Mais do que em gerações anteriores, jovens na casa dos 20 e 30 anos estão abandonando a fé cristã. Por quê?
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Sociólogos estão vendo acontecer entre os jovens adultos dos EUA uma grande mudança: o abandono do cristianismo. Uma resposta honesta requer um exame deste “êxodo” e alguns questionamentos sobre os motivos desta mudança.
Estudos recentes trouxeram à luz esta questão. Entre os resultados divulgados pela American Religious Identification Survey [Pesquisa de Identificação da Religião nos EUA] em 2009, um aspecto merece destaque. A porcentagem de americanos que afirmam ser “sem religião” quase duplicou em duas décadas, De 8,1%, em 1990, chegaram a 15% em 2008. Essa tendência não está limitada a uma região. Os “sem religião”, cuja resposta à pergunta sobre afiliação religiosa foi “nenhuma”, foi o único grupo que cresceu em todos os estados americanos, incluindo o conservador “cinturão bíblico” no sul. Os “sem religião” são mais numerosos entre os jovens: 22% dos entrevistados entre 18 a 29 anos alegou não ter religião, em contraste com os 11% de 1990. O estudo também descobriu que 73% deles cresceram em famílias religiosas, sendo que 66% foram descritos pelo estudo como “desconvertidos”.
Outros resultados da pesquisa foram ainda mais desanimadores. Em maio de 2009, durante o Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública, os cientistas políticos Robert Putnam e David Campbell apresentaram uma pesquisa feita para seu livro American grace, lançado recentemente. Eles relatam que “os jovens americanos estão abandonando a religião em um ritmo alarmante, de cinco a seis vezes a taxa histórica (hoje, 30-40% não têm religião, contra 5-10% da geração passada)”.
Houve uma queda correspondente na participação em igrejas. Segundo o centro de pesquisas Rainer, aproximadamente 70% dos americanos deixam de se envolver com a igreja entre os 18 e 22 anos. O Grupo Barna estima que 80% daqueles que foram criados na igreja serão “desligados” ao completar 29 anos. David Kinnaman, presidente do Grupo Barna, descreve essa realidade em termos alarmantes: “Imagine uma foto do grupo de jovens que são membros de sua igreja (ou fazem parte da comunidade de crentes) em um ano qualquer. Pegue um pincel atômico grande e risque três de cada quatro rostos. Este é o número provável de desligamento espiritual durante as próximas duas décadas “.
Em seu livro unChristian [não Cristão], Kinnaman baseou suas descobertas em milhares de entrevistas que fez com jovens adultos. Entre suas muitas conclusões está a seguinte: “A ampla maioria das pessoas de fora [da fé cristã] neste país, particularmente entre as gerações mais jovens, na verdade são indivíduos sem igreja”. Ele relata que 65% dos jovens entrevistados dizem ter assumido um compromisso com Jesus Cristo em algum momento. Em outras palavras, a maioria dos que hoje são incrédulos são antigos amigos e adoradores de Jesus, foram crianças que uma dia o aceitaram.
Para esclarecer o discurso de Kinnaman, o problema hoje não são os “não cristãos”, mas os muitos ex-cristãos. Ou seja, não se trata de um “povo não alcançado.” Eles são nossos irmãos, irmãs, filhos, filhas e amigos. Eles já estiveram vivendo entre nós na igreja.
Em seu recente livro Christians Are Hate-Filled Hypocrites … and Other Lies You’ve Been Told, [Cristãos são hipócritas cheios de ódio... e outras mentiras que lhe contaram], o sociólogo Bradley Wright diz que essa tendência de os jovens abandonarem a fé em números recordes é “um dos mitos” do cristianismo contemporâneo. Wright vai na contramão, dizendo que cada geração é vista com desconfiança pelos mais velhos. Embora reconheça que “não podemos saber ao certo o que vai acontecer”, Wright acredita que a melhor aposta é que a história vai se repetir: “…os jovens geralmente abandonam a religião organizada quando saem de casa e se desligam da família, mas voltam quando começam a formar suas próprias famílias”.
Então, jovens de 20 a 30 e poucos anos estão abandonando a fé, mas por quê? Quando pergunto às pessoas da igreja, recebo alguma variação desta resposta: compromisso moral. Uma adolescente vai para a faculdade e começa a frequentar festas. Um jovem decide morar com sua namorada. Logo, os conflitos entre a fé e o comportamento tornam-se insuportáveis. Cansados de ter a consciência pesada e não querendo abandonar um estilo de vida pecaminoso, optam por abandonar seu compromisso cristão. Podem citar ceticismo intelectual ou decepções com a igreja, mas isso é mais uma espécie de cortina de fumaça para a esconder a verdadeira razão. “Eles mudam de credo para coincidir com suas obras”, diriam os meus pais.
Existe alguma verdade nisso, mais do que a maioria dos jovens que seguiram esse caminho gostaria de admitir. A vida cristã fica mais difícil ao enfrentar muitas tentações. Durante o ano passado, fiz entrevistas com dezenas de ex-cristãos. Apenas dois foram honestos o suficiente para citar questões morais como a principal razão do abandono da fé. Muitos experimentaram crises intelectuais que pareciam, convenientemente, coincidir com um estilo de vida fora dos limites da moralidade cristã.
O que os afastou na maioria das vezes? Os motivos de cada um são particulares, mas percebi nas entrevistas que a maioria foi exposta a uma forma superficial de cristianismo que acabou “vacinado-os” contra uma fé autêntica. Quando o sociólogo Christian Smith e sua equipe examinaram a vida espiritual dos adolescentes americanos, encontraram a maioria deles praticando uma religião que seria melhor descrita como “deísmo moralista terapêutico”. Colocam assim Deus como um Criador distante, que abençoa as pessoas “boas, legais e justas”. Seu objetivo principal é ajudar os crentes a “serem felizes e sentirem-se bem”.
A resposta cristã
As razões para o abandono são complexas. Uma parte significativa tem a ver com a nova cultura que vivemos, e há muito a ser pensado sobre isso. Mas os membros das igreja ainda tem controle sobre pelo menos uma parte do problema: o tipo de resposta dada.
Enquanto ficam perplexos, e com razão, ou mesmo arrasados, quando veem entes queridos se afastarem, não deveriam deixar que a tristeza tome conta deles. Conversei com um pai que estava deprimido ao ver seu filho adulto abandonar a fé. Ele disse que seu filho estava metido “em coisas satânicas”. Depois de uma pequena sondagem, descobri que o filho na verdade era um politeísta. Ele amava Jesus, mas via-o como uma figura em um panteão de seres espirituais. Ou seja, algo muito distante da avaliação de seu pai.
Ao falar com quem abandonou a fé, geralmente os cristãos tem uma dessas duas reações opostas e igualmente prejudiciais: partem para a ofensiva, dando um sermão cheio de julgamento ou ficam na defensiva, não se envolvendo no problema.
Observei durante as entrevistas outro padrão inquietante. Quase todos com quem falei lembraram que, antes de abandonar a fé, eram interrompidos quando expressavam suas dúvidas. Alguns foram ridicularizados na frente de colegas por causa de suas “perguntas insolentes”. Outros dizem ter recebido respostas banais às suas perguntas e foram repreendidos por não aceitá-las. Um deles recebeu literalmente um tapa na cara.
Em 2008, durante a reunião da Associação Americana de Sociologia, estudiosos das Universidades de Connecticut e do Oregon relataram que “a contribuição mais comum para a desconversão dos entrevistados foi os cristãos aumentarem as dúvidas já existentes”. Os “desconvertidos” afirmam ter “compartilhado suas dúvidas crescentes com amigo ou membro da família cristãos, apenas para ouvir respostas banais e inúteis”.
Este texto foi escrito por Drew Dyck para a Christianity Today. Drew é autor do livro Generation Ex-Christian: Why Young Adults Are Leaving the Faith and How to Bring Them Back [Geração de ex-cristãos: por que os jovens adultos estão abandonando a fé e como podemos trazê-los de volta]
Tradução e edição: Jarbas Aragão. Todos os direitos de tradução reservados.
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http://www.pavablog.com/2010/11/24/numero-de-jovens-adultos-abandonando-o-cristianismo-bate-recorde/
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
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3 comentários:
Quase soltei um aleluia! kkkkk
Fica finalmente demonstrado que existe vida inteligente nos EUA... kkkk
Abraço, amigão!
Sergio Viula
www.glsgls.blogspot.com
Claro que existe, senão os americanos não seriam o campeão em pesquisa e conhecimento científico da atualidade, o país com maior desenvolvimento tecnológico de todos os tempos, o grande alavancador da ciência dos dias de hoje.
Um grande abraço meu amigo ateuligente
Educando as nossas crianças sem necessidade de
religião
A educação infantil merece toda a nossa atenção, mas chega de encher as mentes das pobres crianças de lixo medieval, verdadeira lavagem cerebral tentando explicar o inexplicável, que equivale a maus tratos infantis, que impede o verdadeiro entendimento e discernimento. É triste, pois serão “educados” numa crença, doutrina e num deus invisível e bíblico, sem evidências e sem convicção alguma. Baseada em falsidades e inverdades absurdas, acientífica e retrógrada, servindo de estorvo para o nosso próprio desenvolvimento e plenitude mental e que impede a compreensão da origem da humanidade.
Nada me admira que temos gente saindo das universidades, quase sem saber coordenar pensamentos e expressá-los por escrito, ou melhor: sem saber o que pensar das coisas, desinformados e desinteressados de quase tudo. Fico imaginando como será em algumas décadas. A ignorância se alastrando pelas casas, escolas, universidades, escritórios, congressos, senados...Populações nos corredores de gigantescos shoppings, preocupados com a orgia de aquisições, num consumismo desenfreado numa compulsão idiota.
Podemos pensar e ensinar as crianças que Jesus foi diplomático? Jesus deve ter sido realmente um grande artista em criar inimigos porque ele tinha somente 33 anos quando ele foi crucificado e apenas três anos de trabalho. A Bíblia não tem nenhum registro dos seus anos de preparação; o registro é muito abrupto. Algo é dito sobre sua infância, muito fragmentário e aos 12 anos de idade e isso é tudo. Então há um intervalo de dezoito anos.
Agora um homem como Jesus não pode viver uma vida ordinária por dezoito anos e então se transformar num Cristo salvador; isso não é possível. Ele surgiu quando tinha trinta anos e com trinta e três ele foi crucificado. Em três anos ele realmente fez um bom trabalho! Ele foi rápido! Você não pode achar que ele era diplomático; ele foi o homem mais sem diplomacia que já existiu.
Só quero mostrar que se pode livrar dos cordéis, aprender a viver sem ser manipulado, sem culpas e tudo é possível, porque religiosidade é o florescer do seu coração.
LEIA OPINIAO COMPLETA no meu Blog: http://livrodeusexiste.blogspot.com/
Site sobre Doutrinação Infantil nas escolas:
http://www.escolasempartido.org/
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