Confesso que essa versão para o clássico do "Pink Floyd" me fez arrepiar. "The Wall" é uma música revolucionária e inspiradora, deve ser gratificante a banda perceber a perpetuação dos ecos de suas vozes anos depois.
As imagens do video mostram um país ancorado em um regime feudal. Antiquado e violento, justificado pela religião. É este tipo de malefício que me inspira ao embate contrário a religião. A humanidade não necessita de justificativas para ser boa.
Ser honrado, ético é algo que advém de uma boa criação. De uma cultura e tradição enraizada na solidariedade. E não da religião e nem do fato de acreditar, ou não, em um ser onipresente e onisciente de aspecto imaginário. No entanto a religião justifica atos de barbárie. Não há qualquer aspecto de maldade em apedrejamentos, estupros e mutilições realizadas em nome de deus (sim, em minúsculo, contrariando as normas gramaticais, pois, não há merecimento de respeito). Assim pensam os crentes, aqueles que crêem.
Observamos que a crendice e as supertições estão perdendo cada vez mais sua influência sobre pessoas bem informadas. Acredito que a extinção do pensamento fantasioso da religião é algo completamente possível. Em um futuro isso será o grande avanço da evolução no pensamento humano. É uma grande pena não estar aqui para testemunhar tão grandioso dia...
A matéria abaixo teve como fonte o site da Folha:
Blurred Vision recria clássico do Pink Floyd com crítica a aiatolás
MARCOS FLAMÍNIO PERES
DE SÃO PAULO
1979. No Reino Unido, vinha à luz "The Wall", o álbum conceitual do Pink Floyd que se tornaria um dos ícones da história do rock.
No Irã, a Revolução Islâmica comandada pelos mulás e aiatolás punha abaixo o governo secular e sangrento do xá Reza Pahlevi. "Another Brick in the Wall", o megahit de protesto do vinil da banda inglesa, rapidamente se transforma em referência para a juventude que saía às ruas da capital, Teerã.
Qual dessas músicas brasileiras é a melhor música de protesto na sua opinião?
Duo explica metáforas de "Hey, Ayatollah, Leave Those Kids Alone!"
2010. Dois irmãos iranianos cuja família se exilou no Canadá durante a revolução de 1979 recriam o clássico de Pink Floyd para atacar a opressão contra a mulher na sociedade de seu país.
Vitaminado pela polêmica em torno de Sakineh --que pode ser apedrejada até a morte por supostamente trair e assassinar o marido--, o vídeo do Blurred Vision (visão embaçada) rapidamente se torna sucesso no YouTube.
Às 12h07 de ontem, "Hey, Ayatollah, Leave Those Kids Alone!" (ei, aiatolá, deixe essas crianças em paz) --cruzamento bombástico entre o autoritarismo das salas de aulas britânicas do pós-guerra com a opressão do regime iraniano atual-- já contava com 257.426 acessos.
Misturando ficção e cenas de violência contra manifestantes capturadas na internet, ele retrata uma jovem em fuga da perseguição de líderes religiosos.
Com um iPhone nas mãos, tenta passar desesperadamente, em tempo real, mensagens e imagens da opressão em seu país.
"A tecnologia é crucial para combater os regimes autoritários", diz Sepp, um dos membros do grupo. "O que nos motivou a realizar o projeto foram as cenas na web de mulheres sendo agredidas na cabeça ou torturadas", diz. "A ideia era captar a essência do que ocorre nas ruas do Irã e tornar o vídeo mais impactante", conclui.
Criador da versão original, Roger Waters, 66, se entusiasmou com o projeto desde o início. "Nosso herói", como Sepp define o baixista e vocalista do Pink Floyd, "nos levou a outro grau de determinação para tocar o projeto".
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http://vidadepig.blogspot.com/2010/08/hey-ayatollah-leave-those-kids-alone.html
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010
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