Pôster do filme “Criação” (Creation) - baseado no livro “Annie’s Box”, escrito por Randal Reynes, tataraneto de Charles Darwin, o criador da teoria da evolução.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Fundamentalismo Judeu - Mulher israelense reage à imposição de judeus ultraortodoxos

Tanya virou símbolo de luta
contra discriminação religiosa


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Uma mulher israelense negou-se a ceder às imposições de ultraortodoxos que queriam obrigá-la a ficar na parte traseira de um ônibus e tornou-se símbolo da luta contra a segregação das mulheres em áreas religiosas do país.

Na última sexta-feira, a engenheira Tanya Rosenblit (foto), 28 anos, tomou um ônibus em sua cidade, Ashdod (sul de Israel), com destino a Jerusalém.

Como sabia que o ônibus passava por bairros religiosos, ela diz ter tomado a precaução de vestir-se de "maneira modesta", para não irritar os demais passageiros.

Tanya diz que, logo depois de sentar-se atrás do motorista, vários homens ultraortodoxos começaram a xingá-la, mandando-a se deslocar para a parte traseira.

"Disse a eles que não estava fazendo nenhuma provocação, e que, se tratando de um ônibus público, todos os cidadãos têm o direito de viajar nele", afirmou Rosenblit.

"Também lhes disse que comprei minha passagem exatamente como eles e que não tinham o direito de me dizer onde sentar."

Os homens afirmavam, segundo a engenheira, que "não poderiam sentar atrás de mulheres" no veículo.

Em Israel, existem 70 linhas de ônibus, predominantemente utilizadas por ultraortodoxos, nas quais é praticada a separação entre homens, que ficam na parte dianteira, e mulheres, que ficam na parte de trás do veículo.

Apesar de protestos de grupos feministas e de grupos de direitos humanos, o fenômeno tornou-se comum em várias regiões do país.

O motorista acabou chamando a polícia, que também tentou convencer a mulher a se deslocar para a parte traseira.Devido à resistência de Rosenblit, os homens impediram o ônibus de prosseguir sua viagem.

Após a discussão, os policiais instruíram o motorista a prosseguir e disseram que quem não concordasse com a decisão "poderia descer do ônibus". Vários dos passageiros ultraortodoxos saíram do veículo, e o ônibus finalmente partiu para Jerusalém.

Depois que a engenheira divulgou a história no Facebook, o incidente rapidamente virou notícia nos principais veículos de comunicação no país.

A imprensa comparou Tanya à ativista americana Rosa Parks, que, em 1955, negou-se a ceder seu lugar no ônibus a um branco, episódio que virou símbolo da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos.

A história de Tanya ocorre em meio a uma polêmica crescente em Israel, causada pela exclusão das mulheres de espaços públicos, imposta por ultraortodoxos.

Em Jerusalém, onde grande parte da população é religiosa, não se vê mulheres em outdoors, nem mesmo em propagandas de roupas femininas.

Várias estações de rádio religiosas não transmitem vozes femininas cantando, pois, segundo os preceitos ultraortodoxos, a mulher tem uma voz "obscena", podendo cantar apenas dentro de sua própria casa.

Algumas estações de rádio também pararam de transmitir vozes de mulheres falando.

Na semana passada, homens ultraortodoxos impediram mulheres de participar em uma eleição de lideranças comunitárias, no bairro religioso de Mea Shearim.

Depois que a história de Tanya Rosenblit chegou à mídia, a questão da segregação das mulheres foi discutida na reunião semanal do gabinete israelense.

O primeiro ministro, Binyamin Netanyahu, declarou que "o espaço público deve permanecer aberto e seguro para todos os cidadãos".

'Israel tem de decidir: ser país democrático ou país judeu religioso'.
outubro de 2011

Casos de fanatismo religioso.

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http://www.paulopes.com.br/2011/12/mulher-israelense-reage-imposicao-de.html

1 comentários:

kevin mariz disse...

Gostei do que ela fez, ela é livre nada e nem ninguém pode dizer o que é para ela fazer.
Ela vai encorajar muitas outras mulheres de sua região.

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