 de fevereiro de 2009, apenas 39% dos americanos responderam que "acreditam na teoria da evolução".

Não há dados semelhantes no Brasil, mas imagino que os números sejam semelhantes ou piores.

A mesma pesquisa relaciona o resultado com o nível educacional dos respondentes. Apenas 21% das pessoas com ensino médio completo ou menos acreditam na evolução. O número sobe para 53% nos graduados e 74% em quem tem pós-graduação.

Outra variável investigada foi a relação do resultado com frequência à igreja. Dos que acreditam em evolução, 24% vão a igreja semanalmente, 30% ao menos uma vez por mês e 55% nunca vão. Quanto mais crente, maior a desconfiança em relação à teoria de Darwin.

Por outro lado, a evidência em favor da evolução também é indiscutível. Ela está no registro fóssil, datado usando a emissão de partículas de núcleos atômicos radioativos. Rochas de erupções vulcânicas (ígneas) enterradas perto de um fóssil contêm material radioativo. O mais comum é o urânio-235, que decai em chumbo-207.

Analisando a razão entre o urânio-235 e o chumbo-207 numa amostra de rocha ígnea e sabendo a frequência com que o urânio emite partículas (em 704 milhões de anos, a quantidade de urânio numa amostra cai pela metade), cientistas obtêm uma medida bastante precisa da idade do fóssil. Por exemplo, os dinossauros desapareceram há 65 milhões de anos.

A evidência em favor da evolução aparece também na resistência que bactérias podem desenvolver contra antibióticos. Quanto mais se usam antibióticos, maior a chance de que mutações gerem bactérias resistentes. Esse tipo de adaptação por pressão seletiva pode ser investigado no laboratório, sujeitando populações de bactérias a certas drogas e monitorando modificações no seu código genético.

Posto isso, pergunto-me por que a evolução causa tanto problema para tanta gente. Será que é tão ofensivo assim termos tido um ancestral em comum com outros primatas, como os chimpanzés?

A nossa descendência é ainda muito mais dramática: se formos mais para o passado, todos os animais que existem descenderam de um único ancestral, o Último Ancestral Universal Comum (na sigla Luca, em inglês), que provavelmente era um ser unicelular.

Essa desconfiança do conhecimento científico é muito estranha, dada a nossa dependência dele no século 21. (De onde vêm os antibióticos e iPhones?) O problema parece estar ligado ao Deus-dos-Vãos, a noção de que quanto mais aprendemos sobre o mundo, menos Deus é necessário. Os que interpretam a Bíblia literalmente veem nisso uma perda de rumo. Se Deus não criou Adão e Eva e se não nos tornamos mortais após a "queda do Paraíso", como lidar com a morte?

Uma teologia que insiste em contrapor a fé ao conhecimento científico só leva a um maior obscurantismo. Mesmo que não acredite em Deus, imagino que existam outras formas de encontrar Deus ou outros caminhos em busca de uma espiritualidade maior na vida.

Marcelo Gleiser, na Folha UOL

Pais entram no Facebook, e adolescentes migram para o Twitter

Adolescentes não tuítam, nunca tuítam --é público demais, há muitos usuários mais velhos. Não é bacana.

Essa há tempos tem sido a previsão, surgida de números mostrando que menos de um em cada dez adolescentes usava o Twitter no início do serviço.
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Taylor Smith, 14, acessa o Twitter no celular em sua casa, em Kirkwood, no Missouri (EUA)


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Mas, então, seus pais, avós, vizinhos, amigos dos pais e todos os intermediários começaram a adicioná-los no Facebook --e uma coisa curiosa começou a acontecer.

De repente, o espaço dos adolescentes não era mais só deles. Assim, mais jovens começaram a migrar para o Twitter, escondendo-se da vista dos outros.

"Eu amo o Twitter, é a única coisa que tenho para mim mesmo... Porque meus pais não têm [perfil no Twitter]", tuitou alegremente Britteny Praznik, 17, que vive nos arredores de Milwaukee. Embora ainda tenha uma conta no Facebook, ela aderiu ao Twitter no verão passado, depois de mais pessoas em sua escola terem feito o mesmo. "[O Twitter] meio que pegou", diz ela.

Adolescentes elogiam a facilidade de uso e a capacidade de enviar o equivalente a uma mensagem de texto para um círculo de amigos, muitas vezes menor do que aquele que eles têm em suas contas abarrotadas no Facebook. Eles podem ter várias contas e não precisar usar seus nomes reais. Eles também podem seguir suas celebridades favoritas e usar o Twitter como um palanque, se quiserem.

A popularidade crescente que os adolescentes relatam se encaixa com os resultados de um relatório do Pew Internet & American Life Project, uma organização sem fins lucrativos que monitora hábitos de tecnologia das pessoas.

A migração tem sido lenta, mas constante. A pesquisa da Pew, de julho do ano passado, constatou que 16% dos jovens entre 12 e 17 anos usam o Twitter. Dois anos atrás, esse percentual era de apenas 8%. "Essa duplicação é definitivamente um aumento significativo", diz Mary Madden, especialista de pesquisa sênior da Pew. E ela suspeita de que esse número seja ainda maior atualmente.

PRESSÃO SOCIAL

A pesquisa da Pew descobriu que quase uma em cada cinco pessoas de 18 a 29 anos tomou gosto pelo serviço de microblog, que permite publicar pensamentos com 140 caracteres de cada vez.

No início, o Twitter tinha uma reputação que muitos achavam não ter a ver com os hábitos on-line dos adolescentes --bem mais de metade dos quais já estava usando o Facebook ou outros serviços de redes sociais em 2006, quando o Twitter foi lançado.

"O primeiro grupo a colonizar o Twitter foram pessoas da indústria de tecnologia, que gostam de se autopromover", afirma Alice Marwick, uma pesquisadora da Microsoft Research que acompanha os hábitos dos jovens on-line.

Para os adolescentes, a autopromoção não é normalmente o objetivo. Pelo menos até eles irem à faculdade e começarem a pensar sobre suas carreiras, as rede sociais são, bem... sociais.

Mas, assim como o Twitter tem crescido, também aumentaram as formas como as pessoas e as comunidades o usam.

Por um lado, embora alguns não se deem conta disso, tuítes não têm que ser públicos. Muitos adolescentes gostam de usar o Twitter bloqueado, por meio de contas privadas. E muitos usam pseudônimos, para que apenas amigos saibam quem eles são. "O Facebook é como gritar no meio de uma multidão. O Twitter é como falar para uma sala", disse um adolescente que participou de um grupo de foco da Microsoft Research, conta Marwick.

Outros adolescentes disseram aos pesquisadores da Pew que sentem "pressão social" para adicionar as pessoas no Facebook. "Por exemplo, adicionar todos da sua escola ou aquele amigo de um amigo que você conheceu em um jogo de futebol", afirma Madden.

O Twitter é mais fluido e anônimo, dizem os adolescentes, o que lhes dá mais liberdade para evitar os amigos dos amigos dos amigos --mas isso não quer dizer que eles estejam dizendo algo particularmente bombástico. Eles simplesmente não querem que todos os vejam.

Praznik, por exemplo, tuíta desde queixas e pensamentos aleatórios até mensagens de angústia e de ansiedade. "Eu odeio neve, eu odeio inverno. Vou me mudar para a Califórnia logo que puder", diz um post recente da adolescente de Wisconsin.

E mais um: "Eu gostaria que você fosse meu, mas você não sabe o que quer. Até que você descubra o que quer eu vou seguir o meu caminho."

ESPAÇO PRÓPRIO

Pam Praznik, mãe de Britteny, monitora as contas de sua filha no Facebook. Mas Britteny pediu que ela não a seguisse no Twitter --e sua mãe concordou, contanto que os tuítes permaneçam entre amigos. "Ela poderia mandar SMS para os amigos de qualquer maneira, sem o meu conhecimento", diz a mãe.

Marwick, da Microsoft, acha que essa é uma boa ideia. "Os pais devem relaxar um pouco e dar esse espaço aos filhos", diz ela.

Ainda assim, os adolescentes e os pais não devem assumir que as contas, mesmo as bloqueadas, são totalmente privadas, diz Ananda Mitra, professora de comunicação da Universidade Wake Forest, na Carolina do Norte. Privacidade on-line, diz ela, é "privacidade mítica".

Os pais estão sempre preocupados com os predadores on-line --e especialistas dizem que eles devem usar na rede o mesmo senso comum do mundo exterior quando se trata de lidar com estranhos e fornecer muita informação pessoal.

Mas há outras questões de privacidade a considerar, diz Mitra. Alguém com uma conta pública no Twitter pode, por exemplo, retuitar um post feito em uma conta bloqueada de um amigo, permitindo que qualquer um o veja. Isso acontece o tempo todo.

E, num nível mais profundo, ele diz que aqueles que usam o Twitter e o Facebook --pública ou privadamente-- deixam um rastro de "DNA digital" que pode ser extraído por universidades, empregadores, aplicadores da lei ou anunciantes, já que essas informações são fornecidas voluntariamente.

Mitra cunhou o termo "narb" para descrever os bits narrativos que as pessoas revelam sobre si mesmas on-line --idade, sexo, localização e opiniões-- com base em interações com seus amigos.

Privacidade verdadeira, diz ela, significaria "literalmente abandonar" a comunicação textual pela internet ou por telefone --em essência, utilizar essas tecnologias de forma muito limitada. Ela admite que isso não é muito provável, dada a maneira como as coisas estão indo, mas diz que trata-se de algo a se pensar ao interagir com os amigos, ao expressar opiniões ou mesmo ao "curtir" ou seguir uma corporação ou uma figura pública.

Mas Marwick ainda acha que contas privadas representam um risco pequeno quando se considera o conteúdo médio das contas de adolescentes no Twitter. "Eles só querem ter um lugar em que possam se expressar e falar com seus amigos sem que todos os vejam", diz ela.

Como os adolescentes sempre tiveram
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http://www1.folha.uol.com.br/tec/1041578-pais-entram-no-facebook-e-adolescentes-migram-para-o-twitter.shtml

Nasa divulga foto noturna da Europa Ocidental tirada da ISS

A Nasa publicou nesta segunda-feira em seu site a foto noturna da Europa Ocidental


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A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta segunda-feira, em seu site, a imagem noturna da Europa Ocidental tirada pela tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) no último dia 22.
Em primeiro plano, à esquerda, aparece parte da ISS na cor azul, com a Europa Ocidental iluminada ao fundo. Na parte inferior central, observam-se luzes das cidades da Bélgica e dos Países Baixos.
As ilhas britânicas ficaram parcialmente escondidas pela própria ISS e o Mar do Norte e a Escandinávia, localizados mais à direita, foram cobertos pelo braço robotizado da estação chamado Canadarm2.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5584897-EI301,00-Nasa+divulga+foto+noturna+da+Europa+Ocidental+tirada+da+ISS.html

EUA aprovam medicamento contra câncer de pele mais comum

As autoridades americanas aprovaram nesta segunda-feira um novo medicamento para tratar a forma mais comum de câncer de pele (o carcinoma de células basais), que não costuma ser letal, mas pode se expandir se não for tratado.
O novo medicamento, Erivedge (vismodegib), é fabricado pelo laboratório Genetech, filial americano da gigante farmacêutica suíça Roche e foi aprovado pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês). Este medicamento é o primeiro efetivo em pacientes cujo carcinoma se expandiu tanto localmente quanto para outras partes do corpo, ou inclusive ter feito metástase.
Um teste com 96 pacientes mostrou que 30% das pessoas com metástase mostraram uma remissão parcial depois de usar o medicamento, uma pílula ingerida uma vez por dia. Entre os pacientes cujo câncer tinha se expandido localmente, 43% tiveram remissão total ou parcial das lesões.
"O medicamento é para pacientes com carcinomas de células basais avançados a nível local, mas que não são candidatos para cirurgia ou radioterapia e para pacientes cujo câncer se expandiu para outras partes do corpo", disse a FDA.
O medicamento inibe as vias moleculares envolvidas no câncer, como a via Hedgehog, disse Richard Pazdur, diretor do Departamento de Produtos de Hematologia e Oncologia do Centro de Avaliação e Pesquisa da FDA. Os efeitos colaterais desta droga incluem espasmos, perda de cabelo, perda de peso, náuseas, diarreia, fadiga, distorção do paladar, vômitos, constipação e perda do gosto na língua.
Anualmente são diagnosticados nos Estados Unidos mais de 1 milhão de novos casos de carcinomas de células basais, porém, menos de 1 mil são fatais, segundo o Instituto Nacional do Câncer.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5585501-EI8147,00-EUA+aprovam+medicamento+contra+cancer+de+pele+mais+comum.html

Ultrassom pode virar anticoncepcional masculino, diz estudo

Equipamentos de ultrassom comercialmente disponíveis poderiam ser utilizados no futuro como um método confiável, econômico e reversível de contracepção masculina, depois que reduziram o número de espermatozóides em ratos de laboratório, concluíram cientistas americanos.
O estudo, publicado na edição de sábado da revista de Biologia e Endocrinologia Reprodutiva (Reproductive Biology and Endocrinology), foi feito com ratos por cientistas da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte (sudeste dos Estados Unidos).
Os pesquisadores estão convencidos de que este método, se for estudado em profundidade, poderia ser aplicado em humanos. Segundo os informes, a equipe, chefiada pelo doutor James Tsuruta, descobriu que a aplicação de ultrassom de alta frequência (3MHz) ao redor dos testículos provocava uma diminuição das células reprodutivas.
Os melhores resultados ocorreram após utilizar duas sessões de ultrassom de 15 minutos com dois dias de intervalo. De acordo com os cientistas, esta metodologia reduziu o número de espermatozóides a zero, enquanto os homens férteis têm, em condições normais, mais de 39 milhões por mililitro de sêmen, de acordo com os pesquisadores.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como baixa a concentração abaixo de 15 milhões de espermatozóides por mililitro de sêmen. "Diferente dos humanos, os ratos se mantêm férteis mesmo com níveis de concentração de espermatozóides extremamente baixos", explicou o doutor Tsuruta.
"No entanto, nosso tratamento não invasivo por ultrassom reduziu as reservas de espermatozóide dos ratos a níveis muito inferiores dos que normalmente são observados nos humanos férteis", acrescentou. O cientista disse, ainda, que pesquisas mais profundas são necessárias para determinar quanto tempo durarão os efeitos contraceptivos e averiguar se é seguro repetir o tratamento várias vezes.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5585517-EI8147,00-Ultrassom+pode+virar+anticoncepcional+masculino+diz+estudo.html

Crianças criadas com afeto têm hipocampo maior, revela estudo

As crianças criadas com afeto têm o hipocampo - área do cérebro encarregada da memória - quase 10% maior que as demais, indica um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
A pesquisa, realizada por psiquiatras e neurocientistas da Universidade Washington em Saint Louis (EUA), "sugere um claro vínculo entre a criação e o tamanho do hipocampo", explica a professora de psiquiatria infantil Joan L. Luby, uma das autoras.
Para o estudo, os especialistas analisaram imagens cerebrais de crianças com idades entre 7 e 10 anos que, quando tinham entre 3 e 6 anos, foram observados em interação com algum de seus pais, quase sempre com a mãe. Foram analisadas imagens do cérebro de 92 dessas crianças, algumas mentalmente saudáveis e outras com sintomas de depressão. As crianças saudáveis e criadas com afeto tinham o hipocampo quase 10% maior que as demais. "Ter um hipocampo quase 10% maior é uma evidência concreta do poderoso efeito da criação", ressalta Luby.
A professora defende que os pais criem os filhos com amor e cuidado, pois, segundo ela, isso "claramente tem um impacto muito grande no desenvolvimento posterior". Durante anos, muitas pesquisas enfatizaram a importância da criação, mas quase sempre focadas em fatores psicossociais e no rendimento escolar. O trabalho publicado nesta segunda-feira, no entanto, "é o primeiro que realmente mostra uma mudança anatômica no cérebro", destaca Luby.
Embora em 95% dos casos estudados as mães biológicas tenham participado do estudo, os pesquisadores indicam que o efeito no cérebro é o mesmo se o responsável pelos cuidados da criança é o pai, os pais adotivos ou os avós.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5585877-EI8147,00-Criancas+criadas+com+afeto+tem+hipocampo+maior+revela+estudo.html

Nobel: disseram que, se divulgasse pesquisa, seria um idiota

Adam Riess diz que não acreditou no que havia descoberto



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O ganhador do prêmio Nobel de Física de 2011, Adam Riess, ficou tão surpreso quando descobriu que havia uma energia escura no universo, que passou semanas achando que havia cometido um erro de cálculo. Sua pesquisa mostrou que esta energia faz com que o universo esteja acelerando a sua expansão - e não desacelerando, como era imaginado. Ele revelou detalhes da descoberta na sexta-feira na universidade Johns Hopkins, próximo a Washington.
Saiba o que é energia e matéria escura e mais
Assim que terminou sua pesquisa, Riess mandou uma série de e-mails para colegas espalhados por todo o mundo pedindo que eles lhe ajudassem a achar o erro que havia cometido. "Alguns me disseram para ter cuidado ao divulgar esses dados porque eu iria me sentir um idiota em pouco tempo. Outros disseram: Se até Einstein errou porque você não estaria errando também?".
Mas após relutar por varias semanas Riess resolveu arriscar e publicar os resultados. "Achei que seria uma boa ideia para que outros cientistas pudessem verificar e, se fosse o caso, contestar os meus dados", diz. Mas a descoberta, divulgada em 1998, foi recebida com entusiasmo no mundo da ciência e ganhou diversos prêmios ate ser indicada para o prêmio Nobel, em 2011.
A prova de que existe uma energia que repele os corpos celestes no espaço vazio foi considerada revolucionária no estudo da expansão do universo. Este achado pode ajudar a prever o futuro do Sistema Solar e a explicar do que é composto o espaço: "Na receita do universo, a energia escura pode ocupar ate 70% da área, enquanto planetas, estrelas e gás apenas 5% e o restante seria matéria escura, outra substancia que pouco conhecemos", afirma.
Einstein estava certo
O motivo pelo qual Riess ficou tão surpreso com seu resultado foi porque a teoria da energia escura já havia sido levantada por Einstein em 1917 - mas depois foi considerada o maior erro da sua carreira. "Einstein acreditava que o universo era estático por causa da combinação entre a atração natural dos corpos celestes e uma constante cosmológica de repulsão, que seria a energia escura. Mas quando descobriram que o universo não estava parado, sua teoria foi ridicularizada".
Oitenta anos depois, Riess chegou à conclusão de que a constante cosmológica de Einstein estava certa. Seria a única explicação para os resultados que encontrou ao estudar as supernovas. "Eu medi a distância delas através da intensidade do seu brilho e a velocidade pela cor do comprimento de onda e percebi que elas estavam se distanciando cada vez mais rápido com o passar do tempo".
Mas Riess admite que para isso teve uma grande vantagem sobre Einstein: usou telescópios de alta tecnologia que só foram disponibilizados nos últimos 10 anos. Eles permitem a captura de imagens de grandes áreas do espaço com infra-vermelho e alta resolução. "Só existe uma supernova na galáxia a cada 100 anos. Mas eu pude observar milhares de galáxias de uma só vez com grande precisão", explica.
Riess realizou sua descoberta enquanto era pesquisador da Universidade da California-Berkeley, mas agora é professor de física e astronomia na Universidade Johns Hopkins. Ele recebeu o prêmio Nobel em dezembro, na Suécia, junto com um cheque de US$ 1,49 milhão que dividiu com os colegas Brian Schmidt, da Universidade Nacional Australiana, e Saul Perlmutter, da Universidade da Califórnia-Berkeley.

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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5585275-EI301,00-Nobel+disseram+que+se+divulgasse+pesquisa+seria+um+idiota.html

Hitler e Stálin acreditavam em Deus?

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Estudo determina velocidade da evolução em longo prazo pela 1ª vez

Animal como rato chega a tamanho de elefante em 24 milhões de gerações.
Redução de tamanho é até dez vezes mais rápida.
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Ao longo da evolução, os animais levaram 24 milhões de gerações para sair do tamanho de um rato e chegar até o tamanho de um elefante. A conclusão é de um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”.
A pesquisa conduzida por uma equipe internacional de biólogos e paleontólogos é a primeira medição em longo prazo da velocidade da evolução. A pesquisa levou em consideração os aumentos e reduções no tamanho do corpo dos mamíferos nos últimos 65 milhões de anos – ou seja, desde a extinção dos dinossauros.


Os cientistas examinaram 28 grupos diferentes de mamíferos. A medição não foi feita em anos, mas sim em gerações, para permitir uma comparação mais criteriosa entre os animais que têm durações de vida diferentes.
A recíproca não é verdadeira
Se, por um lado, são necessárias milhões de gerações até o surgimento dos mamíferos de grande porte, por outro, a redução é bem mais rápida. A diminuição do tamanho do corpo leva até dez vezes menos gerações do que o crescimento.
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“A diferença enorme nas taxas para diminuir e crescer é realmente impressionante – nós certamente nunca esperamos que isso acontecesse tão rápido”, afirmou Alistair Evans, um dos autores, em material de divulgação da Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália, onde ele trabalha.
Segundo o especialista, a redução no tamanho diminui a quantidade de alimentos que um animal precisa para viver e torna sua reprodução mais rápida. Essas características podem ser vantagens evolutivas, sobretudo em pequenas ilhas
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http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/01/estudo-determina-velocidade-da-evolucao-em-longo-prazo-pela-1-vez.html

domingo, 29 de janeiro de 2012

"Partícula de Deus" pode ser miragem, afirmam físicos


Talvez a descoberta iminente do bóson de Higgs, partícula responsável por dar massa a todas as outras, não passe de miragem -algo que parece ser ele, mas não é.

É o que sugere um estudo teórico feito por um trio de cientistas no Brasil. Eles oferecem uma explicação alternativa para as recentes observações no LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas do mundo.

Em dezembro, pesquisadores de dois dos experimentos instalados no acelerador, Atlas e CMS, anunciaram ter achado indícios da presença do fugidio Higgs em meio às colisões na instalação.

O LHC descobre novas partículas produzindo-as. Para isso, ele promove a colisão de prótons em alta velocidade. Quando ocorre o impacto, a energia acumulada nos prótons é convertida numa miríade de partículas, muitas delas com vida bem curta.

Seria o caso do famoso Higgs, conhecido como a "partícula de Deus" por sua importância na atribuição de massa a todas as outras. Pela teoria, ele dura uma fração de segundo antes de decair, transformando-se em outras partículas mais leves.

A identificação do bóson se faz pelo número de eventos de decaimento associados a ele. É uma questão de estatística. Por isso os cientistas ainda não confirmaram se o Higgs está mesmo lá.
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Se o achado não se confirmar, será preciso buscar outro modelo para o Higgs. E é isso que Gustavo Burdman e Carlos Haluch, da USP, e Ricardo Matheus, da Unesp, acabam de apresentar.

Em artigo publicado no repositório de estudos de física Arxiv.org, eles sugerem um modelo diferente mas compatível com as observações feitas até agora no LHC.

Segundo o estudo, o que os cientistas estão vendo no acelerador seria uma partícula associada ao Higgs, mas não o próprio bóson.

Enquanto o Higgs tradicional se transforma em diversas partículas, como pares de fótons e de partículas Z e W, a partícula sugerida por Burdman e seus colegas decai em fótons, mas não em Z e W.

Por conta disso, será possível separar o Higgs verdadeiro de sua "miragem". Mas, por ora, até os autores do novo estudo admitem que o mais provável é a confirmação da opção tradicional.

"Um maior acúmulo de dados, ao longo de 2012, vai definir a situação. Se só o sinal de fótons se confirmar, então não se trata da partícula que a gente chama de Higgs. Nesse caso, nosso modelo poderia dar uma possível explicação", diz Burdman.

Para os experimentalistas do LHC, trabalhos como esse só significam mais emoção.

"São incontáveis os artigos que tratam de modelos com uma estrutura de Higgs mais complexa do que aquela do modelo-padrão. Haverá uma série de testes para verificar se suas características coincidem com as previstas ou não", diz Sergio Novaes, físico da Unesp envolvido com as observações no LHC.

"Teremos muita diversão pela frente."
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1040784-particula-de-deus-pode-ser-miragem-afirmam-fisicos.shtml

sábado, 28 de janeiro de 2012

he Incredible Human Journey Episode 2 Asia (BBC)

The Incredible Human Journey Episode 1 Out Of Africa (BBC)

Dinossauros possuíam instintos maternais há 190 milhões de anos

Um grupo de pesquisadores descobriu que os dinossauros que existiram há 190 milhões de anos tinham instintos maternais complexos similares aos das aves ou répteis modernos graças a um conjunto de ninhos fossilizados localizados na África do Sul.
O estudo, divulgado nesta semana na revista médica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), mostra que, até nos primeiros momentos da existência dos dinossauros, exemplares da espécie Massospondylus punham seus ovos de forma comunitária em um mesmo local geração após geração.
"Agora podemos argumentar que temos a evidência de que não só esta jazida é o centro de ninhos de dinossauros mais antigo do mundo, mas também o centro de ninhos mais antigo de qualquer vertebrado terrestre", afirmou o professor Robert Reisz, da Universidade de Toronto, durante a apresentação do estudo no Museu Real de Ontário em Toronto.
Reisz explicou que, quando os ovos se rompiam, os Massospondylus permaneciam no ninho até dobrarem de tamanho. De acordo com o cientista, o comportamento desses dinossauros primitivos, que viveram há 190 milhões de anos no que hoje é o Parque Nacional Golden Gate Highlands da África do Sul, seria muito similar ao nascer de algumas espécies modernas de aves ou répteis.
"Pudemos ver que todos os ovos estão postos em uma só camada, assim como fazem as aves. Mas esses dinossauros não se sentavam em cima dos ovos, como fazem as aves", destacou Reisz. "Pela primeira vez, esses dois elementos estão separados: botar ovos em uma só camada e sentar-se em cima deles não estão relacionados, evoluíram de forma separada".
Segundo ele, até agora só se tinha conhecimento de um comportamento reprodutivo parecido entre dinossauros nos períodos finais de sua existência sobre a Terra, há cerca de 65 milhões ou 70 milhões de anos, por isso a descoberta recua esses instintos em mais de 120 milhões de anos.
O cientista e sua equipe também encontrou marcas de pés e mãos deixadas no barro por alguns Massopondylus no momento em que rompiam a casca do ovo e começavam a se aventurar no mundo.
"Isso significa que esses animais caminhavam inicialmente com suas quatro patas. Mas os adultos eram bípedes. Só conhecemos outra espécie animal que começa sua existência como quadrúpede e termina como bípede, e são os humanos", ressaltou.
A jazida sul-africana pode se transformar em um incrível "diário" do processo reprodutivo dos dinossauros graças à coleção de ovos e embriões que contém.
"Temos uma grande quantidade de material embrionário para estudar. Esperamos conseguir o que chamamos de "embriologia de dinossauros", algo que ainda não foi feito: ver como os animais crescem no interior do ovo. Isto é extremamente apaixonante", disse Reisz.
Reisz acrescentou que, "graças aos embriões jovens, outros mais avançados e inclusive alguns que estavam a ponto de sair da casca do ovo, esperamos ver o crescimento do embrião dentro do ovo. Também recuperamos um recentemente que acaba de sair do ovo".
"Portanto, agora podemos estudar os esqueletos e ver como eles mudavam durante sua vida embrionária e imediatamente depois", complementou Reisz.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5582015-EI8147,00.html

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Soldado inglês ganha braço biônico controlado pela mente

O braço biônico é controlado diretamente pelo cérebro


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Um militar da Grã-Bretanha, que ficou ferido no Afeganistão, iniciou uma série de procedimentos para receber um braço biônico controlado diretamente pelo cérebro. Andrew Garthwaite, 24 anos, perdeu o braço direito durante uma operação em Helmand e já usa um dos últimos modelos de braço biônico.
O britânico foi selecionado para receber o novo modelo, desenvolvido na Áustria por médicos e por uma companhia de robótica. Garthwaite estima que serão necessários entre quatro e seis meses para ele aprender a controlar o novo braço e, dentro de pouco mais de um ano, ele poderá operar o braço normalmente.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5580650-EI238,00-Soldado+ingles+ganha+braco+bionico+controlado+pela+mente.html

Vaticano critica Obama por contracepção e pílula do dia seguinte

Em plena campanha eleitoral, nos Estados Unidos, o Papa Bento XVI atacou os planos do presidente Barack Obama de reembolsar a contracepção e a pílula do dia seguinte, como parte do plano americano de assistência à saúde, fazendo um apelo aos católicos a se mobilizarem contra essa possibilidade.
O Papa vem falando sobre "as práticas intrinsicamente más" impostas à sociedade e os "perigos" que pesam sobre "o dom de Deus à vida", durante as tradicionais visitas "ad limina", durante o mês de janeiro, dos bispos americanos a Roma, que representam cerca de 70 milhões de fiéis.
Bento XVI faz alusão, sem mencioná-los diretamente, aos planos de cobertura médica nos Estados Unidos que, num futuro próximo, permitirão às mulheres ter acesso a todas as formas de contracepção aprovadas pela FDA (Food and Drug Administration).
Assim, a partir de 1º de agosto de 2012, todos os contratos relacionados ao seguro-doença deverão compreender esses serviços. Os empregadores que alegarem crenças religiosas para não fornecerem a cobertura para a contracepção terão até o dia 1º de agosto de 2013 para se conformar às novas regras.
O Papa demonstra, assim, seu apoio pleno aos bispos americanos. O presidente da conferência episcopal, Timothy M. Dolan, arcebispo de Nova York, lidera o ataque a esses planos.
Monsenhor Dolan, que também tomou posição contra o casamento dos gays, deve ser nomeado cardeal pelo Papa, no dia 18 de fevereiro.
Em longa mensagem, Bento XVI lamentou "os esforços realizados para recusar aos católicos e às instituições católicas o direito à objeção de consciência".
"Obrigar os cidadãos americanos a escolher entre violar a própria consciência e esquecer seu seguro saúde é absolutamente um contra-senso", acusou Monsenhor Dolan.
"Estamos sendo obrigados a baixar o braço para um governo que considera a concepção, a gravidez e o nascimento como doenças a serem curadas", lançou.
Consciente de que "o american way of life" tem imensa influência no mundo, o Papa denunciou um "secularismo radical" que se espalha nas "esferas políticas e culturais" e "poderosas correntes" de pensamento "mais e mais hostis ao cristianismo".
"A separação legítima da Igreja e do Estado não pode significar que a Igreja mantenha silêncio sobre algumas questões", martelou Bento XVI, que critica o fato de a sociedade ocidental desejar limitar a religião à esfera privada.
"É necessário um mundo de leigos bem formados, comprometidos e organizados, com um forte senso crítico em relação à cultura dominante". Devem "ter a coragem de contra-atacar um secularismo redutor", lançou, numa reprovação velada à flexibilidade dos católicos liberais.
A Igreja americana, muito avançada em relação aos planos sociais e educacionais, mas alquebrada por um amplo escândalo de pedofilia, possui inúmeras correntes, entre elas algumas que não seguem mais as posições de Roma e defendem reformas muito liberais em matéria de costumes.
Numa campanha eleitoral onde a religião está onipresente, o principal candidato republicano católico é o conservador Rick Santorum.
Em 2008, 54% dos católicos americanos votaram no democrata Barack Obama, muito mais do que todas as outras religiões cristãs. Foram numerosos os Latinos católicos a se pronunciarem pelo primeiro presidente negro da história americana.
A Santa Sé, apesar de uma simpatia real pela personalidade de Obama, considera os republicanos mais seguros, devido a suas posições em defesa do "direito à vida".
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5581416-EI294,00.html

Brasil pretende presentear Londres com réplica do Cristo Redentor durante a Olimpíada de 2012

O Cristo Redentor, um dos símbolos do Rio de Janeiro; réplica será oferecida para Londres


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O governo brasileiro pretende presentear Londres, sede da Olimpíada de 2012, com uma réplica do Cristo Redentor de cerca de nove metros de altura. A estátua servirá para simbolizar a transição para o Rio de Janeiro, próxima sede dos Jogos, que receberá o evento em 2016. A informação foi revelada pelo jornal britânico Camden New Journal.

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Segundo o periódico, a região de Primrose Hill é a preferida para a instalação temporária da estátua, que ficaria em exposição durante a Olimpíada.

Em comunicado oficial, o Ministério do Turismo afirmou que, por enquanto, a réplica trata-se apenas de uma possibilidade, mas confessou que já entrou em contato com representantes britânicos.

“Foram iniciadas conversas com os interessados na comunidade de Primrose Hill e com as autoridades locais para avaliar a opinião dos moradores sobre uma instalação temporária”, diz o comunicado.

No entanto, Malcolm Kafetz, presidente da associação Amigos de Primrose Hill, considera o lugar inadequado para a instalação da réplica.
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http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2012/01/27/brasil-pretende-presentear-londres-com-replica-do-cristo-redentor-durante-olimpiadas.htm

Clube cancela palestra de Dawkins ao saber que se trata de um ateu

Dawkins está lançando nos EUA
o livro The Magic of Reality


Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2011/10/clube-cancela-palestra-de-dawkins-ao.html#ixzz1khX5059o
Paulopes só permite a cópia deste texto para uso não comercial e com a atribuição do crédito e link.

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Os donos do Clube de Campo Wyndgate, em Rochester Hills, em Michigan (EUA), cancelaram um encontro marcado para quarta-feira (12) no qual o cientista britânico Richard Dawkins (foto) daria uma palestra e falaria sobre o seu livro para criança The Magic of Reality quando souberam que se trata de um ateu.

Eles tomaram a decisão depois de ver uma entrevista de Dawkins a Bill O'Reilly, da Fox News, durante a qual o jornalista, que é criacionista, afirmou que o livro “zomba de Deus”.

"O mais extraordinário [em relação ao cancelamento] é que, em vez de ler o livro ou ao menos abri-lo, ele [um dos donos do clube] deu crédito às palavras de O'Reilly”, disse o cientista. "Ele me perguntou se sou ateu e eu respondi: claro que sou."

O Wyndgate é um clube privado que aluga suas instalações para eventos. Uma funcionária disse que foi a primeira vez que ali houve o cancelamento de um contrato já assinado.

Na internet, há um abaixo-assinado para que os proprietários do clube peçam desculpas pelo preconceito.

O Centro de Investigação (CFI, na sigla em inglês), uma entidade humanista que preparou a realização do evento, informou que poderá recorrer à Justiça contra o clube.

“A Lei dos Direitos Civis de 1964 proíbe discriminação racial e de crença ou descrença”, disse Sean Faircloth, diretor a Coalizão Secular da América. “Os proprietários do Wyndgate deixaram claro que foram discriminatórios.”

Em seu site, o CFI afirmou que “a atitude do Wyndgate ilustra o tipo de preconceito e intolerância que os descrentes têm de suportar durante todo o tempo”.


http://www.paulopes.com.br/2011/10/clube-cancela-palestra-de-dawkins-ao.html

Dawkins diz que os valores seculares vão determinar a moral do século 21

Para Dawkins, evento quântico
criou o universo


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O biólogo Richard Dawkins (foto), 71, afirmou que a moral do século 21 está sendo determinada pelos valores seculares. “Não precisamos das religiões para estabelecer a nossa moral”, disse ele durante o festival de literatura que se realizou m Jaipur (Índia).

Ao transcrever a entrevista na qual Dawkins fez essas afirmações, o jornal TheTimes of Índia disse que o cientista ateu "está entre os pensadores mais provocativo do nosso tempo”. “O geneticista da Universidade de Oxford tem travado uma guerra intelectual contra a religião, tendo como argumentação a ciência e a racionalidade.”

Em Jaipur, Dawkins reafirmou que a ciência e a crença em um Deus criador do universo são incompatíveis entre si. Disse que a ciência ainda não sabe o que aconteceu exatamente no momento do bing bang, há 13,72 bilhões de anos. Mas acrescentou que físicos e cosmólogos estão avançando no sentido de provar que o “universo surgiu literalmente do nada através de um evento quântico”.

O jornal lhe perguntou se um dia a ciência vai triunfar sobre o tempo, concedendo a imortalidade às pessoas.

Ele respondeu que não. “A ideia da eternidade é assustadora”, disse. “Mais apavorante ainda é imaginar estar nela, estar lá bilhões e bilhões e bilhões de anos. Seria muito chato! Eu prefiro passar a eternidade sob anestesia geral – e é isso exatamente que vai acontecer.”

http://www.paulopes.com.br/2012/01/dawkins-diz-que-os-valores-seculares.html

Dawkins critica projeto de Botton: ‘Ateus não precisam de templos’

Dawkins e Botton: aumentou
a rivalidade entre os dois


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O cientista e militante ateu Richard Dawkins (foto, a de cima), 71, criticou o filósofo Alain de Botton (foto), 42, por ter planejado a construção no centro financeiro de Londres do primeiro templo de ateus do mundo.

"Os ateus não precisam de templos", disse Dawkins ao jornal britânico The Guardian. “Acho que há coisas melhores para se gastar dinheiro, como a educação secular e a construção de escolas não religiosas que se dediquem ao pensamento cético.”

Para o autor do best-seller “Deus – um delírio”, o edifício de Botton é “quase religioso” e “os ateus não precisam disso para investigar o significado da vida”.

O jornal informou que Botton já conseguiu metade do dinheiro para construir o templo, que consistirá de uma torre de 151 metros de altura, representando a idade da Terra. Em seu interior haverá a inscrição de um código binário da sequência do genoma humano.

Se o departamento de obras de Londres aprovar logo o projeto, a construção começará até o final de 2013.

O filósofo suíço radicado na Grã-Bretanha tem sido um critico de Dawkins por apregoar “um ateísmo agressivo”. O anúncio da construção do “templo do novo ateísmo” acirrou a rivalidade entre os dois.

Botton declarou ao The Guardian que, por causa do Dawkins e de Christopher Hitchens (1949-2011), autor do "Deus não é grande – como a religião envenena tudo”, “o ateísmo se tornou uma força destrutiva”.

Para ele, "há muitas pessoas que não acreditam em Deus e nem por isso são agressivas em relação às religiões”.

Botton anuncia a construção do primeiro templo ateu do mundo.
janeiro de 2012


http://www.paulopes.com.br/2012/01/dawkins-critica-projeto-de-botton-ateus.html

Nasa divulga mais nítida imagem do planeta Terra

A Nasa divulgou na quarta-feira a mais nítida imagem feita da Terra

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A Nasa, a agência espacial americana, divulgou na quarta-feira a imagem da "Blue Marble", que corresponde à fotografia da superfície da Terra deste ano, tomada no dia 4 de janeiro pelo satélite Suomi NPP. Segundo a agência, esta é a imagem em mais alta definição já feita da Terra.
A Blue Marble deste ano superou as versões anteriores, tiradas pela Nasa desde 1972, quando a imagem foi capturada durante a missão da Apollo 17.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5578719-EI301,00-Nasa+divulga+mais+nitida+imagem+do+planeta+Terra.html

Cientistas criam material que torna objetos em 3D invisíveis

Cientistas americanos conseguiram pela primeira vez criar um material que permite envolver um objeto tridimensional e fazê-lo invisível sob qualquer ângulo.
Os autores da pesquisa publicada no New Journal of Physics assinalam que, embora já tenha sido possível ocultar objetos em duas dimensões, seu estudo mostra como os objetos comuns podem ser envolvidos em seu ambiente natural e desaparecer sob os olhos dos observadores em todas as direções e desde todas as posições.
Os pesquisadores utilizaram um método conhecido como "cloaking plasmonic" (disfarce plasmônico) e com o material conseguiram ocultar um cilindro de 18 cm dentro do espectro eletromagnético das micro-ondas, mas não até a luz visível. Com isso, fazer alguém desaparecer seguirá possível, ao menos por enquanto, apenas para cineastas de Hollywood.
Na apresentação de seu feito, os especialistas explicaram que as pessoas são capazes de enxergar objetos porque os raios de luz ricocheteiam nos materiais e nossos olhos são capazes de processar a informação.
Devido a suas propriedades únicas, o metamaterial plasmônico usado nesta pesquisa tem o efeito de dispersão frente a materiais de uso cotidiano, causando a "invisibilidade em todos os ângulos de observação", segundo explicou o professor Andrea Alu, cientista do Departamento de Engenharia Elétrica e Informática da Universidade de Austin (Texas).
O desafio de sua equipe agora é ocultar um objeto em três dimensões usando a luz visível.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5580200-EI8147,00-Cientistas+criam+material+que+torna+objetos+em+D+invisiveis.html

Pedra lunar trazida pela Apollo 11 revela novos dados sobre a Lua

A Lua pode ter tido um núcleo ígneo como o da Terra - causado por metais líquidos - durante mais tempo do que se pensava, segundo o estudo de uma rocha lunar trazida pelos astronautas da nave Apollo 11 publicado nesta quinta-feira.
A descoberta da magnetização que permanece nas amostras de rochas coletadas pelas missões lunares Apollo e pelas observações da crosta lunar sugerem que a Lua teve um núcleo metálico e um campo magnético de dínamo.
O efeito dínamo consiste na geração espontânea de um campo magnético em um fluido condutor eletricamente neutro com o movimento de rotação. Por exemplo, no caso da Terra, acredita-se que esse campo magnético é causado pelo movimento de convecção do ferro e níquel fundidos no seu núcleo.
Na edição desta semana da revista Science, Erin Shea, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e sua equipe revelam que uma pedra lunar trazida pela Apollo 11, em 1969, registra a evidência de dínamo na Lua há 3,7 bilhões de anos. Há muito tempo a comunidade científica suspeitava que a Lua tivesse um campo magnético de dínamo em seu núcleo.
Estas descobertas abrem uma nova questão ao considerar que o resfriamento do interior da Lua provavelmente não foi o principal impulsionador do dínamo, como sugere a teoria atual. Os pesquisadores precisam encontrar fontes alternativas que podem ter gerado dínamo de tamanha longevidade.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5579995-EI301,00-Pedra+lunar+trazida+pela+Apollo+revela+novos+dados+sobre+a+Lua.html

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Cientistas listam quatro descobertas recentes sobre o Universo

O exoplaneta Gliese 581g (em primeiro plano) é considerado o mais parecido com a Terra



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A verdadeira cor da Via Láctea, exoplanetas, um observatório voador e a matéria escura estão entre as últimas descobertas da astronomia.

No último congresso da Sociedade Astronômica Americana, realizado em Austin, nos Estados Unidos, de 8 a 12 de janeiro, especialistas de todo o mundo apresentaram os últimos desenvolvimentos no estudo do Cosmos.
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Embora não se conheça vida fora da Terra, para os especialistas estamos iniciando uma nova era no que diz respeito ao nosso conhecimento sobre outros planetas.

"O telescópio Kepler e as microlentes gravitacionais estão abrindo uma espécie de nova era para a descoberta dos planetas", diz James Palmer, especialista em ciência da BBC.

Mais planetas são revelados e novas formas de observação e ferramentas acrescentam dados que ajudam a esclarecer, aos poucos, alguns mistérios do espaço. Veja alguns deles:

A COR DA VIA LÁCTEA

A aparência branca da Via Láctea vista da Terra é, na verdade, resultado de um jogo de luz.

"Para os astrônomos, um dos parâmetros mais importantes é a cor das galáxias. Isso nos indica a idade das estrelas", diz Jeffrey Newman, da Universidade de Pittsburgh

Uma comparação entre várias galáxias também teve um resultado pouco surpreendente: a cor é de fato branca.

A novidade, no entanto, refere-se à tonalidade específica.

Trata-se do branco da neve da primavera logo depois do amanhecer ou antes do entardecer, segundo os pesquisadores, o que poderá trazer informações sobre a idade da Via Láctea.

Até então, um problema recorrente para detectar a tonalidade era a poeira espacial que interfere nos observatórios instalados na terra.

Os pesquisadores reuniram, então, informações de milhões de galáxias similares à Via Láctea. A partir de um modelo especificamente elaborado para o estudo, foi feita uma média de cor, cujo resultado foi o branco da neve.

Com o resultado, será possível avançar no estudo sobre a origem da Via Láctea, que já tem várias estrelas em fase de decadência, diz o professor.

ESTRELAS E PLANETAS

Usando uma microlente gravitacional, a equipe de cientistas encontrou uma série de exoplanetas (estão fora do Sistema Solar) girando em torno de outras estrelas. A descoberta indica a existência de milhões de outros planetas, apenas na Via Láctea.

O método que permitiu a descoberta consiste em usar a gravidade de uma estrela grande para amplificar a luz de estrelas ainda mais distantes e com planetas ao seu redor.

Os astrônomos usam uma série de telescópios relativamente pequenos, conectados em rede, e através destes observam o raro evento de uma estrela passando diante da outra, como se vê da Terra.

A equipe de cientistas usou recentemente esse sistema para observar planetas e ainda, que o número de descobertas tenha sido relativamente pequeno, pode-se chegar a uma estimativa de quantos podem existir na galáxia.

Embora o telescópio Kepler seja a principal ferramenta para descobrir novos exoplanetas nos últimos anos, as microlentes são melhores para localizar planetas de todos os tamanhos e em diferentes distâncias.

"Apenas nos últimos 15 anos fomos de nenhum planeta conhecidos além do Sistema Solar aos 700 que temos hoje", diz Martin Dominik, da Universidade de Saint Andrews, no Reino Unido.

OBSERVATÓRIO EM AVIÃO

O congresso também mostrou dados captados por um telescópio bastante incomum, cuja particularidade é estar instalado na carcaça de um avião 747.

O grande feito do Sofia (Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha) foi captar imagens do que parece ser uma estrela em formação.

"Esta parte da Nebulosa de Órion tem sido observada por décadas. É o mais próximo da formação de uma estrela na galáxia, o que nos dá a melhor medida de como as estrelas se formam", explica o professor James De Buizer, da USRA (Universities Space Research Association).

Com 15 toneladas, o telescópio é montado em um suporte giratório para que possa permanecer com suas lentes fixas nas estrelas.

Ele foi projetado especialmente para analisar o Cosmos na porção infravermelha do espectro eletromagnético, uma vez que os telescópios instalados na Terra não conseguem enxergar essa parte porque o vapor-d'água na atmosfera absorve essa luz infravermelha.

MATÉRIA ESCURA

No congresso, uma equipe franco-canadense apresentou as maiores imagens já vistas da chamada matéria escura, a misteriosa substância que compõe 85% do Universo.

As imagens cobrem um espaço cem vezes maior que aquele até então captado pelo telescópio Hubble e são compatíveis com as teorias em voga até então.

Na nova imagem, os aglomerados de matéria escura podem ser vistos circundando as galáxias, conectados por filamentos soltos de matéria escura.

A professora Catherine Heymans, da Universidade de Edimburgo, explica: "As teorias da matéria escura indicavam que ela formaria uma intrincada e gigante rede cósmica."

É exatamente o que vemos nesses dados, uma rede cósmica abrigando as galáxias", diz.

A matéria escura não emite nenhum tipo de radiação eletromagnética e por isso não pode ser observada, sozinha, por telescópios. Ela pode, no entanto, ser detectada por meio de um estudo de como a luz é refletida por elementos que ficam à sua volta.

As quatro imagens foram feitas em diferentes estações do ano, cada uma capturando uma parcela do céu que, vista da Terra, é tão grande como a palma de uma mão.

Essas descobertas constituem um grande salto adiante no entendimento da matéria escura e da forma como ela afeta o jeito que vemos a matéria normal nas distintas galáxias pela noite.

Juntas, as imagens mostram mais de 10 milhões de galáxias, cuja luz traz indícios da estrutura mais ampla da matéria escura.

A professora Catherine Heymans, da Universidade de Edimburgo, explica que "a luz de uma galáxia distante que chega até nós é curva, por causa da gravidade da massa da matéria que se encontra no meio do caminho".

"A Teoria da Relatividade de Einstein nos diz que a massa altera o espaço e o tempo, então quando a luz chega até nós, vinda do Universo, caso cruze a matéria escura, essa luz torna-se curva e a imagem que vemos é distorcida", explica a professora.
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http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1035344-cientistas-listam-quatro-descobertas-recentes-sobre-o-universo.shtml

Pesquisadores descobrem que dinossauro alado tinha penas pretas

O fóssil do dinossauro foi descoberto em um depósito de calcário na Alemanha em 1861

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Uma equipe internacional de pesquisadores, liderada pela Brown University, dos Estados Unidos, descobriu que as penas do dinossauro alado Archaeopteryx eram pretas. A pesquisa, publicada na Nature Communications, é um importante passo para compreender como se deu a evolução dos répteis para as aves.
Os estudiosos descobriram a cor da pena após identificarem a presença de melanossomos, uma estrutura celular responsável pela produção de pigmentos e que garante maior sustentação estrutural à pena. De acordo com o estudo, isso mostra uma formação muito semelhante a das penas das aves vivas, confirmando que esse tipo de asas já existe há pelo menos 150 milhões de anos.
A pena de Archaeopteryx foi descoberta em um depósito de calcário na Alemanha em 1861. Os traços que fazem da espécie um intermediário evolutivo entre dinossauros e aves, segundo os cientistas, são a combinação de características de répteis - como dentes, dedos com garras e uma cauda óssea - e das aves, como asas com penas.
"Não podemos dizer que isso é prova de que o Archaeopteryx era um voador. O que podemos afirmar é que nas penas das aves modernas, esses melanossomos garantem força e resistência adicionais para o voo, que é o motivo pelo qual as penas e suas pontas são as áreas mais comumente pigmentadas", disse o pesquisador Ryan Carney.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5575551-EI8147,00-Pesquisadores+descobrem+que+dinossauro+alado+tinha+penas+pretas.html

Estudo: super buracos negros 'mataram' as maiores galáxias

Imagem mostra, em vermelho, as galáxias a 10 bilhões de anos-luz



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Uma equipe de astrônomos afirma ter descoberto o que pode ter "matado" as galáxias de maior massa conhecido. Segundo esses cientistas, os culpados são so buracos-negros supermassivos. Essas galáxias, segundo os pesquisadores, eram muito ativas na formação de estrelas no universo primitivo. Contudo, abruptamente viram essa produção parar e hoje têm apenas estrelas que estão envelhecendo e se destinam a morrer.

Os cientistas combinaram observações dos telescópios Apex e VLT, do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), e do Spitzer, da Nasa - a agência espacial americana para observar como galáxias distantes (a cerca de 10 bilhões de anos luz) e brilhantes formam grupos e aglomerados.
Como a luz demora 10 bilhões de anos para chegar na Terra, o que vemos é um registro do universo em seus primeiros bilhões de anos, quando as galáxias tinham uma produziam estrelas mais intensamente, o que se chama de formação estelar explosiva. Ao redor desses aglomerados, se forma um halo de matéria escura. Ao estudar esse halo e como eles crescem como tempo, através de um modelo em computados, os pesquisadores chegaram à conclusão que esses aglomerados acabam por formar galáxias elípticas gigantes - as de maior massa do universo atual.
"Esta é a primeira vez que conseguimos mostrar de maneira clara a relação que existe entre as galáxias mais energéticas que apresentam formação estelar explosiva no Universo primordial e as galáxias de maior massa presentes no Universo atual", diz Ryan Hickox (do Darthmouth College, nos Estados Unidos, e da Universidade Durham, no Reino Unido), que lidera a equipe.
Segundo as observações dos astrônomos, a formação explosiva dura apenas 100 milhões de anos, mas é o suficiente para duplicar o número de estrelas de uma galáxia. "Sabemos que as galáxias elípticas de elevada massa pararam de produzir estrelas de modo súbito há muito tempo atrás, encontrando-se agora bastante passivas. Os cientistas tentam imaginar o que poderia ser suficientemente poderoso para conseguir desligar a formação estelar explosiva duma galáxia inteira", diz Julie Wardlow das universidades da Califórnia-Irvine (EUA) e Durham.
Os resultados indicam que essas galáxias se aglomera de forma parecida com os quasares - estes são encontrados em halos semelhantes de matéria escura e emitem intensa radiação alimentada por um buraco negro supermassivo em seus centros.
O astrônomos descobrem cada vez mais evidências de que a formação explosiva também acontece nos quasares, com grandes quantidades de matérias sugadas pelos buracos negros. Os buracos negros, por sua vez, "limpam" o gás do quasar e sem gás não há formação de estrelas.
"Em poucas palavras, a intensa formação estelar dos dias de glória das galáxias acabou também por ser a sua perdição ao alimentar os buracos negros nos seus centros, os quais rapidamente limpam ou destroem as nuvens de formação estelar", explica David Alexander, da Durham, membro da equipe.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5575938-EI301,00-Estudo+super+buracos+negros+mataram+as+maiores+galaxias.html

Porque Abandonei a Religião? - Uma Conversa com Salatiel Júnior

Porque Abandonei a Religião? - Uma Conversa com Salatiel Júnior - Parte 1/3

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Como foi a sua Saída da Religião? - Uma Conversa com Salatiel Júnior - Parte 2/3

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Parte Final - Uma Conversa com Salatiel Júnior - Parte 3/3

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Há mais planetas que estrelas na Via Láctea

Ilustração mostrando a conclusão dos cientistas de que há muito mais planetas do que estrelas na nossa galáxia. [Imagem: ESO/M. Kornmesser]

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Planetas são a regra, não a exceção

Uma equipe internacional de astrônomos utilizou a técnica de microlente gravitacional para determinar quão comuns são os planetas na Via Láctea.

Após uma busca que durou seis anos, com a observação de milhões de estrelas, a equipe concluiu que os planetas em torno de estrelas são a regra e não a exceção.

Durante os últimos 16 anos, os astrônomos detectaram mais de 700 exoplanetas confirmados - o telescópio espacial Kepler já possui milhares de "candidatos a exoplanetas", que ainda precisam ser confirmados.

Alguns desses planetas extrassolares já começam a ser estudados em profundidade: em 2010, os astrônomos conseguiram pela primeira vez captar a luz direta de um exoplaneta e analisar a atmosfera de uma super-Terra.

Embora o estudo das propriedades dos exoplanetas individuais seja extremamente importante, uma questão básica ainda permanecia: quão comuns são os planetas na Via Láctea?

Microlentes gravitacionais

A maioria dos exoplanetas conhecidos foram encontrados ou pelo efeito gravitacional que exercem sobre a sua estrela hospedeira ou quando de sua passagem em frente do seu sol, o que diminuindo ligeiramente o brilho da estrela.

Ambas as técnicas são muito mais sensíveis a planetas que ou são de grande massa ou se encontram próximo das suas estrelas. Por consequência, muitos planetas não podem ser encontrados por estes métodos de detecção.

Uma equipe internacional de astrônomos procurou exoplanetas utilizando um método totalmente diferente - as microlentes gravitacionais - que permite detectar planetas num grande intervalo de massas e também os que se encontram muito mais afastados das suas estrelas.

"Durante seis anos procuramos evidências de exoplanetas a partir de observações de microlentes. Curiosamente, os dados mostram que os planetas são mais comuns na nossa Galáxia do que as estrelas. Descobrimos também que os planetas mais leves, tais como super-Terras ou Netunos frios, são mais comuns do que os planetas mais pesados," afirma Arnaud Cassan, do Instituto de Astrofísica de Paris.

Os astrônomos utilizaram observações nas quais os exoplanetas são detectados pelo modo como o campo gravitacional das suas estrelas hospedeiras, combinado com o de possíveis planetas, atua como uma lente, ampliando a luz de uma estrela ao fundo.

Se a estrela que atua como uma lente tem um planeta em órbita, esse planeta pode contribuir de forma detectável para o efeito de brilho provocado na estrela de fundo.


A maior parte das observações desta pesquisa utilizou um telescópio dinamarquês instalado no observatório La Silla, no Chile, coordenado pelo Observatório Europeu do Sul. [Imagem: ESO/Z. Bardon]
Exoplanetas encontrados

As microlentes gravitacionais são uma ferramenta com potencial de conseguirem detectar exoplanetas que não poderiam ser descobertos de outro modo. No entanto, é necessário o alinhamento, bastante raro, entre a estrela de fundo e a estrela que atua como lente para que possamos observar este evento.

E, para descobrir um planeta, é preciso ainda que a órbita do planeta se encontre igualmente alinhada com a das estrelas, o que é ainda mais raro.

Embora encontrar um planeta por meio de microlente esteja longe de ser uma tarefa fácil, nos seis anos de procura, três exoplanetas foram efetivamente detectados: uma super-Terra e dois planetas com massas comparáveis à de Netuno e à de Júpiter.

Uma super-Terra tem uma massa entre duas a dez vezes a da Terra. Até agora foram publicados um total de 12 planetas detectados pela técnica de microlente, utilizando diversas estratégias observacionais.

Em termos de microlente gravitacional este é um resultado excepcional.

Ao detectar três planetas, ou os astrônomos tiveram imensa sorte e acertaram em cheio, apesar da baixa probabilidade, ou os planetas são tão abundantes na Via Láctea que este resultado era praticamente inevitável.

Mais planetas do que estrelas

Os astrônomos combinaram seguidamente a informação sobre os três exoplanetas detectados com sete detecções anteriores e com um enorme número de não-detecções durante os seis anos do trabalho.

A conclusão foi que uma em cada seis estrelas estudadas possui um planeta com massa semelhante à de Júpiter, metade têm planetas com a massa de Netuno e dois terços têm super-Terras.

O rastreio era muito sensível a planetas situados entre 75 milhões de quilômetros e 1,5 bilhões de quilômetros de distância às suas estrelas (no Sistema Solar estes valores correspondem a todos os planetas entre Vênus e Saturno) e com massas que vão desde cinco massas terrestres até dez massas de Júpiter.

A combinação destes resultados sugere que o número médio de planetas em torno de uma estrela seja maior que um. Ou seja, os planetas serão a regra e não a exceção.

"Anteriormente pensava-se que a Terra seria única na nossa Galáxia. Mas agora parece que literalmente bilhões de planetas com massas semelhantes à da Terra orbitam estrelas da Via Láctea," conclui Daniel Kubas, co-autor do artigo científico.

Bibliografia:

One or more bound planets per MilkyWay star from microlensing observations
A. Cassan et al.
Nature
12 January 2012
Vol.: Published online
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=mais-planetas-estrelas-via-lactea&id=010130120111

Planetas com dois sóis são comuns

Planetas circumbinários têm dois sóis e, devido ao movimento orbital das estrelas, a quantidade de energia que o planeta recebe varia muito. [Imagem: Lynette Cook]


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Circumbinários

Ao mesmo tempo que descobriram que há mais planetas que estrelas na Via Láctea, astrônomos também verificaram que um tipo incomum de sistema planetário não é assim tão raro.

Em Setembro do ano passado, o telescópio espacial Kepler, lançado para descobrir outras terras e até luas habitáveis descobriu um planeta orbitando duas estrelas, como o planeta Tatooine, da saga Guerra nas Estrelas.

Agora, usando o mesmo telescópio, uma equipe liderada por William Welsh, da Universidade de San Diego, descobriu dois novos planetas circumbinários - que orbitam duas estrelas.

Segundo eles, isto mostra que planetas com dois sóis devem ser comuns, com muitos milhões existentes em nossa galáxia.

Planetas com dois sóis

Os dois novos planetas, chamados Kepler-34b e Kepler-35b, são ambos planetas gasosos do tamanho de Saturno.

O Kepler-34b orbita suas duas estrelas, semelhantes ao Sol, a cada 289 dias, e as próprias estrelas giram uma em torno da outra a cada 28 dias.

O Kepler 35b-gira em torno de um par de estrelas menores (80 e 89 por cento da massa do Sol) a cada 131 dias, e suas estrelas orbitam uma à outra a cada 21 dias.

Ambos os sistemas estão na constelação do Cisne, com o Kepler-34 localizado a 4.900 anos-luz da Terra, e o Kepler-35 a uma distância de 5.400 anos-luz.

Vida com dois sóis

Planetas circumbinários têm dois sóis e, devido ao movimento orbital das estrelas, a quantidade de energia que o planeta recebe varia muito.

Este fluxo variável de energia deve gerar climas descontroladamente diferentes.

"Seria como percorrer todas as quatro estações muitas vezes por ano, com enormes variações de temperatura," explicou Welsh. "Os efeitos dessas oscilações climáticas sobre a dinâmica atmosférica e, finalmente, sobre a evolução da vida em planetas circumbinários habitáveis é um tema fascinante que estamos apenas começando a explorar."

Tal como o Kepler-16b, o primeiro planeta com dois sóis a ser descoberto, estes novos planetas também eclipsam suas estrelas hospedeiras em relação à Terra, que é como o telescópio Kepler conseguiu encontrá-los.

Não tão caótico

Quando apenas o Kepler-16b era conhecido, permaneceram muitas questões sobre a natureza dos planetas circumbinários - a mais importante delas sendo justamente se ele seria uma anomalia.

Com a descoberta desses dois novos mundos estranhos, os astrônomos agora podem responder a muitas dessas perguntas, já que agora eles sabem que estão começando a estudar uma classe inteiramente nova de planetas.

"Acreditava-se que o ambiente em torno de um par de estrelas seria demasiado caótico para um planeta circumbinário se formar, mas agora que confirmamos três deles sabemos que é possível, se não provável, que haja pelo menos milhões [de planetas circumbinários] na galáxia," avalia Welsh.

Bibliografia:

Transiting circumbinary planets Kepler-34 b and Kepler-35 b
William F. Welsh et al.
Nature
11 January 2012
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nature10768
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=planetas-com-dois-sois&id=010130120112

NASA flagra cometa caindo no Sol

O cometa C/2011 N3 estava viajando a cerca de 650 quilômetros por segundo, e conseguiu chegar a 100 mil quilômetros da superfície do Sol antes de evaporar.[Imagem: SOHO (ESA/NASA)]



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Mergulho do cometa no Sol

Um cometa foi flagrado fazendo algo que nunca havia sido visto ao vivo antes: dando seu mergulho mortal rumo ao Sol.

Que cometas encontram seu destino final assim não é nenhuma surpresa - mas a chance de ver isto acontecendo em primeira mão surpreendeu até mesmo os observadores de cometa mais experientes.

"Os cometas geralmente são tênues demais para serem observados no brilho da luz do Sol", explica Dean Pesnell, da NASA.

Cometa brilhante

Mas a sonda SDO (Solar Dynamic Observatory), a mesma que descobriu o Efeito Borboleta atuando no Sol, conseguiu a proeza.

O golpe de sorte ocorreu graças ao mergulho de um cometa ultra brilhante, de um grupo conhecido como cometas Kreutz.

O cometa pode ser visto claramente movendo-se no lado direito do Sol, desaparecendo 20 minutos mais tarde, conforme se evapora com o calor escaldante.

Tamanho dos cometas

O filme é mais do que uma mera curiosidade.

Conforme detalhado em um artigo na revista Science, publicado hoje, acompanhar a morte de um cometa fornece um novo modo de calcular o tamanho e a massa de um cometa.

Fazendo as contas, os astrônomos descobriram que o finado cometa tinha algo entre 45 e 90 metros de comprimento, e uma massa similar à de um porta-aviões.

Nas imagens da sonda SDO, o cometa estava viajando a cerca de 650 quilômetros por segundo, e conseguiu chegar a 100 mil quilômetros da superfície do Sol antes de evaporar.

Antes de sua "cremação", nos últimos 20 minutos de sua existência, quando foi visível pela SDO, o cometa tinha cerca de 45 milhões de quilogramas.

Ele então se dividiu em uma dúzia de pedaços grandes, com tamanhos entre 10 e 50 metros, incorporados em um "envoltório" - a nuvem difusa em torno do cometa - de aproximadamente 1.400 quilômetros de diâmetro, seguido por uma cauda brilhante de cerca de 16 mil quilômetros de comprimento.

Bibliografia:

Destruction of Sun-Grazing Comet C/2011 N3 (SOHO) Within the Low Solar Corona
C. J. Schrijver, J. C. Brown, K. Battams, P. Saint-Hilaire, W. Liu, H. Hudson, W. D. Pesnell
Science
20 January 2012
Vol.: 335 no. 6066 pp. 324-328
DOI: 10.1126/science.1211688
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nasa-flagra-cometa-caindo-sol&id=010175120120

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