Pôster do filme “Criação” (Creation) - baseado no livro “Annie’s Box”, escrito por Randal Reynes, tataraneto de Charles Darwin, o criador da teoria da evolução.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Enterro ecológico propõe transformar corpo em "terra fértil"


Empresa propõe método que, segundo ela, é mais ecológico que o enterro tradicional e que a cremação
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A empresa sueca Promessa Organic S.A. propõe uma nova forma de cuidar dos restos mortais de um ente querido. A empresa organiza enterros ecológicos que preparam o corpo para um processo de decomposição biológica e natural. Segundo a corporação, o enterro ecológico foi criado sob uma perspectiva ética, moral, ambiental e técnica.
A empresa afirma que o enterro tradicional se transforma em um problema de saúde pública nas grandes cidades e pode causar a eutrofização (problema gerado pelo excesso de nutrientes em lagos e rios). A cremação também não seria uma alternativa interessante ao ambiente, por causa da emissão de gases. O maior problema desta, segundo a organização, está no mercúrio. Na Suécia, por exemplo, as cremações são responsáveis por um terço das emissões de mercúrio, segundo estimativa do governo do país.
Como funcionaO método sueco consiste basicamente em seis passos (clique na aba "fotos" acima para entender melhor). Primeiro, o corpo deve ser mantido conservado a uma temperatura de -18°C sem uso de produtos químicos. Depois, ele é imerso em nitrogênio líquido, a uma temperatura de aproximadamente -196°C. No terceiro passo, o corpo passa por um aparelho que cria uma vibração. Como estão congelados e muito frágeis, os restos mortais viram pó, se convertendo em partículas milimétricas.
O pó passa, então, por um separador de metais, que vai retirar o mercúrio e outros metais. Após isso, os restos mortais são colocados em um caixão feito de amido de milho. No último passo, o caixão é enterrado superficialmente e, entre seis e 12 meses, tudo se transforma em terra.
A empresa afirma que, se for do desejo da pessoa, pode ser inclusive plantada uma árvore junto ao caixão no final do processo.
"O enterro ecológico reduz o impacto em alguns dos nossos recursos naturais mais importantes: a água, o ar e a terra", diz Susanne Wiigh-Mäsak, biológa e chefe da empresa, em um comunicado no site da corporação. "O mesmo oferece um conhecimento mais profundo sobre o ecossistema, assim como uma maior compreensão e respeito pela vida na Terra", afirma.
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