sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Telescópio da Nasa detecta buracos negros e galáxias 'escondidas'
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Um telescópio especial detectou milhões de buracos negros supermaciços e galáxias com temperaturas extremamente altas, que estavam "escondidos" atrás de uma nuvem de poeira interestelar.
O Wide-Field Infrared Survey Explorer (Wise), telescópio da agência espacial americana Nasa, conseguiu captar comprimentos de ondas ligados ao calor dos astros, o que fez com que eles conseguissem enxergar e mapear pela primeira vez alguns dos objetos mais iluminados do Universo.
A expectativa dos cientistas é de que a descoberta os ajude a entender como as galáxias e buracos negros se formam.
Caçador de buracos negros
Os astrônomos já sabiam que a maioria das galáxias possuem buracos negros no seu centro, que são "alimentados" com gases, poeira e estrelas ao seu redor. Às vezes, os buracos negros soltam energia suficiente para impedir a formação de estrelas.
A forma como estrelas e buracos negros evoluem juntos, no entanto, continua sendo um mistério para os cientistas. A esperança é que os dados do telescópio Wise possibilitem novas descobertas neste ramo. O Wise tem capacidade de detectar comprimentos de onda que ficam muito além do campo de visão dos telescópios atuais. Isso permite ao equipamento fazer diversas descobertas inéditas na ciência.
O telescópio ganhou a fama de "caçador de buracos negros". "Nós encurralamos os buracos negros", diz Daniel Stern, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), um dos autores dos três estudos que foram apresentados nesta quarta-feira.
Stern e seus colegas usaram outro telescópio (Nustar) para analisar os dados dos buracos negros captados pelo Wise e apresentaram os dados em um artigo que será publicado na revista científica Astrophysical Journal.
Outros dois estudos detalham galáxias com temperaturas extremamente altas e com brilho intenso, que até recentemente não conseguiam ser detectadas. O termo em inglês para essas galáxias é "hot dust-obscured galaxies", ou hot-Dogs (que também significa "cachorro-quente", em inglês).
Mais de mil galáxias já descobertas são mais de cem vezes mais brilhantes que o Sol da Via Láctea. Os dados da missão Wise estão sendo disponibilizados ao público, para que todos os cientistas possam contribuir nas pesquisas espaciais.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6115358-EI238,00-Telescopio+da+Nasa+detecta+buracos+negros+e+galaxias+escondidas.html
Busca por Terras e origem do Universo pautam astrônomos na China
Os avanços na busca das origens do Universo e dos planetas similares à Terra foram os principais assuntos discutidos na 28ª edição da Assembleia Geral da União Astronômica Internacional, encerrada nesta sexta-feira em Pequim, na China.
Durante duas semanas, mais de 2 mil astrônomos compartilharam seus descobrimentos e experiências neste evento trienal, iniciado em 1922 e que nesta ocasião foi sediado em um dos países que aposta com maior ambição na pesquisa do espaço.
Os futuros observatórios solares, a construção de "supertelescópios" no Chile e no Havaí (EUA) e os avanços no descobrimento de objetos cada vez menores no espaço foram alguns dos temas que mais foram abordados durante as conferências.
"Um dos objetivos é encontrar um planeta o mais similar possível com a Terra; estão se descobrindo 'Jupíteres', mas podemos descobrir planetas menores", contou à Agência Efe David Montes, astrofísico da Universidad Complutense de Madri e um dos participantes da assembleia.
Nesta 28ª edição da assembleia, os astrônomos também anunciaram um importante descobrimento, o do primeiro sistema multiplanetário e circumbinário (dois planetas orbitando ao redor de dois sóis), batizado como Kepler-47 e situado na constelação do Cisne da Via Láctea, há 5 mil anos luz da Terra.
A China, uma civilização que durante séculos foi uma das mais avançadas em astronomia (por exemplo, na previsão de eclipses ou na observação de supernovas, que os chineses chamavam de "convidadas"), possui uma grande intenção de colaborar com a procura dessa nova "Terra", já que possui telescópios e observatórios na Antártida.
O país asiático é um dos que aposta com mais ambição na pesquisa do espaço, tanto com seu programa de missões tripuladas como por sua intenção de construir seu próprio telescópio solar e aumentar o potencial de seus observatórios no Polo Sul.
"Agora, a China tem tanta capacidade em ciência que praticamente se iguala a todos os projetos europeus e americanos", afirmou à Agência Efe Valentín Martínez Pillet, coordenador de projetos do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias.
Segundo Pillet, se os chineses se esforçarem em torno dos mesmos objetivos da Nasa e da Agência Espacial Europeia poderia haver mais dados e "seria estupendo".
Outra linha de pesquisa muito viva na astrofísica atual é o estudo da origem do Universo: o "Bing Bang" já não é um mistério, mas ainda não há um consenso sobre o que se passou desde aquela grande explosão inicial ao atual Universo.
"Graças a uma nova câmara no Telescópio Espacial, há dois ou três anos, estamos começando a analisar como se formaram os primeiros objetos, descobrindo que eram muito menores que o tamanho das galáxias atuais", explicou Ignacio Trujillo, também cientista do Observatório Astrofísico das Ilhas Canárias.
"Tínhamos visto a explosão do 'big bang' com a radiação de fundo, mas nos faltava unir esses períodos primitivos até o universo próximo", declarou o especialista, que ressaltou que outro dos desafios é ver qual vai a ser o futuro do telescópio das Canárias, o maior atualmente. No entanto, em dez anos, ele será superado pelos do Chile e Havaí.
Os chineses, de fato, poderiam ter interesse em usar o arquipélago espanhol para seus projetos paralelos aos internacionais. "Uma possibilidade é que países como China e a Índia, que estão investindo muito dinheiro agora, decidam pôr nas Canárias um telescópio com estas mesmas características", explicou Trujillo.
Em relação à vida em outros planetas, essa não parece ser uma grande obsessão dos cientistas, sendo que alguns, como o Nobel de Física de 2011, Brian Schmidt, dizem que talvez seja melhor nem buscá-la.
"Provavelmente não é o mais inteligente dizer aos alienígenas onde estamos, já que um encontro com eles poderia não ser muito agradável", assinalou o cientista na assembleia, enquanto Martínez Pillet afirmou que avanços neste sentido são inevitáveis.
"Esses avanços serão alcançados em alguma missão que será lançada não antes de 2030 e 2040. Nesse período de 10 anos é possível que a Nasa e a Agência Espacial Europeia lancem uma missão que permita encontrar moléculas orgânicas na atmosfera de outros planetas", completou.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6118964-EI301,00-Busca+por+Terras+e+origem+do+Universo+pautam+astronomos+na+China.html
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Jovem de 17 anos ganha provas internacionais de física, linguística e astronomia
Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho, 17, é um prodígio.
Entre 13 de julho e 14 de agosto, emendando uma competição na outra, ganhou na Estônia a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Física, a prata na Olimpíada Internacional de Linguística, na Eslovênia, e no Rio, a prata na Olimpíada Internacional de Astronomia.
O garoto disputou com a elite dos estudantes do planeta. A prova individual de linguística, uma das mais interessantes, exigiu a resolução de problemas a respeito de cinco línguas: dyirbal, umbu-ungu, teop, rotuman (diferentes idiomas da Oceania) e basco (da região espanhola). A prova em grupo versou sobre o tai-kadai, do sudeste asiático e do sul da China.
Antes que alguém se assuste, Ivan já explica: "Não, eu não tinha de conhecer essas línguas previamente". Ah!
"É competição de lógica. Você tem de perceber os padrões do uso da língua." Uma questão clássica: fornecem-se ao estudante duas listas, uma com frases em uma língua desconhecida; outra, uma lista de traduções. "Só que elas não estão ordenadas e uma das traduções está errada", diz Ivan. O desafio é descobrir qual tradução está errada, fazer a correspondência das traduções e apontar o erro da tradução.
A medalha de prata que Ivan trouxe é a primeira conquistada pelo Brasil na história dessa competição.
Filho de médicos de Lins (429 km de São Paulo), Ivan começou a disputar olimpíadas na quinta série. Com 14 anos, foi sem os pais para o Azerbaijão participar de sua primeira prova internacional.
Visitou dez países graças às competições. A viagem para a Disney com a família estava marcada, mas, na mesma data, apareceu uma semana de matemática em São José do Rio Preto (443 km de São Paulo). Adeus, Disney.
SOLTEIRO
Hoje, Ivan vive em São Paulo, em uma pensão vizinha ao Colégio Objetivo Integrado, onde estuda. Está "solteiro", diz. A família mora em Lins.
Ivan não se acha superdotado. "Qualquer pessoa que se dedique como eu conseguirá resultados iguais." A memória também não é excepcional. "Costumo esquecer os nomes das pessoas."
O segredo do sucesso? "Ser um campeão olímpico depende de curiosidade, planejamento, interesse e dedicação verdadeira", afirma.
O dia começa às 7h10, quando entra na escola. Vai até as 12h50, saída das aulas. À tarde, o jovem estuda por até seis horas. Mas têm dias em que o esforço se limita a ler 20 páginas de algum livro.
Sem rotinas férreas, recomenda que se tracem objetivos claros. "Tipo: quero acabar esse livro até tal data. Algumas metas têm de ser de longo prazo. Para ir à Internacional de Física, comecei a estudar um ano e meio antes."
Para aqueles que se acham modelos de dedicação infrutífera, Ivan tem duas hipóteses: "Ou são pessoas que pensam que se dedicam, mas não se dedicam tanto, ou se dedicam usando estratégias de aprendizado inadequadas."
Ele dá um exemplo de "estratégia inadequada". Durante o treinamento para a Olimpíada de Linguística, Ivan percebeu que estava estagnado. "Os professores diziam que deveríamos conhecer as teorias antes, mas para mim não funcionou."
Em vez de desistir, o jovem criou seu próprio método. "Para mim, foi muito melhor fazer as provas passadas, lendo a resolução e anotando todos os pontos importantes."
A lição que extraiu: "Existem estratégias que funcionam para algumas pessoas, e outras que funcionam para outras. Você tem de descobrir a que funciona para você".
Ivan se preocupa com a fama de "egoístas" que cerca alunos "olímpicos" como ele. Há dois anos, mantém com amigos o endereço www.olimpiadascientificas.com, com dicas de estudos. "Também tiramos dúvidas", diz. "É nossa forma de ajudar."
O menino que pensa em estudar em Harvard, Oxford, Princeton, MIT ou Cambridge - "As suas chances de ser aceito aumentam muito se você vencer uma olimpíada internacional", escreveu ele no site- não tem ainda a menor ideia de qual carreira seguirá. "Eu gosto de tudo, não consigo decidir o que fazer."
Fonte: FOLHA.COM
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http://www.circuitomt.com.br/editorias/brasil/18997-jovem-de-17-anos-ganha-provas-internacionais-de-fisica-linguistica-e-astronomia.html
Fragmento de um osso de dedo decifrou código genético de um primo dos humanos modernos
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Um pequeno fragmento de osso de dedo permitiu aos cientistas mapear o código genético dos Denisovans, um primo pouco conhecido dos seres humanos modernos.
As evidências sugerem que os Denisovans viveram na Sibéria há 50.000 anos, possuíam pele escura, cabelos e olhos castanhos. Pesquisas anteriores sugeriram que eles existiram na época dos Neandertais e teriam cruzado com a nossa própria espécie, os Homo sapiens.
A existência dos Denisovans só foi confirmada em 2010. Os cientistas fizeram a descoberta depois de estudar o DNA de um pedaço de osso de dedo e dois molares encontrados na caverna Denisova nas montanhas de Altai, sul da Sibéria.
Hoje, o mesmo grupo de pesquisadores apresentou os resultados do sequenciamento completo do genoma. Como pouco material genético foi preservado, Svante Pääbo desenvolveu um sistema de descompactar o DNA de modo que cada uma das duas cadeias possam gerar moléculas sequenciais.
Este método permitiu que a equipe gerasse uma sequência genômica extremamente completa, similar em qualidade ao que os pesquisadores conseguem em amostras nos seres humanos atuais.
Os cientistas descobriram que os Denisovans eram geneticamente mais próximos à aborígenes australianos e populações encontradas em ilhas do sul da Ásia.
Foi possível identificar 100.000 alterações no código genético humano que ocorreram após o Homo sapiens e os Denisovans se separarem no caminho da evolução.
Eles também mostraram que o DNA dos Denisovans possuíam variantes genéticas relacionadas com a pele escura, além de olhos e cabelos castanhos, nos mesmos padrões que são encontrados nos humanos atuais.
Há indícios de que os Denisovans e Neandertais surgiram a partir de uma única população que veio da África. Estima-se que os seres humanos modernos deixaram a África e colonizaram outras partes do mundo milhares de anos depois.
Com o tempo, o Homo sapiens herdou a Terra, enquanto os Neandertais e os Denisovans foram extintos.
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http://jornalciencia.com/sociedade/diversos/2044#.UEAexrMJ9Kw.facebook
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Veja em resolução máxima imagem da melhor câmera da Curiosity
Imagem feita com a câmera de 100 mm da Curiosity foi divulgada nesta segunda-feira. O equipamento tem resolução três vezes melhor que a câmera de 34 mm, mas tem um campo de visão menor
Os críticos da qualidade das fotos da sonda Curiosity em Marte devem estar satisfeitos. A Nasa divulgou na segunda-feira uma imagem em alta resolução da câmera de 100 mm da Mastcam - que tem, segundo a Nasa, uma resolução três vezes melhor que a outra lente (de 34 mm) da Mastcam. A fotografia tem 1463 por 1928 pixels.
Em primeiro plano, a imagem mostra o local de pouso da sonda. Mais distante, na base do Monte Sharp (destino da sonda) é possível ver dunas escuras. O ponto mais alto registrado está a 16,2 km de distância.
As cores foram realçadas para facilitar a análise da cena (a original também foi mostrada ). A agência divulgou também uma fotografia com marcações de distância cara área registrada . As distâncias são calculadas com ajuda da câmera HiRISE, que está em órbita no satélite Mars Reconnaissance Orbiter.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6107469-EI301,00-Veja+em+resolucao+maxima+imagem+da+melhor+camera+da+Curiosity.html
Descoberto 1º sistema multiplanetário ao estilo 'Star Wars'
Pesquisadores de diversas instituições apresentam nesta terça-feira na União Astronômica Internacional a descoberta do primeiro sistema multiplanetário conhecido ao redor de uma estrela binária. Anteriormente, os astrônomos já haviam descoberto quatro sistemas parecidos, mas com apenas um exoplaneta em cada. Além disso, um desses corpos está na "zona habitável", o que anima os cientistas. O artigo que descreve o estudo será publicado na Science.
O sistema, que lembra o do planeta Tatooine, da saga Star Wars, foi chamado de Kepler-47 - já que foi descoberto pelo telescópio Kepler. Lá, as duas estrelas giram ao redor uma da outra (em um centro gravitacional comum) a cada 7,5 dias terrestres. Uma delas é similar ao Sol, enquanto a outra é menor, com apenas um terço do tamanho e 175 vezes mais fraca.
O planeta mais próximo delas tem três vezes o diâmetro da Terra e orbita o par a cada 49 dias terrestres. O corpo mais longínquo é um pouco maior que Urano e seu ano dura 303 dias. Este é o que chamou mais a atenção dos cientistas. Essa distância para suas estrelas significa que ele está na chamada "zona habitável", ou seja, que pode ter as condições para sustentar a vida como a conhecemos.
Apesar de certamente ser um gigante gasoso sem vida, esse planeta anima os pesquisadores, já que agora sabemos que corpos com condições para o aparecimento de seres vivos podem existir ao redor de estrelas binárias.
O novo sistema planetário está a "apenas" 5 mil anos-luz da Terra. Apesar disso, a distância é muito grande para que seja visto diretamente - os planetas foram detectados devido à queda no brilho do par de estrelas quando eles transitam em frente a elas. Após o registro do Kepler, o Observatório McDonald, no Texas, mediu o tamanho e massa relativos dos objetos - eles têm massa provável entre oito e 20 vezes maior que a da Terra.
"O que eu achei mais excitante é o potencial para habitabilidade em um sistema circumbinário. Kepler-47c não deve ser capaz de sustentar vida, mas se ele tiver grandes luas, estas podem ser mundos interessantes", diz William Welsh, da Universidade Estadual de San Diego (EUA), um dos autores do estudo, deixando fãs de Star Wars animados com a possibilidade de existir uma Endor por aí.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6109970-EI301,00-Descoberto+sistema+multiplanetario+ao+estilo+Star+Wars.html
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terça-feira, 28 de agosto de 2012
Curiosity reproduz pela primeira vez a voz humana em Marte
Imagem feita com a câmera de 100 mm da Curiosity foi divulgada nesta segunda-feira. O equipamento tem resolução três vezes melhor que a câmera de 34 mm, mas tem um campo de visão menor
A voz de um ser humano soou nesta segunda-feira pela primeira vez em Marte e, embora não fosse uma "presença humana física", representou um marco na missão da sonda Curiosity, que já está há 20 dias no Planeta Vermelho.
"Olá. Sou Charlie Bolden, administrador da Nasa, falando com você através da capacidade de difusão da Curiosity Rover, que agora está na superfície de Marte", foram as palavras escutadas nas instalações da agência espacial americana.
"Desde o início dos tempos, a curiosidade da humanidade nos levou a buscar constantemente algo novo (...) Novas opções de vida além do horizonte. Quero felicitar os homens e mulheres de nossa família da Nasa, assim como nossos parceiros comerciais e governamentais de todo o mundo por ter dado mais um passo em Marte", continuou a gravação.
Segundo explicou o diretor da Nasa na mensagem, a agência espera obter informações importantes através da análise da cratera Gale, que será fundamental para saber se Marte foi ou será apto para abrigar vida.
"A Curiosity trará benefícios à Terra e inspirará uma nova geração de cientistas e exploradores, enquanto se prepara o caminho para uma missão humana em um futuro não muito distante ", disse Bolden na mensagem gravada.
A reprodução da voz de Bolden, que foi enviada da Terra ao Curiosity, soou no Planeta Vermelho e depois foi mandada outra vez à Terra. "Com a presença desta voz, se dá outro pequeno passo à presença humana além da Terra, e a experiência de explorar mundos remotos se põe um pouco mais próxima de todos nós", disse Dave Lavery, diretor do programa Curiosity.
As mais recentes imagens obtidas com as teleobjetivas do robô mostram cenas de encostas erosionadas, com camadas geológicas claramente expostas, com uma resolução e nitidez muito mais elevadas que as anteriores. O Curiosity, que aterrissou na superfície de Marte na madrugada do dia 6 de agosto, enviou centenas de fotografias em preto e branco e em cores que proporcionaram a visão mais nítida de Marte conhecida até agora..
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6107332-EI301,00-Curiosity+reproduz+pela+primeira+vez+a+voz+humana+em+Marte.html
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Físicos propõem alternativa gelada ao Big Bang
Pesquisadores de duas universidades australianas apresentaram à comunidade científica uma ideia que se opõe a tradicional teoria do Big Bang, segundo a qual o universo teria surgido e se expandido a partir de uma explosão. De acordo com esta ideia alternativa, a matéria cósmica seria algo como um fluido em movimento, que se “cristalizou” para dar origem à matéria como conhecemos hoje.
O princípio desta ideia é uma analogia ao modo como o ser humano interpretou a água ao longo do tempo. Na Grécia Antiga, existia a ideia de que o líquido pudesse ser uma substância una e contínua, embora já se pensasse que talvez fosse formada por pequenas partículas. O futuro mostraria que a segunda opção era a correta, e as tais partículas chamam-se átomos.
Segundo os cientistas australianos (da Universidade de Melbourne e do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne), todo o universo funcionaria sob um mecanismo semelhante ao da água. No início de tudo, havia apenas incontáveis partículas indivisíveis, fluindo livremente pelo espaço.
Com o passar do tempo, tais partículas começaram a aglutinar-se em vários pontos, dando origem aos primeiros corpos celestes “sólidos”, por assim dizer. Usando a comparação com a água, seria como se a matéria acabasse por “congelar” nestes pontos (embora a ideia não tenha a ver com redução de temperatura, propriamente dita).
O nascimento do universo, portanto, seria nada mais do que a totalidade de todos os “congelamentos” que ocorreram.
Gravitação Quântica
Existem dezenas de proposições sobre como interagem as forças fundamentais do universo (o que serviria, em última instância, para explicar a origem do universo e como a matéria atua no todo). As mais recentes, tais como a teoria das cordas, tendem a ver a matéria como algo menos “consolidado”: as partículas que o compõem seriam mais instáveis e “em movimento” do que se pensava.
No caso da nova teoria, saem as “cordas” e entram as tais partículas fluidas como o material básico de todas as coisas. Para facilitar o entendimento da ideia, os cientistas visualizam cada partícula como o pixel de uma imagem.
Seríamos nós, dessa forma, feitos de uma infinidade de “pixels” que podem se rearranjar constantemente. Quando os pixels se cristalizam, temos matéria. E aí, o que prefere? Explosão ou congelamento?[Science Daily/Jornal Ciência/Daily Galaxy]
Você também vai adorar:
http://hypescience.com/fisicos-propoem-alternativa-gelada-ao-big-bang/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29
Primatas gigantes conviveram com humanos modernos
Primatas Gigantes Coexistiram com os Humanos Modernos
Segundo um novo estudo de Jack Rink, um geocronologista da Universidade McMaster, em Ontário (Canadá), um macaco gigante coexistiu com os seres humanos por cerca de um milhão de anos, até 100 mil anos atrás.
Os cientistas já sabiam da existência do Gigantopithecus blackii desde a descoberta acidental, em 1935, de um molar amarelado entre os "ossos de dragão" à venda em uma farmácia de Hong Kong (fósseis antigos são considerados medicinais na tradição chinesa), feita pelo paleontólogo holandês G.H. von Koenigswald.
A partir de então, pesquisadores procuraram estabelecer quem era a criatura misteriosa, onde viveu e como viveu.
Porém, nesses 80 anos de conhecimento do animal, tudo o que os cientistas reuniram sobre ele foi alguns dentes e ossos de mandíbula. Sendo assim, ficava difícil determinar como o primata gigante tinha sido extinto.
Agora, usando métodos de datação de alta precisão, Rink determinou que este macaco, o maior primata que já existiu, vagou pelo sudeste da Ásia por cerca de um milhão de anos, antes da espécie ser extinta 100.000 anos atrás, durante o período Pleistoceno. A essa altura, os humanos já existiam há um milhão de anos.
"Este é um primata que coexistiu com os seres humanos em um momento em que eles foram submetidos a uma grande mudança evolutiva. A província Guangxhi, no sul da China, onde alguns dos fósseis Gigantopithecus foram encontrados, é a mesma região onde alguns acreditam que a raça humana moderna se originou", disse Rink.
Pelo tamanho do molar do macaco (a coroa tinha cerca de 2,54 centímetros de diâmetro), os cientistas supõe que o primata gigantesco tinha cerca de 3 metros de altura e pesava até 544 quilos. Felizmente para os humanos da época, estudos mostram que ele era herbívoro, e sua dieta consistia principalmente de bambu. Porém, outras características – por exemplo, ele era bípede ou usava seus braços para ajudá-lo a ficar em pé, como chimpanzés e orangotangos modernos? – ainda não puderam ser determinadas.
Para saber mais sobre esses nossos incríveis parentes, os cientistas precisam encontrar mais ossos ou fósseis.
Quanto à sua extinção, o palpite dos pesquisadores é de que os seres humanos podem ter ajudado a destruir o macaco. Alguns sugerem que seu apetite focado em bambu, combinado com a crescente concorrência dos seres humanos (mais ágeis e aptos) eventualmente levou à morte da espécie.
Mas sua característica mais marcante – seu tamanho – já gerou algumas teorias mais extravagantes, como a de que o animal ainda está vivo, e pode estar ligado às lendas de Pé Grande, Yeti, Homem das Neves, etc.
Os cientistas não apostam nenhum centavo de que este macaco é a fonte dos contos de animais gigantes e peludos que vagam pelas florestas, mas as afirmações não são totalmente malucas: já houve outros casos em que criaturas foram conhecidas primeiro por restos fósseis, e, mais tarde, foram encontradas vivas, como o celacanto, um tipo de peixe que se pensava extinto há milhões de anos, até que foi descoberto nadando na costa da África em 1938.
Fonte¹: www.sciencedaily.com/releases/2005/11/051112122318.htm
Fonte²: http://www.livescience.com/467-gigantic-apes-coexisted-early-humans-study-finds.html
Fonte³: http://hypescience.com/conheca-os-primatas-gigantes-que-coexistiram-com-os-humanos/
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Robô Curiosity utiliza laser em rocha de Marte pela primeira vez
Antes dar início a sua primeira missão de prospecção em Marte, o robô Curiosity utilizou neste domingo pela primeira vez seu raio laser para destruir uma rocha do tamanho de um punho e testar a funcionalidade do aparato.
Segundo a Nasa, o Curiosity utilizou o laser da chamada ChemCam na rocha N165, apelidada como "Coroação". Neste teste, o robô Curiosity disparou 30 vezes seu laser por um período de 10 segundos.
O objetivo era aquecer a rocha até um ponto que suas moléculas se transformassem em uma bola de fogo (um plasma ionizado, brilhante) para que o telescópio e os três espectrômetros do Curiosity pudessem analisar os elementos que compõe a mesma.
Segundo o investigador principal da ChemCam, Roger Wiens, do Laboratório Nacional Los Alamos, no Novo México (EUA.), a missão conseguiu alcançar um grande espectro de elementos, que já estão sendo analisados.
"Nossa equipe está entusiasmada e trabalhando duro para analisar os resultados obtidos", assinalou Wiens, que destacou que oito anos depois de terem construído o instrumento, agora chegou o momento de analisar seus resultados.
Com esta primeira prova, a equipe queria comprovar como funciona o instrumento e também fazer algumas práticas de disparo, mas, ao mesmo tempo, o teste também seria usado para estudar se houve alguma mudança na composição da rocha à medida que os disparos eram feitos.
A Nasa explica que se os cientistas detectarem que houve mudanças, isso poderia indicar que o pó ou qualquer outro material poderia ter penetrado na rocha e se ocultado sob a superfície.
O diretor adjunto do projeto cientista da ChemCam, Sylvestre Maurice, do Instituto de Pesquisa Astrofísica e dos Planetas (IRAP) em Toulouse (França), também fez questão de ressaltar a nitidez dos sinais recebidos.
"É surpreendente que os dados (recebidos) são inclusive melhor dos que tinham recebido antes, durante as provas na Terra", indicou Maurice, que espera grandes descobrimentos na missão do Curiosity.
"Podemos esperar grandes descobrimentos científicos investigando os milhares de alvos da ChemCam nos próximos dois anos", assegurou o cientista.
O Curiosity++, um robô explorador de uma tonelada, chegou a Marte no último dia 6 de agosto com uma missão de dois anos, a qual percorrerá parte do planeta vermelho para analisar sua composição e determinar se o local possui condições de vida. EFE
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6089064-EI301,00-Robo+Curiosity+utiliza+laser+em+rocha+de+Marte+pela+primeira+vez.html
Cientistas mostram 'evolução' do material mais leve já criado
Pesquisadores americanos criaram uma nova versão do aerogel, também conhecido como "fumaça sólida", considerado o material mais leve do planeta. Segundo os cientistas, o novo material, desenvolvido para o uso no espaço, pode acabar no do dia a dia para a produção, por exemplo, de geladeiras e outros produtos com isolamento térmico.
Os cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore e do Centro de Pesquisa Glenn, da Nasa, ambos nos Estados Unidos, apresentam na 244ª Reunião e Exposição Nacional da Sociedade Americana de Química (que ocorre entre este domingo e a próxima quinta-feira) a nova versão do material.
Segundo as instituições, ao contrário dos aerogéis anteriores, este é capaz de suportar o peso de um carro e pode ser usado em camadas finas. Eles o criaram em busca de um material para melhorar o isolamento térmico de espaçonaves e de trajes de astronautas. Apesar de ainda não suportar temperaturas muito altas, ele pode levar ao desenvolvimento de melhores escudos de calor, por exemplo.
"Os novos aerogéis são até 500 vezes mais fortes que seus homólogos de sílica", diz Mary Ann B. Meador, do laboratório Lawrence Livermore. "Uma parte grossa pode suportar o peso de um carro. E eles podem ser produzidos em formas finas, um filme tão flexível que uma larga variedade de usos comerciais e industriais é possível", diz a pesquisadora.
Os pesquisadores afirmam, por exemplo, que o aerogel pode ser usado em roupas isolantes e tendas para temperaturas muito baixas. Geladeiras e refrigeradores podem ter paredes mais finas. Segundo os pesquisadores, o material é o isolante térmico mais eficiente conhecido - uma camada de meia polegada é de 5 a 10 vezes mais eficiente que três polegadas de fibra de vidro.
Os pesquisadores duvidam, contudo, que o material possa ser usado em roupas de bombeiros, já que as altas temperaturas passariam da capacidade do aerogel.
Os cientistas criaram o novo aerogel através de duas etapas. Uma delas foi mudar a estrutura interna do material já usado. Eles usaram um polímero para reforçar as redes de sílica que formam o material. A outra foi trocar a sílica por poliimida, um polímero mais forte e resistente ao calor, e depois reforçaram as ligações da rede.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6086122-EI8147,00-Cientistas+mostram+evolucao+do+material+mais+leve+ja+criado.html
sábado, 18 de agosto de 2012
Diogo Mainardi volta à literatura com relato sobre a paralisia cerebral de seu filho
No dia 30 de setembro de 2000, quando chegava ao hospital de Veneza, na Itália, o escritor Diogo Mainardi ouviu de sua mulher, Anna, que estava grávida, um receio sobre o parto.
Diante da fachada do prédio, uma gema da arquitetura renascentista projetada em 1489 pelo arquiteto Pietro Lombardo, Mainardi não se conteve: "Com esta fachada, aceito até um filho deforme".
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Horas depois, um erro médico condenaria Tito, o filho mais velho do casal, a uma grave paralisia cerebral.
Um crente --ou supersticioso-- poderia ligar os dois pontos por qualquer coisa próxima de compensação ou castigo divino. Mainardi ri.
"Deus, se existisse, seria muito burro de ter me dado Tito como castigo. Ele é a coisa que eu mais amo na vida."
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O tal amor a que ele se refere virou sua vida de ponta-cabeça. Nos últimos 12 anos, Mainardi passou a orbitar em torno do filho.
A elaboração a respeito do sentimento que colheu um autodefinido "anti-sentimental" de forma tão arrebatadora é o norte de "A Queda", livro que o escritor lança nessa semana no Brasil.
"É um livro sobre o meu amor pelo meu filho e não sobre os sentimentos dele por mim, certamente mais baixos do que isso", diz ele, ferino como à porta do hospital.
Na obra, ao longo de 424 tópicos, Mainardi, que em 2010 voltou a morar em Veneza, reconstrói a trajetória do primogênito desde o infortúnio até um auge recente do desenvolvimento do garoto.
Entrelaçado a isso, um sem fim de referências, fatos e personagens históricos, aparentemente insociáveis, se ligam à vida do filho, junto a elucubrações sentimentais.
O conjunto disso dá ao nascimento de Tito um caráter quase épico.
Baseado em indícios por vezes debochadamente manipulados, o escritor faz Napoleão Bonaparte, Adolf Hitler, Neil Young e Le Corbusier incorrerem em culpa ou compreensão do problema de Tito.
Para o leitor, o convencimento disso se dá por afeição tanto quanto pela reiteração desses laços, literariamente ao estilo do escritor austríaco Thomas Bernhard.
A pesquisa Mainardi diz não ter sido um sacrifício. "Os elementos para essa construção eu tinha ao meu redor. E a minha gasolina era o amor."
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http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1138953-diogo-mainardi-volta-a-literatura-com-relato-sobre-a-paralisia-cerebral-de-seu-filho.shtml
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Após separação, irmãos gorilas se reconhecem durante reencontro
Dois gorilas irmãos que foram separados por quase três anos após serem mandados para zoológicos diferentes foram reunidos essa semana no Parque Safari Longleat, nos Reino Unido, e tiveram uma reação inesperada: ambos se receberam com abraços, apertos de mão e muitos sorrisos.
Nascido no zoológico de Dublin, na Irlanda, Kesho, 13 anos, foi separado do irmão mais novo Alf quando foi transferido ao zoológico de Londres para fazer parte de um programa de reprodução. Mesmo com a mudança na aparência e tendo se tornado o líder do grupo onde vivia, Kesho foi reconhecido pelo irmão. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, gorilas, que dividem 98% de seu DNA com humanos, podem identificar outro animal da mesma espécie pela forma de seus narizes.
"Não tínhamos certeza se os irmãos iriam se reconhecer, mas no momento em que se encontraram podíamos ver o reconhecimento nos olhos deles", contou o responsável pelos gorilas do Safari, Mark Tye. "Quando eles estavam em jaulas separadas temporariamente, ficavam encostando um no outro, sem sinais de agressão. Assim que foram postos juntos 24h depois, foi como eles nunca tivessem sido separados", disse.
Segundo Tye, se os macacos não se conhecessem, provavelmente haveria confrontos, além de brigas e gritos. "Mas Kesho e Alf estavam felizes em se virar de costas um para o outro, que é um sinal de confiança", afirma.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6082751-EI8145,00-Apos+separacao+irmaos+gorilas+se+reconhecem+durante+reencontro.html
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Vaticano: americanas pedem maior tolerância com homossexuais e aborto
Cerca de mil religiosas dos Estados Unidos, que pedem não só a ordenação sacerdotal feminina, mas também uma maior tolerância do Vaticano em temas como homossexualidade e aborto, se reuniram em St. Louis (Missouri), em um encontro que marca suas diferenças em relação à hierarquia católica.
"Não é uma diferença sobre doutrina, mas sobre o Governo da Igreja", disse Caridad Linda, da Congregação da Humildade de Maria, e que trabalha em Guadalajara (México) e em Davenport (Iowa).
As religiosas buscam, segundo Caridad, uma Igreja menos hierárquica e mais participativa.
A reunião da Conferência de Líderes de Congregações Religiosas (LCWR) - que representa mais de 80% das mais de 57 mil religiosas católicas no país - acontece quatro meses depois de terem sido advertidas pelo Vaticano.
"As integrantes de LCWR farão um processo de discernimento sobre sua resposta ao Vaticano", disse a porta-voz do grupo, Annemarie Sanders.
"O processo permitirá que as irmãs se unam e considerem as respostas possíveis. Sobre a base de tais discussões, o grupo decidirá quais são os próximos passos", acrescentou.
Isso é uma resposta da LCWR ao mandato emitido pelo Vaticano. Em abril, a Congregação para a Doutrina da Fé acusou a LCWR de "graves problemas doutrinários" e anunciou que três bispos dos EUA foram encarregados de colocar ordem entre as religiosas.
Os desentendimentos entre o Vaticano e a LCWR são antigos: durante a visita do papa João Paulo II a Washington, em 1979, a então presidente do grupo, Theresa Kane, fez uma calorosa saudação e depois aproveitou para fazer uma reinvidicação em público, que acabou sendo estampada em meios de imprensa de todo mundo.
"Enquanto compartilhar esse momento privilegiado com Vossa Santidade, peço-lhe para estar atento a intenso sofrimento e dor que faz parte da vida de muitas mulheres nestes Estados Unidos. Eu vos chamo a ouvir com compaixão o apelo das mulheres. Enquanto mulheres, ouvimos as mensagens poderosas de nossa Igreja abordando a dignidade e a reverência para todas as pessoas. Enquanto mulheres, temos pesado essas palavras.
Nossa contemplação nos leva a afirmar que a Igreja, em sua luta para ser fiel ao seu apelo à reverência e dignidade para todas as pessoas, deve responder, fornecendo a possibilidade de as mulheres, enquanto pessoas, serem incluídas em todos os ministérios da Igreja".
Em outras palavras, as religiosas pediam a ordenação sacerdotal das mulheres, fato que a Igreja vetou durante quase toda sua história e que o Vaticano rejeitou nos últimos anos.
Mais de três décadas depois do apelo de Kane, o Vaticano ordenou uma "visita" - uma espécie de inspeção eclesiástica - às ordens religiosas femininas nos EUA e a intervenção dos bispos na LCWR.
A "visita" aconteceu no ano passado, feita por Clare Millea, superior dos Apóstolos do Sagrado Coração de Jesus, uma americana que mora em Roma.
O Vaticano descreveu a "visita" como uma pesquisa sobre as condições de vida e práticas nas ordens religiosas nos EUA. O relatório final da "visita", ainda é desconhecido.
A advertência emitida pelo Vaticano em abril se refere, também em parte, à independência que vivem e trabalham muitas religiosas americanas, e a tolerância a temas como homossexualidade, aborto e luta pela justiça social.
"O Vaticano nos considera uma espécie de mão de obra eclesiástica", comentou Sandra Schneiders, professora na Escola Jesuíta de Teologia em Berkeley (Califórnia), referindo-se ao papel tradicional das religiosas como enfermeiras ou como professoras nas escolas católicas.
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6079728-EI8141,00-Vaticano+americanas+pedem+maior+tolerancia+com+homossexuais+e+aborto.html
Universidades federais, para além das greves
Roberto Romano
Pouco é comentado, nas análises sobre a greve dos professores federais, sobre o conúbio entre reitores e governo. É preciso examinar tal elo para entender os entraves institucionais e financeiros que originaram o movimento grevista.
A autonomia universitária não vai além da letra, na Constituição de 1988. Fora as universidades paulistas - cuja base autônoma é um decreto do Executivo estadual -, no Brasil os câmpus sofrem rígido controle do Ministério da Educação (MEC) e os reitores são escolhidos de modo plebiscitário. As lutas pelos cargos fazem com que na eleição reitoral impere o "é dando que se recebe". Como os municípios, as formas acadêmicas dependem de tratos oligárquicos e acertos com ministérios. Em eleições presidenciais essa anomalia se confirma no apoio ilegal de reitores aos palacianos. Em 27/10/2004 Luiz Inácio da Silva recebeu apoio de 55 instituições de ensino superior. Na audiência ilegal estavam os ministros da Educação, da Previdência e da Casa Civil. O encontro de 2004 foi o segundo entre reitores e Presidência. Em 5/8/2003, segundo importante dirigente universitária, "pela primeira vez tivemos uma reunião de caráter político entre o nosso sistema e o presidente da República" (fonte: MEC, no site Universia Brasil, http://www.universia.com.br). O procedimento foi repetido na escolha da atual presidente.
Ilegalidade para apoiar candidatos oficiais, subserviência diante do governo, uso de cargos para fins político-eleitorais. Os monopólios da ordem pública pelo Executivo trazem ineficácia ao câmpus, entravam iniciativas de pesquisadores e docentes. Os responsáveis pelo ministério confessam que sem os municípios e as universidades nada pode ser feito para melhoria administrativa e pedagógica no plano federal. Quando ministro, Fernando Haddad admitiu que o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) não trouxe reflexos significativos ao ensino superior: "O governo federal sozinho não conseguiria enfrentar os entraves educacionais do País. Era preciso o envolvimento de todos os Estados, municípios e universidades" (Haddad admite que PDE ainda não mudou ensino superior, Universia, 19/5/2008).
Quando notamos o comportamento dos reitores citados acima, podemo-nos inquietar com os frutos do comércio entre eles e os palácios. Ao contrário das universidades europeias ou norte-americanas, onde a guerra para conseguir recursos ocorre entre grupos acadêmicos (quem vence consegue verbas do Estado ou das empresas), nas universidades federais, como nos municípios, a passagem das verbas aos benefícios segue a via oligárquica e partidária. O reitor deve atrair deputados federais e senadores, obtendo o favor político a ser pago com fidelidade ao governo. Cada recurso novo é negociado na boca do Orçamento. As oposições consentidas podem ajudar na bacia das almas. O prestígio reitoral, no Executivo e no Congresso, nos últimos tempos tem sido raro. O dinheiro não está garantido. O que explica, em parte, as greves.
Interessa aos dirigentes o jogo dos oligarcas nos gabinetes ministeriais. Ali se determina o prestígio do reitor ou do seu grupo. Prefeitos em plano micrológico, eles buscam verbas. No itinerário dos recursos vêm o favor e as "conversas políticas". Ao se prenderem no xadrez burocrático e partidário, os reitores são obrigados a aceitar a lentidão e as regras que amesquinham ensino e pesquisa, começando com os baixos salários. A rede cortesã tolhe iniciativas dos câmpus, mas gera no seu interior a ilusão da democracia eletiva, com abstração dos fins científicos e pedagógicos.
O dogma das eleições que assegurariam legitimidade às Reitorias trouxe resultados desastrosos. A experiência da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é importante, pois ela se repete a cada nova eleição nos câmpus federais. Nas eleições "todos os nomes sufragados pelas urnas pertenciam às forças políticas que vinham dirigindo a UFSC desde a sua criação e que mantinham com os governos militares uma convivência pacífica ou um apoio entusiasta. (...) O processo eleitoral não possibilitou, portanto, como esperavam ou aspiravam as forças de oposição ao regime militar, neste caso as organizações dos docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes, que grupos políticos não alinhados com as elites locais e nacionais pudessem ocupar os mais altos cargos da universidade" (Waldir José Rampinelli, O Preço do Voto - Os Bastidores de uma Eleição para Reitor).
Na universidade, nenhum mandato popular ou divino legitima o exercício do pesquisador/docente ou pesquisador/estudante. Só a retidão ética e o saber fornecem autoridade acadêmica. Se um reitor se mostra alheio à produção da ciência e do ensino e age servilmente perante o governo, temos apenas um embaixador do poder no câmpus. Se, além disso, ele traz para o interior da instituição universitária os interesses dos partidos políticos, surge algo manifestamente nocivo à universidade.
Nos últimos tempos, Reitorias que assumem semelhante lógica surgem em colunas políticas e de polícia, ligadas ao uso errôneo de recursos públicos. Para entender o fato importa examinar a estrutura do Estado brasileiro e os costumes que ela ocasiona. Sem autonomia, governadores, prefeitos, reitores são elos de uma cadeia (a da lisonja servil) que rege a vida política brasileira. É quase impossível mudar a forma de poder que centraliza as políticas públicas no Executivo federal. Mas nas universidades vivem intelectuais que dominam saberes e práticas as mais sofisticadas. Eles poderiam elaborar planos de autonomia compatíveis com os padrões da pesquisa científica, humanística e de ensino. Se não o fizeram e não o fazem, é por cumplicidade. Aí, nada mais pode ser dito, porque entramos no terreno do realismo míope e oportunista, fonte de muitos risos e de muitas lágrimas para a cidadania brasileira.
* FILÓSOFO, PROFESSOR DE ÉTICA E FILOSOFIA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP), É AUTOR, ENTRE OUTROS LIVROS, DE 'O CALDEIRÃO DE MEDEIA' (PERSPECTIVA)
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http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,universidades-federais-para-alem-das-greves-,916203,0.htm
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Estudo descarta miscigenação entre humanos e neandertais
Antropólogos contestaram teorias segundo as quais o Homo sapiens e os neandertais se miscigenaram, transmitido aos humanos atuais parte do legado genético de seus primos misteriosos. Os pesquisadores vão contra vários estudos divulgados ao longo dos últimos dois anos que sugerem um cruzamento entre o Homo sapiens e o hominídeo enigmático que viveu em regiões de Europa, Ásia Central e Oriente Médio por até 300 mil anos, mas desapareceu de 30 a 40 mil anos atrás.
As evidências provêm de fósseis de DNA, que demonstram que eurasiáticos e asiáticos médios partilham entre 2% e 4% de seu DNA com os neandertais, mas os africanos, quase nenhum. Mas um novo estudo feito por cientistas da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, diz que o DNA veio de um ancestral comum e não através de "hibridização" ou reprodução entre duas espécies de hominídeos.
Em publicação, na segunda-feira, no periódico americano Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), Andrea Manica e Anders Eriksson, do Grupo de Ecologia Evolutiva da universidade britânica, desenvolveram um modelo de computador para simular a odisseia genética. Ele começa com um ancestral comum dos neandertais e do Homo sapiens que viveu cerca de meio milhão de anos atrás em regiões de África e Europa.
Por volta de 300 mil a 350 mil anos atrás, a população europeia e a população africana deste hominídeo se separaram. Vivendo em isolamento genético, o ramo europeu evoluiu pouco a pouco até dar origem aos neandertais, enquanto o ramo africano acabou dando origem ao Homo sapiens, que se disseminou em ondas migratórias que deixaram a África cerca de 60 mil a 70 mil anos atrás.
Segundo a teoria, comunidades de Homo sapiens que estavam geneticamente mais próximas da Europa, possivelmente no Norte da África, preservaram uma parte relativamente maior de genes ancestrais. Eles também se tornaram os primeiros colonizadores da Eurásia durante a progressiva migração "Fora da África".
Isto poderia explicar porque os europeus e asiáticos modernos têm uma semelhança genética com os neandertais, mas os africanos, não. "Nosso trabalho demonstra claramente que os padrões atualmente vistos no genoma do neandertal não são excepcionais e estão alinhados com nossas expectativas do que veríamos sem a hibridização", afirmou Manica em um comunicado.
"Assim, se qualquer hibridização ocorreu, é difícil provar conclusivamente que tenha ocorrido, deve ter sido mínima e muito menor do que as pessoas alegam agora", acrescentou. O que aconteceu com os neandertais é uma das grandes questões da antropologia.
A hibridização poderia responder a ela, ao menos parcialmente. Ao se miscigenarem com os humanos, os neandertais não teriam sido extintos pelo Homo sapiens ou pelas mudanças climáticas, como alguns argumentam. Ao contrário, os genes dos neandertais teriam se misturados no genoma da cepa dominante do Homo.
Em um estudo separado publicado na PNAS, cientistas chefiados por Svante Paabo do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, Alemanha, encontraram indícios que os neandertais e os Homo sapiens se separaram entre 400 mil e 800 mil anos atrás, mais cedo do que se imaginava.
A equipe também calculou que os humanos se separaram dos chimpanzés, nosso parente primata mais próximo, entre 7 e 8 milhões de anos, antes dos 6 a 7 milhões de anos atrás, segundo as estimativas mais comuns.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6078376-EI8147,00-Estudo+descarta+miscigenacao+entre+humanos+e+neandertais.html
domingo, 12 de agosto de 2012
Fósforo branco: crianças palestinas são queimadas vivas por Israel em Gaza
As crianças são as maiores vitimas do ataque com bombas de fósforo branco, na faixa de Gaza.O fósforo branco é usado regularmente para a fabricação de fogos de artifício e bombas de fumaça para camuflar movimentos de tropas, em operações militares. A sua utilização como componente de armas químicas é proibida pelas Convenções de Genebra e especialmente pela Convenção sobre Armas Químicas, reafirmando os termos do Protocolo de Genebra de 1925, que proíbe o uso de armas químicas e biológicas.
Bombas, munição de artilharia e morteiros, quando contêm fósforo, explodem em flocos inflamáveis, mediante impacto. São artefatos incendiários e causam queimaduras terríveis, podendo mesmo ser letais.É legal o uso de fósforo branco como componente de foguetes de iluminação e bombas de fumaça, e a Convenção sobre Armas Químicas (CWC) não o inclui na lista de armas químicas.O fósforo foi usado pelos exércitos desde a Primeira Guerra Mundial. Durante a Segunda Guerra, na Guerra do Vietnam e recentemente por Israel na Operação Chumbo Fundido . Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha também já utilizaram munições com fósforo.
Nas últimas décadas, porém, a tendência é o banimento do seu uso, contra qualquer alvo, civil ou militar, em razão dos severos danos causados pela substância e os especialistas acreditam que o fósforo deveria ser mesmo incluído entre as armas químicas, pois queima e ataca o sistema respiratório.Uma exposição prolongada, sob qualquer forma, pode ser fatal.
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http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/08/fosforo-branco-criancas-palestinas-sao-queimadas-vivas-por-israel-em-gaza.html
sábado, 11 de agosto de 2012
Qualidade das fotos da Curiosity em Marte é questionada
Assim que a sonda Curiosity da Nasa pousou em Marte, na última segunda-feira, imediatamente começou a enviar fotos do planeta vermelho à Terra. Porém, para o preço de US$ 2,5 bilhões, as imagens tem menos qualidade do que o esperado - uma resolução máxima de 2 megapixels, menos que a qualidade das fotos de um iPhone -, reportou o jornal britânico Daily Mail.
Cientistas responderam às criticas explicando que existem duas razões para a qualidade das imagens não ser de 8 megapixels, como as de um iPhone. O processo de desenvolvimento do jipe e limitações na transmissão de dados interplanetários é um deles, de acordo com o gerente de projeto de câmera Mike Ravine, do Sistema de Ciência Epacial Malin (MSSS, na sigla em inglês). Segundo ele, técnicos estão trabalhando nas câmeras do robô desde 2004, e as especificações foram de uma memória de oito gigabytes, o que pode soar como bastante, mas na verdade não é muito considerando que a missão da sonda terá dois anos de duração.
A outra justificativa é que uma câmera de dois megapixels produzirá imagens que são pequenas o bastante para permitir que milhares de fotos sejam armazenadas na memória. Além disso, o design da câmera foi proposto há oito anos, quando o suporte de memória não era tão grande como os de atualmente.
A Curiosity envia os dados para dois satélites que estão orbitando em Marte, para só depois enviar as informações para a Terra. A velocidade do processo é lenta. De acordo com um especialista, a chave para missões futuras será a invenção da internet intergaláctica.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6069720-EI301,00-Qualidade+das+fotos+da+Curiosity+em+Marte+e+questionada.html
Como ter um universo inteiro, do nada
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O físico teórico Lawrence Krauss já tomou parte em muitos tópicos complicados, da evolução até o estado das políticas científicas, passando pela física quântica e até a ciência em Star Trek. Mas em um de seus livros, ele talvez fale sobre o assunto limite: como nosso universo surgiu do nada sem uma intervenção divina.
O argumento de que Deus foi o responsável pelo toque inicial, dando vida ao cosmos, vem desde Aristóteles e Tomás de Aquino. Em debates com teólogos, “a questão ‘porque existe algo ao invés de nada’ sempre aparece como ‘inexplicável’ e implica a existência de um criador”, afirma Krauss. “Nós já fomos tão longe, que responder essa pergunta – ou fazer questões similares – virou parte da ciência”.
Ele comentou essa intrigante questão em uma palestra gravada, em uma conferência da Aliança Ateísta Internacional, em 2009. O vídeo já teve mais de um milhão de visualizações, e incitou Krauss a publicar seu mais novo livro, “A Universe From Nothing”.
Porque existe algo ao invés de nada? O cientista afirma que essa questão implica uma pesquisa que não está realmente no propósito científico. “O ‘porque’ nunca é realmente um ‘porque’… de verdade, quando dizemos ‘porque’, estamos querendo saber ‘como’”.
Ok, mas então como temos um universo do nada? Krauss traça uma série de descobertas, desde a teoria geral da relatividade de Einstein até os últimos estudos da energia escura, exemplificando como os cientistas determinaram que os espaços vazios estão preenchidos com energia, na forma de partículas virtuais. Da perspectiva da física quântica, as partículas entram e saem da existência a todo o tempo. Pra Krauss e muitos outros teóricos, o nada é tão instável que ele tem que criado algo: em nosso caso, o universo.
E ainda mais. Krauss e seus colegas tem a visão de que pode haver uma sucessão infindável de big bangs, criando muitos universos com diferentes parâmetros e leis físicas. Alguns desses volta ao nada imediatamente, enquanto outros – como o nosso – ficam por aí tempo suficiente para dar origem às galáxias, estrelas, planetas e vida. Os cientistas ainda não têm uma forma de testar essa hipótese, mas isso explicaria como temos sorte de estar vivos: ganhamos na loteria cósmica.
“Alguns dizem ‘Bom, isso é só uma escapatória’”, comenta Krauss. “Mas é uma desculpa menor do que Deus”.
Positivos e negativos
O livro de Krauss não é o primeiro a colocar que Deus é desnecessário para a criação do universo.
Stephen Hawking apresentou um ponto parecido em seu livro “The Grand Design”. O argumento chave é que a energia positiva da matéria é balanceada pela energia negativa do campo gravitacional. Da perspectiva quântica, a energia total do universo é zero e a evidência matemática disso seria o fato do universo ser plano e não esférico. Portanto, a energia do “nada” é conservada, mesmo que “algo” entre na história.
A ideia de um balanço entre a energia positiva e negativa tem gerado críticas por parte do criacionismo, mas Krauss afirma que o conceito bate com as teorias cosmológicas atuais.
“Soa como uma fraude, mas não é. Uma vez com a gravidade, o incrível é que você pode começar com zero energia e acabar com diversas coisas, e essas podem ter energia positiva, contanto que você faça o efeito contrário com energia negativa. A gravidade permite que a energia seja negativa”, afirma o cientista.
Daqui a muito tempo, quando todas as galáxias tiverem expandindo até o fim, e todas as estrelas morrido, os positivos e negativos vão se cancelar, levando nosso universo a voltar à uniformidade do espaço vazio. “O ‘algo’ talvez esteja aqui por um pequeno período de tempo”, afirma Krauss.
Acentuar o positivo
Para muitos isso pode soar um tanto suicida. O famoso evolucionista (e um dos ateus mais famosos do mundo) Richard Dawkins afirma o seguinte: “Se você acha que isso é sombrio e pouco entusiasmante, que pena. Realmente não traz conforto”. Mas Krauss não pretende ser um depressor.
“Meu objetivo não é destruir a religião, apesar de isso ser um efeito colateral interessante. Meu objetivo não é diferente do que o de Charles Darwin com seu livro “A Origem das Espécies”. Meu objetivo é usar essa fascinante questão, que todos fazem, e motivar as pessoas a aprender sobre o universo real”.
Krauss afirma que a perspectiva científica sobre as origens e o destino do universo oferece uma alternativa válida para o tradicional “consolo” que a religião propõe.
“Aqui estão estas marcantes leis da natureza que surgiram e produziram tudo que você conhece, algo muito mais interessante do que qualquer conto de fadas”, comenta Krauss. “Nós somos os beneficiários sortudos disso, e deveríamos aproveitar o fato de termos consciência para apreciar o universo. É um acidente fantástico, como temos sorte de ser parte disso! E você pode criar uma ‘teologia’ ao redor disso, se quiser”.
É claro que Krauss não se refere à teologia no sentido literal, do estudo de Deus, mas em um sentido de atitude com a vida e seus significados (ou falta de). Qual é a sua atitude? Sinta-se livre para expressar sua opinião, mas com respeito.
Confira a palestra do físico Lawrence Krauss com legendas, em três partes: Parte I, Parte II e a Parte III ou a versão original abaixo.
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http://hypescience.com/como-ter-um-universo-inteiro-do-nada/
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'A Universe From Nothing' by Lawrence Krauss, AAI 2009
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sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Nasa resolve mistério de foto tirada por robô Curiosity em Marte
A Nasa identificou a misteriosa mancha que apareceu em uma foto enviada pelo robô Curiosity logo após o pouso em Marte, concluindo que se tratava do impacto no solo da nave que transportou o veículo. Desde segunda-feira, a foto intrigava cientistas e entusiastas da astronomia e começava a ser motivo de especulações.
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Todos se perguntavam sobre a pequena mancha, similar a uma nuvem de poeira, que apareceu no horizonte marciano em uma foto enviada pelo Curiosity logo após o pouso em Marte, às 05h31 GMT de segunda-feira (02h31, hora de Brasília).
Nesta sexta-feira, durante entrevista coletiva celebrada no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da Nasa em Pasadena (Califórnia, oeste), que controla a missão do Curiosity, um dos cientistas assegurou que a nuvem não era numa mancha na lente da câmera ou uma nuvem de poeira, como arriscaram alguns observadores. Tratava-se, disse, do impacto no solo da "grua" que acabava de colocar o Curiosity em Marte.
"Temos duas fotos de duas câmeras diferentes em que a nuvem aparece, tiradas 40 segundos depois da aterrissagem", disse à AFP Steve Sell, um dos chefes da equipe EDL (sigla em inglês para Entrada na atmosfera, descida e pouso do Curiosity), durante entrevista coletiva.
"E em cada uma das câmeras, 40 minutos depois, a mancha não aparece mais", disse, acrescentando que as duas câmeras apontavam na "direção exata" do ponto de queda da nave transportadora, manchada nas fotos tiradas pelos satélites americanos em órbita ao redor de Marte.
Levando em conta que os engenheiros da Nasa não tinham nenhuma forma de prever o local exato, nem o eixo no qual o robô pousaria, ter um panorama do impacto da grua é "uma maravilhosa coincidência", assegurou Sell. A grua da nave transportadora, equipada com retrofoguetes, teve a difícil tarefa de pousar suavemente o Curiosity na superfície marciana, usando longos cabos de nylon. Separou-se do robô ao cumprir o objetivo e caiu a uma distância segura. "Bateu no chão muito forte, a uma velocidade de 160 160 km/h", disse Sell.
A foto em si não tem nenhum valor científico, admitiu Sell, mas é "interessante para os engenheiros". Também demonstra que "nossas projeções (sobre a ejeção da nave transportadora) eram corretas e que desenvolvemos bem nossos modelos", disse.
Na sexta-feira, a equipe de cientistas do EDL atualizou a informação sobre o Curiosity. Assim, informou a hora exata de chegada às 05H31 GMT (e não às 05h32 como tinha sido anunciado logo depois da chegada do robô), bem como o local onde pousou.
O Curiosity tocou o solo a "2,25 km do local previsto, um pouco mais ao leste, na verdade muito perto", disse à AFP Gavin Mendeck, outro cientista responsável. A equipe do EDL trabalha atualmente em parte dos dados enviados pelo robô, recuperando um total de 100 megabytes, "um tesouro", segundo Mendeck.
"Quando tivermos recebido os dados, em umas duas semanas, levaremos meses para estudá-los", acrescentou. O Curiosity pousou com sucesso em Marte na segunda-feira, depois de mais de oito meses de viagem espacial. Durante sua missão de pelo menos dois anos de duração, este laboratório móvel se dedicará a procurar vestígios de vida passada em Marte.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6070644-EI301,00-Nasa+resolve+misterio+de+foto+tirada+por+robo+Curiosity+em+Marte.html
Massa de rochas vulcânicas de 26 mil km² flutua à deriva no Pacífico
São pedras-pomes leves provenientes de um vulcão submarino que, segundo testemunhas, se parecem com um bloco de gelo polar
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Uma massa de rochas vulcânicas de 26 mil km² flutua à deriva no Oceano Pacífico, indicou nesta sexta-feira um oficial da Marinha neozelandesa, acrescentando que é "a coisa mais rara" que já viu no mar. São pedras-pomes leves provenientes de um vulcão submarino que, segundo testemunhas, se parecem com um bloco de gelo polar.
Um avião militar neozelandês avistou as rochas na quinta-feira a cerca de mil km da costa da Nova Zelândia. "É a coisa mais rara que já vi em 18 anos no mar", declarou o tenente Tim Oscar, que considerou que a pedra-pomes, que é lava solidificada com bolhas, não constituía um perigo para sua embarcação.
Cientistas que se encontravam a bordo deste barco, o HMNZ Canterbury, asseguraram que o fenômeno não está relacionado com a intensificação da atividade vulcânica na Nova Zelândia nesta semana.
Na terça-feira, a erupção de cinzas de um vulcão adormecido há mais de um século perturbou seriamente o tráfego aéreo na Nova Zelândia e dezenas de aviões ficaram em terra, embora os voos internacionais não tenham sido afetados.
Segundo a Defesa Civil, a erupção não provocou rios de lava, mas uma nuvem de cinzas que chegava a 6 mil metros de altitude e que provocou o cancelamento de dezenas de voos internos.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6068303-EI238,00-Massa+de+rochas+vulcanicas+de+mil+km+flutua+a+deriva+no+Pacifico.html
Cavalo é mais parecido com ser humano do que o cão
Cavalo tem mais nucleotídeos (moléculas que formam o DNA e o RNA) do que um cão doméstico e menos do que uma pessoa e de uma vaca
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Cientistas decodificaram o genoma do cavalo doméstico e descobriram uma sequência com semelhanças surpreendentes ao do ser humano.
A investigação, apresentada por uma equipe internacional de cientistas nesta quinta-feira (5) na revista americana Science, também dá pistas sobre o desenvolvimento dos mamíferos, além de ajudar a identificar os genes que causam doenças nos equinos.
A conclusão é resultado de três anos de investigação por parte de uma equipe dirigida por especialistas do Instituto Broad do MIT e de Harvard.
Os especialistas estudaram o genoma de uma fêmea puro-sangue chamada Twilight e encontraram muitas semelhanças com outros genomas de mamíferos.
O genoma do cavalo possui 2,7 bilhões de letras - os nucleotídeos (moléculas que formam o DNA e o RNA) - um pouco mais do que as de um cão doméstico, mas menos do que as de uma pessoa e de uma vaca.
Os cientistas dizem que 17 dos 32 cromossomos equinos são parecidos aos dos humanos, o que torna os cavalos mais próximos das pessoas do que dos cachorros ou dos ratos.
Os seres humanos domesticaram o cavalo há pelo menos 4.000 anos, e os equinos têm mais de 90 doenças hereditárias parecidas às dos homens.
Os especialistas também examinaram o DNA de outras raças - entre elas, Quarto de Milha, Andaluz, Árabe, Hanoveriana, Hakkaido, Islandês e outros - e criaram um catálogo com mais de um milhão de diferenças genéticas de uma só letra.
O cavalo é o sexto animal doméstico com genoma sequenciado depois da galinha, do cachorro, da vaca, do gato e do porco.
Também já foram decodificados os genomas do ornitorrinco, do rato, do chimpanzé e do macaco rhesus
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http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/cavalo-e-mais-parecido-com-ser-humano-do-que-o-cao-20091105.html
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Brain drain: o ralo é mais embaixo
Um interessante estudo do US National Bureau of Economic Research mostrando a porcentagem de cientistas de um país morando no exterior e a porcentagem de cientistas estrangeiros neste país acabou de ser divulgado pela Times Higher Education.
Os resultados são muito interessantes: países como Canadá, Suíça e Austrália aparecem como grande importadores de cientistas enquanto Índia, Itália e Japão são os países que parecem ser mais fechados a estrangeiros. A Índia é um caso à parte: sua exportação de cientistas é tão grande comparada com sua importação que é um exemplo clássico de brain drain.
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Brain drain é um conceito criado no pós-guerra, quando milhares de cientistas migraram da Europa para os Estados Unidos. O Brasil tem, historicamente, um terror enorme de perder seus talentos para outros países. Este estudo sugere que estes temores, pelo menos na Academia, são infundados: o Brasil é um dos países que possuem taxas de exportação/importação de cientistas equilibradas. No entanto isso não quer dizer que estamos bem: apesar de equilibradas, nossas taxas estão entre as mais baixas nos países indicados, revelando outras características de nossa Ciência: uma certa paroquialidade e insularismo.
A Ciência é uma rede social
No começo do ano passado nenhuma universidade brasileira ficou entre as 200 melhores no ranking da Times Higher Education. A principal razão: pouca visibilidade internacional. Um mapa mundial mostrando as colaborações científicas entre diferentes países ilustra isso. Em suma, nossas universidades recebem poucos pesquisadores estrangeiros, poucos estudantes estrangeiros e são pouco conhecidas lá fora. Só que a Ciência é uma rede social internacional e os pontos mais fracos de uma rede são os que possuem poucas conexões.
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Os benefícios do brain drain
Quando ganhamos uma bolsa de doutorado da CAPES ou do CNPq para fazer doutorado no exterior, comprometemo-nos a trabalhar no Brasil pelo mesmo período de tempo após a obtenção do título. Na visão atual, não importa que governos estrangeiros queiram pagar para você completar sua formação lá fora pois não voltar imediatamente só aumenta o risco do investimento do governo ir ralo abaixo (veja minha opinião sobre isso). Só que é no posdoc que fazemos os principais contatos que irão compor sua rede de colaboradores no futuro, pois é a primeira vez que você pode começar a desenvolver uma linha de pesquisa independente. E nossa política científica pega recém-doutores, inseridos em um contexto internacional, prontos para criar suas próprias redes de colaboração, e os obriga a voltar ao país!
Você pode estar se perguntando: isso não aumenta as chances do pesquisador nunca mais voltar? Sim, mas qual o problema? Como um cientista irlandês uma vez me perguntou: “um cientista brasileiro no exterior não continua trazendo benefícios para o país?” SIM SIM SIM! Cientistas brasileiros no exterior são peças fundamentais para que novas colaborações internacionais com o Brasil surjam! Colocar cientistas lá fora que possuam conexões no país nos trazem mais pertos dos grandes hubs da Ciência mundial e outra coisa sobre redes: quanto mais conexões com os principais hubs, mais importante você é (e maior a sua chance de se tornar um hub). Além disso cientistas sêniores semrpe podem voltar, visto o caso do Nicolelis.
Esta lógica também se aplica ao caso do brain gain: é necessário facilitar a importação de talentos internacionais para o país (ainda mais em tempos de crise mundial). Exigências como reconhecimento do diploma de doutorado no país (demora mais de 6 meses) e prova em português só fecham nossa Ciência ao resto do mundo.
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Mas o buraco é mais embaixo
Outro problema é que nos preocupamos demais com a perda de cérebros para o exterior mas nos esquecemos dos cérebros que perdemos dentro do país. A falta de políticas científicas e tecnológicas eficazes faz com que muitos talentos científicos sejam perdidos para outras áreas. Quantos cientistas geniais foram trabalhar em bancos ou como vendedores por falta de alternativas? Mais especificamente: quantos abandonaram a Academia? Pessoalmente não acho ruim em ver cientistas irem trabalhar em empresas de tecnologia, ensino ou divulgação científica, mas quantos talentos genuínos perdemos? E quantos outros talentos nunca tiveram oportunidade de serem desenvolvidos por causa da má qualidade de nosso ensino científico e carência de divulgação (e “evangelização”) científica? Este, meus caros, é o real desperdício de cérebros.
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http://scienceblogs.com.br/brontossauros/2012/05/brain_drain/?fb_source=ticker&fb_action_ids=3947929809282&fb_action_types=og.likes
Cientistas descobrem o que seria um novo ancestral do homem
RIO – Cientistas encontraram na África fósseis de quase 2 milhões de anos de idade que podem indicar a existência de uma terceira e antes desconhecida espécie de hominídeo antigo. O achado seria uma mostra de que várias linhagens do gênero Homo conviveram por milhares de anos na região que é considerada o “berço” da Humanidade, onde a espécie do homem moderno, o Homo sapiens, evoluiu.
Até meados do século passado, o consenso entre os cientistas era de que o mais antigo integrante do gênero era o Homo erectus, cujos fósseis com entre 1,3 e 1,8 milhão de anos de idade tinham sido na maior parte encontrados na China e no Sudeste da Ásia. Em 1964, no entanto, o paleontólogo Louis Leakey e sua equipe descobriram na Garganta de Olduvai, na Tanzânia, registros de uma espécie ainda mais ancestral, que batizaram de Homo habilis, numa referência às ferramentas primitivas de pedra encontradas na mesma camada de sedimentos dos fósseis. Com o passar do tempo, mais fósseis foram encontrados na área e em outros sítios próximos até que, nos anos 70, uma nova análise levou à identificação da existência de uma segunda espécie distinta, chamada Homo rudolfensis.
Desde aquela época, no entanto, um crânio com características únicas encontrado em 1972 na região de Koobi Fora, no Quênia, intriga os cientistas. Classificado como KNM-ER 1470, ou apenas 1470, e datado em cerca de 2 milhões de anos, ele era bem maior que os outros, com uma face achatada e sem a projeção maxilar que marca seus contemporâneos. Mas como outros exemplares do tipo não foram encontrados, o mistério perdurou.
Agora, no entanto as descobertas entre 2007 e 2009 de um fóssil bem preservado do rosto de um jovem e dos restos de duas mandíbulas em um raio de apenas 10 quilômetros de distância de onde o 1470 foi encontrado podem dar uma resposta sobre a origem do crânio. Desenterrados pela equipe de Meave Leakey (ex-mulher de Richard Leakey, filho de Louis), os fósseis, com idades entre 1,95 e 1,78 milhão de anos, se encaixariam com as características do 1470, cujos dentes e mandíbula inferior nunca foram encontrados.
- Os novos fósseis nos dizem pela primeira vez como os dentes e mandíbula inferior do 1470 se pareceriam e nos permite separar a coleção em dois grupos com características claras e distintas – disse Meave, que assina artigo em que descreve a descoberta publicado na edição desta semana da revista “Nature”.
http://oglobo.globo.com/ciencia/cientistas-descobrem-que-seria-um-novo-ancestral-do-homem-5730898
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
O homem primitivo não estava sózinho
O antepassado do homem moderno dividiu o planeta com pelo menos outras duas espécies relacionadas quase 2 milhões de anos atrás, afirmaram cientistas nesta quarta-feira, apontando para peças recém escavadas de um quebra-cabeças que já dura 40 anos.
As descobertas, publicadas na revista científica Nature, tratam da odisseia do nosso ancestral, o humano primitivo de postura ereta conhecido como Homo erectus. O H. erectus e o parente construtor de ferramentas denominado Homo habilis foram provavelmente contemporâneos de uma espécie ainda mais antiga, denominada Homo rudolfensis, argumentam os cientistas.
"A evolução humana não (é) claramente a linha reta que se pensava anteriormente", afirmou o coautor do estudo, Fred Spoor, em teleconferência. Spoor e uma equipe de cientistas escavou fragmentos de dentes, face e mandíbula datados do período Pleistoceno, em um sítio a leste do lago Turkana, no norte do Quênia, entre 2007 e 2009. A descoberta pôs um fim a uma busca angustiante por pistas sobre o hominídeo de rosto reto e grande cérebro, cujo crânio tinha sido encontrado ali perto em 1972.
Conhecido como KNM-ER 1470 ou simplesmente como 1470, o hominídeo teria vivido cerca de 2 milhões de anos atrás. Mas esta foi a única coisa que ficou clara, já que paleontólogos brigaram asperamente sobre sua identidade.
Até 2007, tal evidência permaneceu indefinida, uma vez que no crânio faltava o osso da mandíbula inferior, parte vital da evidência. "Então, nossa sorte mudou magicamente e no prazo de três anos, encontramos três fósseis que acreditamos ser tributáveis à mesma espécie do 1470", disse Meave Leakey, que tinha descoberto o 1470 juntamente com seu marido, Richard Leakey.
Louise, a filha do casal, integrava a equipe que descobriu os novos fósseis. Os novos fragmentos de dois indivíduos que se parecem com o 1470 têm entre 1,78 e 1,95 milhão de anos e foram encontrados no raio de 1 km do local onde foi descoberto o 1470. "Um dos grandes problemas com o crânio do 1470 era que, embora fosse notavelmente completo, com a caixa craniana completa e uma parte considerável da face, não tinha dentes, nem a mandíbula inferior", disse Spoor.
"Este (novo) pequeno crânio tem dentes e de fato os dentes estão muito bem preservados", acrescentou. Os novos fósseis foram cuidadosamente removidos do arenito usando uma broca de dentista antes de serem escaneados por dentro e por fora em um hospital de Nairóbi, capital do Quênia.
Os escâneres foram usados em uma reconstrução virtual de toda a mandíbula inferior, que demonstrou ter um bom encaixe com a mandíbula superior do 1470. O resultado: um hominídeo que muito provavelmente é de uma linhagem mais antiga do homo chamada H. rudolfensis. Se assim for, significa um golpe em uma teoria contrária de que o 1470 seria um Homo habilis com má-formação.
"Falando estatisticamente, as chances de que esta seja realmente uma espécie diferente aumentaram enormemente", disse Spoor. As três espécies supostamente ficaram fora do caminho umas das outras e tinham alimentação diferente, supõem os autores.
A descoberta é "significativa porque eles respondem a uma questão chave em nosso passado evolutivo: quão diverso foi nosso gênero perto da base da linhagem humana?", explicou Leakey.
Para outros especialistas, a descoberta mostrou que a família humana de 6 milhões de anos teve três raízes complexas, mas alertaram sobre como deviam ser interpretadas.
Algumas autoridades, por exemplo, argumentam que o Homo erectus evoluiu do Homo habilis, enquanto outros insistem que os dois eram primos ou espécies irmãs.
Os fósseis "ajudam a confirmar a existência de um tipo distinto de humano antigo cerca de 2 milhões de anos atrás", afirmou Chris Stringer, do Museu de História Natural de Londres.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6062449-EI8147,00-Estudo+indica+homem+primitivo+nao+estava+sozinho.html
Estudo: papagaios pensam de forma lógica como crianças de 3 anos
Os papagaios cinzentos, que vivem na selva africana, pensam de forma lógica, similar aos macacos e às crianças de 3 anos de idade, assegura uma pesquisa publicada nesta quarta-feira pela Universidade de Viena e o Instituto Científico Konrad Lorenz.
No experimento, a cientista austríaca Judith Schmidt agita diante de um papagaio dois copos de plástico, um com uma noz em seu interior e o outro vazio. O animal entende imediatamente que a noz está escondida dentro do copo que faz barulho.
Depois, a pesquisadora agita apenas o copo que não contém nada e o coloca junto ao outro sobre a mesa, e o animal entende que a noz deve estar sob o outro copo.
Os cientistas austríacos asseguram que quando se agita os dois copos os apenas um deles os papagaios cinzentos encontram a noz sempre e com a mesma velocidade.
Se não sai nenhum barulho de um copo, os animais deduzem sempre que a noz deve estar no outro, o que só é observado em macacos e crianças a partir de 3 anos de idade, conclui o estudo.
No entanto, ao contrário dos papagaios, os macacos só alcançam essa habilidade após um intenso treinamento, enquanto pastores alemães são incapazes de raciocinar dessa forma.
O estudo, que se baseia em experimentos realizados com seis animais, com idades entre 10 e 35 anos, foi publicado na revista científica britânica Proceedings of the Royal Society B.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6060556-EI8147,00-Estudo+papagaios+pensam+de+forma+logica+como+criancas+de+anos.html
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Cientistas na maior conferência científica do mundo afirmam: golfinhos são PESSOAS!
Essa pode ser considerada a boa notícia do ano, ou melhor da década, quem sabe do século! Já fazem mais de dez anos que venho afirmando isso. Viajei e morei no lindo e rico país do México justamente para conviver e trabalhar diariamente com os golfinhos. Lá constatei pessoalmente muitas das coisas que falam sobre eles, reconhecendo em primeira mão que os golfinhos são gente como a gente. Porém ao voltar do México, ainda cursando a faculdade de psicologia aqui no Brasil, procurei aliar o meu curso com o estudo dos golfinhos e qual não foi a minha surpresa ao perceber que a maioria dos professores e até a diretora do curso se mostraram não só céticos quanto as minhas experiências, como também irônicos (o que certamente não é uma postura científica!) não me apoiando de maneira alguma. E quanto a professora de neuroanatomia na época que deveria estar melhor informada quanto a isso, ela chegou a debochar de mim. Lembro que ela se considerava muito inteligente…mas infelizmente não foi inteligente a ponto de buscar pesquisar sobre o assunto antes de desistimular um aluno em suas idéias. . Mas a paixão e o amor que desenvolvi pelos golfinhos foi o que me deu forças para colocar de lado aquele curso a fim de me dedicar exclusivamente a mostrar as pessoas que os golfinhos são gente como a gente, que eles pensam, sentem e raciocinam igual ou quem sabe melhor do que nós homo sapiens. Todo esse trabalho resultou em um livro sobre os golfinhos que será finalmente publicado este ano. Fiquem de olho! Depois de todo este tempo e esforço, hoje me sinto realizado ao saber que os maiores especialistas em golfinhos, na maior conferência científica do mundo não só falam aquilo que digo há anos, como também já lutam para assegurar direitos aos cetáceos. Principalmente o direito à liberdade e à vida! Essa notícia e principalmente essa cosncientização que virá nos próximos anos trará uma transformação radical na maneira como a nossa espécie vê e se relaciona com o planeta e com a vida como um todo. Certamente temos muito a aprender com os golfinhos. Segue notícia abaixo: Cientistas sugerem que estes seres são tão brilhantes que devem ser tratados como “pessoas não humanas“. Estudos sobre o comportamente dos golfinhos relevaram a similitude de suas comunicações à dos seres humanos, ultrapassando à dos chimpanzés. Isto foi respaldado por pesquisas anatômicas que mostram que os cérebros dos golfinhos têm muitas características chaves associadas com uma alta inteligência. Os pesquisadores sustentam que seus estudos demonstram que é moralmente inaceitável manter estes animais inteligentes em parques de atrações, matá-los para comer, ou que estes tenham que morrer por acidentes de pesca. Cerca de 300 mil baleias, golfinhos e botos morrem desta maneira a cada ano. “Muitos dos cérebros dos golfinhos são maiores que o nosso e o segundo em massa -após o cérebro humano- ao ser correlacionados com o tamanho do corpo”, disse Lori Marinho, uma zoóloga da Universidade de Emory em Atlanta, Georgia, que utilizou imagens por ressonância magnética para traçar o cérebro das espécies de golfinhos e compará-los com o dos primatas. “A neuroanatomia sugere uma continuidade psicológica entre os seres humanos e os golfinhos, o qual tem profundos envolvimentos na ética das interações dos humanos com os golfinhos”, acrescentou. Os estudos mostram como os golfinhos têm personalidades diferentes, um forte senso de si mesmos e podem pensar no futuro. Também ficou claro que são animais “culturais”, o que significa que novos tipos de comportamentos podem ser rapidamente aprendidos por um golfinho de outro. Em um estudo, Diana Reiss, professora de psicologia no Hunter College, de Nova York, demonstrou que os golfinhos comuns podem se reconhecer em um espelho e inclusive utilizá-lo para inspecionar as diversas partes de seu corpo, uma habilidade que se cria limitada aos seres humanos e aos grandes símios. Em outro estudo, descobriram que os animais em cativeiro também têm a capacidade de aprender uma linguagem rudimentar baseada em símbolos. Outras pesquisas mostraram que os golfinhos que vivem em cativeiro podem resolver problemas difíceis, enquanto os golfinhos que vivem em estado silvestre cooperam em formas que implicam estruturas sociais complexas e um alto nível de sofisticação emocional. Em um caso recente, ensinaram a um golfinho resgatado de seu habitat a “caminhar sobre o rabo” enquanto recuperava-se de uma lesão durante três semanas em um parque aquático na Austrália. Após ser liberado, os cientistas surpreenderam-se ao ver outros golfinhos silvestres fazendo o mesmo. Obviamente aprenderam com aquele que foi treinado enquanto estava em cativeiro. Cientistas na maior conferência científica do mundo afirmam: golfinhos são PESSOAS! Foto: Jan Ploeg Essa pode ser considerada a boa notícia do ano, ou melhor da década, quem sabe do século! Já fazem mais de dez anos que venho afirmando isso. Viajei e morei no lindo e rico país do México justamente para conviver e trabalhar diariamente com os golfinhos. Lá constatei pessoalmente muitas das coisas que falam sobre eles, reconhecendo em primeira mão que os golfinhos são gente como a gente. Porém ao voltar do México, ainda cursando a faculdade de psicologia aqui no Brasil, procurei aliar o meu curso com o estudo dos golfinhos e qual não foi a minha surpresa ao perceber que a maioria dos professores e até a diretora do curso se mostraram não só céticos quanto as minhas experiências, como também irônicos (o que certamente não é uma postura científica!) não me apoiando de maneira alguma. E quanto a professora de neuroanatomia na época que deveria estar melhor informada quanto a isso, ela chegou a debochar de mim. Lembro que ela se considerava muito inteligente…mas infelizmente não foi inteligente a ponto de buscar pesquisar sobre o assunto antes de desistimular um aluno em suas idéias. Foto: Luiz Felipe Zanette Mas a paixão e o amor que desenvolvi pelos golfinhos foi o que me deu forças para colocar de lado aquele curso a fim de me dedicar exclusivamente a mostrar as pessoas que os golfinhos são gente como a gente, que eles pensam, sentem e raciocinam igual ou quem sabe melhor do que nós homo sapiens. Todo esse trabalho resultou em um livro sobre os golfinhos que será finalmente publicado este ano. Fiquem de olho! Depois de todo este tempo e esforço, hoje me sinto realizado ao saber que os maiores especialistas em golfinhos, na maior conferência científica do mundo não só falam aquilo que digo há anos, como também já lutam para assegurar direitos aos cetáceos. Principalmente o direito à liberdade e à vida! Essa notícia e principalmente essa cosncientização que virá nos próximos anos trará uma transformação radical na maneira como a nossa espécie vê e se relaciona com o planeta e com a vida como um todo. Certamente temos muito a aprender com os golfinhos. Segue notícia abaixo: Imagem: Internet Cientistas sugerem que estes seres são tão brilhantes que devem ser tratados como “pessoas não humanas“. Estudos sobre o comportamente dos golfinhos relevaram a similitude de suas comunicações à dos seres humanos, ultrapassando à dos chimpanzés. Isto foi respaldado por pesquisas anatômicas que mostram que os cérebros dos golfinhos têm muitas características chaves associadas com uma alta inteligência. Os pesquisadores sustentam que seus estudos demonstram que é moralmente inaceitável manter estes animais inteligentes em parques de atrações, matá-los para comer, ou que estes tenham que morrer por acidentes de pesca. Cerca de 300 mil baleias, golfinhos e botos morrem desta maneira a cada ano. Imagem: Internet - “Muitos dos cérebros dos golfinhos são maiores que o nosso e o segundo em massa -após o cérebro humano- ao ser correlacionados com o tamanho do corpo”, disse Lori Marinho, uma zoóloga da Universidade de Emory em Atlanta, Georgia, que utilizou imagens por ressonância magnética para traçar o cérebro das espécies de golfinhos e compará-los com o dos primatas. “A neuroanatomia sugere uma continuidade psicológica entre os seres humanos e os golfinhos, o qual tem profundos envolvimentos na ética das interações dos humanos com os golfinhos”, acrescentou. Os estudos mostram como os golfinhos têm personalidades diferentes, um forte senso de si mesmos e podem pensar no futuro. Também ficou claro que são animais “culturais”, o que significa que novos tipos de comportamentos podem ser rapidamente aprendidos por um golfinho de outro. Em um estudo, Diana Reiss, professora de psicologia no Hunter College, de Nova York, demonstrou que os golfinhos comuns podem se reconhecer em um espelho e inclusive utilizá-lo para inspecionar as diversas partes de seu corpo, uma habilidade que se cria limitada aos seres humanos e aos grandes símios. Em outro estudo, descobriram que os animais em cativeiro também têm a capacidade de aprender uma linguagem rudimentar baseada em símbolos. Imagem: Internet Outras pesquisas mostraram que os golfinhos que vivem em cativeiro podem resolver problemas difíceis, enquanto os golfinhos que vivem em estado silvestre cooperam em formas que implicam estruturas sociais complexas e um alto nível de sofisticação emocional. Em um caso recente, ensinaram a um golfinho resgatado de seu habitat a “caminhar sobre o rabo” enquanto recuperava-se de uma lesão durante três semanas em um parque aquático na Austrália. Após ser liberado, os cientistas surpreenderam-se ao ver outros golfinhos silvestres fazendo o mesmo. Obviamente aprenderam com aquele que foi treinado enquanto estava em cativeiro. Imagem: Michigan State University Há muitos exemplos similares, como os golfinhos que vivem na Austrália ocidental, os quais aprenderam a cobrir seus focinhos com esponjas para se protegerem na busca de peixes espinhosos que vivem no fundo do oceano. Estas observações, junto com outras que mostram, por exemplo, como os golfinhos cooperam com precisão militar em estratégias para encurralar bancos de peixes que lhes servirão de alimento, estão propondo diversas interrogações a respeito das estruturas do cérebro dos golfinhos. O tamanho é só um fator. Os pesquisadores descobriram que o tamanho do cérebro varia enormemente -de umas 200 gramas para espécies de cetáceos pequenos, como o golfinho do rio Ganges, a mais de 8 kg para os cachalotes, cujos cérebros são os maiores do planeta. O cérebro humano, ao contrário, varia entre 1 a 1,8 kg, enquanto o cérebro de um chimpanzé pesa ao redor de 350 gramas. Quando se trata de inteligência, no entanto, o tamanho do cérebro é menos importante que seu tamanho em relação ao corpo. O que Marinho e seus colegas descobriram foi que o córtex cerebral e o neocórtex dos golfinhos são tão grandes que “as relações anatômicas responsáveis pela capacidade cognitiva colocam-nos no mínimo em segundo lugar após o cérebro humano”. Também descobriram que o córtex cerebral dos golfinhos nariz de garrafa, tem as mesmos dobras arrevesadas que estão fortemente vinculadas com a inteligência humana. As dobras aumentam o volume do córtex e a capacidade das células do cérebro para interconectar entre si. “Apesar da evolução ao longo de uma trajetória neuroanatômica diferente dos seres humanos, os cérebros dos cetáceos têm várias características que se correlacionam com a inteligência complexa”, disse Marinho. Marinho e Reiss, exporão suas conclusões em uma conferência em San Diego, Califórnia, no próximo mês, concluindo que as novas provas sobre a inteligência dos golfinhos torna repugnante os maltratos a este animal. Thomas White, professor de ética da Loyola Marymount University, na Califórnia, quem escreveu uma série de estudos acadêmicos que sugerem que os golfinhos têm direitos, falará na mesma conferência. “A pesquisa científica sugere que os golfinhos são pessoas não humanas que são qualificadas para o status moral de indivíduos”, disse White. Fonte: Times Online http://golfinhosmissionarios.wordpress.com/2012/02/25/cientistas-na-maior-conferencia-cientifica-do-mundo-afirmam-golfinhos-sao-pessoas/
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