Muçulmanos protestam contra as declarações do padre americano, em Jalalabad, no Afeganistão
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Uma pessoa morreu nesta sexta e outras seis ficaram feridas em confrontos entre as forças de segurança e manifestantes que protestavam em Faizabad (nordeste do Afeganistão) contra o projeto de um pastor evangélico americano de queimar o Alcorão.
Milhares de pessoas saíram indignadas às ruas da cidade, capital da província de Badakhshan, após o fim das rezas nas mesquitas pela festividade do Eid ul-Fitr, que lembra o fim do mês de jejum do Ramadã.
Os manifestantes se reuniram em frente à base da equipe provincial de reconstrução que a Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan tem em Faizabad, como indicou à agência afegã AIP.
Nos confrontos posteriores com as forças afegãs de segurança um manifestante civil morreu e outros dois ficaram feridos, assim como quatro policiais tiveram ferimentos.
Os habitantes da cidade queriam expressar sua repulsa ao projeto do pastor radical Terry Jones, da Flórida (EUA), de queimar o Alcorão amanhã, quando se lembra os nove anos dos ataques contra as Torres Gêmeas e outros alvos americanos.
Aqueles atentados, dos quais os EUA responsabilizaram o líder da rede terrorista Al-Qaeda, Osama bin Laden, "hóspede" dos talibãs afegãos, levaram à invasão americana do Afeganistão e a derrocada em novembro do regime fundamentalista.
Jones suspendeu ontem seus planos em meio a uma intensa pressão internacional e após receber uma ligação do chefe do Pentágono, Robert Gates, e uma visita do FBI (polícia federal americana).
O pastor disse à imprensa e aos fiéis em Gainesville que recuassem porque os responsáveis de construir um centro islâmico perto do "marco zero" onde ficavam as Torres Gêmeas de Nova York tinham desistido de situar o prédio no local, fato que estes desmentiram.
Jones replicou, então, que reconsiderava sua decisão de cancelar a queima. Na ligação, Gates expressou sua preocupação, pois "a queima do Corão poderia colocar em risco a vida de militares americanos, especialmente no Iraque e no Afeganistão" e pediu que cancelasse a iniciativa, segundo o porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell.
Às advertências uniu-se o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que classificou a convocação da queima do Corão como um "ato destrutivo" que ajudará à Al-Qaeda a recrutar combatentes e expõem a mais riscos aos soldados norte-americanos.
As tropas dos EUA compõem o grosso dos 150 mil homens destacados no Afeganistão
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4670620-EI8143,00-Um+morre+em+protesto+contra+queima+do+Alcorao+no+Afeganistao.html
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
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