Um projeto de lei, conferindo ao Rabinato ortodoxo de Israel a autoridade exclusiva sobre a conversão de não-judeus ao judaísmo, divide o governo do país e ameaça gerar uma crise envolvendo o Estado e os judeus que moram fora de Israel.
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De acordo com um projeto de lei elaborado pelo partido de extrema-direita Israel Beitenu e pelo partido ultra-ortodoxo Shas, o Rabinato de Israel deverá ser o único órgão responsável por autorizar a conversão de não-judeus ao judaísmo.
A lei poderá ter um impacto concreto sobre a vida de 300 mil imigrantes da ex-União Soviética, cuja identidade judaica é colocada em dúvida pelos rabinos ortodoxos, que exigem que a conversão seja realizada exclusivamente de acordo com os preceitos mais rígidos da ortodoxia.
Sem serem reconhecidos pelas autoridades locais como judeus, os imigrantes perdem o direito à cidadania automática e podem ter dificuldades de se casar e mesmo de ser enterrados em caso de morte, pois em Israel não existe casamento ou enterro civil.
A lei também exclui rabinos não-ortodoxos do processo de conversão, gerando protestos principalmente nos Estados Unidos, onde se encontra a maior comunidade judaica fora de Israel e onde a maioria dos judeus não é da linha ortodoxa mas sim de correntes consideradas mais moderadas do judaísmo, como a reformista e a conservadora.
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http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/07/100721_israelconversao_gf.shtml
quarta-feira, 21 de julho de 2010
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