Pôster do filme “Criação” (Creation) - baseado no livro “Annie’s Box”, escrito por Randal Reynes, tataraneto de Charles Darwin, o criador da teoria da evolução.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Médica: após paciente de Berlim, podemos falar em cura da aids

A perspectiva que existiu durante anos de que uma cura para a aids nunca seria encontrada mudou depois do chamado paciente de Berlim, afirma a médica Judy Auerbach, da Fundação para a Aids de São Francisco, nos Estados Unidos, em entrevista à TV CBS 5. O paciente é Timothy Ray Brown, morador da cidade e considerado o primeiro e único homem curado do HIV no planeta.
"Você sentia que não poderia falar em 'cura' por muitos anos. Cientistas e clínicos e as pessoas com HIV sentiam que era uma promessa que nunca ia ser realizada e era perigoso direcionar a energia em direção a isso (a pesquisa para a cura da doença). (...) E agora as coisas mudaram", diz Judy.
Após a cura do americano, diversos centros de pesquisa investem em estudos sobre uma possível cura da doença, principalmente envolvendo o uso de células-tronco. Segundo a TV, o Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia, por exemplo, aposta em pesquisas envolvendo essas células pensando na possibilidade de repetir o caso de Brown.
"Se você conseguir pegar os glóbulos brancos de alguém e manipulá-los, então eles não serão mais infectados, ou infectáveis, não mais infectáveis pelo HIV, e esses glóbulos brancos se tornarão o sistema imunológico daquele indivíduo (contra a aids). Você tem basicamente uma cura funcional", diz Jay Levy, professor da Universidade da Califórnia-São Francisco e um dos cientistas que descobriu o vírus HIV.
O paciente de Berlim
Um morador de San Francisco (Califórnia), que em 2005 descobriu que tinha contraído o vírus HIV, afirmou em entrevista ter se curado totalmente meses depois da publicação de um estudo que sustentava que o paciente "mostrava evidências" de sua recuperação.
"Estou curado do vírus do HIV", disse na segunda-feira Timothy Ray Brown, de anos, em declarações à emissora local CBS 5 reproduzidas nesta terça-feira pela imprensa. "Nossos resultados sugerem que o paciente se curou do vírus do HIV", disseram os autores do estudo publicado na edição de dezembro de 2010 da revista científica Blood, que ratifica um relatório anterior sobre o tema publicado em fevereiro de 2009.
Brown teve que ser submetido a um tratamento contra leucemia mielóide e, por isso, necessitou passar por um transplante de células-tronco de um doador que possuía um gene hereditário pouco comum, associado à redução do risco de contrair o HIV.
Os médicos do Hospital Médico Universitário da Caridade, em Berlim (Alemanha), selecionaram as células-tronco do tipo CD4, que não possuem o receptor CCR5, necessário para que o vírus se propague pelo organismo. Antes do transplante, Brown foi submetido à quimioterapia e à radioterapia.
Brown teve uma recaída da leucemia 13 meses mais tarde e foi submetido a um novo transplante de células-tronco do mesmo doador. O paciente assegura não ter tomado nenhum tipo de medicação desde então. Em 2009, The New England Journal of Medicine informou que, após 20 meses sem tomar os antirretrovirais, não havia sinais de HIV em seu organismo.
Os especialistas, no entanto, lembram que se trata de um tratamento custoso e "arriscado", que não pode ser aplicado em todos os pacientes e que não se trata de uma cura definitiva para a aids
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5135367-EI8147,00-Medica+apos+paciente+de+Berlim+podemos+falar+em+cura+da+aids.html

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