Mesmo que todas tenham falhado até agora, teorias apocalípticas sempre despertam interesse de muitas pessoas
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De tempos em tempos, algum boato sobre o fim do mundo gera polêmica e pânico entre as pessoas. Geralmente provocadas por antigas previsões, como no caso de Nostradamus, e propaladas pela internet e outras mídias, as teorias não faltam.
"Pessoas gostam da ideia de ter um plano", diz o escocês Rob Hannah, graduado em psicologia pela Open University. "A mortalidade é algo difícil de se aceitar e o fato de que o acaso interfira nas nossas vidas é mais assustador ainda. Quando alguém dá uma data para isso acontecer, isso nos dá um falso senso de segurança".
Para ele, o ser humano precisa se sentir parte de algo maior, e, em alguns casos, dados da ciência indicando que o fim do mundo não está próximo, mas acontecerá em bilhões de anos, não satisfazem. "Isso significa que você morre e o mundo continua, e as pessoas não aceitam que não estarão aqui. É como dizer que, se temos que desaparecer, vamos desaparecer todos juntos", ponderou.
2012 e as catástrofes
A última onda foi a das previsões apocalípticas relacionadas ao ano de 2012. O burburinho em torno do fim dos tempos chegou ao seu auge com o lançamento do filme dirigido por Roland Emmerich, mostrando tragédias como a cidade de Los Angeles caindo no oceano e ondas gigantes varrendo o Himalaia.
Na obra de Emmerich, o alinhamento entre o Sol e o centro da galáxia, no dia 21 de dezembro de 2012, faz com que o astro saia do controle e lance na superfície da Terra partículas conhecidas como neutrinos, que aquecem o centro da Terra. Já outra linha de alarmistas indica que o ano de 2012 marcará a colisão de um planeta chamado Nibiru com a Terra, e que o campo magnético do nosso planeta sairá do controle.
Todas as teorias, porem, já foram refutadas por órgãos especializados, como a Nasa, que chegou a criticar a Sony Pictures por sugerir em sua campanha publicitária que o mundo acabaria nesta data. Mesmo assim, o assunto já é tema de diversos livros. Se "2012" e "fim do mundo" forem digitadas no Google, cerca de 1 milhão de páginas são encontradas.
A escolha do ano não teria surgido ao acaso: seria baseada em cálculos do calendário Maia. Porém os principais historiadores do assunto afirmam que previsões de morte iminente não são encontradas em nenhum dos clássicos códigos maia e que a ideia de que o calendário terminaria em 2012 deturpa a história de um povo que foi notável não somente pelo desenvolvimento da lingual escrita, como também pela sua arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos.
Religião
O psicólogo paranaense Márcio Roberto Regis, responsável pela publicação AtlasPsico, lembra que diversas crenças prometem uma pós-vida melhor aos seus praticantes, o que justificaria a suscetibilidade de alguns indivíduos a crer em teorias apocalípticas. "Se alguém vive uma vida difícil neste momento, pode ver o fim do mundo como uma chance de mudança, o que pode gerar inclusive casos de suicídio", disse.
"O que as pessoas tem que se dar conta é que precisam viver a vida agora, e mudar o que é preciso nesta vida, ao invés de esperar por uma outra", diz o brasileiro. Já Rob Hannah coloca uma contradição na relação da religião e da morte questionando a questão da pena capital: "Se o fim da vida, como a conhecemos, dá a chance da absolvição e redenção, por que a maioria das pessoas religiosas seria contra a pena de morte? E como encarar a questão dos homens-bomba? O assunto é um poço de contradições", concluiu.
Mídia
Tanto Hannah quanto Regis concordam em um ponto: segundo eles, a mídia extrapola na importância que dá a teorias do fim do mundo. "Desastres sempre existiram, o que não existia era o acesso gigantesco à informação, como temos hoje", diz o psicólogo paranaense. De acordo com ele, veículos de massa podem ao mesmo tempo alarmar sobre o excesso de poluentes no ar e vender automóveis em seus comerciais, o que em teoria seria um conflito.
"Nos avisam que somos culpados pela poluição, mas quando vai para o comercial, tentam nos vender o carro", coloca Regis, que lembra que crianças podem ser bastante vulneráveis ao pânico gerado por notícias que anunciem catástrofes iminentes. "Sempre teremos alguém iniciando um boato ou criando uma teoria. É normal. O que os pais precisam fazer é gerar senso critico nos seus filhos. Fazer com que sempre questionem o que leem, ouvem ou assistem", completou.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4763183-EI238,00-Psicologos+explicam+o+fascinio+pelas+teorias+do+fim+do+mundo.html
domingo, 31 de outubro de 2010
Vítimas de padres pedófilos protestam em Roma
Cerca de 75 vítimas e seus apoiadores dos Estados Unidos e vários países europeus queriam marchar até o Vaticano com velas mas foram impedidos pela polícia por não terem permissão
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Vítimas de abuso sexual infantil por padres católicos protestaram próximo ao Vaticano na noite deste domingo, segurando cartazes que pediam à Igreja que puna os responsáveis pelo acobertamento e que faça mais para proteger as crianças.
Cerca de 75 vítimas e seus apoiadores dos Estados Unidos e vários países europeus queriam marchar até o Vaticano com velas mas foram impedidos pela polícia por não terem permissão. "Trata-se de responsabilidade", disse Gary Bergeron, um dos organizadores de um grupo chamado Voz dos Sobreviventes no Castelo de Sant'Angelo, no coração de Roma.
Após negociações com a polícia, Bergeron e uma mulher foram autorizados a caminhar até o Vaticano segurando velas e entrar no quarteirão da Basílica de São Pedro, enquanto os outros foram forçados a ficar atrás. Os dois deixaram 75 cartas das vítimas de abuso endereçadas ao papa Bento 16 na entrada do Vaticano. A polícia, que os seguiu de perto, fez cópias de seus passaportes e os liberou.
"Não há pessoa de posição alguma, em parte alguma do mundo cujo status ou posição que deva colocá-la acima da proteção de nossas crianças ou acima da lei", disse Bergeron. Ele também deixou pequenas pedras no quarteirão representando as vítimas de diversos países. "Quando homens de batina tomam os corpos de crianças para seu prazer, é hora de mudança", afirmou Bergeron durante a manifestação.
Revelações sobre crianças que foram sexualmente abusadas por padres nas últimas décadas têm abalado a Igreja este ano, particularmente na Europa, Estados Unidos e Austrália. Entre os manifestantes estava um grupo de homens que foram abusados por padres em escola especial para surdos na cidade de Verona, norte da Itália, na década de 1960. Eles falaram na linguagem dos sinais através de um intérprete e seguraram cartazes com mensagens como "Vergonha", "Queremos uma Igreja sem abuso" e "Padres pedófilos, tirem as mãos das crianças".
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, foi falar com os manifestantes mas foi forçado a deixar a reunião depois que alguns na multidão começaram a assobiar. Lombardi reuniu-se com os líderes em particular mais tarde.
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4765821-EI8142,00-Vitimas+de+padres+pedofilos+protestam+em+Roma.html
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Vítimas de abuso sexual infantil por padres católicos protestaram próximo ao Vaticano na noite deste domingo, segurando cartazes que pediam à Igreja que puna os responsáveis pelo acobertamento e que faça mais para proteger as crianças.
Cerca de 75 vítimas e seus apoiadores dos Estados Unidos e vários países europeus queriam marchar até o Vaticano com velas mas foram impedidos pela polícia por não terem permissão. "Trata-se de responsabilidade", disse Gary Bergeron, um dos organizadores de um grupo chamado Voz dos Sobreviventes no Castelo de Sant'Angelo, no coração de Roma.
Após negociações com a polícia, Bergeron e uma mulher foram autorizados a caminhar até o Vaticano segurando velas e entrar no quarteirão da Basílica de São Pedro, enquanto os outros foram forçados a ficar atrás. Os dois deixaram 75 cartas das vítimas de abuso endereçadas ao papa Bento 16 na entrada do Vaticano. A polícia, que os seguiu de perto, fez cópias de seus passaportes e os liberou.
"Não há pessoa de posição alguma, em parte alguma do mundo cujo status ou posição que deva colocá-la acima da proteção de nossas crianças ou acima da lei", disse Bergeron. Ele também deixou pequenas pedras no quarteirão representando as vítimas de diversos países. "Quando homens de batina tomam os corpos de crianças para seu prazer, é hora de mudança", afirmou Bergeron durante a manifestação.
Revelações sobre crianças que foram sexualmente abusadas por padres nas últimas décadas têm abalado a Igreja este ano, particularmente na Europa, Estados Unidos e Austrália. Entre os manifestantes estava um grupo de homens que foram abusados por padres em escola especial para surdos na cidade de Verona, norte da Itália, na década de 1960. Eles falaram na linguagem dos sinais através de um intérprete e seguraram cartazes com mensagens como "Vergonha", "Queremos uma Igreja sem abuso" e "Padres pedófilos, tirem as mãos das crianças".
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, foi falar com os manifestantes mas foi forçado a deixar a reunião depois que alguns na multidão começaram a assobiar. Lombardi reuniu-se com os líderes em particular mais tarde.
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4765821-EI8142,00-Vitimas+de+padres+pedofilos+protestam+em+Roma.html
As contradições da Bíblia segundo o Islã
Tradução do documentário (les signes) - L'infiltration de la religion
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Dane Cook - Espirro do Ateu (Legendado)
For those who do not know the "atheists" is not a religion that believes in God.
Have a fun :)
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Have a fun :)
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LEGENDADO Atheist Experience #607 Ligador meio suicida.mp4
Debate sobre a origem da moralidade.
Mais uma vez, um teísta se utiliza da ideia de existência de um código moral absoluto para justificar a existência de deus.
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Mais uma vez, um teísta se utiliza da ideia de existência de um código moral absoluto para justificar a existência de deus.
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Intolerancia contra ateus nos EUA
Incrivel ver mostras de intolerancia e discriminaçao religiosa contra pessoas sem um credo, em pleno seculo XXI e nao na arabia saudita, mas...na "terra da liberdade"...incrivel.
O mundo seria um lugar melhor sem religiao.
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O mundo seria um lugar melhor sem religiao.
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sábado, 30 de outubro de 2010
Ator fuma maconha ao vivo na TV nos EUA
O ator Zach Galifianakis, 41, acendeu um cigarro de maconha e fumou ao vivo em um programa de entrevistas nos Estados Unidos.
Conhecido pelo papel de Alan Garner no filme "Se Beber Não Case", o ator estava no programa "Real Time" debatendo a legalização da maconha no Estado da Califórnia.
"Concordo que a legalização é politicamente complicada porque as pessoas ainda veem o assunto como um tabu", disse Galifianakis.
Foi quando ele surpreendeu a plateia e acendeu o cigarro. Depois, passou o cigarro para outra convidada do programa, que confirmou que se tratava de maconha.
O programa é apresentado por Bill Maher, que é conhecido por apoiar a legalização da substância.
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http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/822942-ator-de-se-beber-nao-case-fuma-maconha-ao-vivo-na-tv.shtml
Vídeo:
Conhecido pelo papel de Alan Garner no filme "Se Beber Não Case", o ator estava no programa "Real Time" debatendo a legalização da maconha no Estado da Califórnia.
"Concordo que a legalização é politicamente complicada porque as pessoas ainda veem o assunto como um tabu", disse Galifianakis.
Foi quando ele surpreendeu a plateia e acendeu o cigarro. Depois, passou o cigarro para outra convidada do programa, que confirmou que se tratava de maconha.
O programa é apresentado por Bill Maher, que é conhecido por apoiar a legalização da substância.
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http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/822942-ator-de-se-beber-nao-case-fuma-maconha-ao-vivo-na-tv.shtml
Vídeo:
Polônia supera Bolívia e Rio, e constrói maior estátua de Cristo do mundo
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A Polônia finaliza a construção da maior estátua de Cristo, com 58 metros de altura, constatou nesta sexta-feira um jornalista da AFP em Swiebodzin (oeste). A estátua polonesa deve superar a figura do Cristo de la Concordia, em Cochabamba, na Bolívia, com 40,4 metros, e a do Cristo Redentor, do Rio de Janeiro, com 38 metros.
"Minha primeira vocação foi ser padre. Minha segunda foi construir esta estátua", declarou Sylwester Zawadzki, padre da paróquia da Divina Misericórdia de Swiebodzin, uma cidade de 40 mil habitantes a cerca de 50 km da fronteira com a Alemanha.
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Zawadzki é a origem deste projeto, que nasceu há pouco mais de cinco anos.
Para isso, comprou um terreno de quatro hectares da Agência Nacional de Terras Agrícolas. Este padre, que viaja em uma Mercedes, também é o responsável por arrecadar fundos e atrair patrocinadores para realizar seu projeto.
"A estátua terá um total de 58 metros de altura desde a base e uma envergadura dos braços de 24 metros", explicou o chefe da obra e irmão do padre, Jan Zawadzki.
A inauguração da estátua está prevista para o dia 21 de novembro, uma vez que estejam concluídos os trabalhos de montagem das últimas peças.
Os braços serão montados na próxima semana. A grua utilizada para esse serviço não foi potente o bastante, e os realizadores da obra cogitaram até realizar a operação com um helicóptero. Finalmente, decidiram usar uma grua maior.
A estátua levanta-se sobre uma pequena colina, em meio ao campo, sendo visível a partir da estrada nacional e, em um futuro, poderá ser vista a partir da autoestrada A2, que unirá Varsóvia e Berlim.
Assim como o Cristo de la Concordia, na Bolívia, e o Cristo Redentor, do Rio de Janeiro, a estátua do Cristo Swiebodzin é totalmente branca. A única diferença é que a coroa é dourada.
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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/822604-polonia-supera-bolivia-e-rio-e-constroi-maior-estatua-de-cristo-do-mundo.shtml
Há até 25 planetas semelhantes à Terra, dizem cientistas
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Cientistas americanos acabam de descobrir que planetas do tamanho da Terra são bem mais comuns do que se imaginava até agora.
De cada cem estrelas parecidas com o Sol e localizadas a até 80 anos-luz daqui, cerca de um quarto pode ter planetas do tamanho da Terra.
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Esse número, que já é considerado surpreendentemente alto, pode até estar subestimado, afirma o grupo.
Como os pesquisadores só analisaram os planetas mais próximos às estrelas (a uma distância equivalente a um quarto do percurso da Terra ao Sol), pode haver ainda mais "gêmeos" terrestres orbitando sóis por aí.
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Alguns deles estariam na zona habitável das estrelas --região com temperatura que permite água líquida, condição básica para a vida.
A afirmação é de um estudo liderado pelos astrônomos Andrew Howard e Geoffrey Marcy, da Universidade da Califórnia em Berkeley, publicado na "Science".
Para chegar ao resultado, eles analisaram 166 estrelas dos tipos G (o mesmo do Sol, com luz amarela) e K (um pouco menores e com coloração avermelhada).
Com base em cinco anos de observação, eles afirmam que o número de planetas em torno das estrelas aumenta conforme o tamanho deles fica mais próximo do da Terra.
Isso contraria uma das teorias mais aceitas sobre a formação e migração dos planetas. Segundo ela, na região onde os cientistas localizaram mais planetas, deveria existir uma espécie de "deserto planetário".
Até pouco tempo atrás, os cientistas só conseguiam detectar planetas gigantes, como Júpiter e Netuno.
A pesquisa do grupo americano --que usa um supertelescópio no Havaí- refinou os resultados até às chamadas super-Terras (planetas com massa entre três e dez vezes a da Terra).
A quantidade de planetas com massa realmente semelhante à Terra --até duas vezes-- foi feita por estimativa.
"Isso significa que a Nasa [agência espacial americana], ao desenvolver novas tecnologias para de fato encontrar planetas do tamanho da Terra na próxima década, não precisará ir muito longe", afirmou Howard.
Com a conclusão dos pesquisadores, ficamos um passo mais próximos de resolver a equação de Drake --conta que tenta estimar o número de civilizações extraterrestres da Via Láctea.
Criada em 1961 pelo americano Frank Drake, a equação tem diversas variáveis que ainda não são conhecidas, como a quantidade de planetas onde, de fato, existe vida.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/822213-ha-ate-25-planetas-semelhantes-a-terra-dizem-cientistas.shtml
Robô enterrado na superfíce de Marte registra indícios de água
Uma das rodas quebradas do robô revolveu areia de Marte e permitiu análise mais profunda do solo
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O robô Spirit, atolado na superfície de Marte desde o ano passado, encontrou evidências de que água penetrou no subsolo do planeta.
Enviado a Marte em 2004, o robô teve uma de suas rodas quebradas em 2006. Três anos depois, a roda dianteira do lado esquerdo também estragou e o robô afundou no terreno. Mesmo assim, Spirit continuou colaborando com os pesquisadores.
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O robô da Nasa passou a revolver areia e a expor camadas do solo de Marte, e os cientistas começaram a estudar esse material com mais atenção.
A infiltração de água no subsolo pode ter ocorrido durante uma mudança climática na época em que o eixo de Marte era mais inclinado --o eixo do planeta muda entre centenas ou milhares de anos.
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Os pesquisadores acreditam que a água possa ter escorrido pela areia carregando minerais solúveis para um nível mais profundo do que o dos menos solúveis.
Entre os minerais relativamente insolúveis encontrados próximos à superfície estão hematita, sílica e gipsita. Sulfatos férricos, que são mais solúveis, parecem ter sido dissolvidos e carregados pela água para baixo. A importância dessa descoberta é que nenhum desses materiais costuma estar exposto na superfície, que é coberta por areia e pó.
O robô atolado trabalhou até março deste ano, quando suas energias acabaram. Spirit não conseguiu posicionar seus painéis solares virados para o Sol durante o inverno marciano, como havia feito anteriormente. Ficou sem energia e está hibernando desde então.
Spirit passou por temperaturas negativas que ainda não havia enfrentado e talvez não acorde durante a primavera de Marte, que começa no próximo mês. Caso sobreviva, continuará participando de estudos que não necessitem de suas rodas.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/822436-robo-enterrado-na-superfice-de-marte-registra-indicios-de-agua.shtml
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O robô Spirit, atolado na superfície de Marte desde o ano passado, encontrou evidências de que água penetrou no subsolo do planeta.
Enviado a Marte em 2004, o robô teve uma de suas rodas quebradas em 2006. Três anos depois, a roda dianteira do lado esquerdo também estragou e o robô afundou no terreno. Mesmo assim, Spirit continuou colaborando com os pesquisadores.
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O robô da Nasa passou a revolver areia e a expor camadas do solo de Marte, e os cientistas começaram a estudar esse material com mais atenção.
A infiltração de água no subsolo pode ter ocorrido durante uma mudança climática na época em que o eixo de Marte era mais inclinado --o eixo do planeta muda entre centenas ou milhares de anos.
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Os pesquisadores acreditam que a água possa ter escorrido pela areia carregando minerais solúveis para um nível mais profundo do que o dos menos solúveis.
Entre os minerais relativamente insolúveis encontrados próximos à superfície estão hematita, sílica e gipsita. Sulfatos férricos, que são mais solúveis, parecem ter sido dissolvidos e carregados pela água para baixo. A importância dessa descoberta é que nenhum desses materiais costuma estar exposto na superfície, que é coberta por areia e pó.
O robô atolado trabalhou até março deste ano, quando suas energias acabaram. Spirit não conseguiu posicionar seus painéis solares virados para o Sol durante o inverno marciano, como havia feito anteriormente. Ficou sem energia e está hibernando desde então.
Spirit passou por temperaturas negativas que ainda não havia enfrentado e talvez não acorde durante a primavera de Marte, que começa no próximo mês. Caso sobreviva, continuará participando de estudos que não necessitem de suas rodas.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/822436-robo-enterrado-na-superfice-de-marte-registra-indicios-de-agua.shtml
Deus não criou o universo - Ayn Rand
Filosofa de origem judaico-russa entrevistada por Phil Donahue em 1979
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Planetas como a Terra podem ser comuns, dizem cientistas
A busca por planetas parecidos com a Terra tem tudo para se mostrar altamente frutífera. Um novo estudo aponta que sistemas como o Solar são comuns e que quase um quarto de todas as estrelas como o Sol podem ter planetas de tamanho semelhante ao da Terra.
Andrew Howard, da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, e colegas observaram durante cinco anos 166 estrelas das classes G e K localizadas a até 80 anos-luz da Terra, com o telescópio Keck, no Havaí.
O Sol é a mais conhecida estrela do tipo G, que são amarelas. As estrelas do tipo K são um pouco menores e laranja ou vermelhas.
O estudo procurou determinar número, massa e distância orbital dos planetas dessas estrelas. O trabalho se baseou em observações e estimativas, uma vez que das estrelas analisadas apenas 22 têm planetas que já foram detectados.
A pesquisa, feita por um grupo de cientistas dos Estados Unidos, China e Japão, incluiu um grande número de pequenos planetas, até o menor tamanho detectável atualmente de corpos chamados de super-Terra, com cerca de três vezes a massa terrestre.
“De cada 100 estrelas parecidas com o Sol, uma ou duas têm planetas com massa semelhante à de Júpiter, seis parecidas com a de Netuno e 12 têm entre três e dez vezes a massa terrestre. Se extrapolarmos a relação para planetas do tamanho da Terra, podemos estimar que encontraremos cerca de 23 deles para cada 100 estrelas”, disse Howard.
“Essa é a primeira estimativa, baseada em medidas reais, da fração de estrelas que têm planetas do tamanho da Terra”, destacou Geoffrey Marcy, também de Berkeley e outro autor do estudo que foi publicado na edição desta sexta-feira (29/10) da revista Science.
“Isso significa que quando a Nasa [agência espacial norte-americana] desenvolver novas técnicas na próxima década para tentar encontrar planetas com tamanho realmente parecido com o da Terra não será preciso procurar muito”, disse Howard.
O artigo The Occurrence and Mass Distribution of Close-in Super-Earths, Neptunes, and Jupiters, de Andrew Howard e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
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http://operamundi.uol.com.br/noticias/PLANETAS+COMO+A+TERRA+PODEM+SER+COMUNS+DIZEM+CIENTISTAS_7276.shtml
Andrew Howard, da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, e colegas observaram durante cinco anos 166 estrelas das classes G e K localizadas a até 80 anos-luz da Terra, com o telescópio Keck, no Havaí.
O Sol é a mais conhecida estrela do tipo G, que são amarelas. As estrelas do tipo K são um pouco menores e laranja ou vermelhas.
O estudo procurou determinar número, massa e distância orbital dos planetas dessas estrelas. O trabalho se baseou em observações e estimativas, uma vez que das estrelas analisadas apenas 22 têm planetas que já foram detectados.
A pesquisa, feita por um grupo de cientistas dos Estados Unidos, China e Japão, incluiu um grande número de pequenos planetas, até o menor tamanho detectável atualmente de corpos chamados de super-Terra, com cerca de três vezes a massa terrestre.
“De cada 100 estrelas parecidas com o Sol, uma ou duas têm planetas com massa semelhante à de Júpiter, seis parecidas com a de Netuno e 12 têm entre três e dez vezes a massa terrestre. Se extrapolarmos a relação para planetas do tamanho da Terra, podemos estimar que encontraremos cerca de 23 deles para cada 100 estrelas”, disse Howard.
“Essa é a primeira estimativa, baseada em medidas reais, da fração de estrelas que têm planetas do tamanho da Terra”, destacou Geoffrey Marcy, também de Berkeley e outro autor do estudo que foi publicado na edição desta sexta-feira (29/10) da revista Science.
“Isso significa que quando a Nasa [agência espacial norte-americana] desenvolver novas técnicas na próxima década para tentar encontrar planetas com tamanho realmente parecido com o da Terra não será preciso procurar muito”, disse Howard.
O artigo The Occurrence and Mass Distribution of Close-in Super-Earths, Neptunes, and Jupiters, de Andrew Howard e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
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http://operamundi.uol.com.br/noticias/PLANETAS+COMO+A+TERRA+PODEM+SER+COMUNS+DIZEM+CIENTISTAS_7276.shtml
Máquina para gravar sonhos é possível, diz cientista
Um pesquisador nos Estados Unidos afirmou que tem planos para criar um dispositivo eletrônico de gravação e interpretação de sonhos. Moran Cerf, do Instituto de Tecnologia de Pasadena, na Califórnia (oeste do país), afirma que a "leitura dos sonhos" é possível baseada em um estudo inicial que, segundo o cientista, sugere que a atividade de células individuais do cérebro, os neurônios, é associada a objetos ou conceitos específicos.
Em sua pesquisa, Cerf descobriu que, quando um dos voluntários estava pensando na atriz Marilyn Monroe, um neurônio em particular foi ativado. Ao mostrar a voluntários acordados que participaram de seu estudo uma série de imagens, Cerf e seus colegas conseguiram identificar neurônios que eram ativados pelos objetos e conceitos.
Ao observar qual neurônio se ativava e quando isso acontecia, os cientistas construíram uma base de dados para cada paciente. Com ela, Cerf alega que é, efetivamente, capaz de "ler as mentes" dos voluntários.
Análise do sonho
Há séculos são feitas tentativas de interpretar os sonhos; no Egito antigo, por exemplo, eles eram considerados mensagens dos deuses.
Atualmente, análises de sonhos são usadas por psicólogos como uma ferramenta para compreender o inconsciente. Mas a única forma de interpretar os sonhos é perguntar para as pessoas depois que elas acordam.
O objetivo do projeto de Moran Cerf e sua equipe é desenvolver um sistema que daria aos psicólogos uma forma de corroborar as lembranças destes sonhos com a visualização eletrônica da atividade cerebral durante o sonho. "Não há uma resposta clara para a razão de os humanos sonharem", disse Cerf. "E, uma das questões que gostaríamos de responder é quando nós criamos estes sonhos."
No entanto, o cientista admite que há um longo caminho antes que a simples observação das reações de um neurônio específico possa se transformar em um dispositivo para gravar sonhos. Mas Cerf acredita que existe uma possibilidade e ele gostaria de tentar.
Para isso, o próximo estágio de seu trabalho é monitorar a atividade do cérebro dos voluntários enquanto eles estão dormindo. Os pesquisadores vão conseguir identificar imagens ou conceitos relacionados com os que estão arquivados em sua base de dados.
Mas, esta base de dados pode, na teoria, ser construída. Por exemplo, ao monitorar a atividade dos neurônios enquanto o voluntário está assistindo um filme.
Eletrodos e sensores
Roderick Oner, psicólogo clínico e especialista em sonhos britânico, acredita que este tipo de visualização limitada pode gerar interesse acadêmico, mas, por outro lado, pode não ajudar muito na interpretação dos sonhos ou em terapias. "Para isso você precisa da narrativa total e complexa do sonho", afirmou.
Outra dificuldade com a técnica proposta por Moran Cerf é que, para conseguir o tipo de resolução necessária para monitorar neurônios individuais, os voluntários teriam que ter eletrodos implantados profundamente, por um processo cirúrgico, no cérebro.
No estudo publicado na revista Nature, os pesquisadores americanos conseguiram os primeiros resultados ao estudar voluntários com o implante de eletrodos usados normalmente para tratar de convulsões cerebrais. Mas Cerf acredita que a tecnologia de sensores está se desenvolvendo em um ritmo tão acelerado que, com o tempo, poderá ser possível monitorar a atividade do cérebro sem a necessidade de cirurgias.
"Seria maravilhoso ler as mentes das pessoas quando elas não podem se comunicar, como em pessoas em coma", disse o cientista.
Interface
Para o professor Colin Blakemore, da Universidade de Oxford, existe uma distância grande entre os resultados limitados obtidos no estudo do cientista americano e a possibilidade de gravar sonhos.
Já foram feitas tentativas de criar interfaces para traduzir pensamentos em instruções para controlar computadores e máquinas. Mas, a maioria destas tentativas se concentrou em áreas do cérebro envolvidas no controle de movimentos. Os sistemas de monitoramento que Cerf pretende criar visam áreas mais sofisticadas do cérebro para poder identificar conceitos abstratos.
O cientista americano afirma que as pesquisas e usos de um dispositivo que lê a mente de outra pessoa são muitos. "Por exemplo, em vez de escrever um email, você poderia apenas pensar o email. Ou, outra aplicação futurista, seria pensar em um fluxo de informações e ter estas informações escritas bem à sua frente", disse.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4761664-EI238,00-Maquina+para+gravar+sonhos+e+possivel+diz+cientista.html
Em sua pesquisa, Cerf descobriu que, quando um dos voluntários estava pensando na atriz Marilyn Monroe, um neurônio em particular foi ativado. Ao mostrar a voluntários acordados que participaram de seu estudo uma série de imagens, Cerf e seus colegas conseguiram identificar neurônios que eram ativados pelos objetos e conceitos.
Ao observar qual neurônio se ativava e quando isso acontecia, os cientistas construíram uma base de dados para cada paciente. Com ela, Cerf alega que é, efetivamente, capaz de "ler as mentes" dos voluntários.
Análise do sonho
Há séculos são feitas tentativas de interpretar os sonhos; no Egito antigo, por exemplo, eles eram considerados mensagens dos deuses.
Atualmente, análises de sonhos são usadas por psicólogos como uma ferramenta para compreender o inconsciente. Mas a única forma de interpretar os sonhos é perguntar para as pessoas depois que elas acordam.
O objetivo do projeto de Moran Cerf e sua equipe é desenvolver um sistema que daria aos psicólogos uma forma de corroborar as lembranças destes sonhos com a visualização eletrônica da atividade cerebral durante o sonho. "Não há uma resposta clara para a razão de os humanos sonharem", disse Cerf. "E, uma das questões que gostaríamos de responder é quando nós criamos estes sonhos."
No entanto, o cientista admite que há um longo caminho antes que a simples observação das reações de um neurônio específico possa se transformar em um dispositivo para gravar sonhos. Mas Cerf acredita que existe uma possibilidade e ele gostaria de tentar.
Para isso, o próximo estágio de seu trabalho é monitorar a atividade do cérebro dos voluntários enquanto eles estão dormindo. Os pesquisadores vão conseguir identificar imagens ou conceitos relacionados com os que estão arquivados em sua base de dados.
Mas, esta base de dados pode, na teoria, ser construída. Por exemplo, ao monitorar a atividade dos neurônios enquanto o voluntário está assistindo um filme.
Eletrodos e sensores
Roderick Oner, psicólogo clínico e especialista em sonhos britânico, acredita que este tipo de visualização limitada pode gerar interesse acadêmico, mas, por outro lado, pode não ajudar muito na interpretação dos sonhos ou em terapias. "Para isso você precisa da narrativa total e complexa do sonho", afirmou.
Outra dificuldade com a técnica proposta por Moran Cerf é que, para conseguir o tipo de resolução necessária para monitorar neurônios individuais, os voluntários teriam que ter eletrodos implantados profundamente, por um processo cirúrgico, no cérebro.
No estudo publicado na revista Nature, os pesquisadores americanos conseguiram os primeiros resultados ao estudar voluntários com o implante de eletrodos usados normalmente para tratar de convulsões cerebrais. Mas Cerf acredita que a tecnologia de sensores está se desenvolvendo em um ritmo tão acelerado que, com o tempo, poderá ser possível monitorar a atividade do cérebro sem a necessidade de cirurgias.
"Seria maravilhoso ler as mentes das pessoas quando elas não podem se comunicar, como em pessoas em coma", disse o cientista.
Interface
Para o professor Colin Blakemore, da Universidade de Oxford, existe uma distância grande entre os resultados limitados obtidos no estudo do cientista americano e a possibilidade de gravar sonhos.
Já foram feitas tentativas de criar interfaces para traduzir pensamentos em instruções para controlar computadores e máquinas. Mas, a maioria destas tentativas se concentrou em áreas do cérebro envolvidas no controle de movimentos. Os sistemas de monitoramento que Cerf pretende criar visam áreas mais sofisticadas do cérebro para poder identificar conceitos abstratos.
O cientista americano afirma que as pesquisas e usos de um dispositivo que lê a mente de outra pessoa são muitos. "Por exemplo, em vez de escrever um email, você poderia apenas pensar o email. Ou, outra aplicação futurista, seria pensar em um fluxo de informações e ter estas informações escritas bem à sua frente", disse.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4761664-EI238,00-Maquina+para+gravar+sonhos+e+possivel+diz+cientista.html
Referendo sobre liberação evidencia situação da maconha nos EUA . A decisão de se fazer um referendo sobre a liberação da maconha na Califórnia eviden
A decisão de se fazer um referendo sobre a liberação da maconha na Califórnia evidenciou a popularidade desta droga nos Estados Unidos, um dos países onde mais é consumida e onde há anos a erva é legalmente vendida para fins medicinais.
Atualmente, em 14 estados e em Washington DC é possível adquirir a substância de forma regulada para aliviar os sintomas de doenças que vão desde o câncer até a esclerose, embora o amplo leque de usos, que inclui o estresse e problemas para dormir, acabou transformando essa droga em mais um produto.
A comercialização é tão comum que, em alguns lugares, os chamados "doutores maconha", encarregados de emitir fórmulas para o consumo, chegam a buscar seus clientes em plena rua.
Este setor promissor gera, por vias legais, mais de US$ 15 bilhões anualmente na Califórnia, principal produtor de cannabis dos EUA e onde, no dia 2 de novembro, os cidadãos deverão decidir se querem descriminalizar a cannabis de vez para os maiores de 21 anos.
A medida tornaria essa droga equivalente ao álcool e ao tabaco e representaria uma fonte de renda através de impostos para os cofres públicos estaduais e locais, ao mesmo tempo que significaria uma dor de cabeça para o governo de Barack Obama.
A maconha é uma substância ilegal em nível federal nos EUA, sua comercialização é considerada narcotráfico pela Constituição e o país investe bilhões todos os anos na erradicação da droga, tanto dentro como fora de suas fronteiras.
A possível legalização da erva na Califórnia despertou inúmeras críticas na América Latina, que acusa os EUA de incongruência, e a medida pode trazer consequências negativas para toda a região.
"Decisões como esta enfraquecem a luta contra as drogas, um fenômeno que tantos danos causou aos colombianos", avalia o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley, se limitou esta semana a pedir calma e afirmou que o Governo só se pronunciará após o resultado do plebiscito. No entanto, organismos como a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) se posicionaram recentemente contra a legalização da cannabis.
Para essa entidade federal, a "maconha não é um medicamento cientificamente reconhecido" e sua regularização aumentaria "os casos de dependência" e os crimes violentos.
Os defensores da droga, no entanto, argumentam que será mais fácil controlar o acesso à substância caso a comercialização seja autorizada, em vez de deixá-la nas mãos de traficantes. Porém, segundo alguns analistas, o negócio da venda ilegal de drogas não seria prejudicado com a mudança da lei.
"A legalização da maconha na Califórnia não reduziria consideravelmente a influência dos cartéis mexicanos e a violência associada a eles, a menos que as exportações da Califórnia a outros estados deixassem a cannabis mexicana fora do mercado", disse Beau Kilmer, diretor do Drug Policy Research Center, ligado à ONG RANDE.
De acordo com um relatório publicado em junho pelo programa High Intensity Drug Trafficking Areas (HIDTA), da ONCDP (Escritório Nacional de Controle de Drogas dos EUA), a Califórnia produz atualmente mais cannabis que o México e é a origem da maior parte da droga consumida no país.
Esse mesmo estudo indicou que nos últimos 4 anos a produção nos EUA cresceu 200%, enquanto na Califórnia, subiu 300%.
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4761673-EI8141,00-Referendo+sobre+liberacao+evidencia+situacao+da+maconha+nos+EUA.html
Atualmente, em 14 estados e em Washington DC é possível adquirir a substância de forma regulada para aliviar os sintomas de doenças que vão desde o câncer até a esclerose, embora o amplo leque de usos, que inclui o estresse e problemas para dormir, acabou transformando essa droga em mais um produto.
A comercialização é tão comum que, em alguns lugares, os chamados "doutores maconha", encarregados de emitir fórmulas para o consumo, chegam a buscar seus clientes em plena rua.
Este setor promissor gera, por vias legais, mais de US$ 15 bilhões anualmente na Califórnia, principal produtor de cannabis dos EUA e onde, no dia 2 de novembro, os cidadãos deverão decidir se querem descriminalizar a cannabis de vez para os maiores de 21 anos.
A medida tornaria essa droga equivalente ao álcool e ao tabaco e representaria uma fonte de renda através de impostos para os cofres públicos estaduais e locais, ao mesmo tempo que significaria uma dor de cabeça para o governo de Barack Obama.
A maconha é uma substância ilegal em nível federal nos EUA, sua comercialização é considerada narcotráfico pela Constituição e o país investe bilhões todos os anos na erradicação da droga, tanto dentro como fora de suas fronteiras.
A possível legalização da erva na Califórnia despertou inúmeras críticas na América Latina, que acusa os EUA de incongruência, e a medida pode trazer consequências negativas para toda a região.
"Decisões como esta enfraquecem a luta contra as drogas, um fenômeno que tantos danos causou aos colombianos", avalia o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley, se limitou esta semana a pedir calma e afirmou que o Governo só se pronunciará após o resultado do plebiscito. No entanto, organismos como a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) se posicionaram recentemente contra a legalização da cannabis.
Para essa entidade federal, a "maconha não é um medicamento cientificamente reconhecido" e sua regularização aumentaria "os casos de dependência" e os crimes violentos.
Os defensores da droga, no entanto, argumentam que será mais fácil controlar o acesso à substância caso a comercialização seja autorizada, em vez de deixá-la nas mãos de traficantes. Porém, segundo alguns analistas, o negócio da venda ilegal de drogas não seria prejudicado com a mudança da lei.
"A legalização da maconha na Califórnia não reduziria consideravelmente a influência dos cartéis mexicanos e a violência associada a eles, a menos que as exportações da Califórnia a outros estados deixassem a cannabis mexicana fora do mercado", disse Beau Kilmer, diretor do Drug Policy Research Center, ligado à ONG RANDE.
De acordo com um relatório publicado em junho pelo programa High Intensity Drug Trafficking Areas (HIDTA), da ONCDP (Escritório Nacional de Controle de Drogas dos EUA), a Califórnia produz atualmente mais cannabis que o México e é a origem da maior parte da droga consumida no país.
Esse mesmo estudo indicou que nos últimos 4 anos a produção nos EUA cresceu 200%, enquanto na Califórnia, subiu 300%.
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Fiéis se indignam com suposto big pênis de Jesus
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Alguns fiéis deixaram de frequentar a igreja de Warr Acres, no estado de Oklahoma (EUA), porque ali, segundo eles, e justamente no altar principal, está exposta uma blasfêmia: um Cristo com um pênis ereto tão grande que se confunde com o abdome.
O padre Philip Seeton, responsável pela igreja, disse que tem gente vendo o que não existe porque os traços desse Cristo são de “um abdome distendido”.
“Este Cristo não me incomoda”, afirmou. Por isso, acrescentou, o crucifixo vai ficar onde está.
Rita Cook é uma das devotas que se recusam a ficar diante do Cristo supostamente bem dotado.
“[Este crucifixo] é embaraçoso para os paroquianos”, disse. “E embaraçoso também para os visitantes e para o nosso Senhor.”
Outra fiel disse temer que esse Cristo seja tomado como um ícone da Igreja Católica neste momento em que padres são acusados de pedofilia em todo mundo.
A imprensa procurou Janet Jaime, a autora da imagem, para saber o que afinal o Cristo ostenta.
Ela respondeu que não ia entrar na polêmica e se calou.
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http://e-paulopes.blogspot.com/2010/04/fieis-se-indignam-com-suposto-big-penis.html
Jesus sai na Playboy em homenagem a escritor ateu
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A edição de julho de Playboy de Portugal traz um ensaio fotográfico com Jesus Cristo, de túnica, com três garotas desnudas. Na foto acima, uma delas está mais interessada em ler um livro do que na pregação do filho de Deus.
Trata-se de uma homenagem da revista ao escritor português ateu José Saramago, que morreu no mês passado aos 87 anos. É dele o único Prêmio Nobel concedido à literatura em língua portuguesa.
Na capa, a revista faz alusão a “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, um livro que, por ocasião do seu lançamento, foi criticado pela Igreja Católica e por algumas autoridades portuguesas.
A revista publica uma entrevista com Saramago que já foi publicada no Brasil em 1995 pelo Playboy daqui.
Até agora, a Igreja Católica não se manifestou contra a ousadia da revista, uma blasfêmia do ponto de vista dela, certamente, por causa talvez da sua desmoralização em decorrência de tantas denúncias sobre padres pedófilos.
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http://e-paulopes.blogspot.com/2010/07/jesus-sai-na-playboy-em-homenagem.html
Revista masculina faz ensaio de santa australiana com papa anão
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A revista masculina Zoo Weekly publicou um ensaio fotográfico de seis páginas com uma modelo vestindo uma lingerie sexy no papel da freira Maria Helena MacKillop (1842-1909), recentemente canonizada por Bento 16, ao lado de um anão representando o papa.
A Igreja Católica da Austrália reagiu com veemência: “A revista humilha não só legado de MacKillop, mas também todas as mulheres”.
Zoo Weekly publicou em seu site que se trata de uma homenagem à primeira santa da Austrália. Informou que as roupas usadas no ensaio serão doadas para os pobres, que é “o que a santa teria desejado”.
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http://e-paulopes.blogspot.com/2010/10/revista-masculina-faz-ensaio-com-santa.html
Igreja admite que a teoria de Darwin é verdadeira
A Igreja teve que admitir que as espécies evoluíram de um ancestral comum depois de toda pressão imposta pelo acúlumo de evidências: distribuição geográfica dos animais, DNA, seleção artificial, fósseis e mais fósseis, idade real da Terra (4,5 Bilhões de Anos), etc, etc... No entanto a Igreja ainda se defende dizendo que todavia Deus criou a origem de tudo.....aos poucos as idéias vão se modificando, não?
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Imagens do Hubble preveem 10 mil anos de movimento estelar
Ptolomeu catalogou Omega Centauro pela primeira vez há 2 mil anos. Centauro é um grupo de cerca de 10 milhões de estrelas orbitando em volta de um centro de gravidade comum
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Astrônomos americanos usaram imagens feitas pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa, a gência espacial americana, para prever os movimentos de um grupo de estrelas nos próximos 10 mil anos.
O telescópio fez imagens do aglomerado globular Omega Centauro, um grupo de estrelas que chama a atenção de observadores desde que foi catalogado por Ptolomeu há 2 mil anos, entre 2002 e 2006.
Ao analisar as imagens deste período de quatro anos, os cientistas conseguiram registrar as medidas mais precisas já tomadas dos movimentos das mais de 100 mil estrelas do aglomerado, a maior pesquisa já feita para estudar o movimento de estrelas em qualquer aglomerado. Os astrônomos usaram as imagens em sequencia para criar um filme mostrando os movimentos acelerados das estrelas do aglomerado. A simulação mostra o movimento projetado das estrelas nos próximos dez mil anos. "São necessários programas de computador de alta velocidade, sofisticados, para medir as mudanças minúsculas nas posições das estrelas, que ocorrem apenas em um período de quatro anos", afirmou o astrônomo Jay Anderson, do Instituto de Ciência Espacial Telescópica de Baltimore, nos Estados Unidos, um dos responsáveis pela pesquisa.
Anderson afirmou que a "visão muito precisa do Hubble foi a chave para nossa habilidade de medir movimentos estelares neste aglomerado". Omega Centauro é visível a olho nu no hemisfério sul. "Com o Hubble você pode esperar três ou quatro anos e detectar os movimentos das estrelas de forma mais acurada do que se você estivesse esperado 50 anos (usando um) telescópio na Terra", afirmou o astrônomo Roeland van der Marel, que também participou da pesquisa.
Hemisfério sul
Identificado como um aglomerado globular de estrelas em 1867, Omega Centauro é um dos cerca de 150 aglomerados deste tipo na Via Láctea. O grande grupo de estrelas é o maior e mais brilhante aglomerado da galáxia. Ele é localizado na constelação de Centauro e é um dos poucos que pode ser visto a olho nu no hemisfério sul.
O antigo astrônomo Ptolomeu catalogou Omega Centauro pela primeira vez há 2 mil anos. No entanto, ele pensou que o aglomerado era apenas uma estrela, pois não sabia que era, na verdade, um grupo de cerca de 10 milhões de estrelas orbitando em volta de um centro de gravidade comum.
As estrelas estão tão próximas umas das outras que os astrônomos tiveram que esperar pela criação e lançamento do telescópio Hubble para olhar no centro do grupo e analisar as estrelas individualmente. E a visão precisa do telescópio também permitiu aos cientistas medir o movimento de várias destas estrelas em um período relativamente curto de tempo.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4759834-EI301,00-Imagens+do+Hubble+preveem+mil+anos+de+movimento+estelar.html
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Astrônomos americanos usaram imagens feitas pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa, a gência espacial americana, para prever os movimentos de um grupo de estrelas nos próximos 10 mil anos.
O telescópio fez imagens do aglomerado globular Omega Centauro, um grupo de estrelas que chama a atenção de observadores desde que foi catalogado por Ptolomeu há 2 mil anos, entre 2002 e 2006.
Ao analisar as imagens deste período de quatro anos, os cientistas conseguiram registrar as medidas mais precisas já tomadas dos movimentos das mais de 100 mil estrelas do aglomerado, a maior pesquisa já feita para estudar o movimento de estrelas em qualquer aglomerado. Os astrônomos usaram as imagens em sequencia para criar um filme mostrando os movimentos acelerados das estrelas do aglomerado. A simulação mostra o movimento projetado das estrelas nos próximos dez mil anos. "São necessários programas de computador de alta velocidade, sofisticados, para medir as mudanças minúsculas nas posições das estrelas, que ocorrem apenas em um período de quatro anos", afirmou o astrônomo Jay Anderson, do Instituto de Ciência Espacial Telescópica de Baltimore, nos Estados Unidos, um dos responsáveis pela pesquisa.
Anderson afirmou que a "visão muito precisa do Hubble foi a chave para nossa habilidade de medir movimentos estelares neste aglomerado". Omega Centauro é visível a olho nu no hemisfério sul. "Com o Hubble você pode esperar três ou quatro anos e detectar os movimentos das estrelas de forma mais acurada do que se você estivesse esperado 50 anos (usando um) telescópio na Terra", afirmou o astrônomo Roeland van der Marel, que também participou da pesquisa.
Hemisfério sul
Identificado como um aglomerado globular de estrelas em 1867, Omega Centauro é um dos cerca de 150 aglomerados deste tipo na Via Láctea. O grande grupo de estrelas é o maior e mais brilhante aglomerado da galáxia. Ele é localizado na constelação de Centauro e é um dos poucos que pode ser visto a olho nu no hemisfério sul.
O antigo astrônomo Ptolomeu catalogou Omega Centauro pela primeira vez há 2 mil anos. No entanto, ele pensou que o aglomerado era apenas uma estrela, pois não sabia que era, na verdade, um grupo de cerca de 10 milhões de estrelas orbitando em volta de um centro de gravidade comum.
As estrelas estão tão próximas umas das outras que os astrônomos tiveram que esperar pela criação e lançamento do telescópio Hubble para olhar no centro do grupo e analisar as estrelas individualmente. E a visão precisa do telescópio também permitiu aos cientistas medir o movimento de várias destas estrelas em um período relativamente curto de tempo.
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Estudo: inteligência emocional condiciona sucesso profissional
Mensurar a inteligência emocional dos funcionários - o que inclui sua capacidade de ler a linguagem corporal e de controlar frustrações - pode ser bom para as empresas, segundo um novo estudo. Pesquisadores da Universidade Virginia Commonwealth, dos Estados Unidos, sugerem que a avaliação da inteligência emocional pode fornecer uma boa indicação do desempenho dos empregados em sua tarefa.
"A inteligência emocional é a capacidade de perceber emoções em si mesmos e em outros. Consciência da linguagem corporal, por exemplo. É também a capacidade de controlar a frustração e outras emoções, e lidar com elas", disse Ronald Humphrey, professor de Administração responsável pela pesquisa.
"Este estudo oferece evidências científicas para corroborar o senso comum de que prestar atenção aos humores e emoções é bom para as empresas", acrescentou. Os pesquisadores compararam uma década de estudos a respeito do papel da inteligência emocional. Humphrey disse que a mensuração da inteligência emocional dos funcionários pode ser muito benéfica por indicar a capacidade de um funcionário de trabalhar bem com os colegas e de liderar. Os estudos analisados nessa pesquisa mensuravam a inteligência emocional de três formas. A primeira, chamada de teste com base em habilidades, usa questões de múltipla escolha para avaliar a consciência emocional da pessoa.
Outros estudos usaram testes situacionais, em que os participantes são colocados numa situação social e convidados a escolher a emoção mais apropriada. A terceira ferramenta, chamada teste de competência emocional com modelo misto, é mais ampla em sua definição do que as outras duas, e também leva em conta fatores como a empatia pelos outros. Humphrey acrescentou que a inteligência emocional é o segundo fator mais importante no desempenho profissional, atrás apenas da inteligência cognitiva.
"É também um fator em como administrar e liderar. O estudo sugere que uma cultura que valoriza a inteligência emocional e a compreensão das emoções é importante. As pessoas podem liderar com inteligência emocional e ter uma equipe emocionalmente competente", afirmou.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4759342-EI8147,00-Estudo+inteligencia+emocional+condiciona+sucesso+profissional.html
"A inteligência emocional é a capacidade de perceber emoções em si mesmos e em outros. Consciência da linguagem corporal, por exemplo. É também a capacidade de controlar a frustração e outras emoções, e lidar com elas", disse Ronald Humphrey, professor de Administração responsável pela pesquisa.
"Este estudo oferece evidências científicas para corroborar o senso comum de que prestar atenção aos humores e emoções é bom para as empresas", acrescentou. Os pesquisadores compararam uma década de estudos a respeito do papel da inteligência emocional. Humphrey disse que a mensuração da inteligência emocional dos funcionários pode ser muito benéfica por indicar a capacidade de um funcionário de trabalhar bem com os colegas e de liderar. Os estudos analisados nessa pesquisa mensuravam a inteligência emocional de três formas. A primeira, chamada de teste com base em habilidades, usa questões de múltipla escolha para avaliar a consciência emocional da pessoa.
Outros estudos usaram testes situacionais, em que os participantes são colocados numa situação social e convidados a escolher a emoção mais apropriada. A terceira ferramenta, chamada teste de competência emocional com modelo misto, é mais ampla em sua definição do que as outras duas, e também leva em conta fatores como a empatia pelos outros. Humphrey acrescentou que a inteligência emocional é o segundo fator mais importante no desempenho profissional, atrás apenas da inteligência cognitiva.
"É também um fator em como administrar e liderar. O estudo sugere que uma cultura que valoriza a inteligência emocional e a compreensão das emoções é importante. As pessoas podem liderar com inteligência emocional e ter uma equipe emocionalmente competente", afirmou.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4759342-EI8147,00-Estudo+inteligencia+emocional+condiciona+sucesso+profissional.html
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Como Deus se manifesta? - Atheist Experience
Formas de como qualquer ser sobrenatural pode se provar nesse mundo e motivos para acreditar nisso.
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George Soros doa US$ 1 milhão à campanha para legalizar maconha na Califórnia
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O milionário americano de origem húngara George Soros doou nesta terça-feira US$ 1 milhão à campanha a favor da legalização do uso recreativo da maconha na Califórnia (oeste dos EUA), que será votada no próximo dia 2 de novembro.
O célebre investidor anunciou seu apoio à Proposta 19, em artigo publicado na edição desta terça do jornal "The Wall Street Journal".
Na nota, Soros escreveu que embora a proposta que estabelece um imposto à comercialização da maconha não seja perfeita, sua aprovação "seria um grande avanço e suas deficiências poderiam ser corrigidas com base na experiência".
"Regular e taxar a maconha poderia, simultaneamente, poupar a quem paga impostos bilhões de dólares em forças de segurança e prisões caras, enquanto poderia prover muitos bilhões de dólares em ganhos anualmente", ressaltou Soros, em sua coluna.
Pouco depois da publicação da nota, o jornal "Sacramento Bee", da Califórnia, noticiou que Soros fez um aporte de US$ 1 milhão à Proposta 19.
Para o investidor, um imposto sobre o consumo de canabis "reduziria a delinquência, a violência e a corrupção associadas aos mercados das drogas, bem como as violações das liberdades civis e dos direitos humanos, que ocorrem quando um grande número de chamados cidadãos respeitosos da lei estão sujeitos à prisão.
Em troca, a polícia poderia se concentrar nos crimes graves", afirmou.
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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/820840-george-soros-doa-us-1-milhao-a-campanha-para-legalizar-maconha-na-california.shtml
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Capelão das Forças Armadas também recebe treinamento militar
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Padres e pastores têm função de realizar cerimônias na corporação. Salários vão de R$ 5 mil a R$ 11 mil; Exército exige altura mínima.
Marta Cavallini
Marinha, Exército, Aeronáutica e as Polícias Militares do Amapá e do Rio de Janeiro abriram, somente neste ano, 17 vagas para capelães. Nos quartéis, nada de pegar em armas: apesar de terem um treinamento militar, eles são responsáveis por celebrar casamentos, batizados e formaturas, e visitar hospitais, enfermarias e presídios.
“[O treinamento] Trata-se apenas da parte básica para aprender como funciona a disciplina militar porque a atividade-fim do capelão é a religiosa”, conta Edson Fernandes Távora, de 52 anos, primeiro capelão evangélico concursado da PM do Rio.
Távora entrou na polícia em 1994, no primeiro concurso para o cargo, e passou em primeiro lugar. Antes a capelania tinha apenas padres, nomeados pelo governador. Até agora foram realizados três concursos para capelães na PM do Rio: em 1994, em 2002 e neste ano. De 1994 para cá o número de capelães na corporação dobrou, de 10 para 20.
O capelão afirma que no concurso deste ano concorreram cerca de 200 candidatos – 40 padres para as três vagas de capelães católicos e 160 pastores disputaram as duas vagas de capelães evangélicos.
Távora, que atualmente é chefe do Serviço de Assistência Religiosa da Polícia Militar do Rio, conta que decidiu se tornar capelão militar por considerar "um chamamento de Deus".
“Um pastor que já era combatente da PM me falou sobre o concurso e, como eu estava sem dirigir nenhuma igreja, apenas dando aulas em seminário à noite e aguardando uma posição da denominação, eu prestei o concurso. Percebi que tinha vocação para o trabalho religioso, que isso de levar a palavra de fé para a corporação vinha de Deus”, diz.
Outras religiões
No país há somente capelães militares evangélicos e católicos, de acordo com Aluísio Laurindo da Silva, presidente da Associação Pró-Capelania Militar Evangélica do Brasil.
Esse foi um dos motivos que levou o Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) a pedir na Justiça, no último dia 13, a anulação do concurso público da Aeronáutica para capelães e a proibição de novos concursos para o cargo nas Forças Armadas. Uma das alegações é que a escolha de apenas duas religiões pelo Estado, mesmo que majoritárias, fere o princípio da isonomia, gerando preconceito e inibindo os não-católicos e não-evangélicos de entrar nas Forças Armadas.
O MPF argumenta ainda que contratar, com recursos públicos, orientadores espirituais de qualquer religião para prestar assistência religiosa a determinados funcionários públicos vai contra o princípio de Estado laico, o que torna a seleção inconstitucional.
De acordo com Távora, seria possível abrir concurso para uma terceira religião caso fosse comprovado em novo censo religioso que há grande número de integrantes dessa doutrina na PM do Rio, por exemplo. “Nunca teve isso, a proporção do censo não chegou a essa necessidade.”
Para o padre Alberto Gonzaga de Almeida, de 41 anos, que é capelão militar católico da PM do Rio desde 2002, o Estado é laico, mas as pessoas são religiosas e é necessário prestar assistência espiritual a quem precisa. “O Estado deve oferecer essa assistência”, diz.
Almeida afirma que nunca havia cogitado a possibilidade de entrar para a vida militar quando foi convidado pelo bispo auxiliar na época. “Ele me falou sobre a necessidade de ter a presença da Igreja no meio militar, especialmente na PM do Rio, e achei esse trabalho de grande importância”, diz. Além de atuar como capelão, Almeida é pároco na Paróquia de Santa Edwiges, no Rio de Janeiro.
Na PM, o padre celebra inauguração de companhias, aniversários de batalhões, casamentos comunitários, missas, além de prestar orientação espiritual aos policiais.
“Tem que ter uma postura ecumênica, os padres e pastores trabalham num quadro só, um respeita a doutrina do outro, tudo é feito dentro da postura ecumênica de diálogo”, explica Távora. “Quando é casamento evangélico é com pastor, quando é culto ecumênico pode ser com os dois [padre e pastor], quando morre algum sacerdote católico ou familiar dele, quem faz a bênção é o padre, quando a família não é de nenhuma das duas religiões não escala ninguém.”
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Altura mínima é pedida no Exército
O salário inicial é, em média, de R$ 5 mil, e pode chegar, por exemplo, a R$ 11 mil, no caso da Aeronáutica, quando o capelão atinge o posto máximo de coronel.
O Exército prevê, para o ano que vem, outro concurso para capelão militar e informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que haverá vagas para o cargo nos próximos cinco anos. Das 67 vagas de capelão militar, 61 estão ocupadas.
Os concursos para capelães militares católicos só aceitam candidatos do sexo masculino, já que apenas padres podem concorrer. Já nos processos seletivos para capelães evangélicos, dependendo da corporação, são aceitos candidatos de ambos os sexos, como é o caso do Exército. O órgão, assim como a Marinha, limita a idade dos candidatos. No Exército, também existe altura mínima para os capelães.
Os requisitos para concorrer ao cargo variam entre as corporações, mas em todas é exigido que os candidatos sejam padres ordenados ou pastores consagrados, tenham formação superior em teologia e pelo menos três anos de atividades como sacerdote ou pastor. Cada religioso pode somente preencher vagas na sua própria doutrina. Para ser capelão militar evangélico o candidato deve ser pastor protestante ou evangélico de denominações batista, presbiteriana, metodista, luterana, pentecostal, entre outras, segundo Silva. “Às vezes o edital traz o nome da denominação evangélica à qual o candidato deve pertencer para poder concorrer. Às vezes omite e diz apenas que o candidato deve ser pastor evangélico. Portanto, o interessado deve prestar bastante atenção a esses detalhes, pois corre o risco de ter a inscrição invalidada.”
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Processo de seleção
Dependendo da corporação, para ingressar na carreira militar, os candidatos passam por provas objetivas e discursivas, teste de aptidão física, avaliação psicológica, exame médico, investigação social e da vida pregressa e prova de títulos.
Depois de serem aprovados no concurso, os novos capelães passam por um estágio de adaptação que pode durar de três a 10 meses, dependendo da corporação. Antes de entrar na PM do Rio, Távora fez um estágio de adaptação à vida militar que durou seis meses. “Tivemos três meses de atividades militares e outros três meses visitando presídios e hospitais, fazendo assistência religiosa”, conta.
Após o curso de formação, no caso das Forças Armadas, os capelães militares podem ser designados para desenvolver suas atividades em qualquer região do país ou no exterior.
Veja abaixo como funcionam os concursos para capelães militares nas Forças Armadas:
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http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=18/10/2010&page=mostra_notimpol
Religião invade eleição e repete no Brasil fenômeno dos EUA
Discursos com conteúdo religioso, candidatos fazendo profissão de fé, visitas a igrejas, resposta na ponta da língua sobre assuntos morais. Assim são as campanhas norte-americanas nas últimas três décadas. E assim ficou a corrida presidencial no Brasil em 2010. Se o brasileiro se espantava com esses ingredientes da democracia dos EUA, agora assiste em seu território o mesmo fenômeno. Clique aqui para ler reportagem completa. Aproveite e confira outras videorreportagens sobre as eleições.
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http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/multi/2010/10/26/0402983570D89993C6.jhtm?religiao-invade-eleicao-e-repete-no-brasil-fenomeno-dos-eua-0402983570D89993C6
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http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/multi/2010/10/26/0402983570D89993C6.jhtm?religiao-invade-eleicao-e-repete-no-brasil-fenomeno-dos-eua-0402983570D89993C6
Cientistas descobrem 1.200 novas espécies na Amazônia em 10 anos
Rã marciana' está entre as novas espécie descobertas na última década
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O homem ainda desconhece grande parte da riqueza do ecossistema da Amazônia, tal como aponta um estudo da organização World Wildlife Fund (WWF) publicado nesta segunda-feira, que revela que nos últimos dez anos foram descobertas 1.200 novas espécies, uma a cada três dias. "Mais uma vez se mostra a extraordinária exuberância em biodiversidade de uma região fundamental para o planeta", assinalou em declarações à Efe Francisco Ruiz, chefe da Iniciativa Amazônia Viva, da WWF.
"Os números são contundentes e significa que ainda hoje continuamos descobrindo novas espécies", disse Ruiz, quem enfatizou a importância de cuidar da Amazônia antes de a ação do homem impedir que novas espécies sejam descobertas. Os governos, as ONGs, os cientistas e a sociedade civil "têm de redobrar esforços" para conservar a Amazônia, "já que algumas dessas plantas poderiam ter aplicação farmacológica" e "estamos pondo em perigo espécies", advertiu.
No total, no relatório 'Amazônia Viva!: Uma década de descobertas 1999-2009' se incluem 637 plantas, 257 peixes, 216 anfíbios, 55 répteis, 16 aves e 39 mamíferos, até agora não detectadas, embora algumas possam ter origens pré-históricas.
'Formiga marciana'
Entre elas está a Martialis heureka, apelidada de 'formiga marciana', por sua combinação de características jamais registradas. Trata-se de um surpreendente exemplar depredador e cego, de dois a três milímetros de comprimento, cor branca, sem olhos, mas com grandes mandíbulas.
Descoberta no Brasil em 2008, a espécie pertence ao primeiro gênero novo de formigas vivas descoberto desde 1923. Segundo seu descobridor, o cientista Christian Rabeling, a 'formiga marciana' poderia descender de uma das primeiras formigas que evoluiu na Terra, há mais de 120 milhões de anos.
A interação entre homem e meio ambiente levou os moradores do município de Rio Pardo (Rio Grande do Sul) a descobrirem, por acaso, o peixe Phreatobius dracunculus quando perfuravam um poço e encontraram vários espécimes nos baldes em que extraíam água. Desde então, esta espécie que vive principalmente em águas subterrâneas foi visto em outros poços, a maioria deles em Rondônia.
Por seu colorido, destaca-se entre as espécies recém-descobertas o papagaio-de-cabeça-laranja (Pyrilia aurantiocephala), achado em localidades dos rios Madeira e Tapajós, que foi registrado como "quase ameaçado" porque sua população, que já é pequena, está diminuindo com a destruição de seu habitat. Entre as novidades está também a Telmatobius sibiricus, uma rã camaleônica.
Bioma ameaçado
Como bioma, a Amazônia abrange 6,7 milhões de quilômetros quadrados, o que representa 45% da superfície continental da América do Sul e mais de 1,5 vezes a Europa, explica Ruiz. No entanto, a maior parte da região continua sem ser explorada.
A WWF adverte que, nos últimos 50 anos, o homem provocou a destruição de 17% da área de floresta tropical na Amazônia, um espaço maior que a Venezuela ou duas vezes o tamanho da Espanha. A organização aponta o rápido crescimento da demanda de carne, soja e biocombustível como uma das principais causas desta transformação, já que "80% das áreas desmatadas são ocupadas por pastos para gado".
Dado o nível de desenvolvimento de alguns países, a WWF destaca a necessidade de avançar na definição de áreas protegidas, além de parques naturais e reservas, que permitam a conservação do meio ambiente. "Reconheçamos a extraordinária riqueza que está em nossas mãos e que está em risco, caso não aumentemos nossos esforços para sua conservação", conclui a ONG.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4755306-EI238,00-Cientistas+descobrem+novas+especies+na+Amazonia+em+anos.html
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O homem ainda desconhece grande parte da riqueza do ecossistema da Amazônia, tal como aponta um estudo da organização World Wildlife Fund (WWF) publicado nesta segunda-feira, que revela que nos últimos dez anos foram descobertas 1.200 novas espécies, uma a cada três dias. "Mais uma vez se mostra a extraordinária exuberância em biodiversidade de uma região fundamental para o planeta", assinalou em declarações à Efe Francisco Ruiz, chefe da Iniciativa Amazônia Viva, da WWF.
"Os números são contundentes e significa que ainda hoje continuamos descobrindo novas espécies", disse Ruiz, quem enfatizou a importância de cuidar da Amazônia antes de a ação do homem impedir que novas espécies sejam descobertas. Os governos, as ONGs, os cientistas e a sociedade civil "têm de redobrar esforços" para conservar a Amazônia, "já que algumas dessas plantas poderiam ter aplicação farmacológica" e "estamos pondo em perigo espécies", advertiu.
No total, no relatório 'Amazônia Viva!: Uma década de descobertas 1999-2009' se incluem 637 plantas, 257 peixes, 216 anfíbios, 55 répteis, 16 aves e 39 mamíferos, até agora não detectadas, embora algumas possam ter origens pré-históricas.
'Formiga marciana'
Entre elas está a Martialis heureka, apelidada de 'formiga marciana', por sua combinação de características jamais registradas. Trata-se de um surpreendente exemplar depredador e cego, de dois a três milímetros de comprimento, cor branca, sem olhos, mas com grandes mandíbulas.
Descoberta no Brasil em 2008, a espécie pertence ao primeiro gênero novo de formigas vivas descoberto desde 1923. Segundo seu descobridor, o cientista Christian Rabeling, a 'formiga marciana' poderia descender de uma das primeiras formigas que evoluiu na Terra, há mais de 120 milhões de anos.
A interação entre homem e meio ambiente levou os moradores do município de Rio Pardo (Rio Grande do Sul) a descobrirem, por acaso, o peixe Phreatobius dracunculus quando perfuravam um poço e encontraram vários espécimes nos baldes em que extraíam água. Desde então, esta espécie que vive principalmente em águas subterrâneas foi visto em outros poços, a maioria deles em Rondônia.
Por seu colorido, destaca-se entre as espécies recém-descobertas o papagaio-de-cabeça-laranja (Pyrilia aurantiocephala), achado em localidades dos rios Madeira e Tapajós, que foi registrado como "quase ameaçado" porque sua população, que já é pequena, está diminuindo com a destruição de seu habitat. Entre as novidades está também a Telmatobius sibiricus, uma rã camaleônica.
Bioma ameaçado
Como bioma, a Amazônia abrange 6,7 milhões de quilômetros quadrados, o que representa 45% da superfície continental da América do Sul e mais de 1,5 vezes a Europa, explica Ruiz. No entanto, a maior parte da região continua sem ser explorada.
A WWF adverte que, nos últimos 50 anos, o homem provocou a destruição de 17% da área de floresta tropical na Amazônia, um espaço maior que a Venezuela ou duas vezes o tamanho da Espanha. A organização aponta o rápido crescimento da demanda de carne, soja e biocombustível como uma das principais causas desta transformação, já que "80% das áreas desmatadas são ocupadas por pastos para gado".
Dado o nível de desenvolvimento de alguns países, a WWF destaca a necessidade de avançar na definição de áreas protegidas, além de parques naturais e reservas, que permitam a conservação do meio ambiente. "Reconheçamos a extraordinária riqueza que está em nossas mãos e que está em risco, caso não aumentemos nossos esforços para sua conservação", conclui a ONG.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4755306-EI238,00-Cientistas+descobrem+novas+especies+na+Amazonia+em+anos.html
Pesquisador aponta fotossíntese como solução energética
O pesquisador inglês James Barber, professor do Imperial College de Londres, afirmou nesta segunda-feira, 25, em encontro promovido pelo Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia na Universidade de São Paulo (USP), que a fotossíntese é a melhor solução para os problemas globais de produção de energia. As informações são da Agência Fapesp.
Barber é considerado um dos principais pesquisadores no mundo sobre fotossíntese. Segundo ele, tecnologias capazes de usar a luz do Sol com eficiência semelhante à observada nas plantas seriam a solução para a questão energética. A proposta é desenvolver catalisadores capazes de imitar a fotossíntese, o que criaria uma fonte de energia limpa e praticamente ilimitada.
O pesquisador disse que uma hora de luz solar "equivale à totalidade da energia usada em um ano no mundo todo", em entrevista à Agência Fapesp. Assim, ela se torna a maior fonte de energia disponível, e como é distribuída igualmente em todo o planeta, aprender a utilizá-la "seria um salto sem precedente na história da humanidade", disse Barber.
Para Barber, a solução se chama folha artificial, tecnologia que absorveria energia solar, armazenando-a em bombas químicas e produzindo combustível. O armazenamento permitira a energia ser guardada, transportada e distribuída. Porém, o armazenamento é a questão mais complicada na busca da utilização da folha artificial.
O pesquisador completou explicando que a folha artificial usará energia da luz para tirar oxigênio da água, depois converteria com este oxigênio o dióxido de carbono em um composto rico em carbono.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4755759-EI8147,00-Pesquisador+aponta+fotossintese+como+solucao+energetica.html
Barber é considerado um dos principais pesquisadores no mundo sobre fotossíntese. Segundo ele, tecnologias capazes de usar a luz do Sol com eficiência semelhante à observada nas plantas seriam a solução para a questão energética. A proposta é desenvolver catalisadores capazes de imitar a fotossíntese, o que criaria uma fonte de energia limpa e praticamente ilimitada.
O pesquisador disse que uma hora de luz solar "equivale à totalidade da energia usada em um ano no mundo todo", em entrevista à Agência Fapesp. Assim, ela se torna a maior fonte de energia disponível, e como é distribuída igualmente em todo o planeta, aprender a utilizá-la "seria um salto sem precedente na história da humanidade", disse Barber.
Para Barber, a solução se chama folha artificial, tecnologia que absorveria energia solar, armazenando-a em bombas químicas e produzindo combustível. O armazenamento permitira a energia ser guardada, transportada e distribuída. Porém, o armazenamento é a questão mais complicada na busca da utilização da folha artificial.
O pesquisador completou explicando que a folha artificial usará energia da luz para tirar oxigênio da água, depois converteria com este oxigênio o dióxido de carbono em um composto rico em carbono.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4755759-EI8147,00-Pesquisador+aponta+fotossintese+como+solucao+energetica.html
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
MPF-DF pede fim de concurso da Aeronáutica para padre
MARIÂNGELA GALLUCCI - Agência Estado
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) pediu à Justiça que anule um concurso lançado pela Aeronáutica para a seleção de três padres e um pastor evangélico. De acordo com a procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira, autora da ação, a contratação desrespeita o princípio da Constituição segundo o qual o Estado deve ser laico e não deve privilegiar duas religiões em detrimento de outras.
"Pelo contrário, a laicidade impõe que o Estado se mantenha neutro em relação às diferentes concepções religiosas presentes na sociedade, sendo-lhe vedado tomar partido em questões de fé, bem como buscar o favorecimento ou o embaraço de qualquer crença", sustenta a procuradora. "A promiscuidade entre os poderes públicos e qualquer credo religioso, por ela interditada, ao sinalizar o endosso estatal de doutrinas de fé, pode representar uma coerção, ainda que de caráter psicológico, sobre os que não professam aquela religião", acrescentou Luciana.
A procuradora quer que a Justiça conceda uma liminar para suspender o concurso, que já está com as inscrições encerradas. De acordo com Luciana, concurso tem o objetivo de selecionar capelães da Aeronáutica, sendo 3 sacerdotes católicos apostólicos romanos e 1 pastor evangélico. Eles deverão prestar serviço de assistência religiosa nas organizações militares e receberão salário de R$ 4.590 por mês. Para Luciana, o Estado não pode financiar assistência espiritual de uma determinada religião, ainda que praticada pela maioria, em detrimento das outras crenças.
"Não é admissível que o Estado selecione para seus quadros, mediante pagamento de remuneração com recursos públicos, orientadores espirituais ou autoridades religiosas de determinadas religiões, mesmo que estas sejam as religiões com maior número de seguidores no país", argumenta a procuradora. "Ainda que fosse franqueado à União contratar, de forma onerosa, prestadores de assistência religiosa para atendimento de seus servidores, a escolha de apenas duas religiões pelo Estado, mesmo que majoritárias, feriria o princípio da isonomia", conclui Luciana.
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http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,mpf-df-pede-fim-de-concurso-da-aeronautica-para-padre,622534,0.htm
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) pediu à Justiça que anule um concurso lançado pela Aeronáutica para a seleção de três padres e um pastor evangélico. De acordo com a procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira, autora da ação, a contratação desrespeita o princípio da Constituição segundo o qual o Estado deve ser laico e não deve privilegiar duas religiões em detrimento de outras.
"Pelo contrário, a laicidade impõe que o Estado se mantenha neutro em relação às diferentes concepções religiosas presentes na sociedade, sendo-lhe vedado tomar partido em questões de fé, bem como buscar o favorecimento ou o embaraço de qualquer crença", sustenta a procuradora. "A promiscuidade entre os poderes públicos e qualquer credo religioso, por ela interditada, ao sinalizar o endosso estatal de doutrinas de fé, pode representar uma coerção, ainda que de caráter psicológico, sobre os que não professam aquela religião", acrescentou Luciana.
A procuradora quer que a Justiça conceda uma liminar para suspender o concurso, que já está com as inscrições encerradas. De acordo com Luciana, concurso tem o objetivo de selecionar capelães da Aeronáutica, sendo 3 sacerdotes católicos apostólicos romanos e 1 pastor evangélico. Eles deverão prestar serviço de assistência religiosa nas organizações militares e receberão salário de R$ 4.590 por mês. Para Luciana, o Estado não pode financiar assistência espiritual de uma determinada religião, ainda que praticada pela maioria, em detrimento das outras crenças.
"Não é admissível que o Estado selecione para seus quadros, mediante pagamento de remuneração com recursos públicos, orientadores espirituais ou autoridades religiosas de determinadas religiões, mesmo que estas sejam as religiões com maior número de seguidores no país", argumenta a procuradora. "Ainda que fosse franqueado à União contratar, de forma onerosa, prestadores de assistência religiosa para atendimento de seus servidores, a escolha de apenas duas religiões pelo Estado, mesmo que majoritárias, feriria o princípio da isonomia", conclui Luciana.
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http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,mpf-df-pede-fim-de-concurso-da-aeronautica-para-padre,622534,0.htm
Aumenta pressão religiosa em escolas da França, diz estudo
Pais e alunos muçulmanos do ensino público francês estão cada vez mais fazendo pedidos de caráter religioso, que os professores deveriam rejeitar com base no caráter laico do Estado, segundo um relatório oficial.
O Conselho Superior para a Integração (CSI) apontou crescentes problemas com alunos de ascendência estrangeira, que se recusam a estudar matérias relacionadas ao Holocausto, às Cruzadas e à evolução, que exigem refeições "halal" (permitidas pelo islamismo) e "rejeitam a cultura francesa e seus valores."
"Está ficando difícil para os professores resistirem às pressões religiosas", disse o estudo, cuja versão preliminar foi publicada no fim de semana pelo Journal du Dimanche. O relatório final será apresentado ao governo em novembro.
"Deveríamos agora reafirmar o secularismo e treinar os professores para lidar com problemas específicos ligados ao respeito a esse princípio", afirma o texto.
A rígida separação entre Igreja e Estado na França relega a religião à esfera privada, ideia cada vez mais contestada pela minoria muçulmana do país, a maior da Europa - 5 milhões de pessoas, numa população total de 65 milhões de franceses.
O relatório, que abordou várias questões envolvendo alunos de ascendência estrangeira, não cita números, mas diz que os problemas aparecem com frequência em audiências do CSI.
O estudo diz que os professores têm sido contestados ao falarem sobre temas como as religiões mundiais, o Holocausto, a guerra da França na Argélia, o conflito entre Israel e os palestinos e as ações militares dos EUA em países islâmicos.
"Os professores regularmente descobrem que os pais muçulmanos se recusam a que seus filhos aprendam sobre o cristianismo", diz o texto. "Alguns acham que isso equivale a evangelização", diz o relatório.
"O antissemitismo", acrescenta o estudo, "surge durante cursos sobre o Holocausto, com piadas inapropriadas ou recusa em assistir a filmes (sobre campos de concentração)". "As tensões com frequência surgem de alunos que se identificam como muçulmanos", afirma o texto.
Durante o mês islâmico do Ramadã, prossegue o estudo, alguns alunos muçulmanos intimidam colegas que não fazem jejum. Meninos muçulmanos costumam intimidar boas alunas, apontadas como "colaboradoras" dos "franceses sujos". Algumas meninas pedem dispensa da educação física para não se misturarem aos meninos.
O relatório sugere que as escolas insistam na coeducação, na igualdade de direitos e no respeito mútuo. "Ser cidadão francês significa aceitar contestações às próprias opiniões (...), este é o preço a pagar pela liberdade de opinião e expressão. Precisamos lembrar que o crime de blasfêmia não existe na França desde a Revolução Francesa?", diz o relatório.
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4753809-EI8142,00-Aumenta+pressao+religiosa+em+escolas+da+Franca+diz+estudo.html
O Conselho Superior para a Integração (CSI) apontou crescentes problemas com alunos de ascendência estrangeira, que se recusam a estudar matérias relacionadas ao Holocausto, às Cruzadas e à evolução, que exigem refeições "halal" (permitidas pelo islamismo) e "rejeitam a cultura francesa e seus valores."
"Está ficando difícil para os professores resistirem às pressões religiosas", disse o estudo, cuja versão preliminar foi publicada no fim de semana pelo Journal du Dimanche. O relatório final será apresentado ao governo em novembro.
"Deveríamos agora reafirmar o secularismo e treinar os professores para lidar com problemas específicos ligados ao respeito a esse princípio", afirma o texto.
A rígida separação entre Igreja e Estado na França relega a religião à esfera privada, ideia cada vez mais contestada pela minoria muçulmana do país, a maior da Europa - 5 milhões de pessoas, numa população total de 65 milhões de franceses.
O relatório, que abordou várias questões envolvendo alunos de ascendência estrangeira, não cita números, mas diz que os problemas aparecem com frequência em audiências do CSI.
O estudo diz que os professores têm sido contestados ao falarem sobre temas como as religiões mundiais, o Holocausto, a guerra da França na Argélia, o conflito entre Israel e os palestinos e as ações militares dos EUA em países islâmicos.
"Os professores regularmente descobrem que os pais muçulmanos se recusam a que seus filhos aprendam sobre o cristianismo", diz o texto. "Alguns acham que isso equivale a evangelização", diz o relatório.
"O antissemitismo", acrescenta o estudo, "surge durante cursos sobre o Holocausto, com piadas inapropriadas ou recusa em assistir a filmes (sobre campos de concentração)". "As tensões com frequência surgem de alunos que se identificam como muçulmanos", afirma o texto.
Durante o mês islâmico do Ramadã, prossegue o estudo, alguns alunos muçulmanos intimidam colegas que não fazem jejum. Meninos muçulmanos costumam intimidar boas alunas, apontadas como "colaboradoras" dos "franceses sujos". Algumas meninas pedem dispensa da educação física para não se misturarem aos meninos.
O relatório sugere que as escolas insistam na coeducação, na igualdade de direitos e no respeito mútuo. "Ser cidadão francês significa aceitar contestações às próprias opiniões (...), este é o preço a pagar pela liberdade de opinião e expressão. Precisamos lembrar que o crime de blasfêmia não existe na França desde a Revolução Francesa?", diz o relatório.
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Em livro, cego e surdo conta viagens por mais de 50 países
Um britânico de 32 anos, deficiente visual e auditivo, com apenas 20% de audição em consequência de problemas genéticos, está lançando um livro no qual conta suas aventuras em viagens pelo mundo. Tony Giles, que leva uma vida totalmente independente apesar das deficiências, já visitou mais de 50 países, muitos deles viajando sozinho com uma mochila nas costas.
Entre as aventuras relatadas no livro Seeing the World My Way (Vendo o Mundo do Meu Jeito), estão voos de asa-delta sobre a praia de São Conrado, no Rio de Janeiro, bungee jumping na Nova Zelândia, escalada de montanhas geladas e saltos de paraquedas na Austrália. "Viajar é mais do que simplesmente ver o cenário bonito ou a paisagem com seus olhos", disse no livro.
"Viajar significa usar todos os sentidos do corpo, ser capaz de se relacionar com as pessoas, sentir as diferentes texturas de terra e plantas, comer comidas desconhecidas e escutar diferentes tipos de música, ser exposto a culturas alternativas e excitantes, mergulhar nas qualidades de outro país e voltar para casa sabendo mais do que eu sabia antes de partir", afirmou Giles.
Ele conta que começou a tomar gosto pelas viagens ao visitar os Estados Unidos em 2000, em uma viagem de intercâmbio universitário. Desde então, ele já esteve nos 50 Estados americanos, nas 10 províncias canadenses e em países dos cinco continentes.
Para Giles, as deficiências não diminuíram sua satisfação com as experiências. "Para alguém que não pode ver, a beleza está relacionada ao que você cheira e sente. Aprendi a usar todos os sentidos do meu corpo - meus nervos, meu toque, minha sensação de olfato", disse.
Segundo ele, suas viagens são motivadas pelo sentido de descoberta e liberdade. "Realmente, quero toda a liberdade que eu possa conseguir", afirmou.
Transplante
Para Giles, deficiências não o impedem de desfrutar experiências plenamente. Nem mesmo um problema renal detectado em 2002, que o obrigou a se submeter a um transplante em 2008, com um rim doado pelo padrasto, o impediu de continuar viajando.
"A operação foi um sucesso, e após um período de recuperação de cerca de três meses estava de novo viajando pela Grã-Bretanha, e sete meses depois pelo mundo", disse. A doença, ele conta, o levou a tomar uma outra decisão, em 2002: parar de beber quando, diz, estava prestes a se tornar um alcoólatra.
Em meio aos problemas de saúde e às viagens, Giles ainda encontrou tempo para se formar em História Americana, com um mestrado em Estudos Transatlânticos.
Sobre o futuro, ele não mostra dúvidas sobre o que pretende: "Espero viajar pelo resto da minha vida". Ele espera um dia conseguir visitar todos os países do mundo. Em sua lista de objetivos mais próximos, está uma ida à Antártica, cruzar a Rússia, visitar a Índia e os Himalaias, mochilar pelas Américas Central e do Sul e conhecer o Japão e a Indonésia.
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4753669-EI294,00-Em+livro+cego+e+surdo+conta+viagens+por+mais+de+paises.html
Entre as aventuras relatadas no livro Seeing the World My Way (Vendo o Mundo do Meu Jeito), estão voos de asa-delta sobre a praia de São Conrado, no Rio de Janeiro, bungee jumping na Nova Zelândia, escalada de montanhas geladas e saltos de paraquedas na Austrália. "Viajar é mais do que simplesmente ver o cenário bonito ou a paisagem com seus olhos", disse no livro.
"Viajar significa usar todos os sentidos do corpo, ser capaz de se relacionar com as pessoas, sentir as diferentes texturas de terra e plantas, comer comidas desconhecidas e escutar diferentes tipos de música, ser exposto a culturas alternativas e excitantes, mergulhar nas qualidades de outro país e voltar para casa sabendo mais do que eu sabia antes de partir", afirmou Giles.
Ele conta que começou a tomar gosto pelas viagens ao visitar os Estados Unidos em 2000, em uma viagem de intercâmbio universitário. Desde então, ele já esteve nos 50 Estados americanos, nas 10 províncias canadenses e em países dos cinco continentes.
Para Giles, as deficiências não diminuíram sua satisfação com as experiências. "Para alguém que não pode ver, a beleza está relacionada ao que você cheira e sente. Aprendi a usar todos os sentidos do meu corpo - meus nervos, meu toque, minha sensação de olfato", disse.
Segundo ele, suas viagens são motivadas pelo sentido de descoberta e liberdade. "Realmente, quero toda a liberdade que eu possa conseguir", afirmou.
Transplante
Para Giles, deficiências não o impedem de desfrutar experiências plenamente. Nem mesmo um problema renal detectado em 2002, que o obrigou a se submeter a um transplante em 2008, com um rim doado pelo padrasto, o impediu de continuar viajando.
"A operação foi um sucesso, e após um período de recuperação de cerca de três meses estava de novo viajando pela Grã-Bretanha, e sete meses depois pelo mundo", disse. A doença, ele conta, o levou a tomar uma outra decisão, em 2002: parar de beber quando, diz, estava prestes a se tornar um alcoólatra.
Em meio aos problemas de saúde e às viagens, Giles ainda encontrou tempo para se formar em História Americana, com um mestrado em Estudos Transatlânticos.
Sobre o futuro, ele não mostra dúvidas sobre o que pretende: "Espero viajar pelo resto da minha vida". Ele espera um dia conseguir visitar todos os países do mundo. Em sua lista de objetivos mais próximos, está uma ida à Antártica, cruzar a Rússia, visitar a Índia e os Himalaias, mochilar pelas Américas Central e do Sul e conhecer o Japão e a Indonésia.
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Secret Files of the Inquisition(Ep1)(1-5)The Land Of Terror-Legendado
Arquivos Secretos da Inquisiçao. Baseado em documentos inéditos e pesquisas que revelam inúmeros segredos do Vaticano, a minissérie Arquivos Secretos da Inquisição foi destaque do The History Channel. A produção de quatro horas foi rodada na Itália, França e Espanha. A minissérie, com intervenções de especialistas, retrata as passagens mais obscuras de mais de 600 anos da Igreja Católica em sua luta para ser a exclusiva representante do Cristianismo no mundo. A Inquisição foi um sistema de terror em massa, composto por cortes secretas. Tratava-se de uma instituição que ultrapassou fronteiras geográficas e históricas, indo da França medieval ao renascimento italiano. O especial aborda essa sangrenta história, dos os arquitetos da Inquisição às vítimas de sua ira. Os episódios trazem opiniões de estudiosos como David Gitlitz (especialista em História Medieval), Stephen Haliczer (historiador), Charmaine Craig (escritor) e Joseph A. Di Noia (teólogo e reverendo).
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Parte 1. http://www.youtube.com/watch?v=xiXpRJUzCag
Parte 2. http://www.youtube.com/watch?v=4mLgV823JHU
Parte 3. http://www.youtube.com/watch?v=71vyeH80y_E
Parte 4. http://www.youtube.com/watch?v=M2TEFr83N2I
Parte 5. http://www.youtube.com/watch?v=b9RWDcH8a9c
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Parte 1. http://www.youtube.com/watch?v=xiXpRJUzCag
Parte 2. http://www.youtube.com/watch?v=4mLgV823JHU
Parte 3. http://www.youtube.com/watch?v=71vyeH80y_E
Parte 4. http://www.youtube.com/watch?v=M2TEFr83N2I
Parte 5. http://www.youtube.com/watch?v=b9RWDcH8a9c
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domingo, 24 de outubro de 2010
Documentário "Grass" - Maconha
Esse documentário "Grass", fala sobre a guerra nos EUA contra a maconha, mostrando desde a chegada da maconha (década de 20) até o ano de 1998 as medidas tomadas pelo governo contra o seu consumo, mesmo sem possuir provas de que o seu uso era nocivo a sociedade e para a própria pessoa
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http://www.guba.com/watch/3000082999
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No Youtube
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Grass - Parte 1 LEGENDADO
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http://www.guba.com/watch/3000082999
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No Youtube
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Grass - Parte 1 LEGENDADO
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Richard Dawkins e outras personalidades céticas assinam boicote contra Irã
Richard Dawkins e outras personalidades céticas assinam boicote contra Irã
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O texto abaixo, assinado por pessoas que admiro, faz uma comparação muito importante: a situação de crueldade contra mulheres, gays e descrentes em países como o Irã é comparável ao Apartheid sul-africano. Se o mundo não tivesse condenado o Apartheid, se tivesse obedecido os relativistas culturais para dar respeito ao racismo como uma suposta prática cultural digna de preservação, é possível que até hoje os negros fossem oprimidos naquele país, sendo proibidos até de sentar num mesmo banco de praça com os brancos. Nelson Mandela teria morrido na prisão. Hoje, quem está na prisão e chamando a atenção do mundo por isso não é um ativista político como Mandela, mas uma mãe das mais comuns, que só quer ter a chance de viver em paz com seus filhos. Mas o Apartheid fundamentalista do regime do Irã não quer deixar, porque pensa que mulheres que supostamente traíram seus maridos merecem morrer com pedradas. Está na hora do mundo se unir contra isso, como se uniu contra o Apartheid. Está na hora do mundo se lembrar das palavras de Nelson Mandela (Long Walk to Freedom, 1995): “Ninguém nasce odiando outra pessoa por sua cor da pele, ou criação, ou religião. As pessoas aprendem a odiar, e se elas podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar, pois o amor vem mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto”.
Resolução sobre o boicote ao regime islâmico do Irã
O caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani tornou-se uma controvérsia internacional; a opinião pública mundial sentiu-se ultrajada com a sentença de morte por apedrejamento a que foi condenada por adultério e também com a abominável tortura e os maus-tratos que ela vem sofrendo ao longo dos últimos cinco anos.
Seu caso chamou a atenção do mundo para o repressivo regime Islâmico do Irã, com seu sistema jurídico medieval baseado na Sharia, e especialmente para o tratamento brutal dado às mulheres. Este é um regime que ainda condena seres humanos à morte por apedrejamento, em pleno século 21, sendo especificado por lei inclusive o tamanho das pedras a serem utilizadas. O regime tampouco demonstra qualquer clemência – no dia 10 deste mês o filho de Sakineh, Sajjad Ghaderzadeh, de 22 anos de idade e o advogado desta, Houtan Kian, foram também presos, juntamente com dois jornalistas que cobriam o caso.
Reiterando nossa exigência de que os quatro, bem como a própria Sakineh Mohammadi Ashtiani, sejam imediata e incondicionalmente libertados, acreditamos que é chegado o momento de condenarmos de forma clara e inequívoca o regime islâmico do Irã. É chegada a hora de governos e instituições boicotarem o regime Islâmico Iraniano, fechando suas embaixadas e escritórios e oferecendo denúncia contra seus funcionários de alto escalão.
O clamor público em relação a Sakineh Mohammadi Ashtiani tornou-se o grito de toda a humanidade em face de tal barbárie ocorrendo em nossa era. Este caso em específico, assim como o apedrejamento de seres humanos em geral, tornou-se o apartheid de nossos dias – uma prática intolerável e inaceitável.
Um regime que ainda apedreje pessoas até à morte na atualidade é evidentemente passível de isolamento diplomático, como o que ocorreu com o regime do apartheid na África do Sul. Além disso, a morte por apedrejamento em si precisa ser considerada como um crime contra a humanidade. Este episódio precisa ser o princípio do fim de tais atrocidades.
Assinam:
Mina Ahadi é fundadora e porta-voz do International Committee against Stoning (Comitê Internacional Contra o Apedrejamento) e do International Committee against Execution (Comitê Internacional Contra a Execução).Recebeu o prêmio Secularist of the Year (Secularista do Ano) da National Secular Society em 2007. Foi também selecionada como uma das mulheres mais importantes do ano pela Elle Quebec em 2007. Sua biografia, “I Have Renounced Religion” (Eu Renunciei à Religião) foi publicada em 2008 na Alemanha pela editora Heyne. (Alemanha)
Richard Dawkins é escritor e cientista. Ganhou vários prêmios, incluindo o Prêmio Sci-Tech por Melhor Programa de Ciência de 1987, a Medalha de Prata da Sociedade Zoológica de Londres de 1989, o Prêmio Michael Faraday para a promoção da compreensão pública da ciência da Royal Society em 1990, o Prêmio Nakayama de Ciências Humanas de 1994, e em 1997 o quinto Prêmio Cosmos Internacional comemorando a Expo ’90 (Reino Unido)
Sonja Eggerickx é presidente da União Humanista Ética Internacional (IHEU) e da Federation of Flemish Humanist Organisations (Federação das Organizações Humanistas de Flandres) da Bélgica (UVV) e Coordenadora da women’s Network (Rede de Mulheres) da IHEU. Profissionalmente, atua como inspetora sênior de Educação Moral na rede de ensino (Bélgica).
A. C. Grayling é professor de filosofia da Birkbeck College na Universidade de Londres e Supernumerary Fellow (Membro Colaborador) da St. Anne’s College, Oxford. É autor e organizador de várias publicações. É editor da Online Review London (Crítica Online de Londres) e co-editor da revista Prospect. Faz parte do conselho editorial de várias publicações acadêmicas, é membro da Royal Society of Literature (Sociedade Real de Literatura) e da Royal Society of Arts (Sociedade Real de Artes), e participou da banca do prêmio Booker em 2003 (Reino Unido)
Harold Kroto foi condecorado em 1996 por sua contribuição à química e recebeu o Prêmio Nobel de Química pela descoberta do Carbono 60 ou Buckminsterfullereno, uma nova forma de carbono, juntamente com Robert Curl e Richard Smalley, da Universidade Rice, em Houston, Texas (EUA )
Maryam Namazie é uma ativista dos direitos humanos, escritora, comentarista e radialista. Porta-voz do Iran Solidarity (Solidariedade Irã), One Law for All Britain (Uma Lei para Todos na Grã-Bretanha) e Equal Rights Now (Direitos Iguais Agora), entre outros. Ela também recebeu o prêmio de Secularista do ano da National Secular Society em 2005 e é Membro Honorário da NSS. Maryam foi selecionada como uma das 45 mulheres mais importantes do ano pela Elle Quebec em 2007, e seu blog está entre os 100 blogs ateístas mais visitados (Reino Unido). Maryam é também sócia emérita da Liga Humanista Secular do Brasil.
Taslima Nasrin é médica, ativista dos direitos humanos e premiada autora de vários livros proibidos em Bangladesh. Vencedora de vários prêmios, incluindo o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, o prêmio Feminista do Ano, prêmio Heroína do Livre-Pensamento, Prêmio da UNESCO para a promoção da tolerância e da não-violência, Grand Prix Internacional de Condorcet- Aron de 2005 e prêmio Simone de Beauvoir (Índia)
Daniel Salvatore Schiffer é filósofo, escritor e promotor da “Open Letter to the Iranian Authorities (Carta Aberta às Autoridades Iranianas) em apoio a Sakineh Mohammadi Ashtiani. Este apelo foi assinado por 150 mil pessoas, incluindo renomados intelectuais franceses e italianos e sete ganhadores do Prêmio Nobel (Bélgica)
Terry Sanderson é jornalista, escritor e presidente da National Secular Society (Sociedade Secularista Nacional). É autor de nove livros e tem escrito extensivamente para a imprensa nacional. Sua popular coluna no Gay Times tem sido publicada ininterruptamente há 25 anos – a mais antiga coluna na imprensa gay de todos os tempos (Reino Unido)
Michael Schmidt-Salomon é filósofo e porta-voz da Fundação Giordano Bruno. Seus livros incluem Manifest des evolutionären Humanismus: Plädoyer für eine zeitgemäße Leitkultur (Manifesto do Humanismo Evolucionário: um apelo por uma cultura contemporânea) e Die Kirche im Kopf (A Igreja na Cabeça) (Alemanha)
Annie Sugier fundou a “Ligue du droit des femmes internacional” (Liga Internacional dos Direitos da Mulher) com Simone de Beauvoir, em 1983. Sua formação profissional é científica. Ela é oficial da Legion d’Honneur (Legião de Honra) e publicou vários livros, incluindo “Histoires du MFL” (Histórias do MLF)(França)
Michèle Vianès é fundadora e presidente da Regards de Femmes, vice-presidente da French Coalition of the European Women’s Lobby (Coalizão Francesa pelas Mulheres da Europa), e patrono da Ni Putes ni Soumises (Nem Putas nem Submissas)(França)
Para mais informações, entre em contato com
Mina Ahadi, International Committee Against Stoning and International Committee Against Execution, minaahadi@aol.com , 0049 1775692413; http://notonemoreexecution.org/ ; http://stopstonningnow.com .
Após 26 de outubro você pode também entrar em contato com:
Maryam Namazie
Iran Solidarity
BM Box 2387
London WC1N 3XX, UK
Tel: +44 (0) 7719166731
iransolidaritynow@gmail.com
www.iransolidarity.org.uk
iransolidarity.blogspot.com
.
http://bulevoador.haaan.com/2010/10/24/boicote-ao-regime-islamico-do-ira/
.
O texto abaixo, assinado por pessoas que admiro, faz uma comparação muito importante: a situação de crueldade contra mulheres, gays e descrentes em países como o Irã é comparável ao Apartheid sul-africano. Se o mundo não tivesse condenado o Apartheid, se tivesse obedecido os relativistas culturais para dar respeito ao racismo como uma suposta prática cultural digna de preservação, é possível que até hoje os negros fossem oprimidos naquele país, sendo proibidos até de sentar num mesmo banco de praça com os brancos. Nelson Mandela teria morrido na prisão. Hoje, quem está na prisão e chamando a atenção do mundo por isso não é um ativista político como Mandela, mas uma mãe das mais comuns, que só quer ter a chance de viver em paz com seus filhos. Mas o Apartheid fundamentalista do regime do Irã não quer deixar, porque pensa que mulheres que supostamente traíram seus maridos merecem morrer com pedradas. Está na hora do mundo se unir contra isso, como se uniu contra o Apartheid. Está na hora do mundo se lembrar das palavras de Nelson Mandela (Long Walk to Freedom, 1995): “Ninguém nasce odiando outra pessoa por sua cor da pele, ou criação, ou religião. As pessoas aprendem a odiar, e se elas podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar, pois o amor vem mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto”.
Resolução sobre o boicote ao regime islâmico do Irã
O caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani tornou-se uma controvérsia internacional; a opinião pública mundial sentiu-se ultrajada com a sentença de morte por apedrejamento a que foi condenada por adultério e também com a abominável tortura e os maus-tratos que ela vem sofrendo ao longo dos últimos cinco anos.
Seu caso chamou a atenção do mundo para o repressivo regime Islâmico do Irã, com seu sistema jurídico medieval baseado na Sharia, e especialmente para o tratamento brutal dado às mulheres. Este é um regime que ainda condena seres humanos à morte por apedrejamento, em pleno século 21, sendo especificado por lei inclusive o tamanho das pedras a serem utilizadas. O regime tampouco demonstra qualquer clemência – no dia 10 deste mês o filho de Sakineh, Sajjad Ghaderzadeh, de 22 anos de idade e o advogado desta, Houtan Kian, foram também presos, juntamente com dois jornalistas que cobriam o caso.
Reiterando nossa exigência de que os quatro, bem como a própria Sakineh Mohammadi Ashtiani, sejam imediata e incondicionalmente libertados, acreditamos que é chegado o momento de condenarmos de forma clara e inequívoca o regime islâmico do Irã. É chegada a hora de governos e instituições boicotarem o regime Islâmico Iraniano, fechando suas embaixadas e escritórios e oferecendo denúncia contra seus funcionários de alto escalão.
O clamor público em relação a Sakineh Mohammadi Ashtiani tornou-se o grito de toda a humanidade em face de tal barbárie ocorrendo em nossa era. Este caso em específico, assim como o apedrejamento de seres humanos em geral, tornou-se o apartheid de nossos dias – uma prática intolerável e inaceitável.
Um regime que ainda apedreje pessoas até à morte na atualidade é evidentemente passível de isolamento diplomático, como o que ocorreu com o regime do apartheid na África do Sul. Além disso, a morte por apedrejamento em si precisa ser considerada como um crime contra a humanidade. Este episódio precisa ser o princípio do fim de tais atrocidades.
Assinam:
Mina Ahadi é fundadora e porta-voz do International Committee against Stoning (Comitê Internacional Contra o Apedrejamento) e do International Committee against Execution (Comitê Internacional Contra a Execução).Recebeu o prêmio Secularist of the Year (Secularista do Ano) da National Secular Society em 2007. Foi também selecionada como uma das mulheres mais importantes do ano pela Elle Quebec em 2007. Sua biografia, “I Have Renounced Religion” (Eu Renunciei à Religião) foi publicada em 2008 na Alemanha pela editora Heyne. (Alemanha)
Richard Dawkins é escritor e cientista. Ganhou vários prêmios, incluindo o Prêmio Sci-Tech por Melhor Programa de Ciência de 1987, a Medalha de Prata da Sociedade Zoológica de Londres de 1989, o Prêmio Michael Faraday para a promoção da compreensão pública da ciência da Royal Society em 1990, o Prêmio Nakayama de Ciências Humanas de 1994, e em 1997 o quinto Prêmio Cosmos Internacional comemorando a Expo ’90 (Reino Unido)
Sonja Eggerickx é presidente da União Humanista Ética Internacional (IHEU) e da Federation of Flemish Humanist Organisations (Federação das Organizações Humanistas de Flandres) da Bélgica (UVV) e Coordenadora da women’s Network (Rede de Mulheres) da IHEU. Profissionalmente, atua como inspetora sênior de Educação Moral na rede de ensino (Bélgica).
A. C. Grayling é professor de filosofia da Birkbeck College na Universidade de Londres e Supernumerary Fellow (Membro Colaborador) da St. Anne’s College, Oxford. É autor e organizador de várias publicações. É editor da Online Review London (Crítica Online de Londres) e co-editor da revista Prospect. Faz parte do conselho editorial de várias publicações acadêmicas, é membro da Royal Society of Literature (Sociedade Real de Literatura) e da Royal Society of Arts (Sociedade Real de Artes), e participou da banca do prêmio Booker em 2003 (Reino Unido)
Harold Kroto foi condecorado em 1996 por sua contribuição à química e recebeu o Prêmio Nobel de Química pela descoberta do Carbono 60 ou Buckminsterfullereno, uma nova forma de carbono, juntamente com Robert Curl e Richard Smalley, da Universidade Rice, em Houston, Texas (EUA )
Maryam Namazie é uma ativista dos direitos humanos, escritora, comentarista e radialista. Porta-voz do Iran Solidarity (Solidariedade Irã), One Law for All Britain (Uma Lei para Todos na Grã-Bretanha) e Equal Rights Now (Direitos Iguais Agora), entre outros. Ela também recebeu o prêmio de Secularista do ano da National Secular Society em 2005 e é Membro Honorário da NSS. Maryam foi selecionada como uma das 45 mulheres mais importantes do ano pela Elle Quebec em 2007, e seu blog está entre os 100 blogs ateístas mais visitados (Reino Unido). Maryam é também sócia emérita da Liga Humanista Secular do Brasil.
Taslima Nasrin é médica, ativista dos direitos humanos e premiada autora de vários livros proibidos em Bangladesh. Vencedora de vários prêmios, incluindo o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, o prêmio Feminista do Ano, prêmio Heroína do Livre-Pensamento, Prêmio da UNESCO para a promoção da tolerância e da não-violência, Grand Prix Internacional de Condorcet- Aron de 2005 e prêmio Simone de Beauvoir (Índia)
Daniel Salvatore Schiffer é filósofo, escritor e promotor da “Open Letter to the Iranian Authorities (Carta Aberta às Autoridades Iranianas) em apoio a Sakineh Mohammadi Ashtiani. Este apelo foi assinado por 150 mil pessoas, incluindo renomados intelectuais franceses e italianos e sete ganhadores do Prêmio Nobel (Bélgica)
Terry Sanderson é jornalista, escritor e presidente da National Secular Society (Sociedade Secularista Nacional). É autor de nove livros e tem escrito extensivamente para a imprensa nacional. Sua popular coluna no Gay Times tem sido publicada ininterruptamente há 25 anos – a mais antiga coluna na imprensa gay de todos os tempos (Reino Unido)
Michael Schmidt-Salomon é filósofo e porta-voz da Fundação Giordano Bruno. Seus livros incluem Manifest des evolutionären Humanismus: Plädoyer für eine zeitgemäße Leitkultur (Manifesto do Humanismo Evolucionário: um apelo por uma cultura contemporânea) e Die Kirche im Kopf (A Igreja na Cabeça) (Alemanha)
Annie Sugier fundou a “Ligue du droit des femmes internacional” (Liga Internacional dos Direitos da Mulher) com Simone de Beauvoir, em 1983. Sua formação profissional é científica. Ela é oficial da Legion d’Honneur (Legião de Honra) e publicou vários livros, incluindo “Histoires du MFL” (Histórias do MLF)(França)
Michèle Vianès é fundadora e presidente da Regards de Femmes, vice-presidente da French Coalition of the European Women’s Lobby (Coalizão Francesa pelas Mulheres da Europa), e patrono da Ni Putes ni Soumises (Nem Putas nem Submissas)(França)
Para mais informações, entre em contato com
Mina Ahadi, International Committee Against Stoning and International Committee Against Execution, minaahadi@aol.com , 0049 1775692413; http://notonemoreexecution.org/ ; http://stopstonningnow.com .
Após 26 de outubro você pode também entrar em contato com:
Maryam Namazie
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London WC1N 3XX, UK
Tel: +44 (0) 7719166731
iransolidaritynow@gmail.com
www.iransolidarity.org.uk
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http://bulevoador.haaan.com/2010/10/24/boicote-ao-regime-islamico-do-ira/
sábado, 23 de outubro de 2010
Componente da maconha atua contra tumores cerebrais
O tetra-hidrocanabinol (THC), principal componente ativo da maconha, pode ter um efeito sobre a redução e, inclusive, a destruição de células cancerígenas dos tumores, principalmente do cérebro, nos ratos e também no homem, segundo estudo da universidade Complutense de Madri publicado nesta quinta-feira (2), no "Journal of Clinical Investigation".
De acordo com o relato, cientistas injetaram uma dose diária de THC em ratos, antes contaminados com tumores cancerígenos humanos desenvolvidos até o tamanho de 250 mm3.
"A administração do THC reduziu em mais de 80% o crescimento de tumores derivados de diferentes tipos de células" cancerígenas, escreveram os pesquisadores do departamento de bioquímica da Universidade de Madri.
As células cancerígenas introduzidas nos ratos incluíam gliomas, o tipo mais frequente de câncer do cérebro, assim como células de câncer do pâncreas e de mama.
Um teste clínico realizado em dois pacientes com câncer no cérebro, normalmente muito agressivo, com injeção intracraniana de THC de 26 a 30 dias, mostrou "um processo de morte de células por autofagia", depois de uma análise das biópsias realizadas antes e após o tratamento
.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u544809.shtml
De acordo com o relato, cientistas injetaram uma dose diária de THC em ratos, antes contaminados com tumores cancerígenos humanos desenvolvidos até o tamanho de 250 mm3.
"A administração do THC reduziu em mais de 80% o crescimento de tumores derivados de diferentes tipos de células" cancerígenas, escreveram os pesquisadores do departamento de bioquímica da Universidade de Madri.
As células cancerígenas introduzidas nos ratos incluíam gliomas, o tipo mais frequente de câncer do cérebro, assim como células de câncer do pâncreas e de mama.
Um teste clínico realizado em dois pacientes com câncer no cérebro, normalmente muito agressivo, com injeção intracraniana de THC de 26 a 30 dias, mostrou "um processo de morte de células por autofagia", depois de uma análise das biópsias realizadas antes e após o tratamento
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u544809.shtml
Maconha sintética aumenta "validade" das células-tronco
Substâncias cuja ação equivale à do princípio ativo da maconha podem ajudar os cientistas a aumentar o "prazo de validade" das células-tronco embrionárias. As moléculas diminuem em até 45% a morte das células em laboratório, o que pode se revelar uma forma de aumentar a eficiência de futuras terapias com base nelas.
As células-tronco embrionárias se destacam pela versatilidade, tendo o poder comprovado de assumir o papel de qualquer tecido do organismo adulto.
Por isso, o grande sonho da medicina regenerativa é usá-las para reconstruir órgãos danificados. Mas um dos muitos obstáculos no caminho do plano é a baixa eficiência com que elas se mantêm no organismo.
Sobreviventes
"Sabemos que, por razões diversas, somente entre 1% e 20% das células-tronco transplantadas sobrevivem in vivo [no corpo], o que reduz a eficácia delas e traz a necessidade de transplantes com números significativamente maiores de células do que as de fato terão algum efeito", explica Stevens Rehen, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e coautor do estudo, na revista científica "Cell Biology International".
Alguns dados preliminares já mostravam um elo entre a chance da sobrevida das células-tronco e a ativação das fechaduras químicas CB1 e CB2, conhecidas como receptores canabinoides justamente por interagirem com as moléculas presentes na maconha, ou Cannabis sativa. Não é que o organismo humano tenha sido "projetado" para receber a droga: ocorre que o corpo produz naturalmente substâncias que se ligam aos receptores canabinoides, desempenhando papel importante na regulação do humor, no controle do apetite e até nas defesas biológicas naturais de cada pessoa.
Rehen e seus colegas da UFRJ, como a farmacologista Marília Zaluar Passos Guimarães, que também assina o estudo, começaram o trabalho apostando que moléculas capazes de interagir com o CB1 e o CB2 poderiam facilitar a sobrevivência e a transformação das células-tronco em neurônios.
"Mas vimos que, na verdade, não se tratava de um efeito específico e associado à diferenciação [especialização] neuronal", conta Rehen. O que ocorre é que estimular os receptores promove a sobrevivência de todas as células presentes nos chamados corpos embrioides, pelotas de células-tronco que representam a primeira fase da especialização celular delas.
Os pesquisadores testaram substâncias que estimulam tanto o CB1 quanto o CB2. A principal delas, embora tenha estrutura química bem diferente da que caracteriza o THC, princípio ativo responsável pelo "barato" da maconha, produz na célula efeitos muito semelhantes ao que ele opera.
Essa molécula levou à queda de 45% na morte das células-tronco, enquanto outra substância testada, que age especificamente sobre o CB2, reduziu a morte celular em 20%.
Mirando o futuro
"O próximo passo será explorar o potencial dos canabinoides como agentes capazes de aumentar a sobrevivência de células-tronco embrionárias depois de transplantes", diz Rehen, cujo grupo inaugura nesta segunda a unidade carioca do Lance (Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias), associado à Rede Nacional de Terapia Celular do Ministério da Saúde.
"O pré-tratamento das células-tronco poderá fortalecê-las para que sobrevivam no campo de batalha do organismo, de modo que tenham condições de sobreviver e se diferenciar no tecido lesado e/ou inflamado", afirma o biólogo.
"Por conta da exposição dos seres humanos aos canabinoides ao longo de milhares de anos, conhecemos a maior parte de seus efeitos no organismo, o que favoreceria sua aplicação terapêutica quando comparados a outros fármacos", aposta o pesquisador da UFRJ.
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u658993.shtml
As células-tronco embrionárias se destacam pela versatilidade, tendo o poder comprovado de assumir o papel de qualquer tecido do organismo adulto.
Por isso, o grande sonho da medicina regenerativa é usá-las para reconstruir órgãos danificados. Mas um dos muitos obstáculos no caminho do plano é a baixa eficiência com que elas se mantêm no organismo.
Sobreviventes
"Sabemos que, por razões diversas, somente entre 1% e 20% das células-tronco transplantadas sobrevivem in vivo [no corpo], o que reduz a eficácia delas e traz a necessidade de transplantes com números significativamente maiores de células do que as de fato terão algum efeito", explica Stevens Rehen, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e coautor do estudo, na revista científica "Cell Biology International".
Alguns dados preliminares já mostravam um elo entre a chance da sobrevida das células-tronco e a ativação das fechaduras químicas CB1 e CB2, conhecidas como receptores canabinoides justamente por interagirem com as moléculas presentes na maconha, ou Cannabis sativa. Não é que o organismo humano tenha sido "projetado" para receber a droga: ocorre que o corpo produz naturalmente substâncias que se ligam aos receptores canabinoides, desempenhando papel importante na regulação do humor, no controle do apetite e até nas defesas biológicas naturais de cada pessoa.
Rehen e seus colegas da UFRJ, como a farmacologista Marília Zaluar Passos Guimarães, que também assina o estudo, começaram o trabalho apostando que moléculas capazes de interagir com o CB1 e o CB2 poderiam facilitar a sobrevivência e a transformação das células-tronco em neurônios.
"Mas vimos que, na verdade, não se tratava de um efeito específico e associado à diferenciação [especialização] neuronal", conta Rehen. O que ocorre é que estimular os receptores promove a sobrevivência de todas as células presentes nos chamados corpos embrioides, pelotas de células-tronco que representam a primeira fase da especialização celular delas.
Os pesquisadores testaram substâncias que estimulam tanto o CB1 quanto o CB2. A principal delas, embora tenha estrutura química bem diferente da que caracteriza o THC, princípio ativo responsável pelo "barato" da maconha, produz na célula efeitos muito semelhantes ao que ele opera.
Essa molécula levou à queda de 45% na morte das células-tronco, enquanto outra substância testada, que age especificamente sobre o CB2, reduziu a morte celular em 20%.
Mirando o futuro
"O próximo passo será explorar o potencial dos canabinoides como agentes capazes de aumentar a sobrevivência de células-tronco embrionárias depois de transplantes", diz Rehen, cujo grupo inaugura nesta segunda a unidade carioca do Lance (Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias), associado à Rede Nacional de Terapia Celular do Ministério da Saúde.
"O pré-tratamento das células-tronco poderá fortalecê-las para que sobrevivam no campo de batalha do organismo, de modo que tenham condições de sobreviver e se diferenciar no tecido lesado e/ou inflamado", afirma o biólogo.
"Por conta da exposição dos seres humanos aos canabinoides ao longo de milhares de anos, conhecemos a maior parte de seus efeitos no organismo, o que favoreceria sua aplicação terapêutica quando comparados a outros fármacos", aposta o pesquisador da UFRJ.
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u658993.shtml
Homem precisa se enganar, diz biólogo
O biologo americano Robert Trivers, durante palestra no auditorio do Instituto de Biociencias da USP
.
Platão, Kant e... Trivers?
Se essa lista parece estranha, Steven Pinker, talvez o mais importante psicólogo contemporâneo, discorda.
O biólogo Robert Trivers, diz, é um dos grandes pensadores da história do Ocidente -provavelmente o único deles que é defensor da maconha, apaixonado pela Jamaica e entusiasta do grupo de radicais negros Panteras Negras (ainda que branco).
.
A empolgação com o cientista se deve ao fato de que Trivers, quase sozinho, revolucionou a psicologia, ao propor, nos anos 1970, elos entre o comportamento humano e a teoria da evolução.
Trivers correlacionou, por exemplo, as diferenças entre o comportamento sexual masculino e o feminino ao fato de que homens investem menos em cada filho do que as mulheres (veja abaixo).
Seu tema de interesse atual é o autoengano. Ele defende que os humanos evoluíram para acreditar em mentiras que os façam se sentir melhor e que justifiquem suas atitudes.
O sujeito que, contra todas as evidências, acha que vai se recuperar de uma doença fatal, ou a mulher que se recusa a enxergar que o marido claramente a trai estão, então, apenas sendo humanos.
Apesar da aclamação atual, Trivers, 67, demorou para engrenar como cientista. Quando ainda era aluno da Universidade Harvard, ele trilhou um caminho impressionantemente torto.
WITTGENSTEIN DEMAIS
Tudo dava errado: tentou ser matemático, mas desistiu. Resolveu ser historiador, graduou-se em Harvard, mas ficou desanimado com os livros de história americana. Muita 'autoglorificação'.
Quis então ser advogado, mas não pôde entrar na escola de direito porque teve um colapso mental (ficava lendo Wittgenstein noite adentro e não dormia quase nada) e acabou tendo de ser internado para tomar antipsicóticos.
.
Quando estava se recuperando, conseguiu um emprego para escrever e ilustrar livros de ciências que seriam usados em escolas por alunos de ensino médio.
Os livros venderam bem menos que o esperado- desagradaram aos mais conservadores, porque incluíam animais fazendo sexo e ignoravam o criacionismo.
O trabalho, porém, serviu para despertar o gosto de Trivers pela biologia, e ele conseguiu ser doutorando de Ernst Mayr (1904-2005), um dos principais teóricos evolutivos do século 20.
RENAS SIM, QUÍMICA NÃO
Mayr pediu que Trivers fizesse matérias na graduação. Ele preferiu usar o tempo para viajar e ver renas no Ártico.
Quando um comitê em Harvard percebeu a safadeza, quis que Trivers estudasse química orgânica. Ele disse que não havia motivo para preocupações: já estava até matriculado na disciplina.
Poucas horas depois de sair da reunião, vendeu o seu livro de química orgânica e queimou as peças de plástico que os alunos usavam para simular moléculas.
Apesar da rebeldia, os trabalhos publicados pelo garoto logo chamaram a atenção. Seu ponto central: atitudes humanas poderiam ser explicadas pelo sucesso reprodutivo que trazem.
Desavenças em Harvard (leia à direita) fizeram que, em 1978, Trivers saísse daquela universidade. Só voltaria quase 30 anos depois.
Nesse intervalo, exceto por alguns anos em Nova Jersey, Trivers alternou seus dias entre a Costa Oeste americana (era professor na Universidade da Califórnia em Santa Cruz) e sua grande paixão, a Jamaica.
Estudou os lagartos do país, mas isso era só um pretexto, conta. Ficou encantado mesmo com as mulheres jamaicanas -acabou se casando com duas delas (não ao mesmo tempo). Encontrou no país um paraíso: diz-se apaixonado pela cultura rastafári e por mulheres negras ou mestiças.
BLACK POWER
Nos anos 1980, na Califórnia, ele conheceu Huey Newton, líder dos Panteras Negras, grupo revolucionário americano que pregava que negros deveriam se armar para se defender.
Tornaram-se grandes amigos. Antes de ser assassinado, em 1989, Newton foi padrinho de uma das filhas de Trivers. Chegaram a escrever um trabalho científico sobre autoengano juntos -tema que interessava muito a Newton, diz Trivers. Esse se tornou, a partir dos anos 1990, o tópico favorito do biólogo.
Em paralelo, Trivers conduziu um estudo com crianças jamaicanas. Mapeou seus rostos em busca de imperceptíveis assimetrias e, depois, avaliou o quanto elas eram consideradas bonitas por outras crianças.
Viu que, em muitos casos, não é possível, a olho nu, dizer quem é mais simétrico, mas que o cérebro dos 'jurados' consegue fazer esse cálculo inconscientemente e apontar o mais simétrico como o mais bonito.
Enquanto não está pesquisando, uma das coisas que gosta de fazer na Jamaica é fumar maconha com conhecidos. É entusiasta do uso da erva e acha que não há motivo para não legalizá-la.
'Fumo há décadas', diz, enquanto dá uma pancadinha 'carinhosa' no interlocutor. Não consegue medir bem a força desses tapas, o que faz que, com o tempo, as pessoas ao seu redor fiquem condicionadas a fugir dos seus movimentos de mão.
Esteve pela primeira vez no Brasil no final de julho. Falou no encontro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e deu uma palestra na USP. Ao ser questionado se estava gostando do país, soltou: 'Claro! Muitas mulheres bonitas!
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/780170-homem-precisa-se-enganar-diz-biologo.shtml
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Platão, Kant e... Trivers?
Se essa lista parece estranha, Steven Pinker, talvez o mais importante psicólogo contemporâneo, discorda.
O biólogo Robert Trivers, diz, é um dos grandes pensadores da história do Ocidente -provavelmente o único deles que é defensor da maconha, apaixonado pela Jamaica e entusiasta do grupo de radicais negros Panteras Negras (ainda que branco).
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A empolgação com o cientista se deve ao fato de que Trivers, quase sozinho, revolucionou a psicologia, ao propor, nos anos 1970, elos entre o comportamento humano e a teoria da evolução.
Trivers correlacionou, por exemplo, as diferenças entre o comportamento sexual masculino e o feminino ao fato de que homens investem menos em cada filho do que as mulheres (veja abaixo).
Seu tema de interesse atual é o autoengano. Ele defende que os humanos evoluíram para acreditar em mentiras que os façam se sentir melhor e que justifiquem suas atitudes.
O sujeito que, contra todas as evidências, acha que vai se recuperar de uma doença fatal, ou a mulher que se recusa a enxergar que o marido claramente a trai estão, então, apenas sendo humanos.
Apesar da aclamação atual, Trivers, 67, demorou para engrenar como cientista. Quando ainda era aluno da Universidade Harvard, ele trilhou um caminho impressionantemente torto.
WITTGENSTEIN DEMAIS
Tudo dava errado: tentou ser matemático, mas desistiu. Resolveu ser historiador, graduou-se em Harvard, mas ficou desanimado com os livros de história americana. Muita 'autoglorificação'.
Quis então ser advogado, mas não pôde entrar na escola de direito porque teve um colapso mental (ficava lendo Wittgenstein noite adentro e não dormia quase nada) e acabou tendo de ser internado para tomar antipsicóticos.
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Quando estava se recuperando, conseguiu um emprego para escrever e ilustrar livros de ciências que seriam usados em escolas por alunos de ensino médio.
Os livros venderam bem menos que o esperado- desagradaram aos mais conservadores, porque incluíam animais fazendo sexo e ignoravam o criacionismo.
O trabalho, porém, serviu para despertar o gosto de Trivers pela biologia, e ele conseguiu ser doutorando de Ernst Mayr (1904-2005), um dos principais teóricos evolutivos do século 20.
RENAS SIM, QUÍMICA NÃO
Mayr pediu que Trivers fizesse matérias na graduação. Ele preferiu usar o tempo para viajar e ver renas no Ártico.
Quando um comitê em Harvard percebeu a safadeza, quis que Trivers estudasse química orgânica. Ele disse que não havia motivo para preocupações: já estava até matriculado na disciplina.
Poucas horas depois de sair da reunião, vendeu o seu livro de química orgânica e queimou as peças de plástico que os alunos usavam para simular moléculas.
Apesar da rebeldia, os trabalhos publicados pelo garoto logo chamaram a atenção. Seu ponto central: atitudes humanas poderiam ser explicadas pelo sucesso reprodutivo que trazem.
Desavenças em Harvard (leia à direita) fizeram que, em 1978, Trivers saísse daquela universidade. Só voltaria quase 30 anos depois.
Nesse intervalo, exceto por alguns anos em Nova Jersey, Trivers alternou seus dias entre a Costa Oeste americana (era professor na Universidade da Califórnia em Santa Cruz) e sua grande paixão, a Jamaica.
Estudou os lagartos do país, mas isso era só um pretexto, conta. Ficou encantado mesmo com as mulheres jamaicanas -acabou se casando com duas delas (não ao mesmo tempo). Encontrou no país um paraíso: diz-se apaixonado pela cultura rastafári e por mulheres negras ou mestiças.
BLACK POWER
Nos anos 1980, na Califórnia, ele conheceu Huey Newton, líder dos Panteras Negras, grupo revolucionário americano que pregava que negros deveriam se armar para se defender.
Tornaram-se grandes amigos. Antes de ser assassinado, em 1989, Newton foi padrinho de uma das filhas de Trivers. Chegaram a escrever um trabalho científico sobre autoengano juntos -tema que interessava muito a Newton, diz Trivers. Esse se tornou, a partir dos anos 1990, o tópico favorito do biólogo.
Em paralelo, Trivers conduziu um estudo com crianças jamaicanas. Mapeou seus rostos em busca de imperceptíveis assimetrias e, depois, avaliou o quanto elas eram consideradas bonitas por outras crianças.
Viu que, em muitos casos, não é possível, a olho nu, dizer quem é mais simétrico, mas que o cérebro dos 'jurados' consegue fazer esse cálculo inconscientemente e apontar o mais simétrico como o mais bonito.
Enquanto não está pesquisando, uma das coisas que gosta de fazer na Jamaica é fumar maconha com conhecidos. É entusiasta do uso da erva e acha que não há motivo para não legalizá-la.
'Fumo há décadas', diz, enquanto dá uma pancadinha 'carinhosa' no interlocutor. Não consegue medir bem a força desses tapas, o que faz que, com o tempo, as pessoas ao seu redor fiquem condicionadas a fugir dos seus movimentos de mão.
Esteve pela primeira vez no Brasil no final de julho. Falou no encontro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e deu uma palestra na USP. Ao ser questionado se estava gostando do país, soltou: 'Claro! Muitas mulheres bonitas!
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/780170-homem-precisa-se-enganar-diz-biologo.shtml
"Punir usuário de maconha não ajuda", dizem especialistas e ativistas em debate
É contraproducente e cruel punir usuários de maconha como se fossem criminosos, e falta uma distinção mais clara entre traficantes e simples consumidores da erva na legislação do país.
Esse talvez seja o único consenso entre especialistas reunidos ontem para discutir o tema em debate organizado pela Folha. Divididos entre defensores da legalização da venda da droga, do uso da maconha como remédio e da manutenção da proibição, os debatedores acabaram ficando entrincheirados.
Em parte, isso se deveu à plateia que lotou o auditório do jornal e, com frequência, interrompeu as falas com aplausos, vaias, gritos e xingamentos. "Pessoal, vamos deixar as pessoas se expressarem na inteireza de seus argumentos", teve de pedir o jornalista Gilberto Dimenstein, colunista da Folha e moderador do debate.
Os membros da mesa, porém, também acabaram perdendo a paciência e partindo para o ataque em alguns momentos. A falta de acordo sobre a proporção real de usuários no mundo, ou sobre a gravidade dos efeitos da maconha quando comparada a drogas lícitas, como o álcool, ajudou a mostrar como o debate ainda é emocional.
Contrário à legalização, Ronaldo Laranjeira, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), disse que sua posição "era lógica do ponto de vista da saúde pública".
"A experiência de legalização das drogas ilícitas está aqui perto da gente, é a Cracolândia", ironizou, criticando o fato de que não há um movimento nacional para tentar controlar o uso do crack com a mesma expressão do que defende descriminalizar a maconha.
A jurista Maria Lúcia Karam, membro da ONG internacional Lead, favorável ao fim da proibição da venda de drogas, argumentou que a guerra contra substâncias ilícitas aumentou a violência e ainda fez baixar o preço delas mundo afora. "Legalizar é controlar os danos causados pela droga. As pessoas só morrem de overdose porque não sabem o que estão usando", afirmou, sendo vaiada por membros da plateia.
VELHA AMIGA?
O neurocientista Sidarta Ribeiro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e o biólogo Renato Malcher Lopes, da Universidade de Brasília (UNB), lembraram que há uma gama considerável de princípios ativos com potencial terapêutico na Cannabis. "Isso foi selecionado ao longo de 5.000 anos de uso", disse Ribeiro.
Ele é favorável à legalização. "Algumas pessoas realmente precisam ser protegidas da maconha, como grávidas e jovens com cérebro em formação -assim como outras pessoas precisam ser protegidas do leite porque têm intolerância à lactose."
Marcos Susskind, voluntário que trabalha com dependentes químicos da comunidade judaica, afirmou que, "na sua experiência", o álcool é menos nocivo do que a maconha. Foi contestado pelos cientistas e se disse surpreso com as propriedades medicinais da maconha inalada, relatadas por Lopes, da UNB.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/819129-punir-usuario-de-maconha-nao-ajuda-dizem-especialistas-e-ativistas-em-debate.shtml
Esse talvez seja o único consenso entre especialistas reunidos ontem para discutir o tema em debate organizado pela Folha. Divididos entre defensores da legalização da venda da droga, do uso da maconha como remédio e da manutenção da proibição, os debatedores acabaram ficando entrincheirados.
Em parte, isso se deveu à plateia que lotou o auditório do jornal e, com frequência, interrompeu as falas com aplausos, vaias, gritos e xingamentos. "Pessoal, vamos deixar as pessoas se expressarem na inteireza de seus argumentos", teve de pedir o jornalista Gilberto Dimenstein, colunista da Folha e moderador do debate.
Os membros da mesa, porém, também acabaram perdendo a paciência e partindo para o ataque em alguns momentos. A falta de acordo sobre a proporção real de usuários no mundo, ou sobre a gravidade dos efeitos da maconha quando comparada a drogas lícitas, como o álcool, ajudou a mostrar como o debate ainda é emocional.
Contrário à legalização, Ronaldo Laranjeira, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), disse que sua posição "era lógica do ponto de vista da saúde pública".
"A experiência de legalização das drogas ilícitas está aqui perto da gente, é a Cracolândia", ironizou, criticando o fato de que não há um movimento nacional para tentar controlar o uso do crack com a mesma expressão do que defende descriminalizar a maconha.
A jurista Maria Lúcia Karam, membro da ONG internacional Lead, favorável ao fim da proibição da venda de drogas, argumentou que a guerra contra substâncias ilícitas aumentou a violência e ainda fez baixar o preço delas mundo afora. "Legalizar é controlar os danos causados pela droga. As pessoas só morrem de overdose porque não sabem o que estão usando", afirmou, sendo vaiada por membros da plateia.
VELHA AMIGA?
O neurocientista Sidarta Ribeiro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e o biólogo Renato Malcher Lopes, da Universidade de Brasília (UNB), lembraram que há uma gama considerável de princípios ativos com potencial terapêutico na Cannabis. "Isso foi selecionado ao longo de 5.000 anos de uso", disse Ribeiro.
Ele é favorável à legalização. "Algumas pessoas realmente precisam ser protegidas da maconha, como grávidas e jovens com cérebro em formação -assim como outras pessoas precisam ser protegidas do leite porque têm intolerância à lactose."
Marcos Susskind, voluntário que trabalha com dependentes químicos da comunidade judaica, afirmou que, "na sua experiência", o álcool é menos nocivo do que a maconha. Foi contestado pelos cientistas e se disse surpreso com as propriedades medicinais da maconha inalada, relatadas por Lopes, da UNB.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/819129-punir-usuario-de-maconha-nao-ajuda-dizem-especialistas-e-ativistas-em-debate.shtml
“Os ateus são mais inteligentes”
O cientista afirma que as pessoas de Q.I. mais alto tendem a questionar a existência de Deus
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ENTREVISTA - RICHARD LYNN
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QUEM É
Professor emérito e chefe do Departamento de Psicologia da Universidade do Ulster, na Irlanda do Norte
O QUE
Ph.D. pela Universidade de Cambridge, é um dos maiores especialistas em estudos de inteligência em raças e gêneros
O QUE PUBLICOU
Quatro livros sobre inteligência ligada à raça e ao sexo, entre eles Race Differences in Inteligence: an Evolutionary Analysis, e dezenas de artigos em revistas científicas, como a britânica Nature
.
ÉPOCA – Por que o senhor diz que pessoas inteligentes não acreditam em Deus?
Richard Lynn – Os mais inteligentes são mais propensos a questionar dogmas religiosos. Em geral, o nível de educação também é maior entre as pessoas de Q.I. maior (um Q.I. médio varia de 91 a 110). Se a pessoa é mais educada, ela tem acesso a teorias alternativas de criação do mundo. Por isso, entendo que um Q.I. alto levará à falta de religiosidade. O estudo que será publicado reuniu dados de diversas pesquisas científicas. E posso afirmar que é o mais completo sobre o assunto.
ÉPOCA – Segundo seu estudo, há países em que a média de Q.I. é alta, assim como o número de pessoas religiosas.
Lynn – Sim, mas são exceções. A média da população dos Estados Unidos, por exemplo, tem Q.I. 98, alto para o padrão mundial, e ao mesmo tempo cerca de 90% das pessoas acreditam em Deus. A explicação é que houve um grande fluxo de imigrantes de países católicos, como México, o que ajuda a manter índices altos de religiosidade nas pesquisas. Mas, se tirarmos as imigrações ao longo dos últimos anos, a população americana teria um índice bem maior de ateus, parecido com o de países como Inglaterra (41,5%) e Alemanha (42%).
ÉPOCA – Cuba é um país mais ateu que os Estados Unidos, mas o nível de Q.I. não é tão alto.
Lynn – Você tem razão. É outra exceção. Pela porcentagem de ateus (40%), o Q.I. (85) dos cubanos deveria ser mais alto que o dos americanos. Mas há também aí um fenômeno não natural que interferiu no resultado. Lá, o comunismo forçou a população a se converter. Houve uma propaganda forte contra a crença religiosa. Não se chegou ao ateísmo pela inteligência. A população cubana não se tornou atéia porque passou a questionar a religião. Foi uma imposição do sistema de governo.
ÉPOCA – E o Brasil, como está?
Lynn – O Brasil segue a lógica, um porcentual baixíssimo de ateus (1%) e Q.I. mediano (87). É um país muito miscigenado e sofreu forte influência do catolicismo de Portugal e dos negros da África. Fica difícil mensurar a participação de cada raça no Q.I. atual. O que posso dizer é que a história do país se reflete em sua inteligência.
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http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI9990-15295,00-OS+ATEUS+SAO+MAIS+INTELIGENTES.html
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O pesquisador britânico Richard Lynn dedicou mais de meio século à análise da inteligência humana. Nesse tempo, publicou quatro best-sellers e se tornou um dos maiores especialistas no assunto. Nos últimos 20 anos, passou a investigar as relações entre raça, religião e inteligência. Ao publicar um trabalho na revista científica Nature, que sugeria que os homens são mais inteligentes, um grupo feminista o recepcionou em casa com o que ele chamou de salva de ovos. O mesmo aconteceu quando disse que os orientais são os mais inteligentes do planeta. “Faz parte do ofício de um cientista revelar o que as pessoas não estão prontas para receber”, diz. Ao analisar mais de 500 estudos, Lynn disse estar convencido da relação entre Q.I. alto e ateísmo. “Em cerca de 60% dos 137 países avaliados, os mais crentes são os de Q.I. menor”, disse. Seu trabalho será publicado em outubro na revista científica Intelligence.
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ENTREVISTA - RICHARD LYNN
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QUEM É
Professor emérito e chefe do Departamento de Psicologia da Universidade do Ulster, na Irlanda do Norte
O QUE
Ph.D. pela Universidade de Cambridge, é um dos maiores especialistas em estudos de inteligência em raças e gêneros
O QUE PUBLICOU
Quatro livros sobre inteligência ligada à raça e ao sexo, entre eles Race Differences in Inteligence: an Evolutionary Analysis, e dezenas de artigos em revistas científicas, como a britânica Nature
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ÉPOCA – Por que o senhor diz que pessoas inteligentes não acreditam em Deus?
Richard Lynn – Os mais inteligentes são mais propensos a questionar dogmas religiosos. Em geral, o nível de educação também é maior entre as pessoas de Q.I. maior (um Q.I. médio varia de 91 a 110). Se a pessoa é mais educada, ela tem acesso a teorias alternativas de criação do mundo. Por isso, entendo que um Q.I. alto levará à falta de religiosidade. O estudo que será publicado reuniu dados de diversas pesquisas científicas. E posso afirmar que é o mais completo sobre o assunto.
ÉPOCA – Segundo seu estudo, há países em que a média de Q.I. é alta, assim como o número de pessoas religiosas.
Lynn – Sim, mas são exceções. A média da população dos Estados Unidos, por exemplo, tem Q.I. 98, alto para o padrão mundial, e ao mesmo tempo cerca de 90% das pessoas acreditam em Deus. A explicação é que houve um grande fluxo de imigrantes de países católicos, como México, o que ajuda a manter índices altos de religiosidade nas pesquisas. Mas, se tirarmos as imigrações ao longo dos últimos anos, a população americana teria um índice bem maior de ateus, parecido com o de países como Inglaterra (41,5%) e Alemanha (42%).
ÉPOCA – Cuba é um país mais ateu que os Estados Unidos, mas o nível de Q.I. não é tão alto.
Lynn – Você tem razão. É outra exceção. Pela porcentagem de ateus (40%), o Q.I. (85) dos cubanos deveria ser mais alto que o dos americanos. Mas há também aí um fenômeno não natural que interferiu no resultado. Lá, o comunismo forçou a população a se converter. Houve uma propaganda forte contra a crença religiosa. Não se chegou ao ateísmo pela inteligência. A população cubana não se tornou atéia porque passou a questionar a religião. Foi uma imposição do sistema de governo.
ÉPOCA – E o Brasil, como está?
Lynn – O Brasil segue a lógica, um porcentual baixíssimo de ateus (1%) e Q.I. mediano (87). É um país muito miscigenado e sofreu forte influência do catolicismo de Portugal e dos negros da África. Fica difícil mensurar a participação de cada raça no Q.I. atual. O que posso dizer é que a história do país se reflete em sua inteligência.
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http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI9990-15295,00-OS+ATEUS+SAO+MAIS+INTELIGENTES.html
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O pesquisador britânico Richard Lynn dedicou mais de meio século à análise da inteligência humana. Nesse tempo, publicou quatro best-sellers e se tornou um dos maiores especialistas no assunto. Nos últimos 20 anos, passou a investigar as relações entre raça, religião e inteligência. Ao publicar um trabalho na revista científica Nature, que sugeria que os homens são mais inteligentes, um grupo feminista o recepcionou em casa com o que ele chamou de salva de ovos. O mesmo aconteceu quando disse que os orientais são os mais inteligentes do planeta. “Faz parte do ofício de um cientista revelar o que as pessoas não estão prontas para receber”, diz. Ao analisar mais de 500 estudos, Lynn disse estar convencido da relação entre Q.I. alto e ateísmo. “Em cerca de 60% dos 137 países avaliados, os mais crentes são os de Q.I. menor”, disse. Seu trabalho será publicado em outubro na revista científica Intelligence.
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