Anders Behring Breivik, 32 anos, foi identificado pela polícia como o homem de 1,90 m que abriu fogo na ilha de Utoya e matou mais de 80 pessoas
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Em seu manifesto de 1.518 páginas divulgado na Internet, o atirador norueguês Anders Behring Breivik, 32 anos, citou o Brasil como um "catastrófico" exemplo de miscigenação que não deve ser seguido.
No texto "A European Declaration of Independence - 2083" (Uma declaração de Independência Europeia - 2083, na tradução livre), Brejvik defende que os conservadores europeus se unam através de uma combinação de "luta armada e democracia" para combater o avanço da miscigenação nos próximos 70 anos. Caso contrário, o continente seguiria um modelo de "bastardização, muito similar ao do Brasil".
Segundo Brejvik, a miscigenação cultural brasileira resultou em uma falta de coesão nacional, o que teria tornado o País "permanentemente disfuncional" e seria responsável pelos altos índices de corrupção, falta de produtividade e eterna disputa entre "culturas conflitantes". O manifesto também afirma que o Brasil jamais poderá alcançar um grau de coesão social e harmonia similar aos dos países escandinavos, da Alemanha, do Japão e da Coreia do Sul.
No manifesto, Brejvik conclui que se a Europa adotasse uma abordagem similar ao Brasil em termos de miscigenação, o resultado seria "devastador" e contribuiria para o "genocídio" e "aniquilação" do que ele chama de "povos indígenas nórdicos". O atirador ainda afirma que o resultado só seria pior se o "Islã fosse adicionado à mistura".
Anti-comunista e de extrema-direita assumido, Brejvik diz que a miscigenação brasileira é um resultado da "Revolução Marxista" e também afirma que os marxistas europeus que defendem a mistura de raças devem ser confrontados.
O manifesto ainda cita o acidente com Césio-137 em Goiânia, o golpe militar de 1964, que ele afirma ter contado com a intervenção americana, e a proclamação da República em 1889. No total, o Brasil foi citado 12 vezes durante o texto.
Tragédia na Noruega
A Noruega viveu na última sexta-feira, dia 22, a maior tragédia do país desde a Segunda Guerra Mundial. Dois atentados deixaram, até o momento, um saldo de 76 mortos. As autoridades chegaram a divulgar que 93 pessoas tinham morrido nos ataques, mas revisaram os dados e informaram um novo balanço na segunda, dia 25. Primeiro, uma bomba explodiu no centro da capital, Oslo, na região onde estão localizados vários prédios governamentais, inclusive o escritório do premiê, Jens Stoltenber. Oito pessoas morreram, mas a polícia admite que possa haver corpos não resgatados nos prédios.
A segunda tragédia aconteceu na ilha de Utoya, próxima à capital. Lá, Anders Behring Breivik, um homem de 32 anos vestido com uniforme da polícia, abriu fogo contra jovens reunidos em um acampamento de verão. Ao menos 68 morreram, a maioria pelos tiros disparados. Alguns outros morreram afogados após tentarem fugir nadando. Anders foi detido logo depois, pela polícia, e admitiu o crime. O atirador, que é ligado à extrema-direita e publicou um manifesto na internet chamando à violência contra muçulmanos e comunistas, também tem envolvimento no ataque em Oslo
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5261103-EI18462,00-Em+manifesto+atirador+cita+Brasil+como+exemplo+catastrofico.html
terça-feira, 26 de julho de 2011
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