Pessoas do mundo inteiro dizem que apoiam firmemente a igualdade de direitos para homens e mulheres, mas muitos ainda acreditam que os homens devem ter preferência no que diz repeito a bons empregos, educação superior ou em alguns casos até em relação ao simples direito de trabalhar fora, de acordo com uma nova pesquisa em 22 países.
A pesquisa, conduzida em abril e maio pelo Projeto de Atitudes Globais do Centro de Pesquisas Pew em associação com o International Herald Tribune, mostra que tanto nos países em desenvolvimento quanto nos países ricos há uma distância pronunciada entre a crença na igualdade dos sexos e em como ela se traduz na realidade.
Em países onde os direitos iguais já são obrigatórios, as mulheres parecem obstruídas por uma falta de progresso real, descobriu a pesquisa.
“As mulheres nos Estados Unidos e na Europa carregam grandes responsabilidades no lar e no trabalho simultaneamente, e isso gera estresse e baixa qualidade de vida”, diz a professora Herminia Ibarra, coautora do Relatório das Diferenças de Gênero Corporativas do Fórum Econômico Mundial.
As opiniões dos franceses, principalmente, são emblemáticas dessa tendência irregular da igualidade entre os sexos.
100% das mulheres fracesas e 99% dos homens franceses apoiam a ideia de direitos iguais. Mas 75% também disseram que os homens lá têm uma vida melhor, de longe uma porcentagem bem maior do que nos outros países em que a pesquisa foi feita.
Por que as pessoas na França, cujo Estado fornece uma assistência generosa para as mães de recém-nascidos e para as crianças pequenas, sentem-se tão distantes de atingir a igualdade de gêneros?
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