Pôster do filme “Criação” (Creation) - baseado no livro “Annie’s Box”, escrito por Randal Reynes, tataraneto de Charles Darwin, o criador da teoria da evolução.

sábado, 30 de junho de 2012

Origem modesta

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Oração x medicina

Animal mais antigo viveu 30 milhões de anos antes do previsto, diz estudo

Canadenses acharam rastros de 'lesma' de 585 milhões de anos no Uruguai. Bicho mais antigo do mundo até agora havia sido encontrado na Rússia. . Pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, descobriram no Uruguai uma prova física de que animais existiram há 585 milhões de anos, 30 milhões de anos antes que as evidências científicas mostravam até agora. Os resultados do estudo estão publicados na edição da revista “Science” desta quinta-feira (28). . Até então, o fóssil mais antigo do mundo tinha 555 milhões de anos e havia sido localizado na Rússia. O achado foi por geólogos da equipe de Ernesto Pecoits e Natalie Aubet, que encontraram trilhas fossilizadas de um animal semelhante a uma lesma, com cerca de 1 centímetro de comprimento. O rastro foi deixado em um terreno sedimentar com lodo. A equipe chegou à conclusão de que as trilhas foram feitas por um bicho primitivo bilateral, que se diferencia de outras formas de vida simples por ter uma simetria superior diferente da parte inferior, além de um conjunto único de “pegadas”. . Rastros de animal são comparados ao tamanho de uma moeda canadense, para dar a dimensão do tamanho das 'pegadas' deixadas por 'lesma' primitiva (Foto: Richard Siemens/Universidade de Alberta)
. Os pesquisadores dizem que as faixas fossilizadas indicam que a musculatura desse animal mole lhe permitia mover-se pelo solo raso do oceano. O padrão de movimento da “lesma” indica uma adaptação evolutiva para buscar comida – o material orgânico do sedimento. A idade precisa dos rastros foi calculada pela datação de uma rocha vulcânica que se “intrometeu” na rocha sedimentar onde os caminhos foram achados. O processo incluiu um retorno ao Uruguai para coletar mais amostras da rocha fossilizada e várias sessões de análise por um método chamado espectrometria de massa, que identifica diferentes átomos presentes em uma mesma substância. Ao todo, os autores do estudo levaram mais de dois anos para ficarem satisfeitos com a precisão da idade de 585 milhões de anos. Segundo o paleontógo Murray Gingras, da mesma equipe, é comum que animais de corpo mole desapareçam, mas suas trilhas virem fósseis. O geomicrobiólogo Kurt Konhauser diz que a descoberta abre novas questões sobre a evolução desses animais – como foram capazes de se mover e procurar alimento – e as condições ambientais envolvidas. Além desses pesquisadores, o trabalho contou com a participação de Larry Heaman e Richard Stern. . http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/06/animal-mais-antigo-viveu-30-milhoes-de-anos-antes-do-previsto-diz-estudo.html

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Daniel, Presidente da ATEA, discursando na Rio +20 Parte 1

Homem, um macaco sem cauda !!!

IERFH - Instituto Ética, Racionalidade e Futuro da Humanidade
Para o zoólogo, o ser humano é um macaco sem cauda com um cérebro enorme. O que mais surpreende nele é seu incrível sucesso como espécie. Enquanto outros macacos se escondem em seus últimos refúgios, aguardando a chegada das correntes que irão aprisioná-los, 6 bilhões de humanos ocupam quase todo o globo, espalhando-se tanto e com tal velocidade a ponto de mudar drasticamente a paisagem como uma praga de gafanhotos gigantes. O segredo desse sucesso é sua capacidade de viver em agrupamentos cada vez maiores, onde, mesmo na mais alta densidade populacional, são capazes de se adaptar às tensões da vida e continuar procriando sob condições que qualquer outro macaco acharia insuportáveis. Além dessa capacidade, existe ainda uma curiosidade insaciável que os faz buscar sempre novos desafios. Essa combinação mágica de sociabilidade e curiosidade foi possível graças a um processo evolucionário chamado neotenia, que permite aos humanos manter caracteres juvenis na idade adulta. [Tanto homens quanto mulheres são cem vezes mais neotênicos em todos os aspectos que machos e fêmeas de outras espécies]. Outros animais brincam quando são jovens, mas perdem essa qualidade quando amadurecem. O homem continua brincando e se divertindo por toda a vida – é um Peter Pan que nunca cresce. Naturalmente, quando se tornam adultos, os homens dão nomes diferentes a essa brincadeira: chamam-na de arte ou pesquisa, esporte ou filosofia, música ou poesia, viagem ou divertimento. Como as brincadeiras infantis, todas essas atividades envolvem inovação, risco, exploração e criatividade. E são elas que nos tornam verdadeiramente humanos. — Desmond Morris, A Mulher Nua: um estudo do corpo feminino

Menos igrejas ... mais hospitais

Astrônomos descobrem como 'ver' atmosfera de exoplaneta

Astrônomos criaram uma nova técnica para estudar pela primeira vez a atmosfera de um exoplaneta (aquele que está fora do Sistema Solar) sem que ocorresse um trânsito. A equipe internacional utilizou o telescópio VLT do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) para combinar observações infravermelhas de alta qualidade (em comprimentos de onda da ordem dos 2,3 microns). Com os registros, eles separaram o fraco sinal emitido pelo planeta da radiação muito mais forte emitida pela estrela hospedeira. Os resultados serão publicados na próxima edição da revista especializada Nature. Saiba o que é trânsito, comprimento de onda e muito mais "Graças à elevada qualidade das observações fornecidas pelo VLT e pelo CRICES (instrumento do telescópio que foi utilizado) conseguimos estudar o espectro do sistema com muito mais detalhe do que o que era possível até agora. Apenas 0,01% da radiação observada é emitida pelo planeta, enquanto que o resto vem da estrela, por isso não foi nada fácil separar esta contribuição", diz Matteo Brogi (Observatório de Leiden, Holanda), autor principal do estudo. Até agora, para estudar a atmosfera de um exoplaneta, os especialistas precisavam que ocorresse um trânsito em frente a sua estrela. Os pesquisadores usaram o poderoso telescópio mantido pelos europeus no deserto chileno do Atacama para descobrir detalhes de Tau Boötis b, um dos primeiros exoplanetas descobertos (em 1996) e que, do nosso ponto de vista, não transita em frente ao seu sol. Os pesquisadores descobriram que esse gigante gasoso tem, ao contrário do que se acreditava, uma atmosfera que fica mais fria com a altitude - característica inversa à maioria dos exoplanetas gigantes gasosos que ficam muito próximos de suas estrelas. Eles ainda mediram a quantidade de CO2. A nova técnica possibilitou finalmente determinar com precisão a massa do planeta (equivalente a seis vezes a de Júpiter), um mistério de 15 anos. . http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5861526-EI301,00-Astronomos+descobrem+como+ver+atmosfera+de+exoplaneta.html

Estudo indica que pequeno hominídeo comia casca de árvore

Um pequeno Australopithecus sul-africano, parente distante do Homem, tinha uma dieta à base de madeira e casca de árvores, enquanto a maioria dos outros hominídeos preferiam folhas e plantas mais tenras. Estes hábitos alimentares do Australopithecus sediba - dois desta espécie foram descobertos em 2008 em uma caverna perto de Joanesburgo - foram revelados pelos dentes do primata, sujeitos a extensos testes por uma equipe internacional de pesquisadores, que ficaram surpresos com o resultado. "O Au. sediba tinha uma dieta muito diferente da de outros hominídeos que foram estudados até agora. Devido a sua morfologia muito semelhante, esperávamos que fosse mais ou menos parecido com outras espécies de Australopithecus, ou mesmo com os primeiros homens. Na verdade, ele consumia muito mais comida de habitat arborizado e fechado, incluindo alimentos duros", explicou à AFP Amanda Henry, do Instituto Max Planck de antropologia. Para alcançar esta descoberta, os pesquisadores começaram pelo bombardeamento dos dentes com um laser para extrair carbono acumulado no esmalte. Diferente dos dentes de 81 outros hominídeos testados até hoje, que continham uma forma de carbono característica de folhas e plantas, os do Australopithecus sebida continham carbono das árvores e arbustos. Remoção de tártaro nos dentes A descoberta sugere que este primata comia, pelo menos durante parte do ano, casca e outros tecidos lenhosos. "A casca, especialmente a casca do interior das árvores, pode ser bastante nutritiva. Todos os nutrientes de uma árvore passam por sua casca interna. Por exemplo, o xarope interno do bordo não é senão uma versão concentrada da resina que flui no interior da casca do bordo", afirma Amanda Henry. Para verificar este resultado inesperado, os cientistas recorreram a uma nova técnica: recolher dos dentes um pouco de tártaro, a placa mineralizada dentária familiar para os dentistas modernos, e analisar os minúsculos fragmentos vegetais fossilizados que permaneceram presos por dois milhões ano. Foram encontradas casca e madeira. Tal dieta nunca foi atribuída à hominídeos africanos até este momento. Para Paul Sandberg, da Universidade do Colorado Boulder (Estados Unidos) que participou do estudo publicado nesta quarta-feira pela revista Nature, o <>Australopithecus sediba se alimentava de uma forma bastante semelhante aos chimpanzés da savana africana de hoje. Segundo Sandberg, "é uma descoberta importante porque a dieta alimentar é um dos aspectos fundamenais do animal, é o que dita seu comportamento e seu nicho ecológico". "Parece que há cerca de 2 milhões de anos, havia várias espécies de hominídeos que utilizaram diferentes ambientes de diferentes maneiras, cada espécie estava bastante focada em seu ambiente específico com um determinado comportamento", acredita o pesquisador. "Não muito tempo depois, vimos a chegada do Homo erectus, uma espécie que era capaz de se mover e se virar em todos esses ambientes diferentes, o que foi uma grande mudança", conclui. . http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5862867-EI8147,00-Estudo+indica+que+pequeno+hominideo+comia+casca+de+arvore.html

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Descoberta na Argentina nova espécie de dinossauro carnívoro

Espécie foi chamada de "bicentenário argentino"
. Pesquisadores argentinos anunciaram nesta terça-feira a descoberta de uma nova espécie de dinossauro carnívoro, que pode contribuir para novos estudos sobre a evolução dos grandes répteis. A nova espécie, apresentada nesta terça-feira por pesquisadores do Museu Argentino de Ciências Naturais (MACN) de Buenos Aires, foi batizada de "bicentenário argentino" e seus restos foram achados na província de Rio Negro. "É muito provável que seja o primeiro representante encontrado de uma nova linhagem dentro da família dos celurossauros, dinossauros que eventualmente deram origem às aves", disse em comunicado o Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet) da Argentina, do qual faz parte o MACN. O chefe do museu e pesquisador independente do Conicet, Fernando Novas, afirmou que, apesar de a espécie dos celurossauros incluir membros como o tiranossauro rex e o velociraptor, "não se sabe muito sobre as formas primitivas, os primeiros celurossauros". Os dinossauros adultos do "bicentenário" teriam entre 2,5 e 3 m de comprimento, eram ágeis e magros e, pela forma de seus dentes e a presença das garras, teriam sido caçadores. "Podemos suspeitar que se alimentavam de pequenos dinossauros, herbívoros e filhotes de dinossauros", afirmou Novas. Os pesquisadores acreditam que o dinossauro teria o corpo coberto por penas. As rochas que continham os ossos do "bicentenário" tem cerca de 90 milhões de anos e correspondem ao período Cretáceo Superior, de um período de 65 milhões há 98 milhões de anos atrás. "Os fósseis de celurossauros primitivos são raros, e portanto esta nova espécie é muito importante", disse Steve Brusatte, da divisão de Paleontologia do Museu Americano de História Natural, dos Estados Unidos. Para Brusatte, o achado do "bicentenário" não só ajuda a compreender melhor as origens das aves e seus parentes mais próximos, mas também "indica que os continentes da América do Sul, África, e também na Austrália, tiveram uma diversidade de pequenos dinossauros acima do normal" . http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5861377-EI8147,00-Descoberta+na+Argentina+nova+especie+de+dinossauro+carnivoro.html

sábado, 16 de junho de 2012

Nasa lança potente telescópio orbital em busca de buracos negros

A Nasa lançou nesta quarta-feira o telescópio de raios-X NuStar, capaz de observar sistemas espaciais com uma resolução sem precedentes, segundo imagens retransmitidas pela emissora de TV da agência espacial americana. O foguete Pegasus XL é da companhia americana Orbital Science Corporation, que transporta o NuStar (sigla em inglês para Matriz de Telescópios Especroscópicos Nucleares). Ele foi lançado às 12h58 (horário de Brasília) a 11.900 metros de altitude de um Lockeed L-1011 --um grande avião a jato-- que decolou uma hora antes da pista do atol Kwajalein, nas ilhas Marshall, no Pacífico. Foto tirada pela Nasa mostra o avião Pegasus XL no momento que libera o telescópio de raio-X NutStar . Após cinco segundos, o foguete ligou os seus motores. O primeiro estágio funcionou por 70 segundos, antes de ser descartado. O segundo assumiu o controle por um minuto e meio e também se desprendeu. Pouco tempo antes, o cone de proteção do telescópio foi ejetado, expondo-o pela primeira vez ao espaço. A separação do terceiro estágio do Pegasus deve ocorrer às 13h13 (horário de Brasília), 13 minutos após o lançamento do foguete Stargazer, dotado de três turbinas. Neste momento, o NuStar estará em órbita a 600 km da Terra. O telescópio abrirá então as suas antenas Esolar, logo após a transmissão de seus primeiros sinais, enviados para a equipe em solo por meio do sistema de satélites da Nasa. O projeto tem como objetivo estudar os fenômenos energéticos, como buracos negros e as explosões de estrelas maciças. "O NuStar abrirá uma janela completamente nova ao universo", disse Fiona Harrison, professora do Catltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) em Pasadena, e principal cientista do NuStar. Será o "primeiro telescópio a focar com raios-X de alta potência". "Como tal, capturará imagens dez vezes mais nítidas e cem vezes mais sensíveis do que qualquer telescópio que tenha operado nesta região do espectro." A missão aponta a trabalhar em conjunto com outros telescópios no espaço, entre eles o Chandra X-Ray Observatory da Nasa, que observa raios-X de baixa potência, destacou a Nasa. Com 133 espelhos instalados em cada uma das duas unidades ópticas, o telescópio NuStar também utiliza detectores de última geração e um longo mastro que liga as unidades ópticas aos detectores, permitindo uma distância suficiente para um enfoque nítido. Medindo dez metros, o mastro, lançado dobrado, se esticará uma semana após o lançamento, alcançando o comprimento de um ônibus escolar. Em sua primeira fase de dois anos, a missão NuStar mapeará certas regiões do céu para recensear as estrelas mais profundas e distantes, assim como buracos negros de diferentes tamanhos. Para isto, examinará as regiões que circundam o centro da Via Láctea. O novo telescópio também fará observações dos confins do Universo para além da Via Láctea, o que permitirá compreender melhor os jatos de partículas emitidos pelas galáxias mais extremas, como Centaurus A, onde se encontram os buracos negros supermaciços. Os primeiros dados obtidos pelo telescópio são aguardados em 30 dias. . http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1103999-nasa-lanca-potente-telescopio-orbital-em-busca-de-buracos-negros.shtml

Cientistas decifram genoma do bonobo, o grande macaco 'sexy'

Famoso por viver em uma sociedade relativamente pacífica, dominada pelas fêmeas e na qual o sexo é tão comum quanto bater papo entre humanos, o bonobo ou chimpanzé-pigmeu (Pan paniscus) acaba de ter seu genoma (o conjunto do DNA) decodificado. Os dados sobre o material genético da espécie estão em artigo na revista científica britânica "Nature". Apropriadamente, considerando que se trata de uma espécie matriarcal, o DNA usado no estudo foi "doado" por uma fêmea chamada Ulindi, que vive num zoológico da cidade alemã de Leipzig. Fêmea de bonobo Ulindi, cujo genoma foi sequenciado por cientistas alemães . A pesquisa foi coordenada por Kay Prüfer e seus colegas do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha. Os bonobos são a última espécie viva de grande macaco (grupo que inclui o homem e os primatas mais aparentados a ele) a ter seu DNA "soletrado" -- antes deles, além do próprio ser humano, os cientistas também já haviam obtido sequências bastante completas do genoma de chimpanzés comuns, gorilas e orangotangos. A esperança dos cientistas é comparar essa multidão de dados para entender como cada espécie evoluiu e lançar luz sobre as características genéticas que nos tornaram humanos. O interesse pelos bonobos se justifica porque sua sociedade relativamente "do bem" é um contraponto mais do que bem-vindo aos chimpanzés comuns e aos próprios humanos. Além do histórico de guerras e depredações do Homo sapiens, os próprios chimpanzés não primam pelo pacifismo, com casos reconhecidos de infanticídio, "raides" (guerras de pequena escala, similares às de caçadores-coletores humanos) e feroz disputa pelo poder entre machos. É difícil dizer categoricamente que tais coisas inexistem entre bonobos, até porque a espécie é relativamente pouco estudada na natureza, mas tudo indica que a frequência delas é muito menor. Parte da explicação para isso talvez esteja justamente no uso constante do sexo como "diluidor" de tensões sociais e ferramenta para cimentar alianças, especialmente entre fêmeas. Sim: dotadas de clitóris extremamente avantajados, elas se entregam a relações homossexuais conhecidas informalmente como "hoka-hoka" e tecnicamente como "esfregamento gênito-genital". Machos também fazem sexo entre si com alguma frequência, e até filhotes entram na dança. LIVRO ABERTO Apesar do genoma decifrado, ainda é muito cedo para dizer como essas tendências emergiram e se há algum impacto delas na evolução humana, já que aparentemente estamos no meio do caminho entre bonobos e chimpanzés em termos de agressividade. As primeiras pistas vindas do genoma, no entanto, indicam que 3% do total do nosso DNA é mais parecido com o dos chimpanzés ou o dos bonobos do que o DNA de cada um dos macacos se parece com o do outro primata não humano. E o mesmo vale para ao menos algum trecho de 25% dos nossos genes. Curiosamente, a comparação dos três genomas -- de chimpanzé, de bonobo e o humano -- indica que todas as espécies sofreram a influência de pedaços móveis de DNA, os quais "saltam" de um trecho a outro do genoma, que tiveram efeito sobre o desenvolvimento dos neurônios. Especula-se que a evolução da complexidade do cérebro tenha a ver com esses "genes saltadores". A pesquisa também indica que a separação entre bonobos e chimpanzés é muito recente em termos evolutivos: "só" 1 milhão de anos (para comparação, nós nos separamos da linhagem que daria origem às duas espécies há 6 milhões de anos). Outro dado interessante, calculado com base na diversidade genética da espécie, indica que, ao longo da evolução dos bonobos, para cada macho que conseguia se reproduzir, duas fêmeas conseguiam deixar descendentes -- sinal, claro, de que alguns machos estavam se saindo melhor no jogo reprodutivo. . http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1104239-cientistas-decifram-genoma-do-bonobo-o-grande-macaco-sexy.shtml

Hoje religião ... amanhã mitologia

Macumba

El caballo más hermoso del mundo! (en Turquía) ¡Qué maravilloso

Confia no Senhor !!!!

Nossos irmãos

Foi deus quem me deu

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Frango dinossauro - Você ainda vai comer um

O PALEONTOLOGISTA JACK HORNER QUER FABRICAR UM DINOSSAURO. NÃO A PARTIR DA ECLOSÃO DE UM OVO, POIS “ISSO SERIA RIDÍCULO”. ELE DIZ QUE IRÁ FAZÊ-LO ATRAVÉS DE UM PROCESSO DE “REVERSÃO EVOLUTIVA” DE UMA GALINHA. “TRATA-SE DE UMA COISA LOUCA”, DIZ HORNER, “MAS QUE É BASTANTE POSSÍVEL” . 13 de Junho de 2012 às 10:27 Por Thomas Hayden Já disseram que Jack Horner é um cientista meio doido, mas a verdade é que ele sempre demonstrou estar com a razão. Em 1982, confiando no valor de seus sete anos de estudos quase autodidatas, fora dos currículos oficiais, uma passagem rápida pela Marinha e um emprego temporário como paleontólogo na universidade de Princeton, Horner conseguiu finalmente um emprego no Montana State University’s Museum of the Rockies, em Bozeman, EUA. Foi contratado como curador de pesquisa, mas logo depois disse a seus chefes que queria ser professor de paleontologia. “Eles disseram que isso não seria possível”, lembra Horner. Quatro anos depois, de posse de uma bolsa da Fundação MacArthur outorgada apenas aos gênios, “eles me disseram para fazer o que bem entendesse”. Hoje, Horner, 66 anos, continua trabalhando no museu, agora repleto com suas descobertas. Ele, no entanto, ainda não tem sequer um diploma do colégio. Quando Jack Horner era um menino, nos anos 1950, dizia-se que os dinossauros eram quase certamente uns verdadeiros monstros: repteis enormes, frios e solitários. Horner não aceitou esse retrato. Ele viu nos esqueletos que descobrira, velhos de centenas de milhões de anos, traços de socialibilidade, marcas de animais que viviam em rebanhos, diferentes dos repteis modernos. Então, nos anos 1970, Horner e seu colega Bob Makela excavaram os restos de um dos mais espetaculares sítios de dinossauros jamais encontrados: um enorme e completo ninho comunitário de dinossauros “bico-de-pato”. O sítio situava-se no noroeste do Estado de Montana, e continha fósseis de indivíduos adultos, filhotes e ovos. Ali estavam as provas da idéia doida número um: entre esses animais, os pais cuidavam dos seus filhotes. A julgar pelos seus esqueletos, os bebês desses dinossauros bico-de-pato eram demasiado frágeis para sobreviver por conta própria. . Horner foi à frente, buscando evidências sugestivas de que, uma vez saídos de seus ovos, os animaizinhos cresciam com rapidez (idéia doida número dois) e muito provavelmente tinham sangue quente (ideia doida número três). Como se não bastasse, ele continuou a pesquisa, colocando-se agora na linha de frente da busca de matéria orgânica que tivesse eventualmente sobrevivido intacta nos fósseis (ideia número quatro, muito doida). Graças a seu trabalho como consultor técnico da série de filmes “Jurassic Park”, Horner provavelmente, dentre todos os outros paleontologistas vivos, foi o que mais fez para modelar a ideia que atualmente fazemos a respeito dos dinossauros e seu modo de vida. Tudo isso significa que as pessoas agora tomam cada vez maior cuidado antes de chamá-lo de doido, até mesmo quando ele revela os seus planos para o futuro imediato: Jack Horner quer fabricar um dinossauro. Não a partir da eclosão de um ovo, pois “isso seria ridículo”. Ele diz que irá fazê-lo através de um processo de “reversão evolutiva” de uma galinha. “Trata-se de uma coisa louca”, diz Horner, “mas que é bastante possível”. . 'O esqueleto de uma galinha e de um Tiranossauro rex são realmente muito parecidos', afirma Jack Horner Através das últimas décadas, paleontologistas – inclusive Horner – encontraram ampla evidência para provar que os pássaros modernos são os descendentes dos dinossauros. Tudo leva a essa convicção, desde a maneira como eles botam ovos até os detalhes da sua anatomia óssea. Com efeito, existem tantas similaridades que muitos cientistas concordam no fato de que os pássaros são, na verdade, dinossauros, estreitamente relacionados com terópodes comedores de carne como o tiranossauro e o velociraptor. Mas “estreitamente relacionados” tem significados diferentes para os biólogos evolucionistas e para outras categorias humanas, tais como, digamos, os juristas que escrevem leis sobre o incesto. Tudo é relativo: seres humanos quase não podem ser distinguidos, em termos genéticos, dos chimpanzés. Traços de criaturas extintas há muito tempo, ecos do passado evolutivo, ocasionalmente emergem e aparecem na vida real de hoje e são chamados de atavismos. Estes são os casos – raros – de indivíduos que nascem com alguma feição característica dos seus antecedentes evolucionários. Baleias às vezes nascem com apêndices que são reminiscências dos seus membros escondidos. Bebês humanos às vezes chegam ao mundo cobertos de pelos, com pares extras de mamas ou, muito raramente, dotados de um verdadeiro rabo. Horner planeja, essencialmente, começar com a criação de atavismos experimentais produzidos em laboratório. Ative suficientes características ancestrais numa galinha, ele raciocina, e você irá terminar tendo nas mãos alguma coisa parecida com um “saurus” ancestral. Pelo menos, isto foi o que ele explicou numa das suas últimas conferências proferidas no TED, o popular encontro de divulgação científica realizado em Long Beach, Califórnia. “Quando eu ainda era um garoto em Montana, possuía dois sonhos: Queria ser um paleontologista, especializado em dinossauros, e queria possuir um dinossauro de estimação”. . http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/63890/Frango-dinossauro---Voc%C3%AA-ainda-vai-comer-um.htm

sábado, 9 de junho de 2012

A evolução silenciosa da fala

O macaco-caranguejeiro, do Sudeste Asiático, usado em estudo sobre evolução da fala (foto: E.K. Veland/CC . UM DOS ENIGMAS mais importantes no estudo da evolução da linguagem falada na espécie humana diz respeito não às pessoas, mas a nossos primos chimpanzés. Por que esses macacos não parecem ter a mínima capacidade de se comunicar pela fala? Em estudos comportamentais, chimpanzés muitas vezes surpreendem cientistas com sua capacidade de se comunicar por gestos, mas tentativas de ensiná-los um código fonético têm sido geralmente um fiasco. Cientistas sabem que isso ocorre porque o aparelho fonador desses macacos não é adequado para produzir uma gama variada de sons. Mas por que nosso parente mais próximo na árvore evolutiva não exibe uma capacidade semelhante? Se sabemos que a evolução molda as caraterísticas das espécies de maneira gradual, será que as vocalizações dos macacos não lembram em alguma coisa a linguagem humana? A reposta para essa pergunta é: provavelmente não. A comunicação fonética entre macacos é muito limitada, e não sabemos muito bem o que os ancestrais comuns que temos com outros primatas nos legaram para que começássemos a falar. Espécies como o macaco-vervet (Chlorocebus pygerythrus) são famosos entre biólogos por usaram diferentes tipos de grunhido ao avisar companheiros sobre predadores. O sons que emitem ao avistar águias, leopardos ou cobras são distintos, de forma que os macacos logo sabem se precisam subir ou descer da árvore para fugir do perigo. Mas o macaco-vervet é uma espécie relativamente distante dos humanos no mundo primata, e é improvável que a linguagem fonética humana tenha evoluído diretamente de um ancestral anterior. Chimpanzés, os primos mais próximos dos humanos, também emitem sons, mas esses ruídos em geral são uma capacidade inata, e não aprendida por cultura, como no caso dos vervet. Além disso, os sons que eles usam não requerem o tipo de coordenação muscular sofisticada que teria evoluído na direção de uma linguagem. Como chimpanzés têm uma razoável habilidade de comunicação por sinais, porém, alguns teóricos sugerem que nossa fala evoluiu a partir de uma forma de linguagem gestual usada anteriormente. Mas como as palavras saltaram de nossas mãos para nossos lábios? A resposta é que nossos lábios podem ser usados para fazer gestos, além de fazer sons, teoria que o biólogo Peter MacNeilage defende desde a década de 1970. Restava aos biólogos encontrar alguma evidência evolutiva para essa hipótese, porém, e essa lacuna está começando a ser fechada agora. Em 2009, cientistas do Laboratório de Etologia Comparada dos NIH (Institutos Nacionais de Saúde) mostraram como fêmeas de macaco-reso usam sinais faciais para se comunicar com seus filhotes. Um dos gestos feitos por essas macacas é o que cientistas batizaram de lip-smaking, um abre-e-fecha rápido dos lábios, sem produzir som. O interessante sobre esse tipo de comunicação por “careta” (veja vídeo) é que ele é um gesto usado por chimpanzés também, e muitos outros macacos. Por mais curiosas que as caretas dos macacos-resos sejam, porém, será que esses gestos faciais têm algo a ver com o controle muscular para produzir a fala? Um estudo publicado hoje, finalmente, parece trazer a resposta para essa questão. Asif Ghazanfar, biólogo da Universidade de Princeton (EUA) e Tecumseh Fitch, da Universidade de Viena, levaram a seu laboratório alguns macacos-caranguejeiros (Macaca fascicularis) e os filmou usando uma câmera especial de raios-X enquanto praticavam o lip-smacking. Vendo com clareza toda a musculatura e ossatura do animal, foi possível ver que os tipos de movimentos de lábios, mandíbula, língua e laringe são similares àqueles necessários à fala. O padrão de movimento é bem diferente daquele da mastigação, dizem os cientistas, e o ritmo com que o lip-smacking é feito —com músculos mudando de posição a cada 0,2 segundo— é particularmente similar ao da fala humana. “Esses dados dão apoio empírico à ideia de que a fala humana evoluiu de expressões faciais rítmicas de primatas ancestrais”, escreveram Fitch e Ghazanfar no estudo que descreve o experimento na revista “Current Biology”. “Nossos dados mostram que as similaridades entre o lip-smacking dos macacos e a fala humana vai além dos movimentos orais visíveis na face, e inclui as dinâmicas da língua e do osso hióide [da base da língua].” A anatomia da face dos macacos descrita no trabalho é análoga àquela que, nos humanos, regula os sons produzidos pelas cordas vocais. Nos símios, porém, seu uso é feito de maneira muda. É possível, então, que a linguagem fonética humana tenha começado como uma espécie de leitura labial. Só depois é que as caretas feitas com a boca teriam adquirido o papel de controlar sons, em vez de passar mensagens visuais. Talvez os primeiros hominídeos tenham se beneficiado do fato de que seu aparelho fonador tinha forma mais adequada para isso. Pode parecer paradoxal, mas os estudos mais recentes levam a crer que a evolução da fala humana estava passando por um estágio crucial justamente quando nossos ancestrais primatas interagiam em silêncio. _________________________________________________________________________ PS. Por um descuido meu, na primeira versão deste texto não citei o nome do autor principal do estudo com os macacos-caranguejeiros, Asif Ghazanfar. Além disso, eu não tinha notado que o segundo autor do estudo, Daniel Takahashi, é cientista brasileiro formado pela USP. Sidarta Ribeiro, do Instituto do Cérebro da UFRN, foi quem me avisou. . http://teoriadetudo.blogfolha.uol.com.br/2012/05/31/a-evolucao-silenciosa-da-fala/

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Nanopartículas inibem 100% de metástases linfáticas em ratos

Pesquisadores espanhóis elaboraram um tratamento com nanopartículas que inibe 100% das metástases linfáticas em ratos com linfoma de manto, segundo resultado divulgado nesta quinta-feira pela equipe de estudos formada por cientistas da Universidade de Navarra em colaboração com o Centro de Pesquisa do Câncer de Salamanca. O tratamento é feito com um remédio baseado em nanopartículas lipídicas carregadas com o fármaco anti-tumoral edelfosina, administrado oralmente. A pesquisa, publicada na revista Nanomedicine UK, "demonstra que essas nanopartículas são capazes de se acumular nos gânglios linfáticos e destruir seletivamente as células tumorais que lá se encontram" e, além disso, "tornam possível a liberação do fármaco anti-tumoral de maneira sustentada". Esse fato, unido à administração oral do remédio, "evitaria", segundo a Universidade de Navarra, a hospitalização que a quimioterapia tradicional requer, já que neste caso o tratamento é feito por via intravenosa. O estudo destaca que as nanopartículas "são capazes de atacar as células doentes sem atingir as boas, ou seja, são fármacos seletivos e pouco tóxicos". O grupo de pesquisa analisou a eficácia desses nanossistemas terapêuticos em ratos com linfoma de manto, uma doença atualmente incurável e cuja evolução é variável em cada paciente, embora a média de sobrevivência seja de três a quatro anos. Os resultados do estudo indicam que uma administração de nanopartículas de edelfosina a cada quatro dias "é tão eficaz como uma administração diária do fármaco sem nanopartículas para a redução do tamanho do linfoma de manto implantado em ratos", ressalta o centro. No entanto, o resultado "mais surpreendente" da pesquisa foi observado ao ser analisada a capacidade antimetastática das nanopartículas com edelfosina. "Enquanto a administração diária do fármaco sem nanopartículas reduzia as metástases em 50%, a administração a cada quatro dias das nanopartículas com edelfosina eliminou 100% das metástases linfáticas", ressalta. Estes resultados abrem uma nova porta na pesquisa e desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e seguros contra diversos tipos de câncer, diz a universidade, que acrescenta foram obtidos bons resultados em cobaias com glioma, e que está sob análise a eficácia dos nanossistemas em casos de leucemia linfoblástica aguda e câncer de mama. . http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5821892-EI8147,00-Nanoparticulas+inibem+de+metastases+linfaticas+em+ratos.html

CERN confirma que neutrinos não são mais rápidos que a luz

O Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN) confirmou nesta sexta-feira que as partículas elementares chamadas "neutrinos" não se deslocam mais rápido do que a luz. "Os neutrinos enviados do laboratório de Gran Sasso (Itália) respeitam o limite de velocidade cósmica", afirmou o diretor de pesquisa do CERN, Sergio Bertolucci, na Conferência Internacional sobre Física e Astrofísica dos Neutrinos em Kyoto, informou a entidade em nota oficial. "Os quatro experimentos feitos em Gran Sasso - Borexino, Icarus, LVD e Opera - mediram uma velocidade dos neutrinos comparada à velocidade da luz. Isso põe em evidência que os resultados captados pelo Opera em setembro podem ser atribuídos a um erro no sistema de medição de seu sistema de fibra óptica", afirmou Bertolucci. Esta confirmação descarta definitivamente os resultados anunciados em setembro do ano passado e que surpreenderam o mundo. Na ocasião, foi divulgado que os neutrinos enviados do laboratório subterrâneo do CERN em Genebra ao de Gran Sasso levaram 60 nanossegundos a menos do que a luz para percorrer a distância de 732 km. "Apesar de este resultado não ser tão interessante como alguns queriam, no fundo é o que todos esperávamos", admitiu o pesquisador. "O fato chamou a atenção do público, e deu às pessoas a oportunidade de ver o método científico em ação, um inesperado resultado pôs o estudo sob olhar público e permitiu a colaboração de diferentes experimentos para verificar os resultados. Assim é como a ciência avança", concluiu. Após as surpreendentes primeiras informações de que os neutrinos tinham viajado a uma velocidade superior à da luz em 20 partes por milhão, o CERN reagiu com prudência e pediu imediatamente novas medições independentes. Em março, o CERN anunciou que os resultados obtidos pelos novos experimentos refutavam a ideia de que os neutrinos tinham viajado mais rápido que a luz, mas anunciou que a conclusão seria anunciada dois meses depois, o que hoje foi confirmado definitivamente. . http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5823540-EI8147,00-CERN+confirma+que+neutrinos+nao+sao+mais+rapidos+que+a+luz.html

Cientistas japoneses criam fígado a partir de células-tronco

Cientistas japoneses criaram um fígado humano a partir de células-tronco, segundo um estudo divulgado nesta sexta-feira, aumentando as esperanças de possibilidade de produção de órgãos artificiais para os que precisam de transplantes. Uma equipe de cientistas, dirigida pelo professor Hideki Taniguchi, da Universidade de Yokohama, transplantou células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) no corpo de um rato, onde cresceu até converter-se em um pequeno, mas funcional, fígado humano, indicou o jornal japonês Yomiuri Shimbun. O fígado de 5 mm é capaz de gerar proteínas e decompor medicamentos, segundo o jornal, que destaca que o avanço científico abre o caminho para a produção de órgãos artificiais. . http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5823660-EI8147,00-Cientistas+japoneses+criam+figado+a+partir+de+celulastronco.html

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Telescópio registra imagem da galáxia Centaurus A

O Observatório Europeu do Sul divulgou nesta quinta-feira (31) uma nova imagem do centro da galáxia Centaurus A. A imagem foi obtida pelo telescópio Alma, localizado no norte do Chile. A Centaurus A é uma galáxia elíptica de grande massa. O centro, muito luminoso, abriga um buraco negro com uma massa de cerca de 100 milhões de vezes a do Sol. Na radiação visível, a característica mais importante é uma faixa escura que obscurece o seu centro. Esta faixa de poeira é composta por enormes quantidades de gás, poeira e estrelas jovens. . Segundo os cientistas, estes detalhes, juntamente com a intensa emissão de radiação, são evidências de que a Centaurus A resultou da colisão entre uma galáxia elíptica gigante e uma galáxia espiral menor, cujos restos formam a faixa de poeira. Para se poder "enxergar" através da poeira que escurece a faixa central, os astrônomos utilizaram maiores comprimentos de ondas de radiação. As novas observações do Alma, mostradas em tons de verde, amarelo e laranja, revelam a posição e o movimento das nuvens de gás na galáxia. O movimento do gás na galáxia provoca ligeiras variações neste comprimento de onda. As regiões mais verdes correspondem ao gás que se aproxima do globo terrestre, enquanto as mais alaranjadas mostram o que se afasta. Com, isso, é possível identificar o sentido da órbita deste gás pela galáxia. Estas são as observações mais nítidas e sensíveis obtidas até agora. O telescópio foi afinado de modo a detectar sinais com um comprimento de onda de cerca de 1,3 milímetros emitidos por moléculas de monóxido de carbono. A construção do Alma, no planalto do Chajnantor no norte do Chile, estará completa em 2013, quando as 66 antenas de alta precisão estiverem completamente operacionais. Metade das antenas já foram instaladas. . http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1098453-telescopio-registra-imagem-da-galaxia-centaurus-a.shtml

Cientistas israelenses desenvolvem maconha medicinal sem 'barato'

Cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém desenvolveram um tipo de maconha medicinal, neutralizando a substância THC, que gera os efeitos cognitivos e psicológicos conhecidos como "barato". De acordo com a professora Ruth Gallily, especialista em imunologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, a segunda substância mais importante da cannabis -o canabidiol (CBD)-- tem propriedades "altamente benéficas e significativas" para doentes que sofrem de diabetes, artrite reumatóide e doença de Crohn. . Folha da plantação da empresa Tikkun Olam . Gallily, que estuda os efeitos medicinais da cannabis há 15 anos, disse à BBC Brasil que o CBD que se encontra na planta "não gera qualquer fenômeno psicológico ou psiquiátrico e reprime reações inflamatórias, sendo muito útil para o tratamento de doenças autoimunes". "Obtivemos resultados fantásticos nas experiências que fizemos in vitro e com ratos, no laboratório da Universidade Hebraica", afirmou a cientista, que é professora da Faculdade de Medicina. De acordo com ela, após o tratamento com o CBD, o índice de mortalidade em consequência de diabetes nos animais foi reduzido em 60%, tanto em casos de diabetes tipo 1 como tipo 2. "Para pacientes idosos que sofrem de artrite reumatoide, o uso da cannabis pode ter efeitos maravilhosos e melhorar muito a qualidade de vida", disse Gallily. "Constatamos em nossas experiências que o CBD leva à diminuição significativa e muito rápida do inchaço em consequência da artrite." A pesquisadora afirma que remédios à base de CBD seriam muito mais baratos que os medicamentos convencionais no tratamento dessas doenças. A empresa Tikkun Olam obteve a licença do Ministério da Saúde israelense para desenvolver a maconha medicinal e cultiva diversas variedades da planta em estufas na Galileia, no norte de Israel. . PACIENTES De acordo com Zachi Klein, diretor de pesquisa da Tikkun Olam, mais de 8.000 doentes em Israel já são tratados com cannabis, a qual recebem com receitas médicas autorizadas pelo Ministério da Saúde. De acordo com Klein, a empresa pretende desenvolver um tipo de maconha com proporções diferentes de THC e canabidiol, para poder ajudar a diversos tipos de pacientes. "Há pacientes para os quais o THC é muito benéfico, pois ajuda a melhorar o estado de espírito e abrir o apetite", afirmou. Ele diz ainda que, em casos de doentes de câncer, a cannabis em seu estado natural, com o THC, pode melhorar a qualidade de vida, já que a substância provoca a fome conhecida como "larica", incentivando os pacientes a se alimentarem. O psiquiatra Yehuda Baruch acredita que "o CBD tem significados medicinais fortes que devem ser examinados". Baruch, que é o responsável pela utilização da maconha medicinal no Ministério da Saúde, disse à BBC Brasil que "sem o THC, a cannabis será bem menos atraente para os traficantes de drogas". O psiquiatra afirmou que nos próximos meses o Ministério da Saúde dará inicio a um estudo sobre os efeitos do THC e do CBD em pacientes que sofrem dores crônicas. O experimento será feito com 50 pacientes, que serão divididos em dois grupos. Um grupo receberá cannabis com alto nível de THC e baixo nível de CBD e o segundo receberá mais canabidiol do que THC. Depois de um mês os grupos serão trocados e, durante a experiência, os pacientes preencherão questionários avaliando as alterações na intensidade da dor. . http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1099407-cientistas-israelenses-desenvolvem-maconha-medicinal-sem-barato.shtml

Colisão entre Via Láctea e Andrômeda mudará Sol do lugar

Os astrônomos da Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) anunciaram que agora podem prever com mais precisão um dos maiores eventos cósmicos do futuro, a colisão da Via Láctea --onde vivemos-- e uma galáxia vizinha, Andrômeda. Os cálculos da Nasa se tornaram mais precisos graças ao telescópio espacial Hubble, que dimensionou a velocidade com que Andrômeda, também conhecida como M31, tem se movido. Ilustração mostra como a galáxia Andrômeda (à esq.) colidiria com a Via Láctea (dir.), distorcendo sua forma . Segundo as novas contas, embora Andrômeda esteja se aproximando muito mais rápido, a colisão deve ocorrer somente daqui a 4 bilhões de anos --e não 2 bilhões. A Terra e o sistema solar não correm o risco de serem destruídos, porém, o Sol será "empurrado" de sua posição para uma outra nova e a Via Láctea deve provavelmente perder sua forma achatada de panqueca. A aproximação das galáxias ocorre devido à ação da gravidade das duas e da matéria escura que as rodeiam. Hoje, a Andrômeda se encontra a 2,5 milhões de anos-luz da Via Láctea. "Depois de aproximadamente um século de especulações sobre o futuro de Andrômeda e da nossa Via Láctea, nós finalmente temos uma melhor visão de como esses eventos ocorrerão nos próximos bilhões de anos", disse o pesquisador Sangmo Tony Sohn, do STCsci (Instituto Científico de Telescópio Internacional), que fica em Baltimore, nos Estados Unidos. As observações do Hubble indicam que as duas galáxias vão colidir, mas não vai acontecer o mesmo com as estrelas mais distantes das duas. Neste último caso, elas vão ser "jogadas" para diferentes órbitas ao redor do novo centro galáctico que será formado. Para tornar as coisas mais complicadas, uma galáxia menor, a M33, participará da colisão como ator secundário. As chances são pequenas, mas a M33 pode, inclusive, "bater" na Via Láctea primeiro. . http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1098919-colisao-entre-via-lactea-e-andromeda-mudara-sol-do-lugar.shtml