O anúncio do governo americano de reprimir as pesquisas consideradas "irrelevantes" deixou preocupado o público que se divertiu durante anos com o prêmio IgNobel - sátira do prêmio Nobel que é dada para a descoberta científica mais estranha do ano -, oferecido pela revista Anais das Pesquisas Improváveis (Annals of Improbable Research, em inglês).
Para relembrar os estudos que, por vezes foram considerados estúpidos, outras vezes apenas estranhos, conheça as dez melhores ou piores pesquisas que venceram o IgNobel, entregue em Harvard pela primeira vez em 1991, segundo o jornal britânico Telegraph:
1 - Massagem retal digital, cura para os soluços (Medicina, 2006)
Nos dias de hoje, as pessoas estão habituadas a beber um copo de água para curar o soluço, mas a pesquisa sugere que, para os soluços intratáveis, um simples dedo até o fundo pode fazer maravilhas. Não está claro, no entanto, se o tratamento deve ser administrado sem aviso prévio. Ironias à parte, os soluços podem ser um verdadeiro problema para os doentes e este tratamento curioso pode ser melhor que os fortes medicamentos usados frequentemente.
2 - Defecação dos pinguins em até 40 cm (Dinâmica dos Fluídos, 2005)
Os pesquisadores Victor Benno Meyer-Rochow e Jozsef Gal venceram o prêmio por calcular as pressões geradas durante o processo de defecação dos pinguins. Em suas conclusões, os investigadores disseram: "Se o animal escolhe a direção deliberadamente quando decide expulsar as fezes ou se isso depende da direção do vento são questões que precisam ser abordadas em outra expedição à Antártida".
3 - Necrofilia homossexual entre patos (Biologia, 2003)
O prêmio foi para a documentação do primeiro caso cientificamente registrado de necrofilia homossexual na espécie pato real. "Próximo ao pato obviamente morto, um outro macho, que montou no cadáver e começou a tentar copular com grande força", constatou a investigação na época.
4 - Taxa de suicídio com música country (Medicina, 2004)
Um estudo indicou que a taxa de suicídio nas cidades dos Estados Unidos é maior onde a música country é tocada nas rádios. Além disso, a música country, conforme a pesquisa, devido aos temas que aborda, provoca "modos de suicídio, dado que retrata problemas comuns à população suicida, como discussões conjugais, abuso de álcool e alienação provocada pelo excesso de trabalho". Depois disso, muitas pessoas passaram a temer o poder das canções de Billy Ray Cyrus.
5 - Pulgas entre cães e gatos (Biologia, 2008)
Uma equipe de investigação liderada por Marie-Christine Cadiergues, Christel Joubert e Michel Franc, da Escola de Veterinária de Toulouse (França), demonstraram que as pulgas saltam mais sobre os cachorros do que sobre os gatos, em artigo na Veterinary Parasitology. De certo modo, a pesquisa não foi inteiramente inútil: agora as pessoas sabem que as chances de serem mordidas por pulgas são maiores ao se comprar um cão.
6 - Striptease, lucro e menstruação (Economia, 2008)
Cientistas da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, sugeriram que os lucros de uma dançarina de striptease dependem de seu ciclo menstrual. Se a pesquisa for realmente verdade, do que será que os dançarinos dependem para aumentar os ganhos mensais?
7 - Ratos não falam japonês e holandês (Linguística, 2007)
Juan Manuel Toro, Josep B. Trobalon e Nuria Sebastian-Galles, da Universidade de Barcelona, na Espanha, conquistaram o curioso prêmio ao demonstrar que os ratos algumas vezes não conseguem distinguir entre frases nos idiomas japonês e holandês, faladas na ordem correta e as mesmas frases quando são ditas na ordem inversa. Porém, o objetivo inicial do estudo era o de encontrar semelhanças nas falas entre bebês humanos e outros mamíferos, a fim de determinar a evolução comunicativa.
8 - Baunilha no esterco de vaca (Química, 2006)
Pesquisadores do Centro Médico Internacional do Japão desenvolveram uma forma de obter extrato de vanilina (aroma e sabor de baunilha) do esterco de vacas. A pergunta que ficou para o público foi a seguinte: quem seria capaz de comer essa raridade?
9 - Picapaus não precisam de aspirina (Ornitologia, 2006)
Por que os picapaus não têm dores de cabeça? Essa pergunta foi respondida pelos cientistas Philip May e Ivan Schwab. Esta espécie, que chega a bater com os bicos nos troncos das árvores mais de 12 mil vezes ao dia, possuem crânios preparados para minimizar impactos. Além disso, um mecanismo faz com que os olhos dos picapaus não saiam das órbitas durante os choques contra os troncos de árvores.
10 - Queijo é bom repelente contra mosquitos da malária (Biologia, 2006)
Na próxima vez que você for à África, não se incomode levando repelente de insetos ou redes contra mosquitos: basta ter um belo queijo Limburguer e deixá-lo fora de sua barraca. No prêmio de Biologia, o vencedor foi um estudo que descobriu a atração do mosquito da malária ao cheiro do queijo Limburger. Os cientistas sugeriam também que a atração, não é somente pelo cheiro do alimento, mas também pelo odor dos pés das pessoas
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI3999440-EI8147,00-Conheca+pesquisas+mais+malucas+que+venceram+o+IgNobel.html
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
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