quarta-feira, 30 de maio de 2012
Estudo: asteroide não foi único culpado por extinção de dinossauros
Os grandes dinossauros herbívoros já estavam em decadência, ao contrário dos carnívoros, quando um meteorito provocou o desaparecimento de todos esses répteis ao cair na Terra há 65 milhões de anos, indica um estudo publicado nesta terça-feira. "Muita gente acha que a extinção dos dinossauros se deveu a um asteroide que matou todos eles", afirma o paleontólogo do Museu de História Natural de Nova York, Steve Brusatte. "Hoje podemos dizer que, provavelmente, as coisas foram mais complicadas", acrescentou.
Alguns cientistas acreditam que os dinossauros terrestres desapareceram depois que um meteorito atingiu a Terra no período Cretáceo-Terciário. Já o estudo publicado pela Nature Communications se baseia na comparação das estruturas dos esqueletos de 150 espécies diferentes de dinossauros terrestres para ver como mudaram com o tempo. O objetivo era saber se uma espécie declinava ou, ao contrário, estava aumentando suas possibilidades de sobrevivência.
Dessa forma, chegou à conclusão de que os grandes herbívoros com chifres ou bico de pato reduziram sua variedade durante os 12 últimos milhões de ano do Cretáceo. "Estes dinossauros estavam se tornando cada vez mais parecidos uns com os outros, estavam perdendo a variedade. No geral, quando se vê uma redução da anatomia de um tipo, isso quer dizer que o grupo está em dificuldades", assegurou.
Ao contrário, os grupos que aumentam sua variedade têm maiores possibilidades de sobreviver porque podem ocupar novos nichos de habitat ou adaptar-se melhor à mudança, segundo o pesquisador. Até o fim do Cretáceo, os grandes dinossauros herbívoros estavam em decadência, mas os grandes carnívoros e os herbívoros de tamanho médio prosperavam.
"O que se pode dizer com seriedade agora é que, quando o asteroide caiu e começaram as erupções vulcânicas, não atingiram um mundo no qual tudo estava indo bem, um mundo estático", avaliou Brusatte. "Naquela época, os dinossauros, ou pelo menos alguns deles, conheciam importantes mudanças evolutivas e pelo menos esses herbívoros grandes estavam em decadência", concluiu.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5748779-EI8147,00-Estudo+asteroide+nao+foi+unico+culpado+por+extincao+de+dinossauros.html
Estudo diz que asteroide gigante é planeta que 'falhou'
Esta imagem foi divulgada pela Nasa após a sonda Dawn entrar em sua órbita
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Dados enviados pela sonda Dawn, da Nasa - a agência espacial americana -, indicam que o gigantesco asteroide Vesta é na verdade um planeta que foi "interrompido" durante sua formação. A afirmação foi feita por uma série de estudos publicados nesta quinta-feira no site da revista especializada Science.
A sonda descobriu uma segunda cratera gigantesca (a primeira havia sido observada pelo Hubble) que indica que o asteroide sofreu dois grandes impactos em sua história - entre 1 bilhão e 2 bilhões de anos atrás. Muitos dos destroços pararam na Terra (acredita-se que a cada 20 meteoritos que caem por aqui, um seja do asteroide).
Segundo as pesquisas, Vesta chegou, durante sua formação, a criar calor através de elementos radioativos o suficiente para gerar um manto de magma sob a superfície rochosa e até um núcleo metálico em estado líquido, com na Terra (detectado pela primeira vez pela sonda, o núcleo agora está sólido).
Vesta sobreviveu aos dois gigantescos impactos (um deles deixou uma cratera de 500 km). Contudo, o asteroide não conseguiu mais recuperar seu formato e parou no meio do caminho para se tornar um planeta.
Hoje, Vesta não tem gravidade suficiente para "limpar" os destroços em seu caminho, mesmo motivo pelo qual Plutão foi "rebaixado" à categoria de planeta-anão. O grande corpo, que fica no cinturão de asteroides (entre Marte e Júpiter) virou um "fóssil" da formação planetária
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5766690-EI301,00-Estudo+diz+que+asteroide+gigante+e+planeta+que+falhou.html
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Nova tecnologia torna possível dissecar cadáver virtualmente
Equipamento tem o mesmo tamanho de uma mesa de operação normal, mas não envolve sangue nem bisturis
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Uma tecnologia pode representar o futuro, tanto para o ensino de futuros médicos sobre anatomia quanto na preparação para operações reais. Há nove meses, o Imperial College e o Saint Mary's Hospital, de Londres, compraram em parceira uma mesa de operação touchscreen, que permite dissecar e reconstituir um "corpo humano" (como colocar órgãos de volta, reimplantar ossos, etc), tudo através de uma realidade virtual.
O equipamento é o primeiro do tipo na Europa e custou o equivalente a cerca de R$ 180 mil. Tem o mesmo comprimento e tamanho de uma mesa de operação normal. O "cadáver" que aparece na tela, apelidado Melanie, é um representação virtual criada a partir de uma combinação de gráficos e digitalizações reais do corpo humano.
Estudantes e cirurgiões podem interagir com o corpo, quer através do toque ou com um mouse tradicional. A pele pode ser removida para expor os órgãos internos, as áreas podem ser ampliadas para um estudo mais detalhado, e o software pode trabalhar com dados de pacientes reais. Não há sangue, não há necessidade de bisturi ou outros instrumentos médicos.
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http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI5792513-EI15607,00-Nova+tecnologia+torna+possivel+dissecar+cadaver+virtualmente.html
Gene ligado ao esperma abre caminho para anticoncepcional masculino
O descobrimento de um gene ligado ao amadurecimento dos espermatozóides nos homens abre as portas para a criação de um anticoncepcional masculino de tipo não hormonal, segundo indica um estudo publicado nesta quinta-feira na revista PLoS Genetics.
Uma pesquisa de cientistas da universidade escocesa de Edimburgo demonstrou que o gene chamado Katnal 1 é chave para permitir que os espermatozóides amadureçam nos testículos. Segundo os analistas, se eles conseguirem controlar a função do gene, seria possível desenvolver um novo tipo de contraceptivo masculino que ao contrário dos hormonais -baseados na supressão da testosterona-, não teria efeitos secundários como irritabilidade, acne ou mudanças de humor.
Os cientistas acreditam que regular o efeito do Katnal 1 nos testículos poderia prevenir que o esperma amadurecesse completamente, o que atuaria como um anticoncepcional natural ao eliminar seu efeito reprodutivo. Num estudo com ratos, os pesquisadores de Edimburgo constataram que os roedores machos dos quais o gene Katnal 1 foi eliminado ficaram inférteis.
Ficou comprovado que o gene é o responsável por permitir que o esperma amadureça. A pesquisa sobre o Katnal 1 também poderia ter outras aplicações, como contribuir para encontrar tratamentos contra a infertilidade quando esta ela está relacionada com uma disfunção do gene.
"Se encontramos uma maneira de controlar este gene nos testículos, poderíamos desenvolver um anticoncepcional não hormonal", declara Lee Smith, especialista em genética endócrina do centro de saúde reprodutiva da universidade de Edimburgo.
Segundo Smith, a vantagem de um método como esse seriam seus efeitos reversíveis", já que o gene "só afeta as células em seus estádios de desenvolvimento tardios", por isso a capacidade do homem em produzir esperma não seria afetada. Embora atualmente se realizem outros estudos sobre possíveis anticoncepcionais masculinos não hormonais, a identificação deste gene "é um passo significativo" na compreensão da biologia dos testículos", aponta Smith.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5793789-EI8147,00-Gene+ligado+ao+esperma+abre+caminho+para+anticoncepcional+masculino.html
Avião Solar Impulse pousa em Madri após voo experimental
O avião suíço Solar Impulse pousou na madrugada desta sexta-feira no aeroporto de Barajas, em Madri, após um voo experimental bem sucedido a partir da cidade suíça de Payerne, de onde decolou na manhã de quinta-feira.
A aparelho movido a energia solar chegou a Barajas à 01h28 local (20h28 Brasília), e ficará em Madri por cerca de três dias, antes de partir para cruzar o Mediterrâneo rumo ao Marrocos, em seu primeiro voo "intercontinental".
O Solar Impulse, pilotado por André Borschberg, um dos criadores do projeto, percorreu 2 mil quilômetros entre Payerne, no oeste da Suíça, e Madri, cruzando os Pirineus por volta das 18h (13h), segundo o site que acompanha o voo.
Em Madri, o aparelho será submetido a revisão técnica e passará ao piloto Bertrand Piccard, outro criador do projeto, que voará até Rabat.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5793875-EI19408,00-Aviao+Solar+Impulse+pousa+em+Madri+apos+voo+experimental.html
Médicos salvam bebê usando menor coração artificial do mundo
A bomba de titânio pesa 11 g e pode lidar com um fluxo de sangue de 1,5 l por minuto
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Médicos italianos salvaram a vida de um menino de 1 ano e meio graças à implantação do menor coração artificial do mundo, usado para manter o bebê vivo até que um doador fosse encontrado para um transplante.
Os médicos do Hospital Bambino Gesu de Roma disseram que a operação foi realizada no mês passado e tornada pública esta semana. O bebê, cuja identidade não foi revelada, foi mantido vivo por 13 dias antes do transplante e agora está bem.
O bebê sofria de miocardiopatia dilatada, uma doença em que os ventrículos se dilatam, sendo incapazes de bombear um volume de sangue suficiente. A doença gradualmente torna o coração mais fraco, parando a sua capacidade de bombear o sangue de forma eficaz.
"Este é um marco", afirmou o cirurgião Antonio Amodeo, acrescentando que, embora o dispositivo seja agora usado como ponte até um transplante, no futuro poderia ser permanente.
Antes do implante, a criança também teve uma infecção grave em torno de uma bomba mecânica que tinha sido colocada anteriormente para ajudar o funcionamento do seu coração natural. "Do ponto de vista cirúrgico, isto não era realmente difícil. A única dificuldade que encontramos é que a criança foi operada várias vezes antes", disse ele.
A pequena bomba de titânio pesa apenas 11 g e pode lidar com um fluxo de sangue de 1,5 l por minuto. Um coração artificial para adultos pesa 900 g.
Amodeo disse que o bebê havia se tornado parte da família e sua equipe queria fazer de tudo para ajudá-lo. "O paciente estava em nossa unidade de terapia intensiva desde um mês de idade. Então, ele era um mascote para nós, ele era um de nós", afirmou o médico. "Todo dia, toda hora, por mais de um ano, ele esteve conosco. Então, quando nós tivemos um problema, não podíamos fazer nada mais do que o nosso melhor", disse ele.
Os médicos disseram que o aparelho, inventado pelo médico americano Robert Jarvik, tinha sido previamente testado apenas em animais. O hospital precisou de autorização especial de Jarvik e do Ministério da Saúde italiano antes de seguir adiante com o procedimento.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5792974-EI238,00-Medicos+salvam+bebe+usando+menor+coracao+artificial+do+mundo.html
quarta-feira, 16 de maio de 2012
ESO divulga a imagem mais detalhada da galáxia Centaurus A
Imagem foi produzida no Observatório de La Silla do ESO, no Chile
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Esta nova imagem do Observatório Europeu do Sul (ESO) mostra a estranha galáxia Centaurus A. Com um tempo total de exposição de mais de 50 horas, esta é provavelmente a imagem mais profunda já criada deste espetacular e incomum objeto. A imagem foi produzida com o instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2,2m, instalado no Observatório de La Silla do ESO, no Chile.
Centaurus A, também conhecida como NGC 5128, é uma galáxia elíptica peculiar de grande massa com um buraco negro supermassivo no seu centro. Situa-se a cerca de 12 milhões de anos-luz de distância na constelação do Centauro e distingue-se por ser a rádio galáxia mais forte do céu. Os astrônomos pensam que o núcleo brilhante, a forte emissão rádio e os jatos da Centaurus A são produzidos por um buraco negro central com uma massa de cerca de 100 milhões de vezes a massa do Sol. A matéria situada na regiões centrais densas da galáxia liberta enormes quantidades de energia à medida que cai em direção ao buraco negro.
A imagem do Wide Field Imager permite a apreciação da natureza elíptica da galáxia, que aparece na forma alongada das regiões exteriores mais tênues. O brilho que enche a maior parte da imagem vem de centenas de bilhões de estrelas velhas e frias. Contrariamente à maioria das galáxias elípticas, a forma homogênea da Centaurus A é perturbada por uma faixa larga e "remendada" de material escuro, que obscurece o centro da galáxia.
A faixa escura contém grandes quantidades de gás, poeira e estrelas jovens. aglomerados de estrelas jovens brilhantes situados nas extremidades superior direita e inferior esquerda da faixa apresentam o brilho vermelho característico de nuvens de hidrogênio onde se formam estrelas, enquanto que algumas nuvens de poeira isoladas podem ser vistas contrastando com o fundo de estrelas. Estas características, juntamente com a emissão rádio intensa, apontam para o fato provável da Centaurus A ter resultado da fusão entre duas galáxias. A faixa de poeira é provavelmente os restos desfeitos de uma galáxia espiral a ser rasgada pela atração gravitacional da galáxia elíptica gigante.
Estendendo-se desde a galáxia até ao canto superior esquerdo da imagem encontram-se dois grupos de filamentos avermelhados, mais ou menos alinhados com os enormes jatos proeminentes nas imagens rádio. Ambos os conjuntos de filamentos são na realidade maternidades estelares que contêm estrelas quentes jovens. Por cima do lado esquerdo da faixa de poeira, pode-se ver os filamentos interiores, a cerca de 30 mil anos-luz de distância do núcleo. Mais para o exterior, a cerca de 65 mil anos-luz de distância do núcleo da galáxia e próximo do canto superior esquerdo da imagem, os filamentos exteriores podem ser observados. Existem também muito provavelmente, traços de um contra-jato muito mais tênue, que se estende para a direita e para baixo.
Muitas das observações de Centaurus A utilizadas na criação desta imagem foram obtidas no intuito de ver se era possível usar rastreios terrestres para detectar e estudar estrelas variáveis em outras galáxias. Foram descobertas mais de 200 novas estrelas variáveis somente em Centaurus A.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5775533-EI301,00-ESO+divulga+a+imagem+mais+detalhada+da+galaxia+Centaurus+A.html
Relógio biológico evoluiu de forma similar em todos os seres vivos
O relógio circadiano, que rege o ritmo biológico dos seres vivos e se ativa a cada 24 horas, evoluiu há 2.500 milhões de anos de forma parecida em todos os seres vivos, informou nesta quarta-feira a revista britânica Nature.
Uma pesquisa liderada pelo neurocientista Akhilesh Reddy, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, mostra pela primeira vez que o chamado relógio biológico evoluiu de forma muito parecida desde o início da vida em todos os organismos, inclusive as bactérias, e que suas características são similares.
"Até agora, se pensava que o relógio circadiano dos diferentes organismos tinha evoluído separadamente e que cada um estava controlado por genes e proteínas diferentes. Nosso trabalho unifica a forma na qual o relógio interno controla o tempo", explicou Reddy à Agência Efe.
O relógio circadiano, responsável da regulação de um grande número de processos biológicos como o apetite, o sono e a vigília, está presente em todas as células, menos nas cancerígenas e funciona graças à produção de uma proteína denominada peroxirredoxina.
Os pesquisadores associam alterações nesta proteína com desordens como a obesidade, o diabetes, a insônia, a depressão, as doenças coronárias e o câncer, e por isso confiam que este estudo permitirá futuros avanços em relação a estas doenças.
Em um estudo divulgado no ano passado, Reddy já tinha conseguido demonstrar que os humanos não eram os únicos possuidores deste relógio biológico, que também pode ser encontrado em todos os demais organismos cujo DNA se encontra no núcleo das células, como animais e plantas.
Mediante a observação das mudanças químicas que a peroxirredoxina sofre durante o dia e a noite em ratos, moscas da fruta, fungos e bactérias, sua equipe descobriu agora que até as formas de vida mais primitivas, inclusive organismos sem núcleo, também estão reguladas por este relógio interno.
"É muito provável que todos os seres vivos tenham um mecanismo similar para medir o tempo em ciclos de 24 horas, o que representa uma descoberta completamente nova que nos permitiria investigar os ritmos circadianos em organismos nos quais não se suspeitava que os tivessem", declarou Reddy.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5777250-EI238,00-Relogio+biologico+evoluiu+de+forma+similar+em+todos+os+seres+vivos.html
Cientistas registram rara troca de genes entre espécies
Borboletas brilhantes pretas e vermelhas que vivem nas margens da floresta amazônica desenvolveram técnicas extraordinárias de troca de genes para sobreviver, indicaram os cientistas nesta quarta-feira. Diferentes espécies de borboletas Heliconius estão fazendo reprodução cruzada para terem cores nas asas, de acordo com a comparação de seu código genético.
Esse tipo de troca entre espécies, também chamado de hibridização, é extremamente raro na natureza. Geralmente, o resultado desse processo acaba sendo a morte, porque a prole gerada pela mistura raramente tem uma vantagem competitiva.
No entanto, as características cruzadas, vindas de borboletas de espécies tão próximas - a Heliconius timareta e a Heliconius elevatus - são facilmente adaptáveis a ambientes novos e em mutação. "O que mostramos é que uma espécie de borboleta pode ganhar um padrão protetor de cor de uma espécie diferente se elas cruzarem entre si - um processo bem mais rápido do que ter que desenvolver um novo padrão do nada", explicou o pesquisador Kanchon Dasmahapatra, da Universidade de Londres.
O genoma trouxe outra surpresa. A delicada antena dessas borboletas tem pequenos receptores, e suas minúsculas patas têm papilas gustativas. Em teoria, essas borboletas não seriam capazes de cheirar ou sentir o gosto dos alimentos muito bem, porque muito do seu material genético é voltado para valorizar sua aparência para atrair parceiros e se camuflar.
"Em vez disso, aprendemos que elas têm um rico repertório de genes olfativos e de sensações químicas", declarou Adriana Briscoe, da Universidade da Califórnia em Irvine, em um texto divulgado pela instituição. O estudo foi publicado na revista científica Nature.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5777720-EI8145,00-Cientistas+registram+rara+troca+de+genes+entre+especies.html
sábado, 12 de maio de 2012
Orangotangos se comunicam por iPad em zoológico de Miami
Além de iPads, os símios também se expressam por linguagem de sinais
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No zoológico Jungle Island, em Miami, a relação dos orangotangos com a tecnologia tem sido parecida com a dos seres humanos. Os jovens utilizam o aparelho para desenhar, jogar e expandir seus vocabulários. Os mais velhos, no entanto, demonstram menos interesse.
O parque é um dos vários zoológicos que vêm fazendo experimentos com computadores e primatas. No Jungle Island, existem seis orangotangos utilizando iPads para se comunicar, como parte de um programa de estímulo mental realizado pela instituição.
O software utilizado foi criado para humanos com autismo, e funciona da seguinte maneira: a tela mostra fotos de vários objetos, o treinador diz o nome de um dos itens, e o orangotango aperta o botão correspondente. "Os dispositivos foram um grande acréscimo para enriquecer os projetos que o zoológico tem com os símios", afirma a supervisora do programa, Linda Jacobs. Os tratadores do Jungle Island já utilizavam a linguagem de sinais para se comunicar com os orangotangos. Usando as mãos, os animais podem responder questões simples, identificar objetos e expressar seus desejos ou necessidades. Eles também podem identificar partes do corpo, ajudando os treinadores a cuidar deles.
Enquanto Linda e outros treinadores puderam desenvolver relacionamentos com os orangotangos, o iPad e outros dispositivos com tela sensível ao toque oferecem a oportunidade de se estabelecer contato entre os animais e pessoas que não dominam a linguagem de sinais. "Orangotangos são extremamente inteligentes, mas limitados por sua impossibilidade de falar", diz Linda.
O iPad, no entanto, tem algumas limitações para ser usado por orangotangos. A principal delas é a fragilidade do aparelho, o que faz com que os animais não possam pegá-los, e tenham que usá-los nas mãos de seus treinadores.
Por isso Linda afirma que, a longo prazo, a ideia é utilizar um dispositivo à prova de orangotangos, junto a uma tela fora da jaula, que seria usada por convidados, que poderiam fazer perguntas aos animais. É importante destacar, contudo, que o treinamento dos símios não é feito para entreter os trabalhadores do Jungle Island ou os visitantes. Em razão da inteligência dos animais, suas mentes devem ser mantidas ativas para prevenir que eles se sintam entediados ou entrem em depressão.
Outros zoológicos e parques naturais estão desenvolvendo um trabalho parecido. Richard Zimmerman, diretor executivo da associação Orangutan Outreach, está desenvolvendo o "Apps for Apes" (aplicativos para macacos), programa que utiliza iPads velhos, doados em instalações na América do Norte. A associação começou a trabalhar em um zoológico em Milwaukee, e expandiu para diversas localidades. Por videoconferência, eles esperam reconectar orangotangos com amigos e membros família que foram transferidos para outros zoológicos.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5766262-EI8145,00-Orangotangos+se+comunicam+por+iPad+em+zoologico+de+Miami.html
quinta-feira, 10 de maio de 2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Análise: Hitler era paranóico e tinha "complexo de Messias"
Adolf Hitler tinha um "complexo de Messias" e se tornou cada vez mais obcecado com o "inimigo interno" judeu enquanto a Segunda Guerra Mundial se voltava contra a Alemanha, de acordo com uma avaliação secreta de 1942 divulgada nesta sexta-feira.
O relatório da inteligência britânica, que aparentemente não foi lido desde a guerra até sua descoberta recente, afirma que o ditador nazista passou a ter "judeufobia" à medida que a possibilidade de uma derrota aumentava.
A análise do tempo de guerra, agora tornada pública pela Universidade de Cambridge, foi encomendada pelo cientista social Mark Abrams e escrita por seu colega Joseph MacCurdy, um acadêmico de Cambridge.
Abrams, um pioneiro da pesquisa de mercado e de opinião renomado internacionalmente, trabalhou com a Unidade de Análises de Propaganda da BBC e com o Conselho de Guerra Psicológica durante a Segunda Guerra Mundial.
"No momento em que isso foi escrito, a maré estava começando a se voltar contra a Alemanha", afirmou o historiador de Cambridge Scott Anthony, que liderou a pesquisa sobre Abrams que resultou na descoberta do documento em uma coleção de família. "Em resposta, Hitler começou a voltar suas atenções para o front interno da Alemanha", disse.
"Este documento mostra que a inteligência britânica sentiu que isto acontecia", explica. "MacCurdy reconheceu que, diante do fracasso exterior, o líder nazista se concentrou em uma percepção de ''inimigo interno'' - especificamente os judeus".
"Dado que agora sabemos que a 'solução final' estava começando, isto torna uma leitura comovente". Abrams pensou que as transcrições dos discursos de Hitler poderiam ser percebidas como propósitos de propaganda e inteligência, revelando um "conteúdo latente" escondido e percepções subconscientes da mente do inimigo.
"Seu trabalho foi utilizado diretamente pela contra-propaganda dos aliados", explicou. A análise recém-exibida apresenta um discurso de rádio de Hitler do dia 26 de abril de 1942. "Seu conteúdo presumivelmente reflete suas tendências mentais mórbidas, por um lado, e conhecimentos especiais disponíveis para ele, por outro", afirmam as linhas iniciais.
Um relatório anterior encontrou três tendências deste tipo, chamadas de "xamanismo", "epilepsia" e "paranoia". O "Xamanismo" se refere à histeria de Hitler e à compulsão de se alimentar de multidões, o que estava em declínio. O relatório de MacCurdy apontava para o "nivelamento maçante" das trasmissões de Hitler. As outras duas eram características em desenvolvimento.
A "Epilepsia" se referia a sua camada fria e cruel, combinada com uma tendência de perder o ânimo quando suas ambições falhavam. A análise de MacCurdy aponta que o discurso de Hitler mostrou que ele era "um homem que está contemplando seriamente a possibilidade de derrota absoluta".
A "Paranoia" foi a terceira e mais preocupante tendência, exposta por meio de um "complexo de Messias" do ditador, através do qual Hitler pensou que estava conduzindo um povo escolhido em uma cruzada contra o mal encarnado nos judeus, afirma o documento.
Ele observa uma extensão da "judeufobia" e afirma que Hitler passou a ver os judeus não apenas como uma ameaça para a Alemanha, mas como um "agente universal diabólico". Sabe-se agora que, semanas antes do discurso, autoridades nazistas colocaram em andamento planos para a "solução final": a tentativa de extermínio de toda a população judaica.
"Hitler está envolvido em uma teia de delírios religiosos", concluiu MacCurdy. "Os judeus são a encarnação do diabo, enquanto ele é a encarnação do espírito do bem".
"Ele é um deus e através de seu sacrifício a vitória sobre o mal pode ser alcançada", explica. O documento foi adicionado a um arquivo sobre o trabalho de Abrams na Universidade de Cambridge e agora está disponível para os pesquisadores.
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http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5754598-EI8142,00-Analise+Hitler+era+paranoico+e+tinha+complexo+de+Messias.html
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Telescópio registra explosão de raios-X em buraco negro
A mancha rosa no centro da imagem é a explosão registrada pelo Chandra
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O telescópio Chandra, da Nasa, registrou uma explosão de raios-X equivalente a milhões de vezes a radiação do Sol em todos os comprimentos de onda de radiação eletromagnética. Segundo a agência espacial, o registro, divulgado nesta quarta-feira, veio de uma galáxia vizinha à Via Láctea e é uma evidência direta de que existe uma população de velhos e voláteis buracos negros ants desconhecidos.
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Os pesquisadores usaram o telescópio para descobrir uma fonte ultraluminosa de raios-X (ULX, como chamam os pesquisadores na sigla em inglês). Esses objetos emitem muito mais esse tipo de radiação que os outros sistemas binários - quando uma estrela orbita os restos de uma estrela que entrou em colapso. O astro colapsado pode se tornar uma densa estrela de nêutrons ou um buraco negro.
Acredita-se que os buracos negros dessas fontes ultraluminosas seriam jovens, já que suas companheiras são. Contudo, a descoberta feita com o Chandra indica que alguns seriam bem mais velhos e massivos do que se pensava.
A ULX foi descoberta na galáxia M83, uma espiral a 15 milhões de anos-luz da Terra. Cientistas compararam dados de 2000 e 2001 e descobriram que a emissão de raios-X aumentou pelo menos 3 mil vezes com a explosão, uma das maiores mudanças já vistas nesse tipo de objeto.
"A queima que a ULX teve nos pegou de surpresa e é um claro sinal de que descobrimos algo sobre como os buracos negros crescem", diz Roberto Soria, da Universidade de Curtin (Austrália), que liderou a pesquisa. Essa explosão certamente ocorreu devido à "queda" de matéria no buraco negro.
Outra ULX contendo um velho e volátil buraco negro foi descoberta recentemente em Andrômeda. "Com esses dois objetos, está ficando claro que existem duas classes de ULX, uma com jovens buracos negros que crescem constantemente e outra com velhos que crescem erraticamente", diz Kip Kuntz, coautor da pesquisa, da Universidade Johns Hopkins (EUA). As descobertas serão detalhadas na edição de 10 de maio da publicação especializada The Astrophysical Journal.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5751008-EI301,00-Telescopio+registra+explosao+de+raiosX+em+buraco+negro.html
'Nature' ignora pedido dos EUA e publica estudo sobre vírus
Uma das principais revistas científicas do planeta, a britânica Nature, publicou nesta quarta-feira, após meses de discussão, uma pesquisa sobre um vírus da gripe aviária modificado em laboratório. A versão criada por cientistas do Japão e Estados Unidos é transmitida mais facilmente.
Os pesquisadores liderados por Yoshihiro Kawaoka, da Universidade de Wisconsin-Madison, juntaram o vírus da gripe aviária com o H1N1 (suína). Após diversos vírus modificados, eles selecionaram alguns e infectaram furões com eles e analisaram o resultado. Contudo, os cientistas afirmam que o vírus criado não é letal para o ser humano - nem para os furões.
Dois artigos sobre a transmissibilidade do vírus da gripe aviária foram submetidos a avaliação em agosto para a Nature e sua principal concorrente, a americana Science. Eles ficaram "congelados" após um pedido do governo americano para que os resultados não fossem divulgados. O medo era de que as descobertas fossem usadas por terroristas para criar armas biológicas.
A discussão seguiu pelos meses seguintes com argumentos a favor e contra a pesquisa publicados em revistas científicas e encontros. De um lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) defendia a publicação. Do outro, órgãos de segurança do governo americano eram contrários. Várias opções foram discutidas, como censurar os principais pontos do artigo, ou distribuí-lo apenas a pessoas selecionadas.
"Um artigo que omite os resultados-chave ou métodos incapacita pesquisas subsequentes e revisão por pares. Além disso, depois de muita deliberação interna e externa, não podemos imaginar qualquer mecanismo ou critério para sensatamente julgar quem deve ou não ser autorizado a ver o trabalho. Também não acreditamos que qualquer informação restrita distribuída aos laboratórios universitários ficaria confidencial por muito tempo", diz o editorial da revista publicado hoje.
Segundo os editores da publicação, a pesquisa mostra sua importância ao deixar claro que o vírus seria capaz de causar uma pandemia. Os cientistas descobriram que apenas quatro mutações foram necessárias para o vírus ter aumentado seu potencial de transmissão. Três ajudam o parasita a se prender nas células de nariz e garganta - a gripe suína costuma atacar apenas células pulmonares, o que dificulta a transmissão. "Uma das mutações já foi identificada em vírus que circulam no Oriente Médio e Ásia, e há preocupação de que ele adquira mais mutações na natureza e se torne transmissível entre mamíferos", diz Kawaoka ao site do jornal britânico The Guardian.
"Em discussões com pesquisadores de biossegurança, houve uma notável unanimidade: se há um benefício para a saúde pública ou a ciência, publique!", diz a Nature. Pesquisadores apresentaram em março um pedido para que o outro artigo também fosse publicado.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5750891-EI8147,00-Nature+ignora+pedido+dos+EUA+e+publica+estudo+sobre+virus.html
Livro: ex-delegado diz ter matado e incinerado militantes na ditadura
Em Memórias de uma Guerra Suja (Editora Topbooks), livro lançado pelos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros esta quarta-feira, o ex-delegado Cláudio Guerra, de 71 anos, afirma ter participado da morte de ao menos 12 guerrilheiros e incinerado os corpos de outros desaparecidos durante a ditadura militar (1964-85). Guerra diz ter decidido confessar os crimes após se tornar pastor evangélico. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O ex-policial promete prestar depoimento à Comissão da Verdade sobre 10 corpos teriam sido queimados no forno de uma usina de açúcar pertencente à família do ex-governador do Estado do Rio Heli Ribeiro Gomes. Ele cita entre essas vítimas David Capistrano, João Batista Rita, Joaquim Pires Cerveira, João Massena Mello, José Roman e Luiz Ignácio Maranhão Filho, do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Completam a lista: Ana Rosa Kucinski e Wilson Silva, da ALN (Ação Libertadora Nacional); Joaquim Pires Cerveira, da FLN (Frente de Libertação Nacional); Eduardo Collier Filho e Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira, da APML (Ação Popular Marxista-Leninista). O paradeiro desses desaparecidos políticos nunca foi informado às famílias.
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http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5751735-EI306,00-Livro+delegado+diz+ter+matado+e+incinerado+militantes+na+ditadura.html
terça-feira, 1 de maio de 2012
Ateus ou agnósticos tendem a agir mais por compaixão do que os mais religiosos, diz estudo
Para os mais religiosos, a generosidade é baseada menos na emoção e mais em fatores como doutrina, senso de comunidade ou cuidado com reputação
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Pesquisa feita na Universidade da Califórnia, em Berkeley, sugere que pessoas muito religiosas são menos motivadas pela compaixão ao ajudar um estranho do que ateus e agnósticos.
Em três experimentos, cientistas detectaram que a compaixão é o que faz pessoas menos religiosas serem mais generosas. Já para os mais crentes, compaixão não tem tanta relação com generosidade, segundo os resultados publicados na revista Social Psychological and Personality Science.
Os dados desafiam a noção de que atos de generosidade e caridade são motivados por empatia e compaixão. Segundo os pesquisadores, isso acontece mais com pessoas menos ou nem um pouco religiosas.
“Nós descobrimos que, para pessoas menos religiosas, a força da conexão emocional com a outra pessoa é fundamental para determinar o quanto o outro será ajudado ou não”, diz o psicólogo social Robb Willer, coautor do estudo. Ele conta que para os mais religiosos, no entanto, a generosidade é baseada menos na emoção e mais em fatores como doutrina, senso de comunidade ou preocupações com a reputação.
A compaixão é definida no estudo como a emoção que sentimos ao ver outra pessoa sofrendo e nos motiva a ajudar, mesmo que isso nos traga algum custo.
O estudo analisou a relação entre compaixão, religião e generosidade, mas não identificou o motivo pelo qual religiosos agem menos por compaixão do que os outros. Os pesquisadores acreditam, no entanto, que essas pessoas são mais guiadas por um senso de obrigação moral.
“Nossa hipótese é que a religião muda a forma como a compaixão tem impacto no comportamento generoso”, afirma Laura Saslow, que participou da pesquisa como estudante de doutorado.
Ela relata que decidiu estudar o assunto depois de ouvir um amigo lamentar que havia feito uma doação às vítimas do terremoto do Haiti apenas depois de assistir a um vídeo emocionante em que uma mulher era salva dos destroços, e não pela compreensão lógica de que era preciso ajudar.
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http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2012/05/01/ateus-ou-agnosticos-tendem-a-agir-mais-por-compaixao-do-que-os-mais-religiosos-diz-estudo.htm
Nasce um bebê por hora nos EUA com sintomas de vício, diz estudo
A cada hora, nasce um bebê, nos Estados Unidos, com sintomas de dependência de opiáceos, segundo um estudo publicado na revista científica da American Medical Association.
Entre 1999 e 2009, triplicou o número de recém-nascidos com síndrome de abstinência no país, devido a um grande aumento na incidência de grávidas viciadas em substâncias legais e ilegais derivadas do ópio.
Segundo os autores do estudo, baseado em dados de mais de 4.000 hospitais, grande parte do problema é o vício em remédios para dor, entre eles oxicodona e codeína.
Só em 2009, 13.5000 bebês teriam nascido no país com síndrome de abstinência neonatal.
VÍCIO
Logo após o nascimento, a bebê Savannah Dannelley teve de ficar internada na unidade neonatal de um hospital em Illinois, ligada a máquinas que monitoravam sua respiração e batimentos cardíacos.
Ela chorava muito, tinha diarreia e dificuldade de se alimentar, problemas típicos em bebês com abstinência. Alguns também têm problemas respiratórios, baixo peso e convulsões.
Sua mãe, Aileen, de 25 anos, parou de tomar analgésicos no início na gravidez, substituindo os remédios por metadona sob supervisão médica.
Agora, tanto ela como a bebê passam por um tratamento para combater o vício.
"É muito duro, todo dia, emocionalmente e fisicamente", disse Aileen Dannelley à agência Associated Press.
ALTOS CUSTOS
Não se sabe ao certo quais são os impactos de longo prazo para a saúde de bebês que nascem com sintomas de dependência, mas reagem bem durante as primeiras semanas de vida.
Algumas pesquisas científicas, mas não todas, apontam um risco mais alto de problemas de desenvolvimento.
O que fica claro, segundo o novo estudo, é que os custos médicos são muito mais altos com bebês que nascem com o problema.
"Bebês com síndrome de abstinência neonatal precisam de hospitalizações iniciais mais longas, frequentemente mais complexas e mais custosas", conclui o estudo.
Em média, um recém-nascido com sintomas de dependência passa 16 dias no hospital, comparado com apenas três para os demais bebês.
Para Stephen Patrick, um dos autores da pesquisa, "os opiáceos estão se tornando um grande problema nos Estados Unidos".
Marie Hayes, da Universidade do Maine, diz que em 85% dos casos de bebês com síndrome de dependência, as mães eram viciadas em remédios normalmente vendidos com receita médica e, em poucos casos, as mães eram dependentes de heroína ou estavam tomando remédios por necessidade, após um acidente de carro, por exemplo.
Um editorial da revista que acompanha o estudo diz que enquanto "os opiáceos oferecem um controle de dor superior", eles também tem sido "receitados de forma exagerada, desviados e vendidos ilegalmente, o que cria um novo caminho para o vício em opiáceos e um problema de saúde pública materna e infantil".
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http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1083888-nasce-um-bebe-por-hora-nos-eua-com-sintomas-de-vicio-diz-estudo.shtml
Raciocínio lógico pode afetar fé em Deus, diz pesquisa
Exposição a imagens de 'O Pensador' e verbos como 'ponderar' faz as pessoas se declararem menos religiosas
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O "ministério da cultura" adverte: contemplar a escultura "O Pensador", do francês Auguste Rodin (1840-1917), pode fazer com que você fique menos religioso.
A frase soa como loucura, mas esse é um dos achados de um estudo que acaba de sair na revista "Science".
Trata-se, na verdade, de um caso particular de um fenômeno mais amplo: aparentemente, levar as pessoas a pensarem de modo mais "racional", por meio de influências sutis (como a exibição da célebre imagem do homem refletindo), reduz as tendências religiosas dos sujeitos.
A pesquisa é assinada por Ara Norenzayan e Will Gervais, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), que estão entre os mais destacados estudiosos da psicologia da religião.
Eles partiram de uma hipótese apoiada por outros estudos, segundo a qual pessoas religiosas preferem usar a intuição ao processar dados, enquanto os não religiosos usam o raciocínio detalhado.
Luciana Whitaker/Folhapress
Exposição a imagens de 'O Pensador' e verbos como 'ponderar' faz as pessoas se declararem menos religiosas
Os religiosos, por exemplo, acabam caindo com mais facilidade em "pegadinhas" lógicas, independentemente de seu QI ou nível educacional.
A dupla de pesquisadores combinou esse dado com uma técnica comum de psicologia experimental, o chamado "priming", que envolve o uso de um estímulo prévio para "preparar" a mente do participante de forma a reagir de certa maneira.
Sabe-se que o "priming" funciona em contextos educacionais. Se alunos de uma escola da periferia leem, antes de uma prova de ciências, sobre garotos pobres que se tornaram grandes cientistas, tiram notas melhores.
No estudo canadense, dezenas de voluntários tinham de realizar tarefas, metade das quais poderia levar a um "priming" do pensamento analítico, enquanto a outra metade era neutra.
Sabe-se que até ler um texto com letras miúdas pode favorecer a ativação desse tipo de raciocínio.
Os voluntários que fizeram as tarefas "analíticas" tiveram menos propensão a se declarar religiosos depois.
Para os pesquisadores, um motivo possível para isso é que a religiosidade depende de processos mentais intuitivos, como detectar "personalidade" no mundo -mesmo em contextos inanimados, como a natureza, o que levaria à crença em deuses. O raciocínio analítico poderia bloquear isso.
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1083511-raciocinio-logico-pode-afetar-fe-em-deus-diz-pesquisa.shtml
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