Uma galáxia retangular "é uma daquelas coisas que só pode fazer você rir, porque ela não deveria existir, ou, pelo menos, nós não esperávamos que existisse."[Imagem: Swinburne University of Technology]
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=galaxia-retangular&id=010130120321
quarta-feira, 28 de março de 2012
Hubble mostra aglomerado deslumbrante de estrelas
O substantivo é Aglomerado Globular Messier 9. Os adjetivos ficam por conta de quem observa. [Imagem: NASA/ESA]
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Messier 9
Este é o Messier 9, um aglomerado globular, um enxame aproximadamente esférico de estrelas que fica a cerca de 25.000 anos-luz da Terra, perto do centro da Via Láctea - tão perto que as forças gravitacionais do centro galáctico distorcem ligeiramente sua forma.
Acredita-se que os Aglomerados globulares abriguem algumas das estrelas mais antigas da nossa galáxia, nascidas quando o Universo tinha apenas uma pequena fração da sua idade atual.
Além de serem muito mais velhas do que o Sol - cerca do dobro da idade - as estrelas de Messier 9 também têm uma composição muito diferente, com uma quantidade muito menor de elementos pesados do que o Sol.
Em particular, os elementos cruciais para a vida na Terra, como oxigênio e carbono, além do ferro que compõe o núcleo do nosso planeta, são muito escassos em Messier 9 e em outros aglomerados globulares do seu tipo.
Nuvem de estrelas
Messier 9, como o próprio nome sugere, foi descoberto pelo astrônomo francês Charles Messier, em 1764.
Mesmo usando os telescópios mais avançados da época, nenhuma das estrelas do aglomerado podia ser vista individualmente. Messier, vendo apenas um leve borrão, classificou o objeto como uma nebulosa - na verdade ele usou o termo latim para "nuvem".
O contraste entre o equipamento de Messier e as ferramentas à disposição dos astrônomos de hoje é gritante.
Esta imagem do Hubble, por exemplo, que é a imagem de mais alta resolução já feita de Messier 9, é capaz de mostrar estrelas individuais, bem no centro lotado do aglomerado.
Mais de 250.000 delas foram bem focalizadas pelo detector da "Câmera Avançada de Rastreamento" do Hubble, em uma imagem que cobre uma área não maior do que o tamanho da cabeça de um alfinete vista a uma distância equivalente ao comprimento de um braço.
Temperatura e cor
Além de mostrar estrelas individuais, a imagem do Hubble mostra claramente as diferentes cores das estrelas.
A cor de uma estrela está diretamente relacionada à sua temperatura - contra-intuitivamente, quanto mais vermelha, mais fria ela é, e quanto mais azul, mais quente.
A vasta paleta de cores visíveis na imagem do Hubble revela, portanto, que, quando se trata de temperaturas estelares, ou de cores, Messier 9 tem opções para todos os gostos.
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=hubble-aglomerado-deslumbrante-estrelas&id=010175120316
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Messier 9
Este é o Messier 9, um aglomerado globular, um enxame aproximadamente esférico de estrelas que fica a cerca de 25.000 anos-luz da Terra, perto do centro da Via Láctea - tão perto que as forças gravitacionais do centro galáctico distorcem ligeiramente sua forma.
Acredita-se que os Aglomerados globulares abriguem algumas das estrelas mais antigas da nossa galáxia, nascidas quando o Universo tinha apenas uma pequena fração da sua idade atual.
Além de serem muito mais velhas do que o Sol - cerca do dobro da idade - as estrelas de Messier 9 também têm uma composição muito diferente, com uma quantidade muito menor de elementos pesados do que o Sol.
Em particular, os elementos cruciais para a vida na Terra, como oxigênio e carbono, além do ferro que compõe o núcleo do nosso planeta, são muito escassos em Messier 9 e em outros aglomerados globulares do seu tipo.
Nuvem de estrelas
Messier 9, como o próprio nome sugere, foi descoberto pelo astrônomo francês Charles Messier, em 1764.
Mesmo usando os telescópios mais avançados da época, nenhuma das estrelas do aglomerado podia ser vista individualmente. Messier, vendo apenas um leve borrão, classificou o objeto como uma nebulosa - na verdade ele usou o termo latim para "nuvem".
O contraste entre o equipamento de Messier e as ferramentas à disposição dos astrônomos de hoje é gritante.
Esta imagem do Hubble, por exemplo, que é a imagem de mais alta resolução já feita de Messier 9, é capaz de mostrar estrelas individuais, bem no centro lotado do aglomerado.
Mais de 250.000 delas foram bem focalizadas pelo detector da "Câmera Avançada de Rastreamento" do Hubble, em uma imagem que cobre uma área não maior do que o tamanho da cabeça de um alfinete vista a uma distância equivalente ao comprimento de um braço.
Temperatura e cor
Além de mostrar estrelas individuais, a imagem do Hubble mostra claramente as diferentes cores das estrelas.
A cor de uma estrela está diretamente relacionada à sua temperatura - contra-intuitivamente, quanto mais vermelha, mais fria ela é, e quanto mais azul, mais quente.
A vasta paleta de cores visíveis na imagem do Hubble revela, portanto, que, quando se trata de temperaturas estelares, ou de cores, Messier 9 tem opções para todos os gostos.
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=hubble-aglomerado-deslumbrante-estrelas&id=010175120316
Cientistas desenham nova imagem do núcleo de um átomo
Isto não é um átomo, é tão-somente o núcleo de berílio circundado por seu halo. Segundo medições realizadas por uma equipe alemã, o halo se estende a até 7 femtômetros do centro de massa do núcleo, cobrindo uma área três vezes maior do que a parte densa do núcleo.[Imagem: Dirk Tiedemann/Uni-Mainz]
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Núcleos são nuvens?
Embora os mais modernos microscópios eletrônicos enxerguem até um décimo do diâmetro de um átomo, ainda é difícil para a maioria das pessoas imaginar um átomo inteiro.
Da mesma forma que é difícil corrigir a história de que Cabral teria chegado ao Brasil por acaso, vai levar muito tempo para que as pessoas deixem de imaginar, quando se falar de um átomo, um sistema planetário com um "núcleo-Sol" cercado por "planetas-elétrons".
Já se sabia há muito tempo que os elétrons são "nuvens de probabilidade" ao redor dos núcleos, devido à sua personalidade bipolar, nunca sabendo se são partículas ou ondas.
Mas outro problema dessa visualização do átomo como um sistema planetário é que o núcleo, composto por prótons e nêutrons, é imaginado como algo estacionário, fisicamente delimitado.
E isso não corresponde à realidade.
Na década de 1980 descobriu-se que alguns núcleos atômicos de elementos leves - como hélio, lítio e berílio - não têm bordas externas definidas: eles possuem halos, partículas que se destacam além das bordas do núcleo, criando uma nuvem que envolve o núcleo.
Agora, depois de realizar as observações mais precisas já feitas até hoje do halo nuclear, cientistas demonstraram que até um quarto dos núcleons - prótons e nêutrons - do núcleo denso de um átomo estão viajando continuamente a uma velocidade de até 25% da velocidade da luz.
O átomo de berílio possui dois aglomerados de núcleons, cada um deles parecido com este núcleo do átomo de hélio-4. [Imagem: Wikipedia/Yzmo]
Como é o núcleo de um átomo
Assim, esqueça, Cabral não chegou ao Brasil por acaso, e os núcleos dos átomos não podem ser comparados a laranjas e nem a estrelas.
"Nós geralmente imaginamos o núcleo como um arranjo fixo de partículas, quando na realidade há um monte de coisas acontecendo no nível subatômico que nós simplesmente não podemos ver com um microscópio," ressalta o físico John Arrington, do Laboratório Nacional Argonne, nos Estados Unidos.
Ele e seus colegas usaram grandes espectrômetros magnéticos para observar o núcleo de átomos de deutério, hélio, berílio e carbono.
A surpresa veio com o berílio.
Ao contrário dos outros átomos, ele possui dois aglomerados de núcleons, cada um parecido com um núcleo do átomo de hélio-4.
Esses núcleons, por sua vez, estão associados a um nêutron adicional.
Isso desfaz completamente a figura do núcleo como uma esfera fisicamente delimitada, além de mostrar que o halo é mais complexo do que se imaginava.
A equipe norte-americana sugere uma ilustração onde o próprio núcleo é formado pela antiga visualização do átomo inteiro, com indicações das partículas (pontos brancos) e das suas órbitas. [Imagem: ANL]
Interações entre quarks
Por causa dessa configuração complicada, o núcleo do berílio apresenta um número relativamente alto de colisões, apesar de ser um dos núcleos menos densos entre todos os elementos.
Os cientistas afirmam que esse efeito acelerador pode ser resultado de interações entre os quarks que formam os núcleons - cada próton e cada nêutron consiste de três quarks muito fortemente ligados.
Quando os núcleons se aproximam uns dos outros, entretanto, as forças que unem os quarks podem ser perturbadas, alterando a estrutura dos prótons e dos nêutrons, possivelmente até mesmo formando partículas compostas pelos quarks de dois núcleos diferentes.
"Eu acho que é imperativo que os cientistas continuem a estudar os fenômenos que estão ocorrendo aqui," afirma Arrington. "Nossa próxima medição vai tentar examinar essa questão diretamente, tirando uma fotografia da distribuição dos quarks quando os núcleons se juntam."
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nova-imagem-nucleo-atomo&id=010115120324
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Núcleos são nuvens?
Embora os mais modernos microscópios eletrônicos enxerguem até um décimo do diâmetro de um átomo, ainda é difícil para a maioria das pessoas imaginar um átomo inteiro.
Da mesma forma que é difícil corrigir a história de que Cabral teria chegado ao Brasil por acaso, vai levar muito tempo para que as pessoas deixem de imaginar, quando se falar de um átomo, um sistema planetário com um "núcleo-Sol" cercado por "planetas-elétrons".
Já se sabia há muito tempo que os elétrons são "nuvens de probabilidade" ao redor dos núcleos, devido à sua personalidade bipolar, nunca sabendo se são partículas ou ondas.
Mas outro problema dessa visualização do átomo como um sistema planetário é que o núcleo, composto por prótons e nêutrons, é imaginado como algo estacionário, fisicamente delimitado.
E isso não corresponde à realidade.
Na década de 1980 descobriu-se que alguns núcleos atômicos de elementos leves - como hélio, lítio e berílio - não têm bordas externas definidas: eles possuem halos, partículas que se destacam além das bordas do núcleo, criando uma nuvem que envolve o núcleo.
Agora, depois de realizar as observações mais precisas já feitas até hoje do halo nuclear, cientistas demonstraram que até um quarto dos núcleons - prótons e nêutrons - do núcleo denso de um átomo estão viajando continuamente a uma velocidade de até 25% da velocidade da luz.
O átomo de berílio possui dois aglomerados de núcleons, cada um deles parecido com este núcleo do átomo de hélio-4. [Imagem: Wikipedia/Yzmo]
Como é o núcleo de um átomo
Assim, esqueça, Cabral não chegou ao Brasil por acaso, e os núcleos dos átomos não podem ser comparados a laranjas e nem a estrelas.
"Nós geralmente imaginamos o núcleo como um arranjo fixo de partículas, quando na realidade há um monte de coisas acontecendo no nível subatômico que nós simplesmente não podemos ver com um microscópio," ressalta o físico John Arrington, do Laboratório Nacional Argonne, nos Estados Unidos.
Ele e seus colegas usaram grandes espectrômetros magnéticos para observar o núcleo de átomos de deutério, hélio, berílio e carbono.
A surpresa veio com o berílio.
Ao contrário dos outros átomos, ele possui dois aglomerados de núcleons, cada um parecido com um núcleo do átomo de hélio-4.
Esses núcleons, por sua vez, estão associados a um nêutron adicional.
Isso desfaz completamente a figura do núcleo como uma esfera fisicamente delimitada, além de mostrar que o halo é mais complexo do que se imaginava.
A equipe norte-americana sugere uma ilustração onde o próprio núcleo é formado pela antiga visualização do átomo inteiro, com indicações das partículas (pontos brancos) e das suas órbitas. [Imagem: ANL]
Interações entre quarks
Por causa dessa configuração complicada, o núcleo do berílio apresenta um número relativamente alto de colisões, apesar de ser um dos núcleos menos densos entre todos os elementos.
Os cientistas afirmam que esse efeito acelerador pode ser resultado de interações entre os quarks que formam os núcleons - cada próton e cada nêutron consiste de três quarks muito fortemente ligados.
Quando os núcleons se aproximam uns dos outros, entretanto, as forças que unem os quarks podem ser perturbadas, alterando a estrutura dos prótons e dos nêutrons, possivelmente até mesmo formando partículas compostas pelos quarks de dois núcleos diferentes.
"Eu acho que é imperativo que os cientistas continuem a estudar os fenômenos que estão ocorrendo aqui," afirma Arrington. "Nossa próxima medição vai tentar examinar essa questão diretamente, tirando uma fotografia da distribuição dos quarks quando os núcleons se juntam."
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nova-imagem-nucleo-atomo&id=010115120324
Planetas nas zonas habitáveis são calculados em bilhões
Esta concepção artística retrata o entardecer visto da super-Terra Gliese 667 Cc. A estrela mais brilhante no céu é a anã vermelha Gliese 667 Cc, que é parte de um sistema triplo de estrelas. As outras duas estrelas mais distantes, Gliese 667 A e B, aparecem no céu à direita. Astrônomos estimaram que existem dezenas de bilhões de planetas rochosos orbitando anãs vermelhas de baixa luminosidade somente na Via Láctea.[Imagem: ESO/L. Calçada]
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Muitos mundos
Que há mais planetas do que estrelas na Via Láctea você já sabia.
O que os astrônomos agora verificaram é que os planetas rochosos não muito maiores que a Terra são também comuns nas zonas habitáveis em torno das estrelas vermelhas de baixa luminosidade - o levantamento anterior não era sensível a essa classe de exoplanetas.
A equipe internacional estimou que existem dezenas de bilhões desses planetas - geralmente chamados de super-Terras - só na nossa galáxia, a Via Láctea, e provavelmente cerca de uma centena na vizinhança imediata do Sol.
Esta é a primeira medição direta da frequência de super-Terras em torno de anãs vermelhas, as quais constituem cerca de 80% de todas as estrelas da Via Láctea.
Esta primeira estimativa direta do número de planetas leves em torno das estrelas anãs vermelhas foi realizada com a ajuda do espectrógrafo HARPS instalado no telescópio de 3,6 metros que se encontra do Observatório do ESO, em La Silla, no Chile.
Anãs vermelhas
A equipe do HARPS está à procura de exoplanetas que orbitam os tipos de estrelas mais comuns da Via Láctea, as anãs vermelhas - também conhecidas como anãs do tipo M, o que corresponde ao mais frio dos sete tipos espectrais pertencentes a um esquema simples de classificação das estrelas segundo a sua temperatura e a aparência do seu espectro.
Essas estrelas apresentam fraca luminosidade e são pequenas quando comparadas com o Sol. No entanto, são muito comuns e vivem durante muito tempo, correspondendo por isso a 80% de todas as estrelas da Via Láctea.
"As nossas novas observações obtidas com o HARPS indicam que cerca de 40% de todas as estrelas anãs vermelhas possuem uma super-Terra que orbita na zona habitável, isto é, onde água líquida pode existir na superfície do planeta," diz Xavier Bonfils, líder da equipe.
"Como as anãs vermelhas são muito comuns - existem cerca de 160 bilhões de estrelas deste tipo na Via Láctea - chegamos ao resultado surpreendente de que existirão dezenas de bilhões destes planetas só na nossa galáxia," completou Bonfils.
Super-Terras e gigantes gasosos
A equipe HARPS analisou uma amostra cuidadosamente selecionada de 102 estrelas anãs vermelhas, que podem ser observadas no céu austral, durante um período de seis anos.
Foram encontradas nove super-Terras (planetas com massas compreendidas entre uma e dez vezes a massa terrestre), incluindo duas no interior das zonas habitáveis das estrelas Gliese 581 e Gliese 667 C.
Combinando todos os dados, incluindo observações de estrelas sem planetas, e observando a fração de planetas existentes que poderiam ser descobertos, a equipe conseguiu descobrir quão comuns são os diferentes tipos de planetas em torno de anãs vermelhas.
O resultado é que a frequência de ocorrência de super-Terras na zona habitável é de 41%, estendendo-se entre 28% e 95%.
Por outro lado, planetas de maior massa, semelhantes a Júpiter e Saturno - os chamados gigantes gasosos -, raramente são encontrados em torno de anãs vermelhas. Prevê-se que estes planetas gigantes (com massas compreendidas entre 100 e 1.000 vezes a massa terrestre) apareçam em menos de 12% deste tipo de estrelas.
Esta é a parte principal do instrumento HARPS, durante sua fase de montagem. [Imagem: HARPS/Unige]
Muitos vizinhos
Como existem muitas estrelas anãs vermelhas próximo do Sol, esta nova estimativa significa que existem provavelmente cerca de cem exoplanetas do tipo super-Terra nas zonas habitáveis de estrelas na vizinhança solar, a distâncias menores que 30 anos-luz.
"A zona habitável em torno de uma anã vermelha, onde a temperatura é favorável à existência de água líquida na superfície do planeta, encontra-se muito mais próxima da estrela do que a Terra do Sol," diz Stéphane Udry, membro da equipe. "Mas sabe-se que as anãs vermelhas estão sujeitas a erupções estelares, o que faria com que o planeta fosse banhado por radiação ultravioleta e raios-X, tornando assim a vida mais improvável."
Um dos planetas descobertos no rastreio HARPS de anãs vermelhas é o Gliese 667 Cc. Este é o segundo planeta descoberto neste sistema estelar triplo e parece estar próximo do centro da zona habitável.
Embora este planeta seja mais de quatro vezes mais pesado do que a Terra, é o "irmão gêmeo" mais parecido com a Terra encontrado até agora e possui quase com certeza as condições necessárias à existência de água líquida à sua superfície.
É a segunda super-Terra descoberta no interior da zona habitável de uma anã vermelha durante este rastreio HARPS, depois de Gliese 581d, anunciado em 2007 e confirmado em 2009.
"Agora que sabemos que existem muitas super-Terras em órbita de anãs vermelhas próximas de nós, precisamos identificar mais delas utilizando tanto o HARPS como futuros instrumentos. Espera-se que alguns destes planetas passem em frente das suas estrelas hospedeiras à medida que as orbitam - o que nos dará uma excelente oportunidade de estudar a atmosfera do planeta e procurar sinais de vida," conclui Xavier Delfosse, outro membro da equipe.
Instrumento HARPS
O instrumento HARPS (High Accuracy Radial velocity Planetary Search) mede a velocidade radial das estrelas com uma precisão extraordinária.
Um planeta que se encontre em órbita de uma estrela faz com que esta se desloque para cá e para lá relativamente a um observador distante na Terra.
Devido ao efeito Doppler, esta variação na velocidade radial induz um desvio no espectro da estrela na direção dos maiores comprimentos de onda quando a estrela se afasta (chamado desvio para o vermelho) e na direção dos menores comprimentos de onda quando esta se aproxima (desvio para o azul).
Este minúsculo desvio do espectro da estrela pode ser medido por um espectrógrafo de alta precisão como o HARPS e utilizado para inferir a presença de um planeta.
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=planetas-zonas-habitaveis&id=010130120328
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Muitos mundos
Que há mais planetas do que estrelas na Via Láctea você já sabia.
O que os astrônomos agora verificaram é que os planetas rochosos não muito maiores que a Terra são também comuns nas zonas habitáveis em torno das estrelas vermelhas de baixa luminosidade - o levantamento anterior não era sensível a essa classe de exoplanetas.
A equipe internacional estimou que existem dezenas de bilhões desses planetas - geralmente chamados de super-Terras - só na nossa galáxia, a Via Láctea, e provavelmente cerca de uma centena na vizinhança imediata do Sol.
Esta é a primeira medição direta da frequência de super-Terras em torno de anãs vermelhas, as quais constituem cerca de 80% de todas as estrelas da Via Láctea.
Esta primeira estimativa direta do número de planetas leves em torno das estrelas anãs vermelhas foi realizada com a ajuda do espectrógrafo HARPS instalado no telescópio de 3,6 metros que se encontra do Observatório do ESO, em La Silla, no Chile.
Anãs vermelhas
A equipe do HARPS está à procura de exoplanetas que orbitam os tipos de estrelas mais comuns da Via Láctea, as anãs vermelhas - também conhecidas como anãs do tipo M, o que corresponde ao mais frio dos sete tipos espectrais pertencentes a um esquema simples de classificação das estrelas segundo a sua temperatura e a aparência do seu espectro.
Essas estrelas apresentam fraca luminosidade e são pequenas quando comparadas com o Sol. No entanto, são muito comuns e vivem durante muito tempo, correspondendo por isso a 80% de todas as estrelas da Via Láctea.
"As nossas novas observações obtidas com o HARPS indicam que cerca de 40% de todas as estrelas anãs vermelhas possuem uma super-Terra que orbita na zona habitável, isto é, onde água líquida pode existir na superfície do planeta," diz Xavier Bonfils, líder da equipe.
"Como as anãs vermelhas são muito comuns - existem cerca de 160 bilhões de estrelas deste tipo na Via Láctea - chegamos ao resultado surpreendente de que existirão dezenas de bilhões destes planetas só na nossa galáxia," completou Bonfils.
Super-Terras e gigantes gasosos
A equipe HARPS analisou uma amostra cuidadosamente selecionada de 102 estrelas anãs vermelhas, que podem ser observadas no céu austral, durante um período de seis anos.
Foram encontradas nove super-Terras (planetas com massas compreendidas entre uma e dez vezes a massa terrestre), incluindo duas no interior das zonas habitáveis das estrelas Gliese 581 e Gliese 667 C.
Combinando todos os dados, incluindo observações de estrelas sem planetas, e observando a fração de planetas existentes que poderiam ser descobertos, a equipe conseguiu descobrir quão comuns são os diferentes tipos de planetas em torno de anãs vermelhas.
O resultado é que a frequência de ocorrência de super-Terras na zona habitável é de 41%, estendendo-se entre 28% e 95%.
Por outro lado, planetas de maior massa, semelhantes a Júpiter e Saturno - os chamados gigantes gasosos -, raramente são encontrados em torno de anãs vermelhas. Prevê-se que estes planetas gigantes (com massas compreendidas entre 100 e 1.000 vezes a massa terrestre) apareçam em menos de 12% deste tipo de estrelas.
Esta é a parte principal do instrumento HARPS, durante sua fase de montagem. [Imagem: HARPS/Unige]
Muitos vizinhos
Como existem muitas estrelas anãs vermelhas próximo do Sol, esta nova estimativa significa que existem provavelmente cerca de cem exoplanetas do tipo super-Terra nas zonas habitáveis de estrelas na vizinhança solar, a distâncias menores que 30 anos-luz.
"A zona habitável em torno de uma anã vermelha, onde a temperatura é favorável à existência de água líquida na superfície do planeta, encontra-se muito mais próxima da estrela do que a Terra do Sol," diz Stéphane Udry, membro da equipe. "Mas sabe-se que as anãs vermelhas estão sujeitas a erupções estelares, o que faria com que o planeta fosse banhado por radiação ultravioleta e raios-X, tornando assim a vida mais improvável."
Um dos planetas descobertos no rastreio HARPS de anãs vermelhas é o Gliese 667 Cc. Este é o segundo planeta descoberto neste sistema estelar triplo e parece estar próximo do centro da zona habitável.
Embora este planeta seja mais de quatro vezes mais pesado do que a Terra, é o "irmão gêmeo" mais parecido com a Terra encontrado até agora e possui quase com certeza as condições necessárias à existência de água líquida à sua superfície.
É a segunda super-Terra descoberta no interior da zona habitável de uma anã vermelha durante este rastreio HARPS, depois de Gliese 581d, anunciado em 2007 e confirmado em 2009.
"Agora que sabemos que existem muitas super-Terras em órbita de anãs vermelhas próximas de nós, precisamos identificar mais delas utilizando tanto o HARPS como futuros instrumentos. Espera-se que alguns destes planetas passem em frente das suas estrelas hospedeiras à medida que as orbitam - o que nos dará uma excelente oportunidade de estudar a atmosfera do planeta e procurar sinais de vida," conclui Xavier Delfosse, outro membro da equipe.
Instrumento HARPS
O instrumento HARPS (High Accuracy Radial velocity Planetary Search) mede a velocidade radial das estrelas com uma precisão extraordinária.
Um planeta que se encontre em órbita de uma estrela faz com que esta se desloque para cá e para lá relativamente a um observador distante na Terra.
Devido ao efeito Doppler, esta variação na velocidade radial induz um desvio no espectro da estrela na direção dos maiores comprimentos de onda quando a estrela se afasta (chamado desvio para o vermelho) e na direção dos menores comprimentos de onda quando esta se aproxima (desvio para o azul).
Este minúsculo desvio do espectro da estrela pode ser medido por um espectrógrafo de alta precisão como o HARPS e utilizado para inferir a presença de um planeta.
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=planetas-zonas-habitaveis&id=010130120328
terça-feira, 27 de março de 2012
Religioso marroquino autoriza masturbação de mulheres solteiras
Um célebre teólogo islamita marroquino autorizou as mulheres solteiras que se masturbem usando "cenouras ou garrafas" para evitar que mantenham relações sexuais proibidas fora do casamento.
"O uso de uma cenoura ou uma garrafa está autorizada pelos ulemás (teólogos) e a sharia (lei muçulmana)", confirmou à AFP Abdelbari Zemzemi, um teólogo cujas fatwas (opinião jurídica de um teólogo) geralmente provocam polêmica na imprensa.
No entanto, esta autorização "diz respeito a casos excepcionais: mulheres solteiras que não querem manter relações sexuais sem se casar e têm dificuldade de controlar sua libido", declarou Zemzemi, ex-deputado e presidente de uma associação religiosa de Casablanca.
Zemzemi considera normal que suas declarações possam causar polêmica "porque a sexualidade é um tema tabu no Marrocos". No entanto, a "sharia evoca esses temas íntimos com muita liberdade e o objetivo é evitar as relações sexuais fora do matrimônio".
A masturbação é proibida pelo Islã, mas tolerada por algumas das escolas. Essas escolas preveem que, se uma pessoa está dominada pelo desejo, não consegue controlar seus instintos e teme cair em Zina (pecado), pode recorrer à masturbação para acalmar-se, seguindo o princípio de que "entre dois males, é melhor escolher o menor".
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5687762-EI17615,00-Religioso+marroquino+autoriza+masturbacao+de+mulheres+solteiras.html
"O uso de uma cenoura ou uma garrafa está autorizada pelos ulemás (teólogos) e a sharia (lei muçulmana)", confirmou à AFP Abdelbari Zemzemi, um teólogo cujas fatwas (opinião jurídica de um teólogo) geralmente provocam polêmica na imprensa.
No entanto, esta autorização "diz respeito a casos excepcionais: mulheres solteiras que não querem manter relações sexuais sem se casar e têm dificuldade de controlar sua libido", declarou Zemzemi, ex-deputado e presidente de uma associação religiosa de Casablanca.
Zemzemi considera normal que suas declarações possam causar polêmica "porque a sexualidade é um tema tabu no Marrocos". No entanto, a "sharia evoca esses temas íntimos com muita liberdade e o objetivo é evitar as relações sexuais fora do matrimônio".
A masturbação é proibida pelo Islã, mas tolerada por algumas das escolas. Essas escolas preveem que, se uma pessoa está dominada pelo desejo, não consegue controlar seus instintos e teme cair em Zina (pecado), pode recorrer à masturbação para acalmar-se, seguindo o princípio de que "entre dois males, é melhor escolher o menor".
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domingo, 25 de março de 2012
Soluções combinadas para dilemas comuns - A tecnologia em um planeta conectado em rede será a ferramenta para resolver os principais problemas da humanidade no futuro
Estação de captação da energia solar na Espanha: potencial do sol ainda não é utilizado em larga escala
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A história da inteligência humana sugere que, de tempos em tempos, um determinado local consegue reunir um grupo de mentes extraordinárias dedicadas a uma mesma área. Dos gênios multi-ofício do Renascimento aos jovens roqueiros britânicos dos anos 1960, as revoluções tendem a ocorrer a partir da convergência de um pequeno número de talentos semelhantes. A era digital, no entanto, dificulta a repetição do fenômeno – ao menos nesses padrões.
Ainda bem. Se o século 21 nasceu debruçado sobre problemas complexos e imediatos, em compensação está habitado por bilhões de pessoas com capacidade de contribuir com ideias para a solução deles. Os desafios parecem gigantescos – e são –, mas os recursos para enfrentá-los nunca foram tão amplos. Em um livro lançado recentemente nos Estados Unidos, os autores Peter Diamandis e Steven Kotler defendem que temos potencial para resolver os principais problemas socioeconômicos da humanidade nas próximas três décadas.
Campos de estudo
Energia, água e alimento são desafios do futuro
Analistas do setor de energia gostam de lembrar que até a energia de matriz hidrelétrica é limitada. Afinal, ressaltam, não existem novos rios surgindo no planeta. Mas existe sol, e ele é para todos. A cada 88 segundos, o astro irradia 16 terawatts de energia sobre o planeta, mais do que o utilizado pela humanidade em um ano.
Somente no ano passado, foram instalados 11 mil megawatts em energia solar no mundo – praticamente uma Itaipu. “Ainda não temos tecnologia para utilizar o potencial do sol em larga escala. Mas está batendo à porta da humanidade”, garante Mauro Passos, presidente do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal).
O suprimento de água potável descongelada, já exíguo (0,5% do total da água do planeta), está constantemente ameaçado pela poluição. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 900 milhões de pessoas não têm suprimento regular de água.
Os projetos de dessalinização ainda estão em fase inicial de experimentação, sem aplicação comercial viável. Porém o empreendedor norte-americano Dean Kamen, inventor do patinete Segway, pode ter criado uma possível solução com o seu purificador de água Slingshot. Do tamanho de um refrigerador compacto e com custo estimado de US$ 2 mil, o aparelho transforma em água potável “qualquer substância líquida”, nas palavras de seu criador. Em uma apresentação, ele inseriu a própria urina no aparelho e a bebeu. Em 2006 o aparelho foi testado e funcionou por um mês em uma vila em Honduras.
A mecanização e uso de fertilizantes na agricultura refutou o dilema malthusiano, que previa falta grave de alimentos por causa do crescimento populacional. Mas ainda existe o desafio de alimentar as 3 bilhões de novas bocas que surgirão no planeta até 2050. Nesse contexto, a biotecnologia surge como a terceira onda. “Esse movimento começou já na inseminação artificial na pecuária, e agora chega aos transgênicos”, relata João Batista Padilha, vice-diretor do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná.
Telemedicina
Os projetos na área médica estão entre os mais arrojados. Uma organização norte-americana criou a Qualcomm Tricorder X Prize, um prêmio para quem conseguir desenvolver um aparelho do tamanho de um celular capaz de monitorar o corpo humano e diagnosticar doenças. “A telemedicina é importante em lugares onde não existem profissionais médicos, mas jamais substituirá o contato direto com o paciente”, garante o pneumologista Gerson Zafalon, coordenador da Câmara Técnica de Telemedicina do Conselho Federal de Medicina. (OT)
Interatividade
Qual das quatro forças citadas no livro será mais decisiva para o futuro da humanidade?
Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br
As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.
O livro Abundance: The Future is Better than you Think (Abundância: o futuro será melhor do que você pensa, em tradução livre), ainda sem previsão de publicação no Brasil, aponta o desenvolvimento tecnológico como a ferramenta libertadora. Potencializada pelas bilhões de mentes integradas pela internet, argumentam os autores, ela será capaz de ajudar a humanidade a descobrir como suprir as necessidades materiais de cada homem, mulher e criança do planeta Terra.
As projeções científicas demonstram que estamos próximos da saturação de recursos como água e energia, enquanto outros como alimentos, medicina e educação não conseguem chegar à maioria da população mundial. Diamandis e Kotler listam quatro forças que, atuando juntas, poderão equalizar esse desequilíbrio. Elas já existem e, ao longo dos próximos anos, se integrarão cada vez mais.
Lei de Moore
A primeira delas é o próprio crescimento exponencial da tecnologia. Em 1965, o executivo Gordon Moore, então presidente da Intel, previu que o número de semicondutores em um computador dobraria a cada 18 meses. A declaração acertada ganhou peso e ficou conhecida como a Lei de Moore, capaz de explicar porque o celular no seu bolso é um milhão de vezes mais barato e mil vezes mais rápido que um supercomputador dos anos 70, além de outras inovações. Inteligência artificial, robótica e biologia sintética seguem o mesmo padrão.
A segunda força é representada pelos empreendedores estilo faça-você-mesmo. São, em sua maioria, jovens que nasceram imersos na era da informação. A falta de barreiras para o conhecimento estimula a adoção de objetivos arrojados. “É uma geração de proativos com a ambição de ser em protagonistas de seu tempo”, avalia Genésio Gomes, doutor em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e professor de cultura empreendedora.
Se bem-sucedidos, os integrantes desta segunda força migram para a terceira. São os tecnofilantropos, capazes de financiar pesquisas de ponta. Os milionários da internet costumam se encaixar nesse grupo. Sergey Brin, do Google, apoia pesquisas na área médica. Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, criou uma fundação para suporte educacional. Bill Gates ataca a pobreza em diversas frentes – de recursos para agricultura a bibliotecas.
A quarta força é responsável por fazer as outras três ganharem escala. Os autores a chamam de “os bilhões ascendentes”, referindo-se às pessoas que entrarão pela primeira vez na internet nas próximas décadas. Em 2010, havia 2 bilhões de pessoas conectadas (23% da população mundial). Daqui a dez anos, serão 5 bilhões (66% da população).
“Três bilhões de vozes que jamais foram ouvidas se integrarão ao debate global”, anima-se Diamandis, gestor de uma organização dedicada a premiar ideias inovadoras nos Estados Unidos, em conferência publicada em vídeo na internet. O colega Steven Kotler complementa: “Se o mundo não estiver junto para resolver os problemas, estamos todos desperdiçando o nosso tempo”.
“Escassez depende do contexto”, diz autor
A ideia de crescimento exponencial não é nova, nem está relacionada exclusivamente à computação. A trajetória do século 20 demonstra ganhos significativos em diversas áreas, superando numericamente – por larga vantagem – os avanços dos séculos anteriores. Enquanto a expectativa de vida dobrou, a renda média triplicou e o analfabetismo despencou de 75% para 20% no mundo.
As áreas relacionadas à tecnologia foram as que realmente evoluíram mais rápido. Um aldeão africano tem uma conexão de celular melhor que a do ex-presidente Ronald Reagan (1981-1989). Se usá-lo para acessar a internet, terá uma conexão melhor que a disponibilizada no governo Clinton (1993-2000). Esse avanço puxa tudo o que usa a tecnologia como ferramenta – da agricultura à medicina.
No livro The Rational Optimist (O Otimista Racional, em tradução livre), o escritor britânico Matt Ridley lembra que estamos constantemente redefinindo o conceito de pobreza – sempre para cima. Nos EUA, 99% das pessoas abaixo da linha de pobreza têm eletricidade, geladeira, água e esgoto, algo que seria considerado um luxo mesmo para pessoas com boa renda na metade do século passado.
“A escassez é contextual”, defende Peter Diamandis, um dos autores do livro Abundance, projetando que no futuro os temores sobre o suprimento de água, energia elétrica e alimentos serão motivo de piada. Ele lembra que o alumínio era um metal mais precioso que o ouro, porque era raro de ser encontrado em estado natural. Hoje se transformou em um metal banal.
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http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1237191&tit=Solucoes-combinadas-para-dilemas-comuns
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A história da inteligência humana sugere que, de tempos em tempos, um determinado local consegue reunir um grupo de mentes extraordinárias dedicadas a uma mesma área. Dos gênios multi-ofício do Renascimento aos jovens roqueiros britânicos dos anos 1960, as revoluções tendem a ocorrer a partir da convergência de um pequeno número de talentos semelhantes. A era digital, no entanto, dificulta a repetição do fenômeno – ao menos nesses padrões.
Ainda bem. Se o século 21 nasceu debruçado sobre problemas complexos e imediatos, em compensação está habitado por bilhões de pessoas com capacidade de contribuir com ideias para a solução deles. Os desafios parecem gigantescos – e são –, mas os recursos para enfrentá-los nunca foram tão amplos. Em um livro lançado recentemente nos Estados Unidos, os autores Peter Diamandis e Steven Kotler defendem que temos potencial para resolver os principais problemas socioeconômicos da humanidade nas próximas três décadas.
Campos de estudo
Energia, água e alimento são desafios do futuro
Analistas do setor de energia gostam de lembrar que até a energia de matriz hidrelétrica é limitada. Afinal, ressaltam, não existem novos rios surgindo no planeta. Mas existe sol, e ele é para todos. A cada 88 segundos, o astro irradia 16 terawatts de energia sobre o planeta, mais do que o utilizado pela humanidade em um ano.
Somente no ano passado, foram instalados 11 mil megawatts em energia solar no mundo – praticamente uma Itaipu. “Ainda não temos tecnologia para utilizar o potencial do sol em larga escala. Mas está batendo à porta da humanidade”, garante Mauro Passos, presidente do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal).
O suprimento de água potável descongelada, já exíguo (0,5% do total da água do planeta), está constantemente ameaçado pela poluição. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 900 milhões de pessoas não têm suprimento regular de água.
Os projetos de dessalinização ainda estão em fase inicial de experimentação, sem aplicação comercial viável. Porém o empreendedor norte-americano Dean Kamen, inventor do patinete Segway, pode ter criado uma possível solução com o seu purificador de água Slingshot. Do tamanho de um refrigerador compacto e com custo estimado de US$ 2 mil, o aparelho transforma em água potável “qualquer substância líquida”, nas palavras de seu criador. Em uma apresentação, ele inseriu a própria urina no aparelho e a bebeu. Em 2006 o aparelho foi testado e funcionou por um mês em uma vila em Honduras.
A mecanização e uso de fertilizantes na agricultura refutou o dilema malthusiano, que previa falta grave de alimentos por causa do crescimento populacional. Mas ainda existe o desafio de alimentar as 3 bilhões de novas bocas que surgirão no planeta até 2050. Nesse contexto, a biotecnologia surge como a terceira onda. “Esse movimento começou já na inseminação artificial na pecuária, e agora chega aos transgênicos”, relata João Batista Padilha, vice-diretor do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná.
Telemedicina
Os projetos na área médica estão entre os mais arrojados. Uma organização norte-americana criou a Qualcomm Tricorder X Prize, um prêmio para quem conseguir desenvolver um aparelho do tamanho de um celular capaz de monitorar o corpo humano e diagnosticar doenças. “A telemedicina é importante em lugares onde não existem profissionais médicos, mas jamais substituirá o contato direto com o paciente”, garante o pneumologista Gerson Zafalon, coordenador da Câmara Técnica de Telemedicina do Conselho Federal de Medicina. (OT)
Interatividade
Qual das quatro forças citadas no livro será mais decisiva para o futuro da humanidade?
Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br
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O livro Abundance: The Future is Better than you Think (Abundância: o futuro será melhor do que você pensa, em tradução livre), ainda sem previsão de publicação no Brasil, aponta o desenvolvimento tecnológico como a ferramenta libertadora. Potencializada pelas bilhões de mentes integradas pela internet, argumentam os autores, ela será capaz de ajudar a humanidade a descobrir como suprir as necessidades materiais de cada homem, mulher e criança do planeta Terra.
As projeções científicas demonstram que estamos próximos da saturação de recursos como água e energia, enquanto outros como alimentos, medicina e educação não conseguem chegar à maioria da população mundial. Diamandis e Kotler listam quatro forças que, atuando juntas, poderão equalizar esse desequilíbrio. Elas já existem e, ao longo dos próximos anos, se integrarão cada vez mais.
Lei de Moore
A primeira delas é o próprio crescimento exponencial da tecnologia. Em 1965, o executivo Gordon Moore, então presidente da Intel, previu que o número de semicondutores em um computador dobraria a cada 18 meses. A declaração acertada ganhou peso e ficou conhecida como a Lei de Moore, capaz de explicar porque o celular no seu bolso é um milhão de vezes mais barato e mil vezes mais rápido que um supercomputador dos anos 70, além de outras inovações. Inteligência artificial, robótica e biologia sintética seguem o mesmo padrão.
A segunda força é representada pelos empreendedores estilo faça-você-mesmo. São, em sua maioria, jovens que nasceram imersos na era da informação. A falta de barreiras para o conhecimento estimula a adoção de objetivos arrojados. “É uma geração de proativos com a ambição de ser em protagonistas de seu tempo”, avalia Genésio Gomes, doutor em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e professor de cultura empreendedora.
Se bem-sucedidos, os integrantes desta segunda força migram para a terceira. São os tecnofilantropos, capazes de financiar pesquisas de ponta. Os milionários da internet costumam se encaixar nesse grupo. Sergey Brin, do Google, apoia pesquisas na área médica. Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, criou uma fundação para suporte educacional. Bill Gates ataca a pobreza em diversas frentes – de recursos para agricultura a bibliotecas.
A quarta força é responsável por fazer as outras três ganharem escala. Os autores a chamam de “os bilhões ascendentes”, referindo-se às pessoas que entrarão pela primeira vez na internet nas próximas décadas. Em 2010, havia 2 bilhões de pessoas conectadas (23% da população mundial). Daqui a dez anos, serão 5 bilhões (66% da população).
“Três bilhões de vozes que jamais foram ouvidas se integrarão ao debate global”, anima-se Diamandis, gestor de uma organização dedicada a premiar ideias inovadoras nos Estados Unidos, em conferência publicada em vídeo na internet. O colega Steven Kotler complementa: “Se o mundo não estiver junto para resolver os problemas, estamos todos desperdiçando o nosso tempo”.
“Escassez depende do contexto”, diz autor
A ideia de crescimento exponencial não é nova, nem está relacionada exclusivamente à computação. A trajetória do século 20 demonstra ganhos significativos em diversas áreas, superando numericamente – por larga vantagem – os avanços dos séculos anteriores. Enquanto a expectativa de vida dobrou, a renda média triplicou e o analfabetismo despencou de 75% para 20% no mundo.
As áreas relacionadas à tecnologia foram as que realmente evoluíram mais rápido. Um aldeão africano tem uma conexão de celular melhor que a do ex-presidente Ronald Reagan (1981-1989). Se usá-lo para acessar a internet, terá uma conexão melhor que a disponibilizada no governo Clinton (1993-2000). Esse avanço puxa tudo o que usa a tecnologia como ferramenta – da agricultura à medicina.
No livro The Rational Optimist (O Otimista Racional, em tradução livre), o escritor britânico Matt Ridley lembra que estamos constantemente redefinindo o conceito de pobreza – sempre para cima. Nos EUA, 99% das pessoas abaixo da linha de pobreza têm eletricidade, geladeira, água e esgoto, algo que seria considerado um luxo mesmo para pessoas com boa renda na metade do século passado.
“A escassez é contextual”, defende Peter Diamandis, um dos autores do livro Abundance, projetando que no futuro os temores sobre o suprimento de água, energia elétrica e alimentos serão motivo de piada. Ele lembra que o alumínio era um metal mais precioso que o ouro, porque era raro de ser encontrado em estado natural. Hoje se transformou em um metal banal.
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http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1237191&tit=Solucoes-combinadas-para-dilemas-comuns
sexta-feira, 23 de março de 2012
Terra se formou por vários tipos de meteoritos, diz pesquisa
Cientistas descobriram que a Terra se formou por vários tipos de meteoritos
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Uma equipe francesa de cientistas descobriu que a formação da Terra, contrariamente ao pensado até agora, não aconteceu pela colisão de um só tipo de meteorito, segundo informou nesta sexta-feira o Centro Nacional francês de Pesquisas Científicas (CNRS).
Esse grupo de especialistas, procedente do CNRS e do Laboratório de Geologia de Lyon, partiu da análise de isótopos de silício terrestre e de outros procedentes de diferentes condritas de enstatita, o tipo de meteorito mais frequente dos caídos no planeta. A suposição inicial de que a Terra surgiu a partir de um só tipo de condritas tinha sido consequência da "surpreendente semelhança" entre a composição isotópica das mostras terrestres analisadas e a dessas condritas.
Mas em seu estudo viram que se o núcleo terrestre procedesse da soma de um único tipo de condrita a temperatura de formação desse núcleo seria de 1,5 mil graus Kelvin, muito inferior aos 3 mil graus que indicam os modelos anteriores. Esta nova descoberta, segundo o CNRS, não resolve de maneira completa a questão sobre a origem da Terra, mas abre uma via interessante de análise.
A pesquisa, cujos resultados foram publicados nesta sexta-feira também na revista científica Science, aponta igualmente que os isótopos de silício medidos em rochas terrestres e lunares eram similares. Isto sugere, segundo suas conclusões, que o material que criou a Lua fez parte do núcleo terrestre antes desse satélite ser criado, o que reforça a teoria que se formou pela colisão de um protoplaneta contra a Terra.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5681920-EI301,00-Terra+se+formou+por+varios+tipos+de+meteoritos+diz+pesquisa.html
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Uma equipe francesa de cientistas descobriu que a formação da Terra, contrariamente ao pensado até agora, não aconteceu pela colisão de um só tipo de meteorito, segundo informou nesta sexta-feira o Centro Nacional francês de Pesquisas Científicas (CNRS).
Esse grupo de especialistas, procedente do CNRS e do Laboratório de Geologia de Lyon, partiu da análise de isótopos de silício terrestre e de outros procedentes de diferentes condritas de enstatita, o tipo de meteorito mais frequente dos caídos no planeta. A suposição inicial de que a Terra surgiu a partir de um só tipo de condritas tinha sido consequência da "surpreendente semelhança" entre a composição isotópica das mostras terrestres analisadas e a dessas condritas.
Mas em seu estudo viram que se o núcleo terrestre procedesse da soma de um único tipo de condrita a temperatura de formação desse núcleo seria de 1,5 mil graus Kelvin, muito inferior aos 3 mil graus que indicam os modelos anteriores. Esta nova descoberta, segundo o CNRS, não resolve de maneira completa a questão sobre a origem da Terra, mas abre uma via interessante de análise.
A pesquisa, cujos resultados foram publicados nesta sexta-feira também na revista científica Science, aponta igualmente que os isótopos de silício medidos em rochas terrestres e lunares eram similares. Isto sugere, segundo suas conclusões, que o material que criou a Lua fez parte do núcleo terrestre antes desse satélite ser criado, o que reforça a teoria que se formou pela colisão de um protoplaneta contra a Terra.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5681920-EI301,00-Terra+se+formou+por+varios+tipos+de+meteoritos+diz+pesquisa.html
O fato da evolução
Richard Dawkins - O fato da Evolução
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Evolução: Teoria e Fato
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7 -- A Teoria Da Evolução Fácil De Entender
http://youtu.be/CCZN1YfbVQM
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Evolução: Teoria e Fato
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7 -- A Teoria Da Evolução Fácil De Entender
http://youtu.be/CCZN1YfbVQM
quarta-feira, 21 de março de 2012
Anão de jardim viaja pelo mundo mostrando a ação da gravidade
Kern viaja pelo mundo inteiro para subir na balança
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Do Peru a Mumbai e do México a Sydney, um anão de jardim chamado Kern viaja pelo mundo inteiro, subindo na balança por onde quer que vá, uma experiência que demonstra que a gravidade terrestre não é exercida em todos os lugares com a mesma intensidade. O anão com seu chapéu azul pontiagudo pesou em Mumbai, Índia, 307,56 g enquanto seu peso na Antártida foi de 309,82 g.
O projeto é financiado por um fabricante alemão de pesos de precisão, que queria fazer publicidade de seus produtos com a viagem do anão. Mas o périplo permite medir as variações da gravidade terrestre que afetam a massa de Kern. "A maioria das pessoas não tem consciência de que a gravidade terrestre varia levemente segundo o local onde se está. A principal razão é a forma do nosso planeta", explicou em comunicado de imprensa o coordenador da experiência, Tommy Fimpel.
A forma da Terra, parecida a um esferoide achatado nos pólos, faz com que os corpos pesem até 0,5% a mais ou a menos em função do local da superfície terrestre onde se está, explicou. A viagem de Kern, que por onde quer que vá é fotografado, o levará em breve a Snolab, centro canadense consagrado ao estudo de partículas elementais, situado dois quilômetros debaixo da superfície da Terra, o que faz dele o laboratório mais profundo do mundo.
Depois Kern visitará o Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo, no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), em Genebra, Suíça. A viagem ao redor do mundo de Kern, seu peso e seu álbum de fotografias podem ser consultados no site http://www.gnomeexperiment.com/.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5675280-EI238,00-Anao+de+jardim+viaja+pelo+mundo+mostrando+a+acao+da+gravidade.html
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Do Peru a Mumbai e do México a Sydney, um anão de jardim chamado Kern viaja pelo mundo inteiro, subindo na balança por onde quer que vá, uma experiência que demonstra que a gravidade terrestre não é exercida em todos os lugares com a mesma intensidade. O anão com seu chapéu azul pontiagudo pesou em Mumbai, Índia, 307,56 g enquanto seu peso na Antártida foi de 309,82 g.
O projeto é financiado por um fabricante alemão de pesos de precisão, que queria fazer publicidade de seus produtos com a viagem do anão. Mas o périplo permite medir as variações da gravidade terrestre que afetam a massa de Kern. "A maioria das pessoas não tem consciência de que a gravidade terrestre varia levemente segundo o local onde se está. A principal razão é a forma do nosso planeta", explicou em comunicado de imprensa o coordenador da experiência, Tommy Fimpel.
A forma da Terra, parecida a um esferoide achatado nos pólos, faz com que os corpos pesem até 0,5% a mais ou a menos em função do local da superfície terrestre onde se está, explicou. A viagem de Kern, que por onde quer que vá é fotografado, o levará em breve a Snolab, centro canadense consagrado ao estudo de partículas elementais, situado dois quilômetros debaixo da superfície da Terra, o que faz dele o laboratório mais profundo do mundo.
Depois Kern visitará o Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo, no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), em Genebra, Suíça. A viagem ao redor do mundo de Kern, seu peso e seu álbum de fotografias podem ser consultados no site http://www.gnomeexperiment.com/.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5675280-EI238,00-Anao+de+jardim+viaja+pelo+mundo+mostrando+a+acao+da+gravidade.html
Com riqueza de detalhes, telescópio obtém imagem profunda do céu
A figura acima mostra uma parte da mais ampla imagem profunda do céu já feita utilizando radiação infravermelha. Obtida pelo telescópio VISTA, a imagem mostra a região conhecida como campo COSMOS
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O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou nesta quarta-feira, 21 de março, a maior imagem de campo profundo do céu obtida com o telescópio VISTA, que revela mais de 200 mil galáxias. Esta é apenas parte de uma enorme coleção de imagens completamente processadas de todos os rastreios do telescópio, que foram colocadas à disposição de todos os astrônomos do mundo pelo ESO. O UltraVISTA é um baú do tesouro que está sendo utilizado no âmbito do estudo de galáxias distantes no Universo primordial, assim como em muitos outros projetos científicos.
O telescópio foi apontado repetidamente à mesma região do céu para que acumulasse lentamente a radiação muito fraca emitida pelas galáxias mais distantes. Para criar esta imagem foram combinadas um total de mais de seis mil exposições separadas, correspondentes a um tempo de exposição efetivo total de 55 horas, obtidas através de cinco filtros de cores diferentes. Esta imagem do rastreio UltraVISTA é a mais profunda já obtida no infravermelho para uma região do céu deste tamanho.
O telescópio está instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, é o maior e mais poderoso telescópio infravermelho de rastreio que existe atualmente. Desde que começou as operações em 2009 a maior parte do seu tempo de observação tem sido dedicado a rastreio públicos, alguns cobrindo grandes zonas do céu austral e outros focando-se em áreas menores.
O rastreio tem-se dedicado ao campo COSMOS, uma região do céu aparentemente quase vazia, que já foi extensamente estudada com o auxílio de outros telescópios, incluindo o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. O UltraVISTA é o mais profundo dos seis rastreios VISTA, revelando por isso os objetos mais tênues.
Os dados - num total de mais de 6 terabytes de imagens - estão sendo processados em centros de dados no Reino Unido, e no caso particular do UltraVISTA na França, e começam agora a regressar ao arquivo científico do ESO, onde são colocados à disposição dos astrônomos do mundo inteiro.
À primeira vista, a imagem parece banal, apresentando algumas estrelas brilhantes e um salpicado de outras mais tênues. No entanto, quase todos os objetos mais tênues não são estrelas da Via Láctea, mas sim galáxias muito remotas, cada uma contendo bilhões de estrelas.
Aumentando a imagem para o modo tela cheia e fazendo um zoom, podemos observar cada vez mais objetos, sendo que a imagem apresenta mais de 200 mil galáxias no total. A expansão do Universo desloca a radiação emitida por objetos distantes na direção dos grandes comprimentos de onda, o que significa que para a radiação estelar emitida pelas galáxias mais distantes que conseguimos observar, uma grande parte desta radiação, quando chega à Terra, se encontra na região infravermelha do espectro.
Como telescópio infravermelho altamente sensível que é e possuindo um campo de visão muito grande, o VISTA está particularmente bem equipado para descobrir estas galáxias distantes do Universo primordial. Ao estudar galáxias com a radiação deslocada para o vermelho, a distâncias sucessivamente maiores, os astrônomos podem igualmente estudar como é que as galáxias se formam e evoluem ao longo da história do cosmos.
Uma inspeção detalhada da imagem revela dezenas de milhares de objetos avermelhados anteriormente desconhecidos espalhados no meio das mais numerosas galáxias de cor creme. São essencialmente galáxias muito remotas que estamos a observar quando o Universo tinha apenas uma pequena fração da sua idade atual.
Estudos anteriores das imagens do UltraVISTA, combinadas com imagens de outros telescópios, revelaram a presença de muitas galáxias que são observadas quando o Universo tinha menos de um bilhão de anos e algumas são observadas em épocas ainda mais remotas.
Embora esta imagem já seja a imagem infravermelha deste tamanho mais profunda que existe, as observações continuam. O resultado final, daqui a alguns anos, será uma imagem significativamente mais profunda.
Os rastreios são indispensáveis aos astrônomos e por isso o ESO organizou um programa 4 que permitirá que a vasta herança de dados, tanto do VISTA como do seu companheiro na radiação visível, o VLT Survey Telescope (VST, eso1119), esteja à disposição dos astrônomos durante as próximas décadas.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5676751-EI301,00-Com+riqueza+de+detalhes+telescopio+obtem+imagem+profunda+do+ceu.html
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O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou nesta quarta-feira, 21 de março, a maior imagem de campo profundo do céu obtida com o telescópio VISTA, que revela mais de 200 mil galáxias. Esta é apenas parte de uma enorme coleção de imagens completamente processadas de todos os rastreios do telescópio, que foram colocadas à disposição de todos os astrônomos do mundo pelo ESO. O UltraVISTA é um baú do tesouro que está sendo utilizado no âmbito do estudo de galáxias distantes no Universo primordial, assim como em muitos outros projetos científicos.
O telescópio foi apontado repetidamente à mesma região do céu para que acumulasse lentamente a radiação muito fraca emitida pelas galáxias mais distantes. Para criar esta imagem foram combinadas um total de mais de seis mil exposições separadas, correspondentes a um tempo de exposição efetivo total de 55 horas, obtidas através de cinco filtros de cores diferentes. Esta imagem do rastreio UltraVISTA é a mais profunda já obtida no infravermelho para uma região do céu deste tamanho.
O telescópio está instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, é o maior e mais poderoso telescópio infravermelho de rastreio que existe atualmente. Desde que começou as operações em 2009 a maior parte do seu tempo de observação tem sido dedicado a rastreio públicos, alguns cobrindo grandes zonas do céu austral e outros focando-se em áreas menores.
O rastreio tem-se dedicado ao campo COSMOS, uma região do céu aparentemente quase vazia, que já foi extensamente estudada com o auxílio de outros telescópios, incluindo o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. O UltraVISTA é o mais profundo dos seis rastreios VISTA, revelando por isso os objetos mais tênues.
Os dados - num total de mais de 6 terabytes de imagens - estão sendo processados em centros de dados no Reino Unido, e no caso particular do UltraVISTA na França, e começam agora a regressar ao arquivo científico do ESO, onde são colocados à disposição dos astrônomos do mundo inteiro.
À primeira vista, a imagem parece banal, apresentando algumas estrelas brilhantes e um salpicado de outras mais tênues. No entanto, quase todos os objetos mais tênues não são estrelas da Via Láctea, mas sim galáxias muito remotas, cada uma contendo bilhões de estrelas.
Aumentando a imagem para o modo tela cheia e fazendo um zoom, podemos observar cada vez mais objetos, sendo que a imagem apresenta mais de 200 mil galáxias no total. A expansão do Universo desloca a radiação emitida por objetos distantes na direção dos grandes comprimentos de onda, o que significa que para a radiação estelar emitida pelas galáxias mais distantes que conseguimos observar, uma grande parte desta radiação, quando chega à Terra, se encontra na região infravermelha do espectro.
Como telescópio infravermelho altamente sensível que é e possuindo um campo de visão muito grande, o VISTA está particularmente bem equipado para descobrir estas galáxias distantes do Universo primordial. Ao estudar galáxias com a radiação deslocada para o vermelho, a distâncias sucessivamente maiores, os astrônomos podem igualmente estudar como é que as galáxias se formam e evoluem ao longo da história do cosmos.
Uma inspeção detalhada da imagem revela dezenas de milhares de objetos avermelhados anteriormente desconhecidos espalhados no meio das mais numerosas galáxias de cor creme. São essencialmente galáxias muito remotas que estamos a observar quando o Universo tinha apenas uma pequena fração da sua idade atual.
Estudos anteriores das imagens do UltraVISTA, combinadas com imagens de outros telescópios, revelaram a presença de muitas galáxias que são observadas quando o Universo tinha menos de um bilhão de anos e algumas são observadas em épocas ainda mais remotas.
Embora esta imagem já seja a imagem infravermelha deste tamanho mais profunda que existe, as observações continuam. O resultado final, daqui a alguns anos, será uma imagem significativamente mais profunda.
Os rastreios são indispensáveis aos astrônomos e por isso o ESO organizou um programa 4 que permitirá que a vasta herança de dados, tanto do VISTA como do seu companheiro na radiação visível, o VLT Survey Telescope (VST, eso1119), esteja à disposição dos astrônomos durante as próximas décadas.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5676751-EI301,00-Com+riqueza+de+detalhes+telescopio+obtem+imagem+profunda+do+ceu.html
'Evas' indonésias colonizaram Madagascar há 1,2 mil anos
Algumas dúzias de mulheres indonésias iniciaram a colonização da ilha de Madagascar 1,2 mil anos atrás, afirmaram cientistas em um estudo que será publicado na edição de quarta-feira do periódico britânico Proceedings of the Royal Society B. Os antropólogos são fascinados com Madagascar porque a ilha se manteve afastada da conquista humana do planeta por milhares de anos até ser colonizada por africanos continentais, mas também por indonésios, cuja terra natal fica a 8 mil km de distância, em um dos mais curiosos episódios da odisseia humana.
Uma equipe chefiada pelo biólogo molecular Murray Cox, da Universidade Massey da Nova Zelândia, vasculhou amostras de DNA em busca de pistas que explicassem o enigma migratório. Eles procuraram marcadores escondidos em cromossomos transmitidos pela mãe em amostras de DNA fornecidas por 266 pessoas de três grupos étnicos Malagasy.
Vinte e dois por cento das amostras tinham uma variedade local do "padrão polinésio", uma minúscula característica genética que é comum entre polinésios, mas rara entre indivíduos da Indonésia ocidental. Em um grupo étnico Malagasy, uma em cada duas amostras tinha este marcador.
Se as amostras estiverem certas, cerca de 30 mulheres indonésias deram início à população de Madagascar "com uma contribuição biológica muito menor, mas tão importante quanto aquela da África", destacou.
O estudo se concentrou apenas no DNA mitocondrial, que é transmitido exclusivamente pela mãe, e não exclui a possibilidade de que homens indonésios também tenham chegado com as primeiras mulheres. Simulações de computador sugerem que a colonização começou por volta de 830 D.C., na época em que as redes comerciais indonésias se expandiram durante o Império Srivijaya de Sumatra.
O estudo aponta para outras contribuições do sudeste da Ásia. Em termos linguísticos, os habitantes de Madagascar falam dialetos de uma língua cujas origens remontam à Indonésia. A maior parte do léxico é procedente do Ma'anyan, língua falada ao longo do vale do rio Barito, no sudeste de Bornéu - uma região remota, do interior da ilha - com alguns vestígios de palavras do javanês, do malaio ou do sânscrito.
Outras evidências da colonização vieram da descoberta de canoas indonésias, ferramentas de ferro, instrumentos musicais como o xilofone e um "kit de comidas tropicais", o cultivo de arroz, bananas, inhame e taro (raiz rica em amido), trazidos do outro lado do oceano.
"Madagascar foi colonizada aproximadamente 1,2 mil anos atrás, inicialmente por um pequeno grupo de mulheres indonésias e suas contribuições - de idioma, cultura e genes - continuam a dominar a nação de Madagascar até hoje", destacou o artigo.
Mas como as 30 mulheres cruzaram o Oceano Índico até Madagascar permanece uma grande questão. Uma teoria é que elas tenham chegado em embarcações comerciais, embora não haja evidências de que as mulheres embarcaram em navios mercantis de longa distância na Indonésia. Outra ideia é que Madagascar teria sido ocupada como colônia comercial formal, ou talvez como centro para refugiados que perderam terra e poder durante a expansão do Império Srivijayan.
Há ainda uma terceira hipótese, ainda mais intrépida, de que as mulheres estariam em um barco que fez uma jornada transoceânica acidental. Esta noção é sustentada por simulações de navegação com base em correntes marinhas e padrões climáticos das monções, segundo a equipe de Cox.
De fato, durante a Segunda Guerra Mundial, destroços de barcos bombardeados perto de Sumatra e Java acabaram chegando a Magascar e em um caso, um sobrevivente em um bote salva-vidas, foi levado pelas correntes até lá.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5675890-EI8147,00-Evas+indonesias+colonizaram+Madagascar+ha+mil+anos.html
Uma equipe chefiada pelo biólogo molecular Murray Cox, da Universidade Massey da Nova Zelândia, vasculhou amostras de DNA em busca de pistas que explicassem o enigma migratório. Eles procuraram marcadores escondidos em cromossomos transmitidos pela mãe em amostras de DNA fornecidas por 266 pessoas de três grupos étnicos Malagasy.
Vinte e dois por cento das amostras tinham uma variedade local do "padrão polinésio", uma minúscula característica genética que é comum entre polinésios, mas rara entre indivíduos da Indonésia ocidental. Em um grupo étnico Malagasy, uma em cada duas amostras tinha este marcador.
Se as amostras estiverem certas, cerca de 30 mulheres indonésias deram início à população de Madagascar "com uma contribuição biológica muito menor, mas tão importante quanto aquela da África", destacou.
O estudo se concentrou apenas no DNA mitocondrial, que é transmitido exclusivamente pela mãe, e não exclui a possibilidade de que homens indonésios também tenham chegado com as primeiras mulheres. Simulações de computador sugerem que a colonização começou por volta de 830 D.C., na época em que as redes comerciais indonésias se expandiram durante o Império Srivijaya de Sumatra.
O estudo aponta para outras contribuições do sudeste da Ásia. Em termos linguísticos, os habitantes de Madagascar falam dialetos de uma língua cujas origens remontam à Indonésia. A maior parte do léxico é procedente do Ma'anyan, língua falada ao longo do vale do rio Barito, no sudeste de Bornéu - uma região remota, do interior da ilha - com alguns vestígios de palavras do javanês, do malaio ou do sânscrito.
Outras evidências da colonização vieram da descoberta de canoas indonésias, ferramentas de ferro, instrumentos musicais como o xilofone e um "kit de comidas tropicais", o cultivo de arroz, bananas, inhame e taro (raiz rica em amido), trazidos do outro lado do oceano.
"Madagascar foi colonizada aproximadamente 1,2 mil anos atrás, inicialmente por um pequeno grupo de mulheres indonésias e suas contribuições - de idioma, cultura e genes - continuam a dominar a nação de Madagascar até hoje", destacou o artigo.
Mas como as 30 mulheres cruzaram o Oceano Índico até Madagascar permanece uma grande questão. Uma teoria é que elas tenham chegado em embarcações comerciais, embora não haja evidências de que as mulheres embarcaram em navios mercantis de longa distância na Indonésia. Outra ideia é que Madagascar teria sido ocupada como colônia comercial formal, ou talvez como centro para refugiados que perderam terra e poder durante a expansão do Império Srivijayan.
Há ainda uma terceira hipótese, ainda mais intrépida, de que as mulheres estariam em um barco que fez uma jornada transoceânica acidental. Esta noção é sustentada por simulações de navegação com base em correntes marinhas e padrões climáticos das monções, segundo a equipe de Cox.
De fato, durante a Segunda Guerra Mundial, destroços de barcos bombardeados perto de Sumatra e Java acabaram chegando a Magascar e em um caso, um sobrevivente em um bote salva-vidas, foi levado pelas correntes até lá.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5675890-EI8147,00-Evas+indonesias+colonizaram+Madagascar+ha+mil+anos.html
sábado, 17 de março de 2012
Experiência mostra que neutrinos não são mais rápidos que a luz
Os neutrinos medidos pelo experimento Ópera, que sacudiu o mundo científico no final setembro, não são mais rápidos que a luz, segundo os cálculos realizados por outra equipe para tentar elucidar o resultado que questionava a física de Einstein, anunciou nesta sexta-feira o CERN.
Esta nova experiência indica que os neutrinos não superaram a velocidade da luz, afirma o comunicado do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN). "Começamos a presumir que os resultados do Ópera se deveram a um erro de medida", acrescenta o comunicado.
Em 22 de fevereiro, o site da revista Science já havia afirmado que os resultados da experiência Ópera foram provocados por uma má conexão. "Uma má conexão entre um GPS e um computador é, sem dúvida, a origem do erro", garantiu a revista americana, que citava "fontes ligadas à experiência".
No final de setembro, os especialistas da equipe Ópera anunciaram que neutrinos percorreram os 730 km entre o CERN, em Genebra, e o laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália, em velocidade superior à da luz.
A maioria dos especialistas não acreditou que uma partícula elementar da matéria tivesse superado a velocidade da luz, considerada um "limite insuperável" na relatividade geral de Einstein.
Segundo a Science, os 60 nanosegundos de vantagem registrados pelos neutrinos sobre a velocidade da luz foram resultado de uma má conexão entre o GPS utilizado para corrigir o momento da chegada e um computador.
Novos estudos serão necessários para confirmar a origem do erro, destacou então a Science
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5668819-EI8147,00-Experiencia+mostra+que+neutrinos+nao+sao+mais+rapidos+que+a+luz.html
Esta nova experiência indica que os neutrinos não superaram a velocidade da luz, afirma o comunicado do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN). "Começamos a presumir que os resultados do Ópera se deveram a um erro de medida", acrescenta o comunicado.
Em 22 de fevereiro, o site da revista Science já havia afirmado que os resultados da experiência Ópera foram provocados por uma má conexão. "Uma má conexão entre um GPS e um computador é, sem dúvida, a origem do erro", garantiu a revista americana, que citava "fontes ligadas à experiência".
No final de setembro, os especialistas da equipe Ópera anunciaram que neutrinos percorreram os 730 km entre o CERN, em Genebra, e o laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália, em velocidade superior à da luz.
A maioria dos especialistas não acreditou que uma partícula elementar da matéria tivesse superado a velocidade da luz, considerada um "limite insuperável" na relatividade geral de Einstein.
Segundo a Science, os 60 nanosegundos de vantagem registrados pelos neutrinos sobre a velocidade da luz foram resultado de uma má conexão entre o GPS utilizado para corrigir o momento da chegada e um computador.
Novos estudos serão necessários para confirmar a origem do erro, destacou então a Science
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Resistência a antibióticos é desafio para medicina, diz OMS
A crescente resistência humana a antibióticos poderá fazer com que esses medicamentos não sejam mais eficazes em um futuro próximo, levando o mundo a uma era "pós-antibióticos", na qual uma simples infecção na garganta ou um arranhão podem ser fatais, diz a OMS (Organização Mundial da Saúde).
"Uma era pós-antibióticos significa, de fato, o fim da medicina moderna como a conhecemos", diz a diretora-geral da OMS, Margaret Chan. Ao falar em um encontro de especialistas em doenças infecciosas realizado nesta semana na Dinamarca, Chan alertou para o desafio que esta nova realidade representa, especialmente para os países em desenvolvimento, que são os principais afetados por essas enfermidades.
"Muitos países estão incapacitados pela falta de infra-estrutura, incluindo laboratórios, diagnósticos, confirmação de qualidade, capacidade de regulação, monitoramento e controle sobre a obtenção e a utilização de antibióticos", diz Chan. "Por exemplo, comprimidos contra malária são vendidos individualmente em mercados locais. Também há abundância de antibióticos falsos ou de baixa qualidade", afirma.
Uso excessivo
As declarações da diretora da OMS foram feitas em um momento em que diversos grupos americanos de especialistas em doenças infecciosas publicaram um relatório no qual pedem que autoridades de saúde e políticos em todo o mundo aumentem os esforços para melhorar o uso dos antibióticos existentes e promover a investigação de novos medicamentos.
Especialistas afirmam que a atual resistência das bactérias a antibióticos é causada principalmente pelo mau uso desses remédios e que, muitas vezes, são os próprios médicos que receitam os medicamentos excessivamente. Segundo os autores do estudo, entre as medidas para evitar a resistência está o estabelecimento de programas que ajudem os médicos a decidir quando é necessário receitar um antibiótico e qual a melhor opção de tratamento.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5670213-EI238,00-Resistencia+a+antibioticos+e+desafio+para+medicina+diz+OMS.html
"Uma era pós-antibióticos significa, de fato, o fim da medicina moderna como a conhecemos", diz a diretora-geral da OMS, Margaret Chan. Ao falar em um encontro de especialistas em doenças infecciosas realizado nesta semana na Dinamarca, Chan alertou para o desafio que esta nova realidade representa, especialmente para os países em desenvolvimento, que são os principais afetados por essas enfermidades.
"Muitos países estão incapacitados pela falta de infra-estrutura, incluindo laboratórios, diagnósticos, confirmação de qualidade, capacidade de regulação, monitoramento e controle sobre a obtenção e a utilização de antibióticos", diz Chan. "Por exemplo, comprimidos contra malária são vendidos individualmente em mercados locais. Também há abundância de antibióticos falsos ou de baixa qualidade", afirma.
Uso excessivo
As declarações da diretora da OMS foram feitas em um momento em que diversos grupos americanos de especialistas em doenças infecciosas publicaram um relatório no qual pedem que autoridades de saúde e políticos em todo o mundo aumentem os esforços para melhorar o uso dos antibióticos existentes e promover a investigação de novos medicamentos.
Especialistas afirmam que a atual resistência das bactérias a antibióticos é causada principalmente pelo mau uso desses remédios e que, muitas vezes, são os próprios médicos que receitam os medicamentos excessivamente. Segundo os autores do estudo, entre as medidas para evitar a resistência está o estabelecimento de programas que ajudem os médicos a decidir quando é necessário receitar um antibiótico e qual a melhor opção de tratamento.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5670213-EI238,00-Resistencia+a+antibioticos+e+desafio+para+medicina+diz+OMS.html
Camelos com enormes focinhos viveram no Panamá há 20 mi de anos
Os fósseis dos camelos foram encontrados pelos pesquisadores no Panamá
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A descoberta de fósseis de duas espécies de camelos no Panamá, com focinhos alongados, demonstra que esses animais viveram na América Central há 20 milhões de anos, e os cientistas buscam agora determinar se seriam eles antecessores da alpaca e da lhama da América do Sul. "Nunca antes haviam sido encontrados na América Central camelos dessa antiguidade", disse nesta quinta-feira Bruce MacFadden, curador de Paleontologia de Vertebrados do Museu de História Natural da Flórida, nos Estados Unidos.
A descoberta arroja nova luz na história dos trópicos, uma região que contém mais da metade da biodiversidade do mundo e alguns dos mais importantes ecossistemas. Aldo Rincón, geólogo que dirigiu o relatório elaborado sobre esta descoberta, ressaltou que os fósseis representam o primeiro reporte destes "pequenos e estranhos" camelos na região.
"Por sua vez, confirmam uma conexão terrestre entre a parte sul da América Central, México, Texas e Flórida no Mioceno" (há 20 milhões de anos), indicou Rincón.
O cientista encontrou os fósseis na região de escavações das Cascatas durante as pesquisas paleontológicas e geológicas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Tropical Smithsonian e pelo Museu de História Natural da Flórida em colaboração com a Autoridade do Canal do Panamá. "Além de agregar uma peça muito importante na evolução desta subfamília, os novos fósseis oferecem a oportunidade de entender a relação entre esses estranhos fósseis e os camelos atuais e as lhamas", destacou.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5667926-EI8147,00-Camelos+com+enormes+focinhos+viveram+no+Panama+ha+mi+de+anos.html
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A descoberta de fósseis de duas espécies de camelos no Panamá, com focinhos alongados, demonstra que esses animais viveram na América Central há 20 milhões de anos, e os cientistas buscam agora determinar se seriam eles antecessores da alpaca e da lhama da América do Sul. "Nunca antes haviam sido encontrados na América Central camelos dessa antiguidade", disse nesta quinta-feira Bruce MacFadden, curador de Paleontologia de Vertebrados do Museu de História Natural da Flórida, nos Estados Unidos.
A descoberta arroja nova luz na história dos trópicos, uma região que contém mais da metade da biodiversidade do mundo e alguns dos mais importantes ecossistemas. Aldo Rincón, geólogo que dirigiu o relatório elaborado sobre esta descoberta, ressaltou que os fósseis representam o primeiro reporte destes "pequenos e estranhos" camelos na região.
"Por sua vez, confirmam uma conexão terrestre entre a parte sul da América Central, México, Texas e Flórida no Mioceno" (há 20 milhões de anos), indicou Rincón.
O cientista encontrou os fósseis na região de escavações das Cascatas durante as pesquisas paleontológicas e geológicas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Tropical Smithsonian e pelo Museu de História Natural da Flórida em colaboração com a Autoridade do Canal do Panamá. "Além de agregar uma peça muito importante na evolução desta subfamília, os novos fósseis oferecem a oportunidade de entender a relação entre esses estranhos fósseis e os camelos atuais e as lhamas", destacou.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5667926-EI8147,00-Camelos+com+enormes+focinhos+viveram+no+Panama+ha+mi+de+anos.html
sexta-feira, 16 de março de 2012
ESO: galáxias mudam hábitos alimentares durante a adolescência
No maior levantamento já feito sobre estes objetos, os astrônomos descobriram que as galáxias alteram os seus hábitos alimentares durante os anos da adolescência
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Novas observações obtidas com o Very Large Telescope do ESO estão contribuindo de forma significativa para a compreensão de como crescem as galáxias adolescentes. No maior levantamento já feito sobre estes objetos, os astrônomos descobriram que as galáxias alteram os seus hábitos alimentares durante os anos da adolescência - o período que vai desde os 3 aos 5 bilhões de anos depois do Big Bang.
No início desta fase, correntes de gás eram o lanche preferido, enquanto que mais tarde as galáxias cresceram principalmente devido a canibalismo de outras galáxias menores. Os astrônomos sabem já há algum tempo que as galáxias primordiais são muito menores que as impressionantes galáxias espirais ou elípticas que ocupam atualmente o Universo.
Durante o tempo de vida do cosmos as galáxias vem aumentando de peso, mas a sua comida e hábitos alimentares permanecem ainda um mistério. Um novo levantamente de galáxias cuidadosamente selecionadas focou-se nos anos da sua adolescência - aproximadamente o período entre os 3 e os 5 bilhões de anos depois do Big Bang.
Utilizando os instrumentos do Very Large Telescope do ESO, uma equipe internacional está descobrindo o que realmente aconteceu. Em mais de cem horas de observações, a equipe juntou a maior quantidade de dados detalhados sobre galáxias ricas em gás que se encontram nesta fase inicial do seu desenvolvimento.
"Existem dois modelos de crescimento de galáxias em competição: eventos de fusão violentos quando galáxias maiores comem galáxias menores, ou alternativamente um fluxo de gás mais suave e contínuo ingerido pelas galáxias. Ambos levam à formação de imensas novas estrelas," explica Thierry Contini (IRAP, Toulouse, França), que lidera este trabalho.
Os novos resultados apontam para o fato de existir uma mudança na evolução cósmica das galáxias, quando o universo tinha entre 3 e 5 bilhões de anos. O crescimento devido a correntes contínuas de gás parece ter sido bastante importante nas galáxias quando o universo era muito jovem, enquanto que as fusões se tornaram mais importantes posteriormente.
"Para compreender como é que as galáxias cresceram e se desenvolveram precisamos observar com o maior número de detalhes possível. O instrumento SINFONI instalado no VLT do ESO é uma das ferramentas mais poderosas existentes no mundo para dissecar galáxias jovens e distantes. O seu papel é tão importante para nós como o microscópio é para o biólogo," acrescenta Thierry Contini.
As galáxias distantes, como as do rastreio, são apenas pequenos pontos no céu muito tênues, mas a alta qualidade de imagem permite aos astrônomos fazer mapas de como as diferentes partes das galáxias se deslocam e descobrir do que são constituídas.
"A maior surpresa foi a descoberta de muitas galáxias sem rotação do gás. Estas galáxias não são observadas no universo próximo e nenhuma das teorias atuais prevê tais objetos," diz Benoît Epinat, outro membro da equipe.
"Também não esperávamos que tantas das galáxias jovens do levantamento tivessem os elementos mais pesados concentrados nas regiões periféricas - este fato é exatamente o contrário do observado nas galáxias atuais," acrescenta Thierry Contini.
A equipe começa agora a explorar a enorme quantidade de dados observados. Planejam igualmente observar as galáxias com instrumentos que serão futuramente instalados no VLT, assim como pensam utilizar o ALMA para estudar o gás frio nestas galáxias. Olhando ainda mais longe, o European Extremely Large Telescope estará idealmente equipado para estender este tipo de estudos a um universo ainda mais primordial.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5664356-EI301,00-ESO+galaxias+mudam+habitos+alimentares+durante+a+adolescencia.html
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Novas observações obtidas com o Very Large Telescope do ESO estão contribuindo de forma significativa para a compreensão de como crescem as galáxias adolescentes. No maior levantamento já feito sobre estes objetos, os astrônomos descobriram que as galáxias alteram os seus hábitos alimentares durante os anos da adolescência - o período que vai desde os 3 aos 5 bilhões de anos depois do Big Bang.
No início desta fase, correntes de gás eram o lanche preferido, enquanto que mais tarde as galáxias cresceram principalmente devido a canibalismo de outras galáxias menores. Os astrônomos sabem já há algum tempo que as galáxias primordiais são muito menores que as impressionantes galáxias espirais ou elípticas que ocupam atualmente o Universo.
Durante o tempo de vida do cosmos as galáxias vem aumentando de peso, mas a sua comida e hábitos alimentares permanecem ainda um mistério. Um novo levantamente de galáxias cuidadosamente selecionadas focou-se nos anos da sua adolescência - aproximadamente o período entre os 3 e os 5 bilhões de anos depois do Big Bang.
Utilizando os instrumentos do Very Large Telescope do ESO, uma equipe internacional está descobrindo o que realmente aconteceu. Em mais de cem horas de observações, a equipe juntou a maior quantidade de dados detalhados sobre galáxias ricas em gás que se encontram nesta fase inicial do seu desenvolvimento.
"Existem dois modelos de crescimento de galáxias em competição: eventos de fusão violentos quando galáxias maiores comem galáxias menores, ou alternativamente um fluxo de gás mais suave e contínuo ingerido pelas galáxias. Ambos levam à formação de imensas novas estrelas," explica Thierry Contini (IRAP, Toulouse, França), que lidera este trabalho.
Os novos resultados apontam para o fato de existir uma mudança na evolução cósmica das galáxias, quando o universo tinha entre 3 e 5 bilhões de anos. O crescimento devido a correntes contínuas de gás parece ter sido bastante importante nas galáxias quando o universo era muito jovem, enquanto que as fusões se tornaram mais importantes posteriormente.
"Para compreender como é que as galáxias cresceram e se desenvolveram precisamos observar com o maior número de detalhes possível. O instrumento SINFONI instalado no VLT do ESO é uma das ferramentas mais poderosas existentes no mundo para dissecar galáxias jovens e distantes. O seu papel é tão importante para nós como o microscópio é para o biólogo," acrescenta Thierry Contini.
As galáxias distantes, como as do rastreio, são apenas pequenos pontos no céu muito tênues, mas a alta qualidade de imagem permite aos astrônomos fazer mapas de como as diferentes partes das galáxias se deslocam e descobrir do que são constituídas.
"A maior surpresa foi a descoberta de muitas galáxias sem rotação do gás. Estas galáxias não são observadas no universo próximo e nenhuma das teorias atuais prevê tais objetos," diz Benoît Epinat, outro membro da equipe.
"Também não esperávamos que tantas das galáxias jovens do levantamento tivessem os elementos mais pesados concentrados nas regiões periféricas - este fato é exatamente o contrário do observado nas galáxias atuais," acrescenta Thierry Contini.
A equipe começa agora a explorar a enorme quantidade de dados observados. Planejam igualmente observar as galáxias com instrumentos que serão futuramente instalados no VLT, assim como pensam utilizar o ALMA para estudar o gás frio nestas galáxias. Olhando ainda mais longe, o European Extremely Large Telescope estará idealmente equipado para estender este tipo de estudos a um universo ainda mais primordial.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5664356-EI301,00-ESO+galaxias+mudam+habitos+alimentares+durante+a+adolescencia.html
Astronauta flagra aurora austral entre Antártida e Austrália
Aurora austral foi registrada pelo astronauta holandês Andre Kuipers da ISS
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No último sábado, dia 10, enquanto a Terra era bombardeada por radiação durante uma das maiores tempestades solares dos últimos anos, o astronauta holandês Andre Kuipers, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), registrou uma aurora austral ocorrendo sobre a região entre a Antártida e a Austrália.
O fenômeno óptico, que ocorre quando partículas emanadas pelo sol e poeira espacial se chocam com a atmosfera de um planeta (pode ocorrer também em outros, como Marte e Júpiter, por exemplo), cria um brilho que, na Terra, é possível de ser observado em regiões próximas aos polos.
A tempestade solar que atingiu a Terra nas últimas semanas e que pode ter contribuído para a aurora austral foi considerada por especialistas norte-americanos como o evento geomagnético mais importante desde 2004.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5662331-EI301,00-Astronauta+flagra+aurora+austral+entre+Antartida+e+Australia.html
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No último sábado, dia 10, enquanto a Terra era bombardeada por radiação durante uma das maiores tempestades solares dos últimos anos, o astronauta holandês Andre Kuipers, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), registrou uma aurora austral ocorrendo sobre a região entre a Antártida e a Austrália.
O fenômeno óptico, que ocorre quando partículas emanadas pelo sol e poeira espacial se chocam com a atmosfera de um planeta (pode ocorrer também em outros, como Marte e Júpiter, por exemplo), cria um brilho que, na Terra, é possível de ser observado em regiões próximas aos polos.
A tempestade solar que atingiu a Terra nas últimas semanas e que pode ter contribuído para a aurora austral foi considerada por especialistas norte-americanos como o evento geomagnético mais importante desde 2004.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5662331-EI301,00-Astronauta+flagra+aurora+austral+entre+Antartida+e+Australia.html
quinta-feira, 15 de março de 2012
Com 44% da população de ateus, Holanda transforma igrejas em livrarias, cafés e casas de shows.
O mundo atual chega e as coisas antigas vão ficando para trás. É o que ocorreu com igrejas e templos na Holanda, que se transformaram em pubs, cafés, livrarias e até casas de shows.
Essa transformação ocorreu porque as instituições religiosas não têm mais recursos para manter as construções e elas ficam cada vez mais vazias por lá. Afinal, a última pesquisa realizada no país indica que 44% da população são de ateus. Enquanto os católicos ocupam 28%; os protestantes, 19%; os muçulmanos, 5%, e os fiéis das demais religiões, 4% da população.
Vale lembrar também que nem todos os crentes, que ainda são maioria no país, não costumam frequentar igrejas, templos ou locais de culto para praticar seus respectivos dogmas, ao contrário do que acontece em outros países como a Índia, por exemplo.
Alguns desses locais ficaram realmente bonitos, como a livraria Selexyz, que foi construída na igreja de Maastricht. Além disso, uma igreja do século 19 de Amsterdã virou uma casa de shows de rock, pop e sons internacionais, o Paradiso, que conta até com atrações brasileiras, como o Seu Jorge.
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http://www.techguru.com.br/com-44-da-populacao-de-ateus-holanda-transforma-igrejas-em-livrarias-cafes-e-casas-de-shows/
Homem pré-histórico na China pode ser de nova linhagem humana
Concepção artística do homem pré-histórico que viveu na região que é atualmente a China
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Eles eram baixos, tinham o rosto achatado e dentes molares grandes, se alimentavam com carnes de veado, mas o crânio estava mais para um parecido com o dos homens modernos.
"Eles", no caso, são os homens pré-históricos que viveram 11.500 a 14.300 anos atrás (quando a agricultura ainda estava nos seus primórdios), cujos fósseis estavam em uma região a sudeste da China, em Maludong (caverna do veado vermelho). Mais especificamente em duas cavernas.
Uma das possibilidades, dizem os autores dos fósseis, é que o grupo era de humanos modernos que deixaram a África e chegaram à China, mas não legaram nenhuma contribuição genética nas pessoas que atualmente vivem no Leste Asiático.
Outra hipótese da equipe australiana que encontrou os fósseis, da Universidade australiana New South Wales, é que essa combinação incomum de características arcaicas e modernas pode ser de um representante de uma nova linhagem da espécie humana.
O achado é formado por partes de crânios e outros fragmentos de ossos que pertenceram a pelo menos quatro indivíduos.
Além deles, havia restos de vários mamíferos, muitos de espécies que ainda existem hoje, exceto ao grande veado vermelho, extinto. Seus ossos, porém, que estavam no local em abundância --mostrando a predileção dos homens pré-históricos pela carne.
Os ossos humanos são particularmente interessantes do ponto científico porque os poucos encontrados na Ásia foram mal datados ou descritos, o que dificultou formar a história dos que viveram na região asiática.
A pesquisa, publicada na edição de hoje da revista "Plos One", teve a participação da Universidade Yunnan e de mais seis instituições chinesas e cinco australianas.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1061751-homem-pre-historico-na-china-pode-ser-de-nova-linhagem-humana.shtml
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Eles eram baixos, tinham o rosto achatado e dentes molares grandes, se alimentavam com carnes de veado, mas o crânio estava mais para um parecido com o dos homens modernos.
"Eles", no caso, são os homens pré-históricos que viveram 11.500 a 14.300 anos atrás (quando a agricultura ainda estava nos seus primórdios), cujos fósseis estavam em uma região a sudeste da China, em Maludong (caverna do veado vermelho). Mais especificamente em duas cavernas.
Uma das possibilidades, dizem os autores dos fósseis, é que o grupo era de humanos modernos que deixaram a África e chegaram à China, mas não legaram nenhuma contribuição genética nas pessoas que atualmente vivem no Leste Asiático.
Outra hipótese da equipe australiana que encontrou os fósseis, da Universidade australiana New South Wales, é que essa combinação incomum de características arcaicas e modernas pode ser de um representante de uma nova linhagem da espécie humana.
O achado é formado por partes de crânios e outros fragmentos de ossos que pertenceram a pelo menos quatro indivíduos.
Além deles, havia restos de vários mamíferos, muitos de espécies que ainda existem hoje, exceto ao grande veado vermelho, extinto. Seus ossos, porém, que estavam no local em abundância --mostrando a predileção dos homens pré-históricos pela carne.
Os ossos humanos são particularmente interessantes do ponto científico porque os poucos encontrados na Ásia foram mal datados ou descritos, o que dificultou formar a história dos que viveram na região asiática.
A pesquisa, publicada na edição de hoje da revista "Plos One", teve a participação da Universidade Yunnan e de mais seis instituições chinesas e cinco australianas.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1061751-homem-pre-historico-na-china-pode-ser-de-nova-linhagem-humana.shtml
quarta-feira, 14 de março de 2012
O Universo Conhecido - Museu Americano de História Natural - (LEGENDADO)
SEGUE O LINK PARA DOWNLOAD GRATUITO DO SOFTWARE PARA NAVEGAR PELO UNIVERSO QUE CONHECEMOS ATÉ AGORA !!!!
http://www.haydenplanetarium.org/universe/download
O Universo Conhecido leva os espectadores desde o Himalaia através da nossa atmosfera e o escuro do espaço até o resplendor do Big Bang. Cada galáxia, estrela, planeta e quasar visto no filme é possível por causa do mapa mais completo em quatro dimensões que existe do Universo.
O Atlas Digital do Universo é mantido e atualizado por astrofísicos do Museu Americano de História Natural. O novo filme, criado pelo museu, faz parte da exposição Visões do Cosmos: A Partir do Oceano Lácteo até um Universo em Evolução, no Museu de Arte Rubin, em Manhattan, até maio de 2010.
Dados: Universo Digital, Museu Americano de História Natural
http://www.haydenplanetarium.org/universe/
Software de visualização: Uniview por SCISS
Diretor : Carter Emmart
Curador : Ben R. Oppenheimer
Produtor : Michael Hoffman
Produtor Executivo : Ro Kinzler
Co-Produtor Executivo : Martin Brauen
Geremte, Atlas Digital do Universo : Brian Abbott
Música: Suke Cerulo
Para mais informações, visite http://www.amnh.org
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http://www.haydenplanetarium.org/universe/download
O Universo Conhecido leva os espectadores desde o Himalaia através da nossa atmosfera e o escuro do espaço até o resplendor do Big Bang. Cada galáxia, estrela, planeta e quasar visto no filme é possível por causa do mapa mais completo em quatro dimensões que existe do Universo.
O Atlas Digital do Universo é mantido e atualizado por astrofísicos do Museu Americano de História Natural. O novo filme, criado pelo museu, faz parte da exposição Visões do Cosmos: A Partir do Oceano Lácteo até um Universo em Evolução, no Museu de Arte Rubin, em Manhattan, até maio de 2010.
Dados: Universo Digital, Museu Americano de História Natural
http://www.haydenplanetarium.org/universe/
Software de visualização: Uniview por SCISS
Diretor : Carter Emmart
Curador : Ben R. Oppenheimer
Produtor : Michael Hoffman
Produtor Executivo : Ro Kinzler
Co-Produtor Executivo : Martin Brauen
Geremte, Atlas Digital do Universo : Brian Abbott
Música: Suke Cerulo
Para mais informações, visite http://www.amnh.org
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terça-feira, 13 de março de 2012
quinta-feira, 8 de março de 2012
Análise de DNA reforça elo entre humanos e gorilas
Gorilas e humanos são mais parecidos do que se pensava, pelo menos geneticamente. O primeiro sequenciamento completo do DNA desses macacos revelou que alguns genes são mais parecidos entre humanos e gorilas do que entre nós e os chimpanzés, considerados nossos "parentes" mais próximos.
Para chegar a esse resultado, um força-tarefa de 71 pesquisadores de várias partes do mundo esmiuçou o genoma de Kamilah, uma gorila-comum-ocidental (Gorilla gorilla gorilla) de 31 anos, e comparou os resultados com os genes dos outros três grandes primatas: humanos, chimpanzés e orangotangos.
Foi a primeira vez que um levantamento tão abrangente foi feito e, segundo os cientistas, ele tem grande importância para ajudar a elucidar a evolução dos primatas e as nossas próprias origens.
A primeira surpresa veio na similaridade dos genes. Embora o DNA de humanos e chimpanzés seja, de uma maneira geral, bem mais parecido, 15% do genoma dos humanos é mais similar ao dos gorilas do que ao dos chimpanzés.
Nesse conjunto, destacam-se genes ligados ao desenvolvimento do cérebro e da audição, por exemplo.
De fato, é na audição que está uma das maiores similaridades externas entre humanos e gorilas. Nossas orelhas pequenas são bem mais parecidas com as deles do que com as dos chimpanzés.
Entre os genes ligados à audição, uma descoberta tem potencial para influenciar o estudo da fala.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1058875-analise-de-dna-reforca-elo-entre-humanos-e-gorilas.shtml
Cientistas descobrem nos EUA pistas da 'partícula de Deus'
Cientistas anunciaram uma descoberta que os coloca mais próximos de provar a existência do misterioso bóson de Higgs, a chamada "partícula de Deus", supostamente responsável por conferir massa à matéria e que completaria a teoria de Albert Einstein sobre o universo.
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Analisando dados de cerca de 500 trilhões de colisões entre partículas subatômicas, numa experiência destinada a reproduzir as condições imediatamente posteriores ao Big Bang (explosão primordial que deu origem ao universo), os cientistas do Fermilab, nos arredores de Chicago, produziram cerca de mil partículas de Higgs em mais de uma década de trabalho.
"Infelizmente, essa pista não é suficientemente significativa para concluir que o bóson de Higgs existe", disse o físico Rob Roser, do Fermilab, ao explicar as descobertas que estão sendo apresentadas nesta quarta-feira numa conferência em La Thuille, na Itália.
A imagem que os cientistas têm das efêmeras partículas de Higgs, que rapidamente se transformam em outras partículas, ainda é ligeiramente "borrada", segundo Roser. Há uma chance de 1 em 250 de que os físicos tenham se deparado com um acaso estatístico, em vez de terem detectado um bóson de Higgs, e isso está perto do limite de 1 para 740 que a física estabeleceu para a prova da existência de uma partícula subatômica.
A detecção do bóson de Higgs poderia provar a existência de um campo invisível que supostamente permeia todo o universo. O campo de Higgs foi proposto na década de 1960 pelo cientista britânico Peter Higgs, como sendo a forma como a matéria obteve massa depois do Big Bang. Segundo essa teoria, o bóson foi o agente que possibilitou o desenvolvimento das estrelas, dos planetas e da vida, ao dar massa às partículas mais elementares. Por isso alguns apelidam o bóson de "partícula de Deus".
Ele também completaria o Modelo Padrão da Física proposto por Albert Einstein. Caso a partícula não exista, os físicos precisariam procurar outra explicação para o fato de as partículas terem adquirido massa em vez de ficarem vagando a esmo pelo universo.
O peso das partículas de Higgs encontradas no Fermilab é consistente com o que foi detectado no Grande Colisor de Hádrons, um acelerador de partículas mais poderoso, pertencente ao instituto europeu de pesquisas Cern, que funciona nos arredores de Genebra, na Suíça.
A descoberta do Fermilab foi feita no acelerador Tevatron, de 6,3 km de comprimento, que foi desativado em setembro de 2011. Esse trabalho agora será feito exclusivamente pelo Grande Colisor de Hádrons, que tem 27 km de perímetro para as colisões de partículas.
O Fermilab continua analisando os dados obtidos nas suas experiências, e Roser disse que uma conclusão definitiva pode ser apresentada em junho.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5651711-EI8147,00-Cientistas+descobrem+nos+EUA+pistas+da+particula+de+Deus.html
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Analisando dados de cerca de 500 trilhões de colisões entre partículas subatômicas, numa experiência destinada a reproduzir as condições imediatamente posteriores ao Big Bang (explosão primordial que deu origem ao universo), os cientistas do Fermilab, nos arredores de Chicago, produziram cerca de mil partículas de Higgs em mais de uma década de trabalho.
"Infelizmente, essa pista não é suficientemente significativa para concluir que o bóson de Higgs existe", disse o físico Rob Roser, do Fermilab, ao explicar as descobertas que estão sendo apresentadas nesta quarta-feira numa conferência em La Thuille, na Itália.
A imagem que os cientistas têm das efêmeras partículas de Higgs, que rapidamente se transformam em outras partículas, ainda é ligeiramente "borrada", segundo Roser. Há uma chance de 1 em 250 de que os físicos tenham se deparado com um acaso estatístico, em vez de terem detectado um bóson de Higgs, e isso está perto do limite de 1 para 740 que a física estabeleceu para a prova da existência de uma partícula subatômica.
A detecção do bóson de Higgs poderia provar a existência de um campo invisível que supostamente permeia todo o universo. O campo de Higgs foi proposto na década de 1960 pelo cientista britânico Peter Higgs, como sendo a forma como a matéria obteve massa depois do Big Bang. Segundo essa teoria, o bóson foi o agente que possibilitou o desenvolvimento das estrelas, dos planetas e da vida, ao dar massa às partículas mais elementares. Por isso alguns apelidam o bóson de "partícula de Deus".
Ele também completaria o Modelo Padrão da Física proposto por Albert Einstein. Caso a partícula não exista, os físicos precisariam procurar outra explicação para o fato de as partículas terem adquirido massa em vez de ficarem vagando a esmo pelo universo.
O peso das partículas de Higgs encontradas no Fermilab é consistente com o que foi detectado no Grande Colisor de Hádrons, um acelerador de partículas mais poderoso, pertencente ao instituto europeu de pesquisas Cern, que funciona nos arredores de Genebra, na Suíça.
A descoberta do Fermilab foi feita no acelerador Tevatron, de 6,3 km de comprimento, que foi desativado em setembro de 2011. Esse trabalho agora será feito exclusivamente pelo Grande Colisor de Hádrons, que tem 27 km de perímetro para as colisões de partículas.
O Fermilab continua analisando os dados obtidos nas suas experiências, e Roser disse que uma conclusão definitiva pode ser apresentada em junho.
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Tempestade solar se aproxima da Terra e pode afetar equipamentos
Imagem divulgada pela Nasa mostra tempestade solar em direção à Terra
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Uma forte tempestade geomagnética originária do Sol deve chegar na quinta-feira à Terra, onde pode afetar redes elétricas, transportes aéreos e aparelhos de GPS, segundo especialistas americanos.
A tempestade - uma gigantesca nuvem de partículas expelida pelo Sol a cerca de 7,2 milhões km/h - foi provocada por duas erupções solares, de acordo com os cientistas.
Essa é provavelmente a mais violenta tempestade solar em quase seis anos, superando uma semelhante no final de janeiro, segundo Joseph Kunches, um "meteorologista espacial" que trabalha na Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).
A perturbação solar, segundo Kunches, tem três estágios, dos quais dois já estão afetando a Terra. Primeiro, duas labaredas solares, movendo-se quase à velocidade da luz, chegaram à Terra, na noite de terça-feira. Elas podem afetar transmissões de rádio.
Em seguida, a radiação solar atingiu, na quarta-feira, o campo magnético terrestre, com possível impacto sobre o tráfego aéreo, especialmente perto dos polos. Satélites e astronautas em caminhadas espaciais também estão sujeitos aos efeitos dessa fase, que pode durar vários dias.
Finalmente, a nuvem de plasma emitida pela ejeção de massa coronal - que é basicamente um pedaço grande da atmosfera solar - deve chegar na manhã de quinta-feira à Terra.
Essa fase pode afetar o funcionamento de redes elétricas, satélites, oleodutos de GPSs de alta precisão usados em certas operações petrolíferas e agrícolas, segundo os cientistas. O GPS comum, como o dos carros, não deve ser afetado, segundo Doug Biesiecker, da NOAA.
Kunches disse que o componente geomagnético da tempestade pode se antecipar um pouco por ocorrer logo depois de uma tempestade anterior, que saiu do Sol no domingo e está atualmente castigando a magnetosfera terrestre.
"Quando você já teve uma tempestade de ejeção de massa coronal, às vezes a próxima tempestade de ejeção de massa coronal é mais rápida em chegar aqui", disse Kunches.
As tempestades podem produzir vívidas auroras polares. No Hemisfério Norte, o fenômeno poderia ser visto até em latitudes médias, como em Nova York. Cientistas dizem que o Sol está numa fase de atividade ascendente no seu ciclo de 11 anos, e o pico está previsto para 2012.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5653044-EI301,00-Tempestade+solar+se+aproxima+da+Terra+e+pode+afetar+equipamentos.html
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Uma forte tempestade geomagnética originária do Sol deve chegar na quinta-feira à Terra, onde pode afetar redes elétricas, transportes aéreos e aparelhos de GPS, segundo especialistas americanos.
A tempestade - uma gigantesca nuvem de partículas expelida pelo Sol a cerca de 7,2 milhões km/h - foi provocada por duas erupções solares, de acordo com os cientistas.
Essa é provavelmente a mais violenta tempestade solar em quase seis anos, superando uma semelhante no final de janeiro, segundo Joseph Kunches, um "meteorologista espacial" que trabalha na Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).
A perturbação solar, segundo Kunches, tem três estágios, dos quais dois já estão afetando a Terra. Primeiro, duas labaredas solares, movendo-se quase à velocidade da luz, chegaram à Terra, na noite de terça-feira. Elas podem afetar transmissões de rádio.
Em seguida, a radiação solar atingiu, na quarta-feira, o campo magnético terrestre, com possível impacto sobre o tráfego aéreo, especialmente perto dos polos. Satélites e astronautas em caminhadas espaciais também estão sujeitos aos efeitos dessa fase, que pode durar vários dias.
Finalmente, a nuvem de plasma emitida pela ejeção de massa coronal - que é basicamente um pedaço grande da atmosfera solar - deve chegar na manhã de quinta-feira à Terra.
Essa fase pode afetar o funcionamento de redes elétricas, satélites, oleodutos de GPSs de alta precisão usados em certas operações petrolíferas e agrícolas, segundo os cientistas. O GPS comum, como o dos carros, não deve ser afetado, segundo Doug Biesiecker, da NOAA.
Kunches disse que o componente geomagnético da tempestade pode se antecipar um pouco por ocorrer logo depois de uma tempestade anterior, que saiu do Sol no domingo e está atualmente castigando a magnetosfera terrestre.
"Quando você já teve uma tempestade de ejeção de massa coronal, às vezes a próxima tempestade de ejeção de massa coronal é mais rápida em chegar aqui", disse Kunches.
As tempestades podem produzir vívidas auroras polares. No Hemisfério Norte, o fenômeno poderia ser visto até em latitudes médias, como em Nova York. Cientistas dizem que o Sol está numa fase de atividade ascendente no seu ciclo de 11 anos, e o pico está previsto para 2012.
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Telescópio espacial registra encontro de galáxias jovens
O telescópio VST obteve imagens de um conjunto de galáxias em interação no aglomerado de Hércules
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O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira imagens de um encontro de galáxias jovens no aglomerado de Hércules. O registro foi feito pelo telescópio espacial VST, instalado no Observatório do Paranal, no Chile.
Nas imagens é possível observar pares de galáxias aproximando-se umas das outras. Segundo o ESO, esse processo originará a fusão das galáxias em uma só, maior. As numerosas interações e o grande número de galáxias espirais ricas em gás que formam estrelas, fazem com que os membros do aglomerado de galáxias de Hércules se pareçam com as galáxias jovens do Universo mais longínquo. Devido a esta semelhança, os astrônomos pensam que este aglomerado é relativamente jovem.
O aglomerado de Hércules (também conhecido como Abell 2151) situa-se a cerca de 500 milhões de anos-luz de distância na constelação de Hércules. Esse aglomerado é claramente diferente de outras associações de galáxias próximas, pois além de apresentar uma forma bastante irregular, contém uma grande variedade de tipos de galáxias, em particular galáxias espirais jovens que estão formando estrelas, não se observando nenhuma galáxia elíptica gigante.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5651006-EI301,00-Telescopio+espacial+registra+encontro+de+galaxias+jovens.html
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O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira imagens de um encontro de galáxias jovens no aglomerado de Hércules. O registro foi feito pelo telescópio espacial VST, instalado no Observatório do Paranal, no Chile.
Nas imagens é possível observar pares de galáxias aproximando-se umas das outras. Segundo o ESO, esse processo originará a fusão das galáxias em uma só, maior. As numerosas interações e o grande número de galáxias espirais ricas em gás que formam estrelas, fazem com que os membros do aglomerado de galáxias de Hércules se pareçam com as galáxias jovens do Universo mais longínquo. Devido a esta semelhança, os astrônomos pensam que este aglomerado é relativamente jovem.
O aglomerado de Hércules (também conhecido como Abell 2151) situa-se a cerca de 500 milhões de anos-luz de distância na constelação de Hércules. Esse aglomerado é claramente diferente de outras associações de galáxias próximas, pois além de apresentar uma forma bastante irregular, contém uma grande variedade de tipos de galáxias, em particular galáxias espirais jovens que estão formando estrelas, não se observando nenhuma galáxia elíptica gigante.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5651006-EI301,00-Telescopio+espacial+registra+encontro+de+galaxias+jovens.html
domingo, 4 de março de 2012
Chimpanzé líder faz questão de reforçar autoridade
Ferdinand é o cara. Ou, na linguagem dos biólogos, é o macho-alfa. Aos 20 anos, ele lidera os chimpanzés no parque Gombe.
Com peso estimado em 50 quilos e expressão de poucos amigos, ele não deixa dúvidas sobre sua autoridade.
Ele sabe que é o alfa. Os outros chimpanzés também. Até o repórter sabe. Mas Ferdinand parece querer reforçar a liderança. Inquieta-se com a presença do intruso entre seu bando de 17 macacos.
A preocupação contamina os outros chimpanzés, que trocam olhares e gritam. Então, Ferdinand investe contra o repórter.
O ataque ritual, fartamente descrito por Jane Goodall em sua obra, é uma corrida frenética rumo ao adversário.
"Você precisa sair da frente dele para mostrar que está de acordo com a liderança", diz Iddi, o guia. Mas o repórter não é rápido o suficiente, e precisa ser empurrado para fora do caminho do alfa.
Em um segundo ataque, o chimpanzé bate com um galho na cabeça de seu "rival".
O clima é pesado, conforme os 17 macacos se movimentam ao redor, gritando. Então Ferdinand se acalma. Senta-se na grama e deixa os companheiros pentearem seus pelos.
Ele faz parte de uma "família real" entre os chimpanzés que costuma ocupar o "trono" dos machos-alfa. É filho de Fifi, que por sua vez nasceu de Flo --duas das protagonistas do relato de "À Sombra do Homem".
SELVAGEM
Escalar as montanhas do Gombe não se assemelha em nada com fazer um safari.
Nada de carros e filas de turistas. Acorda-se cedo para uma caminhada, à procura de chimpanzés. Sons agudos e restos de frutas são indícios seguidos pelo guia que acompanha o visitante pelo mato.
No caminho, pesquisadores anotam observações em planilhas. Um deles assiste ao ataque de Ferdinand como quem vê aquilo todo dia. Possivelmente, marca um "xis" em um campo específico para essa eventualidade.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1056655-chimpanze-lider-faz-questao-de-reforcar-autoridade.shtml
Com peso estimado em 50 quilos e expressão de poucos amigos, ele não deixa dúvidas sobre sua autoridade.
Ele sabe que é o alfa. Os outros chimpanzés também. Até o repórter sabe. Mas Ferdinand parece querer reforçar a liderança. Inquieta-se com a presença do intruso entre seu bando de 17 macacos.
A preocupação contamina os outros chimpanzés, que trocam olhares e gritam. Então, Ferdinand investe contra o repórter.
O ataque ritual, fartamente descrito por Jane Goodall em sua obra, é uma corrida frenética rumo ao adversário.
"Você precisa sair da frente dele para mostrar que está de acordo com a liderança", diz Iddi, o guia. Mas o repórter não é rápido o suficiente, e precisa ser empurrado para fora do caminho do alfa.
Em um segundo ataque, o chimpanzé bate com um galho na cabeça de seu "rival".
O clima é pesado, conforme os 17 macacos se movimentam ao redor, gritando. Então Ferdinand se acalma. Senta-se na grama e deixa os companheiros pentearem seus pelos.
Ele faz parte de uma "família real" entre os chimpanzés que costuma ocupar o "trono" dos machos-alfa. É filho de Fifi, que por sua vez nasceu de Flo --duas das protagonistas do relato de "À Sombra do Homem".
SELVAGEM
Escalar as montanhas do Gombe não se assemelha em nada com fazer um safari.
Nada de carros e filas de turistas. Acorda-se cedo para uma caminhada, à procura de chimpanzés. Sons agudos e restos de frutas são indícios seguidos pelo guia que acompanha o visitante pelo mato.
No caminho, pesquisadores anotam observações em planilhas. Um deles assiste ao ataque de Ferdinand como quem vê aquilo todo dia. Possivelmente, marca um "xis" em um campo específico para essa eventualidade.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1056655-chimpanze-lider-faz-questao-de-reforcar-autoridade.shtml
Folha visita parque na Tanzânia onde o uso de ferramentas entre macacos foi observado
O chimpanzé Ferdinand, no parque Gombe, na Tanzânia
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Cenário das pesquisas da primatóloga Jane Goodall, 77, o parque Gombe é um santuário da história da ciência.
Foi nessa reserva, na fronteira oeste da Tanzânia, que Goodall viveu nos anos 60 as histórias narradas no livro clássico "In the Shadow of Man" ("À Sombra do Homem"), publicado em 1971, sem edição em português.
Ela passou décadas no local, às vezes sozinha, observando chimpanzés nativos.
O esforço resultou em pesquisas que sacudiram os galhos em que biólogos e antropólogos estavam sentados.
Ao ver um macaco usar um graveto para "pescar" cupins, Goodall concluiu que a ciência estava equivocada ao supor que apenas homens são capazes de fazer ferramentas.
O Gombe é palco desse achado. É lar, também, de celebridades do mundo animal. Descritos à exaustão, macacos como David Greybeard e Flo tornaram-se caros para leitores de todo o mundo.
No parque, visitantes pagam US$ 100 para caminhar pelas florestas por uma manhã, acompanhados de guia, e torcer para se deparar com um grupo de chimpanzés.
O plural em "visitantes" é retórico. Inóspito, o parque não é destino turístico comum na Tanzânia, mais conhecida pelos safaris ao norte do país. A Folha foi um dos cerca de 20 visitantes de janeiro.
O parque, porém, comemora a baixa procura. "É bom haver pouco contato humano", diz Lipende. Em 1966, um grave surto de pólio ameaçou a população de chimpanzés.
.
ESPÍRITO
Após décadas de pesquisa, Jane Goodall tornou-se figura mítica, espécie de talismã do parque. Os funcionários falam dela com reverência e carinho.
"Quando ela vem, é uma coisa espiritual", conta o veterinário Iddi Lipende. "Ela não quer conversar. Quer andar sozinha pela floresta. É o único lugar no mundo em que ela pode rejuvenescer", diz.
O guia Iddi Kalusi se gaba de ter acompanhado Goodall na escalada ao "Pico da Jane", a mil metros de altura, em julho do ano passado. "Ela sobe, mas vai tremendo", diz.
Hoje, 48 pesquisadores dão continuidade ao trabalho de Goodall, monitorando os cerca de 106 chimpanzés. Além deles e da população do vilarejo, moram no parque quatro guias e dois "trekkers".
É uma vida frugal. A energia elétrica, vinda de gerador, só funciona entre 7h e 8h e, à noite, entre 18h e 23h.
As casas, sem luxos, são construídas dentro de grades de ferro. Não fossem as barras metálicas, os babuínos roubariam o pouco que há.
As tropas desse primata infestam o parque. Nas margens do lago Tanganyika, eles bebem da água transparente -e tentam roubar as roupas do repórter. Durante o dia, pulam nos telhados das construções e esperneiam entre si.
Então se entregam a momentos ternos. Coçam uns aos outros -fechando os olhos durante as carícias.
A equipe do Gombe hoje continua o trabalho de Goodall, observando aspectos comportamentais como localização, alimentação e interação entre mãe e filho.
A questão materna foi um dos focos da primatóloga, exemplificada nas histórias de Flo e Fifi que ela relatou.
Os pesquisadores do parque creem que essa relação está na origem, por exemplo, da predisposição da família de Flo e Fifi para ocupar o posto de macho-alfa do bando.
A preocupação com comportamentos hereditários é, também, analisada em outro estudo em curso. Por meio de amostra fecal, pesquisadores reconhecem --bem, à revelia dos chimpanzés-- a paternidade dos filhotes do parque.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1056656-folha-visita-parque-na-tanzania-onde-o-uso-de-ferramentas-entre-macacos-foi-observado.shtml
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Cenário das pesquisas da primatóloga Jane Goodall, 77, o parque Gombe é um santuário da história da ciência.
Foi nessa reserva, na fronteira oeste da Tanzânia, que Goodall viveu nos anos 60 as histórias narradas no livro clássico "In the Shadow of Man" ("À Sombra do Homem"), publicado em 1971, sem edição em português.
Ela passou décadas no local, às vezes sozinha, observando chimpanzés nativos.
O esforço resultou em pesquisas que sacudiram os galhos em que biólogos e antropólogos estavam sentados.
Ao ver um macaco usar um graveto para "pescar" cupins, Goodall concluiu que a ciência estava equivocada ao supor que apenas homens são capazes de fazer ferramentas.
O Gombe é palco desse achado. É lar, também, de celebridades do mundo animal. Descritos à exaustão, macacos como David Greybeard e Flo tornaram-se caros para leitores de todo o mundo.
No parque, visitantes pagam US$ 100 para caminhar pelas florestas por uma manhã, acompanhados de guia, e torcer para se deparar com um grupo de chimpanzés.
O plural em "visitantes" é retórico. Inóspito, o parque não é destino turístico comum na Tanzânia, mais conhecida pelos safaris ao norte do país. A Folha foi um dos cerca de 20 visitantes de janeiro.
O parque, porém, comemora a baixa procura. "É bom haver pouco contato humano", diz Lipende. Em 1966, um grave surto de pólio ameaçou a população de chimpanzés.
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ESPÍRITO
Após décadas de pesquisa, Jane Goodall tornou-se figura mítica, espécie de talismã do parque. Os funcionários falam dela com reverência e carinho.
"Quando ela vem, é uma coisa espiritual", conta o veterinário Iddi Lipende. "Ela não quer conversar. Quer andar sozinha pela floresta. É o único lugar no mundo em que ela pode rejuvenescer", diz.
O guia Iddi Kalusi se gaba de ter acompanhado Goodall na escalada ao "Pico da Jane", a mil metros de altura, em julho do ano passado. "Ela sobe, mas vai tremendo", diz.
Hoje, 48 pesquisadores dão continuidade ao trabalho de Goodall, monitorando os cerca de 106 chimpanzés. Além deles e da população do vilarejo, moram no parque quatro guias e dois "trekkers".
É uma vida frugal. A energia elétrica, vinda de gerador, só funciona entre 7h e 8h e, à noite, entre 18h e 23h.
As casas, sem luxos, são construídas dentro de grades de ferro. Não fossem as barras metálicas, os babuínos roubariam o pouco que há.
As tropas desse primata infestam o parque. Nas margens do lago Tanganyika, eles bebem da água transparente -e tentam roubar as roupas do repórter. Durante o dia, pulam nos telhados das construções e esperneiam entre si.
Então se entregam a momentos ternos. Coçam uns aos outros -fechando os olhos durante as carícias.
A equipe do Gombe hoje continua o trabalho de Goodall, observando aspectos comportamentais como localização, alimentação e interação entre mãe e filho.
A questão materna foi um dos focos da primatóloga, exemplificada nas histórias de Flo e Fifi que ela relatou.
Os pesquisadores do parque creem que essa relação está na origem, por exemplo, da predisposição da família de Flo e Fifi para ocupar o posto de macho-alfa do bando.
A preocupação com comportamentos hereditários é, também, analisada em outro estudo em curso. Por meio de amostra fecal, pesquisadores reconhecem --bem, à revelia dos chimpanzés-- a paternidade dos filhotes do parque.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1056656-folha-visita-parque-na-tanzania-onde-o-uso-de-ferramentas-entre-macacos-foi-observado.shtml
Computador quântico é a próxima revolução, dizem especialistas.
Watson, supercomputador da IBM localizado em Yorktown Heights, nos EUA
A empresa americana IBM revelou um grande avanço no desenvolvimento de um computador baseado na mecânica quântica, a física dos elementos infinitamente pequenos regida por leis diferentes das do mundo visível, a próxima revolução informática, segundo os especialistas.
"O trabalho que fazemos no computador quântico não é apenas uma experiência das forças brutas da física", afirmou em um comunicado Matthias Steffen, cientista-chefe de pesquisa da IBM, cujo objetivo é desenvolver sistemas de computação quântica que possam ser aplicados à solução de problemas reais no mundo.
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"É hora de criar sistemas baseados na ciência quântica, que levará o cálculo nos computadores a uma nova fronteira", acrescentou. Os pesquisadores acreditam que conseguirão isso entre dez e 15 anos.
Diferentemente da física clássica, em que os conceitos de onda e partícula estão separados, no universo quântico são as duas faces de um mesmo fenômeno, uma propriedade que, teoricamente, permite multiplicar as capacidades dos computadores.
A parte da informação mais básica que um computador atual pode entender é um bit.
Esse é um dígito binário ou de dois valores, isto é, 0 ou 1, que também é uma unidade de medida no computador que designa a quantidade elemental de informação.
No mundo quântico, essa unidade básica, chamada qubit, pode ter valor 0 ou 1 como um bit, mas também possuir os dois valores ao mesmo tempo, uma estrutura descrita como "superposição".
Essa característica, em teoria, permitirá aos computadores quânticos realizar milhões de cálculos simultaneamente.
CIFRAS
Atualmente, as unidades informáticas de maior desempenho podem decifrar um número de até 150 cifras, mas um número de mil dígitos requereria praticamente toda a potência de cálculo disponível no mundo, enquanto que um computador quântico o faria em apenas algumas horas, segundo explicam os pesquisadores.
O avanço divulgado pelos cientistas da IBM reunidos na conferência anual da Sociedade de Física Americana, que é realizada nesta semana em Boston (Massachusetts), proporcionará uma redução das margens de erros dos cálculos elementares.
Isso permite manter por mais tempo a integridade das propriedades da mecânica quântica nos qubits.
O problema é que um qubit tem um tempo de vida muito curto, de apenas alguns bilionésimos de segundo, quando os pesquisadores começaram a trabalhar com ele, há cerca de dez anos.
A IBM criou recentemente um qubit tridimensional a partir de circuitos feitos de materiais dotados de uma supracondutividade, que conduzem a eletricidade sem resistência. Quando são resfriados a uma temperatura próxima do zero absoluto, esses circuitos se comportam como qubits estáveis por até cem microssegundos, um avanço multiplicado por de duas a quatro vezes em comparação com os recordes anteriores.
Entre as outras aplicações potenciais do computador quântico estão a pesquisa nos bancos de dados de informação não estruturada, a execução de um conjunto de tarefas extremamente complexas e a solução de problemas matemáticos que ainda não foram resolvidos.
RELATIVIDADE
A Física Quântica, que se baseia em novos postulados, e a Teoria da Relatividade de Einstein são consideradas as teorias mais importantes do século 20.
Ela descreveu o comportamento dos átomos e das partículas que a Física clássica, sobretudo a mecânica Newtoniana, não conseguia fazer, permitindo revelar algumas propriedades do radiação eletromagnética.
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http://www1.folha.uol.com.br/tec/1055422-computador-quantico-e-a-proxima-revolucao-dizem-especialistas.shtml
A empresa americana IBM revelou um grande avanço no desenvolvimento de um computador baseado na mecânica quântica, a física dos elementos infinitamente pequenos regida por leis diferentes das do mundo visível, a próxima revolução informática, segundo os especialistas.
"O trabalho que fazemos no computador quântico não é apenas uma experiência das forças brutas da física", afirmou em um comunicado Matthias Steffen, cientista-chefe de pesquisa da IBM, cujo objetivo é desenvolver sistemas de computação quântica que possam ser aplicados à solução de problemas reais no mundo.
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"É hora de criar sistemas baseados na ciência quântica, que levará o cálculo nos computadores a uma nova fronteira", acrescentou. Os pesquisadores acreditam que conseguirão isso entre dez e 15 anos.
Diferentemente da física clássica, em que os conceitos de onda e partícula estão separados, no universo quântico são as duas faces de um mesmo fenômeno, uma propriedade que, teoricamente, permite multiplicar as capacidades dos computadores.
A parte da informação mais básica que um computador atual pode entender é um bit.
Esse é um dígito binário ou de dois valores, isto é, 0 ou 1, que também é uma unidade de medida no computador que designa a quantidade elemental de informação.
No mundo quântico, essa unidade básica, chamada qubit, pode ter valor 0 ou 1 como um bit, mas também possuir os dois valores ao mesmo tempo, uma estrutura descrita como "superposição".
Essa característica, em teoria, permitirá aos computadores quânticos realizar milhões de cálculos simultaneamente.
CIFRAS
Atualmente, as unidades informáticas de maior desempenho podem decifrar um número de até 150 cifras, mas um número de mil dígitos requereria praticamente toda a potência de cálculo disponível no mundo, enquanto que um computador quântico o faria em apenas algumas horas, segundo explicam os pesquisadores.
O avanço divulgado pelos cientistas da IBM reunidos na conferência anual da Sociedade de Física Americana, que é realizada nesta semana em Boston (Massachusetts), proporcionará uma redução das margens de erros dos cálculos elementares.
Isso permite manter por mais tempo a integridade das propriedades da mecânica quântica nos qubits.
O problema é que um qubit tem um tempo de vida muito curto, de apenas alguns bilionésimos de segundo, quando os pesquisadores começaram a trabalhar com ele, há cerca de dez anos.
A IBM criou recentemente um qubit tridimensional a partir de circuitos feitos de materiais dotados de uma supracondutividade, que conduzem a eletricidade sem resistência. Quando são resfriados a uma temperatura próxima do zero absoluto, esses circuitos se comportam como qubits estáveis por até cem microssegundos, um avanço multiplicado por de duas a quatro vezes em comparação com os recordes anteriores.
Entre as outras aplicações potenciais do computador quântico estão a pesquisa nos bancos de dados de informação não estruturada, a execução de um conjunto de tarefas extremamente complexas e a solução de problemas matemáticos que ainda não foram resolvidos.
RELATIVIDADE
A Física Quântica, que se baseia em novos postulados, e a Teoria da Relatividade de Einstein são consideradas as teorias mais importantes do século 20.
Ela descreveu o comportamento dos átomos e das partículas que a Física clássica, sobretudo a mecânica Newtoniana, não conseguia fazer, permitindo revelar algumas propriedades do radiação eletromagnética.
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http://www1.folha.uol.com.br/tec/1055422-computador-quantico-e-a-proxima-revolucao-dizem-especialistas.shtml
Fósseis de pulgas pré-históricas gigantes são encontrados na China
Fóssil de pulga encontrada na China; parasita pré-histórico era bem maior do que os descendentes atuais
Cientistas encontraram pulgas pré-históricas gigantes em duas localidades da China.
Apesar de serem superiores em tamanho que seus descendentes modernos, os parasitas não tinham a capacidade de impulsão com as patas para dar saltos.
As fêmeas maiores mediam cerca de 2 centímetros e os machos, 1,4 centímetro, mas o que chamou mesmo a atenção dos pesquisadores foi o canal em forma de sifão, a partir de onde o sangue das vítimas era sugado: longo e resistente de uma forma rara.
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As razões para essas peculiaridades permanecem ainda um mistério para os pesquisadores.
As pulgas encontradas na cidade de Ningcheng, no interior da Mongólia, viveram há 165 milhões de anos, no período Jurássico Médio.
As da província de Liaoning eram mais "novinhas", sendo 40 milhões mais jovens e provavelmente do Baixo Cretáceo.
O coordenador dos trabalhos, Andre Nel, do Museu de História Natural, em Paris, disse que provavelmente as pulgas tinham como hospedeiros os dinossauros com penas.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1055654-fosseis-de-pulgas-pre-historicas-gigantes-sao-encontrados-na-china.shtml
Cientistas encontraram pulgas pré-históricas gigantes em duas localidades da China.
Apesar de serem superiores em tamanho que seus descendentes modernos, os parasitas não tinham a capacidade de impulsão com as patas para dar saltos.
As fêmeas maiores mediam cerca de 2 centímetros e os machos, 1,4 centímetro, mas o que chamou mesmo a atenção dos pesquisadores foi o canal em forma de sifão, a partir de onde o sangue das vítimas era sugado: longo e resistente de uma forma rara.
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As razões para essas peculiaridades permanecem ainda um mistério para os pesquisadores.
As pulgas encontradas na cidade de Ningcheng, no interior da Mongólia, viveram há 165 milhões de anos, no período Jurássico Médio.
As da província de Liaoning eram mais "novinhas", sendo 40 milhões mais jovens e provavelmente do Baixo Cretáceo.
O coordenador dos trabalhos, Andre Nel, do Museu de História Natural, em Paris, disse que provavelmente as pulgas tinham como hospedeiros os dinossauros com penas.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1055654-fosseis-de-pulgas-pre-historicas-gigantes-sao-encontrados-na-china.shtml
sábado, 3 de março de 2012
Britânico leva vida normal após ter crânio refeito com gordura
Tim Barter sofreu um acidente há dois anos e precisou retirar parte do crânio
Um britânico que teve o crânio reconstruído com gordura do abdome disse que agora vive como se nada tivesse acontecido. Tim Barter sofreu o acidente há dois anos, quando tentava entrar em sua casa, no sul de Londres, escalando um cano. O cano não aguentou, e Barter sofreu uma queda.
Com o acidente, ele desenvolveu um coágulo que pressionava seu crânio. Os médicos do hospital do King's College, de Londres, tiveram que retirar uma parte do crânio, substituindo por uma placa de titânio.
Como o formato ficou diferente, a equipe retirou gordura do abdome do paciente, tratou e injetou na região da têmpora para deixar com uma aparência melhor.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5642239-EI238,00-Britanico+leva+vida+normal+apos+ter+cranio+refeito+com+gordura.html
Um britânico que teve o crânio reconstruído com gordura do abdome disse que agora vive como se nada tivesse acontecido. Tim Barter sofreu o acidente há dois anos, quando tentava entrar em sua casa, no sul de Londres, escalando um cano. O cano não aguentou, e Barter sofreu uma queda.
Com o acidente, ele desenvolveu um coágulo que pressionava seu crânio. Os médicos do hospital do King's College, de Londres, tiveram que retirar uma parte do crânio, substituindo por uma placa de titânio.
Como o formato ficou diferente, a equipe retirou gordura do abdome do paciente, tratou e injetou na região da têmpora para deixar com uma aparência melhor.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5642239-EI238,00-Britanico+leva+vida+normal+apos+ter+cranio+refeito+com+gordura.html
Cientistas criam 1º banco de material genético de aves em risco de extinção
Um grupo de cientistas mexicanos criou o primeiro banco de germoplasma (material genético) de aves em risco de extinção da América Latina, entre elas o quetzal de cauda longa, para facilitar a preservação e a reprodução dessas espécies.
"Nossa intenção é aplicar técnicas que permitam obter, recolher e guardar células de aves e utilizá-las para a reprodução artificial", disse à Agência Efe Mary Palma, responsável pelo projeto.
O banco está localizado nas instalações do santuário das aves de El Nido, em Ixtapaluca, no estado do México, que abriga mais de três mil pássaros de 600 espécies, muitas delas em risco de extinção.
Esse refúgio, que pertence a um grupo civil fundado há 47 anos pelo veterinário Jesús Estudillo, que morreu em 2010, ampara cada uma das espécies por casais e em pequenas comunidades, o que transforma o local "em um habitat favorável para a proliferação".
Segundo a pesquisadora, esse projeto, o primeiro na América Latina, e "talvez no mundo", deve ser desenvolvido "imediatamente", por causa do perigo "latente de desaparecimento de importantes espécies que estão começando a sentir as mudanças climáticas e outros fatores como a poda de florestas e a devastação da fauna".
A cientista explicou que há vários anos o México, assim como outros países, conta com bancos de material genético para conservar o sêmen de mamíferos, principalmente do gado.
No entanto, Mary disse que os sistemas utilizados para a preservação criogênica (técnicas de congelamento) de sêmen de aves não são iguais ao dos mamíferos, já que "são células mais frágeis".
A especialista, responsável pela saúde das aves de El Nido, comentou que nos últimos anos a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) começou a organizar seus próprios bancos de germoplasma, mas por enquanto "estão destinados apenas a aves de gaiola".
Esse projeto será liderado por pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde Pública do estado de Morelos, além da Universidade Autônoma Metropolitana (UAM) da Cidade do México.
O santuário de aves, chamado por seus funcionários de "Arca de Noé aviária", é reconhecido internacionalmente por ser um dos primeiros a conseguir com sucesso a reprodução de espécies ameaçadas, e recebeu do Fundo Mundial para a Vida Silvestre e as Nações Unidas o prêmio Global 500 em 1993.
O centro é sustentado pelas doações e a participação de 2 mil voluntários que dividem todos os dias da semana o trabalho árduo de limpeza e manutenção do local.
O santuário está aberto ao público para sensibilizar as pessoas e convencê-las sobre a importância de proteger o meio ambiente.
Mais de 600 espécies como águias, falcões, corujas, periquitos, cacatuas, araras, tucanos, faisões-argus, quetzais e aves ancestrais como ou casuar, originário da Nova Guiné e Austrália e uma das mais antigas do planeta, podem ser vistas em ambientes que tentam recriar o habitat do qual procedem.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5644862-EI238,00-Cientistas+criam+banco+de+material+genetico+de+aves+em+risco+de+extincao.html
"Nossa intenção é aplicar técnicas que permitam obter, recolher e guardar células de aves e utilizá-las para a reprodução artificial", disse à Agência Efe Mary Palma, responsável pelo projeto.
O banco está localizado nas instalações do santuário das aves de El Nido, em Ixtapaluca, no estado do México, que abriga mais de três mil pássaros de 600 espécies, muitas delas em risco de extinção.
Esse refúgio, que pertence a um grupo civil fundado há 47 anos pelo veterinário Jesús Estudillo, que morreu em 2010, ampara cada uma das espécies por casais e em pequenas comunidades, o que transforma o local "em um habitat favorável para a proliferação".
Segundo a pesquisadora, esse projeto, o primeiro na América Latina, e "talvez no mundo", deve ser desenvolvido "imediatamente", por causa do perigo "latente de desaparecimento de importantes espécies que estão começando a sentir as mudanças climáticas e outros fatores como a poda de florestas e a devastação da fauna".
A cientista explicou que há vários anos o México, assim como outros países, conta com bancos de material genético para conservar o sêmen de mamíferos, principalmente do gado.
No entanto, Mary disse que os sistemas utilizados para a preservação criogênica (técnicas de congelamento) de sêmen de aves não são iguais ao dos mamíferos, já que "são células mais frágeis".
A especialista, responsável pela saúde das aves de El Nido, comentou que nos últimos anos a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) começou a organizar seus próprios bancos de germoplasma, mas por enquanto "estão destinados apenas a aves de gaiola".
Esse projeto será liderado por pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde Pública do estado de Morelos, além da Universidade Autônoma Metropolitana (UAM) da Cidade do México.
O santuário de aves, chamado por seus funcionários de "Arca de Noé aviária", é reconhecido internacionalmente por ser um dos primeiros a conseguir com sucesso a reprodução de espécies ameaçadas, e recebeu do Fundo Mundial para a Vida Silvestre e as Nações Unidas o prêmio Global 500 em 1993.
O centro é sustentado pelas doações e a participação de 2 mil voluntários que dividem todos os dias da semana o trabalho árduo de limpeza e manutenção do local.
O santuário está aberto ao público para sensibilizar as pessoas e convencê-las sobre a importância de proteger o meio ambiente.
Mais de 600 espécies como águias, falcões, corujas, periquitos, cacatuas, araras, tucanos, faisões-argus, quetzais e aves ancestrais como ou casuar, originário da Nova Guiné e Austrália e uma das mais antigas do planeta, podem ser vistas em ambientes que tentam recriar o habitat do qual procedem.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5644862-EI238,00-Cientistas+criam+banco+de+material+genetico+de+aves+em+risco+de+extincao.html
Sonda Cassini detecta oxigênio em lua de Saturno
A sonda espacial Cassini detectou oxigênio em uma baixa concentração em Dione, uma das luas de Saturno, o que indica que o planeta teria uma tênue atmosfera, embora muito menos densa que a da Terra.
"A sonda Cassini encontrou pela primeira vez íons de oxigênio molecular na gelada lua de Saturno de Dione", anuncia um comunicado emitido nesta sexta-feira pela equipe encarregada da missão.
No entanto, os íons de oxigênio estão muito dispersos - um por cada 11 centímetros cúbicos -, o que faz esta concentração equivalente à da atmosfera da Terra a uma altura de 480 quilômetros.
"Agora sabemos que Dione, da mesma forma que os anéis de Saturno e sua lua Rhea, é uma fonte de moléculas de oxigênio", indicou Robert Tokar, um membro da missão Cassini no Laboratório Nacional de Los Álamos (EUA).
Em sua opinião, esta descoberta confirma que o oxigênio é comum no sistema de luas de Saturno e que pode surgir em processos que não implicam formas de vida.
O oxigênio, elemento básico para a vida na Terra - onde sua concentração na atmosfera chega a cerca de 21% -, poderia se originar nas luas de Saturno devido a fótons solares ou partículas de energia que impactam contra a superfície de água gelada do satélite.
Os cientistas não pensavam que Dione, devido a seu pequeno tamanho, pudesse abrigar uma atmosfera. A nova descoberta faz deste pequeno satélite um objeto de estudo muito mais interessante.
A sonda Cassini, lançada em 1997, é uma missão que conta com a participação da Nasa, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana, cujo objetivo é estudar as mudanças climáticas em Saturno e em suas luas.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5644734-EI301,00-Sonda+Cassini+detecta+oxigenio+em+lua+de+Saturno.html
"A sonda Cassini encontrou pela primeira vez íons de oxigênio molecular na gelada lua de Saturno de Dione", anuncia um comunicado emitido nesta sexta-feira pela equipe encarregada da missão.
No entanto, os íons de oxigênio estão muito dispersos - um por cada 11 centímetros cúbicos -, o que faz esta concentração equivalente à da atmosfera da Terra a uma altura de 480 quilômetros.
"Agora sabemos que Dione, da mesma forma que os anéis de Saturno e sua lua Rhea, é uma fonte de moléculas de oxigênio", indicou Robert Tokar, um membro da missão Cassini no Laboratório Nacional de Los Álamos (EUA).
Em sua opinião, esta descoberta confirma que o oxigênio é comum no sistema de luas de Saturno e que pode surgir em processos que não implicam formas de vida.
O oxigênio, elemento básico para a vida na Terra - onde sua concentração na atmosfera chega a cerca de 21% -, poderia se originar nas luas de Saturno devido a fótons solares ou partículas de energia que impactam contra a superfície de água gelada do satélite.
Os cientistas não pensavam que Dione, devido a seu pequeno tamanho, pudesse abrigar uma atmosfera. A nova descoberta faz deste pequeno satélite um objeto de estudo muito mais interessante.
A sonda Cassini, lançada em 1997, é uma missão que conta com a participação da Nasa, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana, cujo objetivo é estudar as mudanças climáticas em Saturno e em suas luas.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5644734-EI301,00-Sonda+Cassini+detecta+oxigenio+em+lua+de+Saturno.html
Após 20 anos em galpão, cientistas identificam fóssil como 'inédito'
O crânio é compatível com a biozona de dinodontossauro, que pertence à fauna triássica e habitou a Terra entre 230 e 235 milhões de anos atrás
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Em dezembro de 2011, o Museu Municipal de Candelária Aristides Carlos Rodrigues, no Rio Grande do Sul, recebeu um presente de Natal inesperado: um crânio fossilizado que ficou guardado em um galpão durante duas décadas. Após pesquisadores estudarem o fóssil, evidenciou-se tratar de mais um animal desconhecido. "É inédito para a ciência", conta Carlos Nunes Rodrigues, curador voluntário do museu.
A descoberta foi feita pelo coordenador dos projetos de paleontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Cesar Leandro Schultz, que juntamente com a doutora em arcossauros, Bianca Mastrantonio, comparou este fóssil com o de outros animais já descobertos e identificados, sem encontrar coincidências.
O crânio é compatível com a biozona de dinodontossauro, que pertence à fauna triássica e habitou a Terra entre 230 e 235 milhões de anos atrás. "É um animal muito primitivo, com espécime exibindo as expressões dos arcossauriformes (arcossauro basal)", avalia Rodrigues. Um dos dentes que estão fixados garante se tratar de um animal carnívoro, segundo afirmam os cientistas.
Rodrigues aponta ainda outras características do fóssil: "ele tem cristas e depressões pronunciadas, e expressões características de osteodermas (placas ósseas sobre a pele)". Por essas características, acredita-se que esteja incluído no grupo dos diapsidos - vertebrados terrestres que possuem duas aberturas na região temporal do crânio.
O município de Candelária é conhecido pelos achados paleontológicos. Na região foram encontrados os fósseis dos Guaíbassauros, que já viajaram por vários países para serem estudados. Rodrigues prevê que, nos próximos três anos, mais cinco espécies novas sejam descobertas.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5643404-EI8147,00-Apos+anos+em+galpao+cientistas+identificam+fossil+como+inedito.html
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Em dezembro de 2011, o Museu Municipal de Candelária Aristides Carlos Rodrigues, no Rio Grande do Sul, recebeu um presente de Natal inesperado: um crânio fossilizado que ficou guardado em um galpão durante duas décadas. Após pesquisadores estudarem o fóssil, evidenciou-se tratar de mais um animal desconhecido. "É inédito para a ciência", conta Carlos Nunes Rodrigues, curador voluntário do museu.
A descoberta foi feita pelo coordenador dos projetos de paleontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Cesar Leandro Schultz, que juntamente com a doutora em arcossauros, Bianca Mastrantonio, comparou este fóssil com o de outros animais já descobertos e identificados, sem encontrar coincidências.
O crânio é compatível com a biozona de dinodontossauro, que pertence à fauna triássica e habitou a Terra entre 230 e 235 milhões de anos atrás. "É um animal muito primitivo, com espécime exibindo as expressões dos arcossauriformes (arcossauro basal)", avalia Rodrigues. Um dos dentes que estão fixados garante se tratar de um animal carnívoro, segundo afirmam os cientistas.
Rodrigues aponta ainda outras características do fóssil: "ele tem cristas e depressões pronunciadas, e expressões características de osteodermas (placas ósseas sobre a pele)". Por essas características, acredita-se que esteja incluído no grupo dos diapsidos - vertebrados terrestres que possuem duas aberturas na região temporal do crânio.
O município de Candelária é conhecido pelos achados paleontológicos. Na região foram encontrados os fósseis dos Guaíbassauros, que já viajaram por vários países para serem estudados. Rodrigues prevê que, nos próximos três anos, mais cinco espécies novas sejam descobertas.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5643404-EI8147,00-Apos+anos+em+galpao+cientistas+identificam+fossil+como+inedito.html
Astrônomos descobrem nova técnica para detectar vida no Universo
Astrônomos encontraram evidências de vida no planeta Terra ao observar a Lua com o Very Large Telescope, utilizando uma técnica inovadora
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Astrônomos encontraram evidências de vida no planeta Terra ao observar a Lua com o Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês). A informação não é nova e parece óbvia, mas a técnica utilizada por uma equipe internacional para detectar a vida terrestre pode levar a descobertas de vida em outros locais do Universo. O trabalho será publicado amanhã na revista Nature.
"Usamos uma técnica chamada observação da luz cinérea para observar a Terra como se esta fosse um exoplaneta", diz Michael Sterzik, autor principal do artigo científico que descreve estes resultados. "O Sol ilumina a Terra e essa radiação é refletida para a superfície da Lua. A superfície lunar atua como um espelho gigante e reflete a radiação terrestre de volta à Terra - é essa radiação que observamos com o VLT."
Os astrônomos analisaram a fraca luz cinérea procurando indicadores, tais como algumas combinações de gases existentes na atmosfera terrestre, que são marcadores de vida orgânica. Este método estabelece a Terra como um marco na futura procura de vida em outros planetas.
As impressões digitais da vida, ou assinaturas biológicas, são difíceis de encontrar por métodos convencionais, mas a equipe foi pioneira de uma nova metodologia, que é bastante sensível. Em vez de procurar apenas quão brilhante é a radiação refletida em diferentes cores, observa-se também a polarização da radiação. Ao aplicar esta técnica à luz cinérea observada com o VLT, as assinaturas biológicas na radiação refletida da Terra aparecem sem margem para dúvidas.
O pesquisador Stefano Bagnulo explica as vantagens. "A radiação emitida por um exoplaneta distante é muito fraca em relação ao brilho da sua estrela hospedeira, por isso é muito difícil de analisar - é um pouco como estudar um grão de poeira que se encontre ao lado de uma lâmpada muito brilhante. Mas a radiação refletida pelo planeta é polarizada enquanto que a radiação emitida pela estrela hospedeira não é. Por isso, as técnicas de polarimetria ajudam-nos a isolar a fraca radiação refletida de um exoplaneta."
A equipe estudou tanto a cor como o grau de ionização da radiação emitida pela Terra após a sua reflexão pela Lua, tal como se a luz viesse de um exoplaneta. Por meio dos resultados, conseguiu deduzir que a atmosfera terrestre é parcialmente nublada, que parte da superfície se encontra coberta por oceanos e - mais importante ainda - que existe vegetação. A equipe conseguiu inclusive detectar variações na cobertura de nuvens e na quantidade de vegetação em épocas diferentes, correspondentes às diferentes partes da Terra que refletiam radiação na direção da Lua.
"Encontrar vida fora do Sistema Solar depende de duas coisas: se essa vida existe efetivamente e se temos capacidade técnica para detectá-la", acrescenta o também autor Enric Palle. "Este trabalho dá um passo importante na direção de atingirmos tal capacidade".
Segundo os cientistas do ESO, a nova geração de telescópios, tais como o E-ELT (o European Extremely Large Telescope), pode nos trazer a notícia extraordinária de que a Terra não é o único planeta portador de vida na imensidão do espaço.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5639629-EI301,00-Astronomos+descobrem+nova+tecnica+para+detectar+vida+no+Universo.html
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Astrônomos encontraram evidências de vida no planeta Terra ao observar a Lua com o Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês). A informação não é nova e parece óbvia, mas a técnica utilizada por uma equipe internacional para detectar a vida terrestre pode levar a descobertas de vida em outros locais do Universo. O trabalho será publicado amanhã na revista Nature.
"Usamos uma técnica chamada observação da luz cinérea para observar a Terra como se esta fosse um exoplaneta", diz Michael Sterzik, autor principal do artigo científico que descreve estes resultados. "O Sol ilumina a Terra e essa radiação é refletida para a superfície da Lua. A superfície lunar atua como um espelho gigante e reflete a radiação terrestre de volta à Terra - é essa radiação que observamos com o VLT."
Os astrônomos analisaram a fraca luz cinérea procurando indicadores, tais como algumas combinações de gases existentes na atmosfera terrestre, que são marcadores de vida orgânica. Este método estabelece a Terra como um marco na futura procura de vida em outros planetas.
As impressões digitais da vida, ou assinaturas biológicas, são difíceis de encontrar por métodos convencionais, mas a equipe foi pioneira de uma nova metodologia, que é bastante sensível. Em vez de procurar apenas quão brilhante é a radiação refletida em diferentes cores, observa-se também a polarização da radiação. Ao aplicar esta técnica à luz cinérea observada com o VLT, as assinaturas biológicas na radiação refletida da Terra aparecem sem margem para dúvidas.
O pesquisador Stefano Bagnulo explica as vantagens. "A radiação emitida por um exoplaneta distante é muito fraca em relação ao brilho da sua estrela hospedeira, por isso é muito difícil de analisar - é um pouco como estudar um grão de poeira que se encontre ao lado de uma lâmpada muito brilhante. Mas a radiação refletida pelo planeta é polarizada enquanto que a radiação emitida pela estrela hospedeira não é. Por isso, as técnicas de polarimetria ajudam-nos a isolar a fraca radiação refletida de um exoplaneta."
A equipe estudou tanto a cor como o grau de ionização da radiação emitida pela Terra após a sua reflexão pela Lua, tal como se a luz viesse de um exoplaneta. Por meio dos resultados, conseguiu deduzir que a atmosfera terrestre é parcialmente nublada, que parte da superfície se encontra coberta por oceanos e - mais importante ainda - que existe vegetação. A equipe conseguiu inclusive detectar variações na cobertura de nuvens e na quantidade de vegetação em épocas diferentes, correspondentes às diferentes partes da Terra que refletiam radiação na direção da Lua.
"Encontrar vida fora do Sistema Solar depende de duas coisas: se essa vida existe efetivamente e se temos capacidade técnica para detectá-la", acrescenta o também autor Enric Palle. "Este trabalho dá um passo importante na direção de atingirmos tal capacidade".
Segundo os cientistas do ESO, a nova geração de telescópios, tais como o E-ELT (o European Extremely Large Telescope), pode nos trazer a notícia extraordinária de que a Terra não é o único planeta portador de vida na imensidão do espaço.
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