A moda evangélica, como a da Kauly, adapta as tendências para os padrões da religião. Roupas têm comprimento no joelho e decote pouco revelador
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Os brasileiros adeptos da religião evangélica - ou cristãos protestantes pentecostais - formam um grupo que movimenta um mercado próprio de artigos religiosos e de produtos feitos sob medida para eles. Entre esses nichos está o da chamada "moda evangélica", também conhecida pelos lojistas como "moda comportada". O público-alvo são as mulheres, que buscam roupas decote fechado e saias e vestidos mais longos do que a média.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que em 2000 o País tinha 26,2 milhões de evangélicos - para efeito de comparação, em 1991 esse número era de 12,6 milhões. A Expocristã, feira que acontece há dez anos e é o maior evento do setor, afirma que existem hoje no Brasil 55 milhões de protestantes e que a projeção é que eles cheguem a 109 milhões, em 2020.
O crescimento da população evangélica tem atraído os empreendedores. "A loja virtual Jeans Moda começou em 2010. Há seis meses, decidi apostar somente em moda evangélica. O faturamento aumentou 150%", conta Mauricio Souza, proprietário da loja Multimarcas. Com o incremento vindo dos protestantes, ele abriu também um espaço físico em São Paulo.
Silva decidiu mudar de segmento por dois motivos: detectou o aumento da população evangélica e percebeu que o segmento de jeans já estava saturado.
Apesar de ter faturado R$ 60 bilhões em 2011 - de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) -, o setor têxtil como um todo não está no seu melhor momento. Um dos vilões é a importação de produtos, principalmente os oriundos da China. De janeiro a novembro do ano passado, as importações de vestuário aumentaram 40,6% na comparação com igual período de 2010. Por isso, lucra mais o empresário que aposta em nichos específicos.
O proprietário da Jeans Moda aponta a qualidade no acabamento como o diferencial das roupas feitas para as evangélicas. "Como elas não apelam para o corpo, querem uma roupa muito bonita, com boa modelagem e qualidade no acabamento", afirma. A venda online da loja atende a pessoas de todo o País, mas o Norte e o Nordeste são os maiores compradores. "É simples. Os lojistas dessas regiões têm de vir até São Paulo para comprar suas mercadorias, o que acaba encarecendo o produto. Ao vender pela internet, não preciso repassar isso para o consumidor", explica Silva.
Kauly muda linha a partir de análise da clientela
Há dez anos, a loja Kauly, que possui duas unidades no Brás, bairro paulistano caracterizado pelo comércio popular, resolveu apostar em moda evangélica. No início, em 1990, a loja vendia o que chama de "modinha" - roupas que seguem a tendência do momento. De acordo com o proprietário, Wilson Sanches, a mudança se deu devido a uma melhor análise do perfil dos clientes. "Percebemos que atendíamos a muitos evangélicos e decidimos fazer uma moda focada neles", explica.
Sanches afirma que o trabalho da Kauly busca traduzir as tendências da moda para o público protestante. "Temos um estilista próprio. Adaptamos o que se vê nas ruas. Nossa preocupação é com o comprimento das saias e vestidos e com decotes", diz. Com relação à classe social atendida, Sanches aponta que a clientela é formada, na maioria, por pessoas das classes B e C. "Apesar de o Brás ser visto como extremamente popular, existem as ruas mais elitizadas. O público com mais poder aquisitivo vem, sim, até aqui."
O proprietário encara o setor de moda evangélica sem otimismo exagerado. "Não dá para descolar o nosso segmento do têxtil. Como qualquer empresa de 'modinha', também no evangélico há aqueles que vão bem e os que vão mal, que sentem mais a crise."
Ele também comenta que o maior desafio desse nicho ainda é o seu tamanho. "Apesar de o número de evangélicos aumentar, não são todos que usam a moda evangélica. O segmento é reduzido e limitado", opina.
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http://invertia.terra.com.br/empreendedor/noticias/0,,OI5638241-EI19586,00-Moda+evangelica+segue+avanco+da+religiao+e+gera+novo+nicho.html
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Golfinhos têm assobio individual que usam para fins sociais
Golfinhos nariz-de-garrafa têm assobios individuais que usam exclusivamente para saudar outros membros da espécie, anunciaram biólogos marinhos em estudo que será publicado nesta terça-feira. Usando hidrofones, cientistas da Universidade de Saint Andrews, gravaram golfinhos nadando na Baía de Saint Andrews, na costa nordeste da Escócia, nos verões de 2003 e 2004.
Quando grupos de golfinhos se encontravam, eles trocavam assobios aparentemente com o mesmo som. Mas análises forenses revelaram que os assobios eram, na verdade, assinaturas individuais, uma vez que não combinavam ou eram imitados por outros animais.
"As trocas de assobios indviduais são uma parte significativa de uma sequência de saudações que permite aos golfinhos identificar conespecíficos (membros da mesma espécie) ao encontrá-los na natureza", destacou o estudo.
Segundo a pesquisa, os assobios são claramente importantes, uma vez que foram ouvidos em 90% dos encontros, acrescentou. Um sinal em particular veio daquele que parecia ser o líder do grupo, aparentemente dando o "OK" para os companheiros se unirem ao outro grupo.
Outros assobios poderiam ser relacionados com a aprovação sobre os papéis na busca de comida ou a identificação de indivíduos para socialização. Os golfinhos nariz-de-garrafa atuam em uma sociedade "fissão-fusão", o que significa que eles vivem em grupos cujo número é fluido.
O estudo, realizado por Vincent Janik e Nicola Quick, é publicado no periódico britânico Proceedings of the Royal Society B. A descoberta adiciona uma curiosidade sobre o golfinho nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus), um das poucas espécies capazes de inventar ou copiar ruídos.
As demais são as aves cantoras, as baleias, as focas e os morcegos, mas nestas espécies, o truque aprendido tem como objetivo a reprodução e são os machos que aprendem a cantar para atrair as fêmeas.
Segundo os cientistas, ao usar assobios para divulgar identidade e detalhes do meio ambiente, os golfinhos compartilham habilidades similares às do falante papagaio-cinzento.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5638380-EI8145,00-Golfinhos+tem+assobio+individual+que+usam+para+fins+sociais.html
Quando grupos de golfinhos se encontravam, eles trocavam assobios aparentemente com o mesmo som. Mas análises forenses revelaram que os assobios eram, na verdade, assinaturas individuais, uma vez que não combinavam ou eram imitados por outros animais.
"As trocas de assobios indviduais são uma parte significativa de uma sequência de saudações que permite aos golfinhos identificar conespecíficos (membros da mesma espécie) ao encontrá-los na natureza", destacou o estudo.
Segundo a pesquisa, os assobios são claramente importantes, uma vez que foram ouvidos em 90% dos encontros, acrescentou. Um sinal em particular veio daquele que parecia ser o líder do grupo, aparentemente dando o "OK" para os companheiros se unirem ao outro grupo.
Outros assobios poderiam ser relacionados com a aprovação sobre os papéis na busca de comida ou a identificação de indivíduos para socialização. Os golfinhos nariz-de-garrafa atuam em uma sociedade "fissão-fusão", o que significa que eles vivem em grupos cujo número é fluido.
O estudo, realizado por Vincent Janik e Nicola Quick, é publicado no periódico britânico Proceedings of the Royal Society B. A descoberta adiciona uma curiosidade sobre o golfinho nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus), um das poucas espécies capazes de inventar ou copiar ruídos.
As demais são as aves cantoras, as baleias, as focas e os morcegos, mas nestas espécies, o truque aprendido tem como objetivo a reprodução e são os machos que aprendem a cantar para atrair as fêmeas.
Segundo os cientistas, ao usar assobios para divulgar identidade e detalhes do meio ambiente, os golfinhos compartilham habilidades similares às do falante papagaio-cinzento.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5638380-EI8145,00-Golfinhos+tem+assobio+individual+que+usam+para+fins+sociais.html
Humor ateu ----------Arqueólogos apontam novos indícios sobre ressurreição de Jesus
Um grupo de arqueólogos e especialistas em assuntos religiosos apresentou em Nova York as conclusões de uma pesquisa que apresenta indícios da ressurreição de Jesus a partir de um túmulo localizado em Jerusalém há três décadas. "Até agora me parecia impossível que tivessem aparecido túmulos desse tempo com provas confiáveis da ressurreição de Jesus ou com imagens do profeta Jonas, mas essas evidências são claras", afirmou nesta terça-feira o professor James Tabor, diretor do departamento de estudos religiosos da Universidade da Carolina do Norte, um dos responsáveis pela pesquisa.
O túmulo em questão foi descoberto em 1981 durante as obras de construção de um prédio no bairro de Talpiot, situado a menos de 4 km da Cidade Antiga de Jerusalém. Um ano antes, neste mesmo lugar, foi encontrado um túmulo que muitos acreditam ser de Jesus e sua família.
Ao lado do professor de Arqueologia Rami Arav, da Universidade de Nebraska, e do cineasta canadense de origem judaica Simcha Jacobovici, Tabor conseguiu uma permissão da Autoridade de Antiguidades de Israel para escavar o local entre 2009 e 2010. Em uma das ossadas encontradas, que os especialistas situam em torno do ano 60 d.C., é possível ver a imagem de um grande peixe com uma figura humana na boca, que, segundo os pesquisadores, seria uma representação que evoca a passagem bíblica do profeta Jonas.
A pesquisa, realizada com uma equipe de câmeras de alta tecnologia, também descobriu uma inscrição grega que faz referência à ressurreição de Jesus, detalhou à Agência Efe o professor Tabor, que acrescentou que essa prova pode ter sido realizada "por alguns dos primeiros seguidores de Jesus".
"Nossa equipe se aproximou do túmulo com certa incredulidade, mas os indícios que encontramos são tão evidentes que nos obrigaram a revisar todas as nossas presunções anteriores", acrescentou o especialista, que acaba de publicar um livro com todas as conclusões de sua pesquisa, The Jesus Discovery.
O professor reconhece que suas conclusões são "controversas" e que vão causar certo repúdio entre os "fundamentalistas religiosos", enquanto outros acadêmicos seguirão duvidando das evidências arqueológicas da cristandade.
Anteriormente, essa mesma equipe de pesquisadores participou do documentário O Túmulo Secreto de Jesus, produzido pelo cineasta James Cameron. Na obra, os arqueólogos encontraram dez caixões que asseguram pertencer a Jesus e sua família, incluindo Virgem Maria, Maria Madalena e um suposto filho de Jesus. Segundo o documentário, as ossadas encontradas supostamente apresentavam inscrições correspondentes às identidades de Jesus e sua família, o que acaba reforçando a versão apresentada no livro "O Código da Vinci", de Dan Brown, o mesmo que indica que Jesus foi casado com Maria Madalena e que ambos teriam tido um filho juntos.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5638323-EI8147,00-Arqueologos+apontam+novos+indicios+sobre+ressurreicao+de+Jesus.html
O túmulo em questão foi descoberto em 1981 durante as obras de construção de um prédio no bairro de Talpiot, situado a menos de 4 km da Cidade Antiga de Jerusalém. Um ano antes, neste mesmo lugar, foi encontrado um túmulo que muitos acreditam ser de Jesus e sua família.
Ao lado do professor de Arqueologia Rami Arav, da Universidade de Nebraska, e do cineasta canadense de origem judaica Simcha Jacobovici, Tabor conseguiu uma permissão da Autoridade de Antiguidades de Israel para escavar o local entre 2009 e 2010. Em uma das ossadas encontradas, que os especialistas situam em torno do ano 60 d.C., é possível ver a imagem de um grande peixe com uma figura humana na boca, que, segundo os pesquisadores, seria uma representação que evoca a passagem bíblica do profeta Jonas.
A pesquisa, realizada com uma equipe de câmeras de alta tecnologia, também descobriu uma inscrição grega que faz referência à ressurreição de Jesus, detalhou à Agência Efe o professor Tabor, que acrescentou que essa prova pode ter sido realizada "por alguns dos primeiros seguidores de Jesus".
"Nossa equipe se aproximou do túmulo com certa incredulidade, mas os indícios que encontramos são tão evidentes que nos obrigaram a revisar todas as nossas presunções anteriores", acrescentou o especialista, que acaba de publicar um livro com todas as conclusões de sua pesquisa, The Jesus Discovery.
O professor reconhece que suas conclusões são "controversas" e que vão causar certo repúdio entre os "fundamentalistas religiosos", enquanto outros acadêmicos seguirão duvidando das evidências arqueológicas da cristandade.
Anteriormente, essa mesma equipe de pesquisadores participou do documentário O Túmulo Secreto de Jesus, produzido pelo cineasta James Cameron. Na obra, os arqueólogos encontraram dez caixões que asseguram pertencer a Jesus e sua família, incluindo Virgem Maria, Maria Madalena e um suposto filho de Jesus. Segundo o documentário, as ossadas encontradas supostamente apresentavam inscrições correspondentes às identidades de Jesus e sua família, o que acaba reforçando a versão apresentada no livro "O Código da Vinci", de Dan Brown, o mesmo que indica que Jesus foi casado com Maria Madalena e que ambos teriam tido um filho juntos.
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Cientistas usam cocaína para entender funcionamento do cérebro
Uma equipe de cientistas franceses conseguiu detectar, mediante o emprego de cocaína em ratos, um novo esquema de funcionamento do cérebro, informou nesta terça-feira o Centro Francês de Pesquisas Científicas (CNRS). A cocaína é um estimulante muito potente que tem consequências diretas no cérebro até o ponto de bloquear a recepção de neurotransmissores que influenciam em vários processos físicos e psicológicos.
Os pesquisadores identificaram, a partir de testes realizados com roedores, uma relação entre o aumento da densidade dos espinhos dendríticos e a cocaína no núcleo accumbens, um grupo de neurônios fundamental na captação de efeitos aditivos e outros comportamentos como o medo e a tomada de decisões.
Os cientistas bloquearam o aumento de espinhos após injetar diretamente no centro e no exterior deste grupo de neurônios anisomicina, um inibidor da síntese de proteínas. Esta experiência demonstrou que os efeitos da cocaína se devem a uma transferência de neuroplasticidade causada pelo aumento de espinhos dendríticos do centro até o exterior do núcleo.
A inovação da pesquisa é que até o momento, segundo a nota do CNRS, não existia uma demonstração do envio de informação de centro ao exterior, enquanto, no sentido contrário, estava bem documentada. Os resultados da pesquisa feita pelo CNRS e pela Universidade Paris Descartes (França), foram publicados na revista de medicina PLoS One.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5637867-EI8147,00-Cientistas+usam+cocaina+para+entender+funcionamento+do+cerebro.html
Os pesquisadores identificaram, a partir de testes realizados com roedores, uma relação entre o aumento da densidade dos espinhos dendríticos e a cocaína no núcleo accumbens, um grupo de neurônios fundamental na captação de efeitos aditivos e outros comportamentos como o medo e a tomada de decisões.
Os cientistas bloquearam o aumento de espinhos após injetar diretamente no centro e no exterior deste grupo de neurônios anisomicina, um inibidor da síntese de proteínas. Esta experiência demonstrou que os efeitos da cocaína se devem a uma transferência de neuroplasticidade causada pelo aumento de espinhos dendríticos do centro até o exterior do núcleo.
A inovação da pesquisa é que até o momento, segundo a nota do CNRS, não existia uma demonstração do envio de informação de centro ao exterior, enquanto, no sentido contrário, estava bem documentada. Os resultados da pesquisa feita pelo CNRS e pela Universidade Paris Descartes (França), foram publicados na revista de medicina PLoS One.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5637867-EI8147,00-Cientistas+usam+cocaina+para+entender+funcionamento+do+cerebro.html
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Estudo desmente teorias sobre desaparecimento do cromossomo Y
As teorias de que os homens eventualmente vão desaparecer porque o cromossomo Y, que determina a masculinidade, está encolhendo estariam muito erradas, segundo um estudo genético publicado nesta quarta-feira.
O cenário da condenação dos homens ganhou destaque quase uma década atrás quando os cientistas descobriram que o cromossomo masculino tinha se reduzido drasticamente. Ele passou de um super-Y com mais de 1.400 genes, há centenas de milhões de anos, para um pequeno e nodoso cromossomo com apenas dezenas de genes.
Essa descoberta levou a pensar que o Y estava em apuros. Os humanos poderiam acabar como as ratazanas toupeiras transcaucasianas, um pensamento preocupante. Mamífero cujo cromossomo Y foi vencido pela pressão evolucionária, a ratazana toupeira se diferenciou em duas espécies, um das quais não possui o cromossomo Y. Como o gênero de sua prole é determinado ainda é um mistério.
No pior cenário, os homens desapareceriam sem meios artificiais para garantir a continuidade do sexo masculino ameaçado. Algumas vozes apocalípticas dizem que isso poderia acontecer em cerca de cinco milhões de anos e outras em apenas 125 mil anos, com o cromossomo Y seguindo o caminho do pássaro extinto Dodo.
Mas o novo estudo diz que a diminuição dos cromossomos Y ocorreu em um passado muito distante e que o cromossomo tem se mantido maravilhosamente estável há milhões de anos. O genoma humano tem 22 pares de cromossomos mais um par que determina o sexo. Se você é uma mulher, tem dois cromossomos X; se você é um homem, um X e um Y.
A nova evidência vem de uma comparação do cromossomo Y humano com o do macaco rhesus - um famoso macaco do Velho Mundo cujo caminho evolucionário se diferenciou dos humanos e chipanzés cerca de 25 milhões de anos atrás. O cromossomo Y do rhesus não perdeu um único gene ancestral em todo esse tempo, disse o estudo.
Em comparação, o Y humano perdeu um gene ancestral, o que aconteceu em um minúsculo segmento que corresponde a apenas três por cento do cromossomo inteiro. "Sem a perda dos genes do Y do rhesus e um gene perdido no Y humano, está claro que o Y não vai a lugar algum", afirmou Jennifer Hughes do Whitehead Institute for Biomedical Research do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
O chefe de Hughes, David Page, disse que tem combatido a noção de "declínio do Y" nos últimos 10 anos e acredita que o novo estudo "simplesmente destrói" a teoria. "Eu não posso dar uma palestra sem ser questionado sobre o desaparecimento do Y", reclamou. "Esta ideia tem sido tão persuasiva que tem nos impedido de avançar em questões realmente importantes sobre o Y", afirmou.
Antes de eles se tornarem cromossomos sexuais especializados, o X e o Y eram essencialmente como os cromossomos comuns e costumavam trocar genes com qualquer outro, um processo chamado cruzamento que ajuda a eliminar mutações perigosas e manter um amplo conjunto de genes, de acordo com a equipe de Page. Mas o cruzamento X-Y parou, fazendo o cromossomo Y perder rapidamente dezenas de genes indesejados em cinco etapas. "Então ele se nivelou e ele vem fazendo isso muito bem desde então", concluiu Page.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5626846-EI8147,00-Estudo+desmente+teorias+sobre+desaparecimento+do+cromossomo+Y.html
O cenário da condenação dos homens ganhou destaque quase uma década atrás quando os cientistas descobriram que o cromossomo masculino tinha se reduzido drasticamente. Ele passou de um super-Y com mais de 1.400 genes, há centenas de milhões de anos, para um pequeno e nodoso cromossomo com apenas dezenas de genes.
Essa descoberta levou a pensar que o Y estava em apuros. Os humanos poderiam acabar como as ratazanas toupeiras transcaucasianas, um pensamento preocupante. Mamífero cujo cromossomo Y foi vencido pela pressão evolucionária, a ratazana toupeira se diferenciou em duas espécies, um das quais não possui o cromossomo Y. Como o gênero de sua prole é determinado ainda é um mistério.
No pior cenário, os homens desapareceriam sem meios artificiais para garantir a continuidade do sexo masculino ameaçado. Algumas vozes apocalípticas dizem que isso poderia acontecer em cerca de cinco milhões de anos e outras em apenas 125 mil anos, com o cromossomo Y seguindo o caminho do pássaro extinto Dodo.
Mas o novo estudo diz que a diminuição dos cromossomos Y ocorreu em um passado muito distante e que o cromossomo tem se mantido maravilhosamente estável há milhões de anos. O genoma humano tem 22 pares de cromossomos mais um par que determina o sexo. Se você é uma mulher, tem dois cromossomos X; se você é um homem, um X e um Y.
A nova evidência vem de uma comparação do cromossomo Y humano com o do macaco rhesus - um famoso macaco do Velho Mundo cujo caminho evolucionário se diferenciou dos humanos e chipanzés cerca de 25 milhões de anos atrás. O cromossomo Y do rhesus não perdeu um único gene ancestral em todo esse tempo, disse o estudo.
Em comparação, o Y humano perdeu um gene ancestral, o que aconteceu em um minúsculo segmento que corresponde a apenas três por cento do cromossomo inteiro. "Sem a perda dos genes do Y do rhesus e um gene perdido no Y humano, está claro que o Y não vai a lugar algum", afirmou Jennifer Hughes do Whitehead Institute for Biomedical Research do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
O chefe de Hughes, David Page, disse que tem combatido a noção de "declínio do Y" nos últimos 10 anos e acredita que o novo estudo "simplesmente destrói" a teoria. "Eu não posso dar uma palestra sem ser questionado sobre o desaparecimento do Y", reclamou. "Esta ideia tem sido tão persuasiva que tem nos impedido de avançar em questões realmente importantes sobre o Y", afirmou.
Antes de eles se tornarem cromossomos sexuais especializados, o X e o Y eram essencialmente como os cromossomos comuns e costumavam trocar genes com qualquer outro, um processo chamado cruzamento que ajuda a eliminar mutações perigosas e manter um amplo conjunto de genes, de acordo com a equipe de Page. Mas o cruzamento X-Y parou, fazendo o cromossomo Y perder rapidamente dezenas de genes indesejados em cinco etapas. "Então ele se nivelou e ele vem fazendo isso muito bem desde então", concluiu Page.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5626846-EI8147,00-Estudo+desmente+teorias+sobre+desaparecimento+do+cromossomo+Y.html
Cientistas capturam 1ª imagem de emissão de energia em molécula
Cargas em átomos únicos já foram medidas em outras ocasiões, mas a captura de imagens do fenômeno em uma molécula complexa é mais rara
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Pesquisadores conseguiram captar pela primeira vez imagens da distribuição de carga em uma única molécula, com detalhes de uma complexa "dança" de elétrons em pequenas escalas. Cargas em átomos únicos já foram medidas em outras ocasiões, mas a captura de imagens do fenômeno em uma molécula complexa é algo mais difícil.
A técnica pioneira pode permitir que se observe diversos processos de transferência de carga que são comuns na natureza. A pesquisa do grupo IBM Research, de Zurique, na Suíça, foi publicada nesta semana na revista científica Nature Nanotechnology.
A mesma equipe foi responsável por medir pela primeira vez a carga de átomos únicos, e também por fazer a primeira imagem de uma molécula única. A nova pesquisa é uma extensão dos dois trabalhos anteriores. No entanto, uma técnica diferente foi usada, chamada de microscopia por sonda Kelvin - uma variação de uma técnica de microscopia que permitiu que se fizesse a primeira imagem molecular, em 2009.
Os cientistas usam uma barra com apenas bilionésimos de metros de largura, cuja ponta é formada por apenas uma molécula. A barra, chamada de cantiléver, é carregada com uma pequena voltagem e aproximada de uma molécula maior, em formato de xis.
Quando ocorre a aproximação, a cantiléver começa a se mexer, revelando onde os elétrons estão na molécula. Na molécula usada - de naphthalocyanine, em inglês - os átomos de hidrogênio trocam de posição, e os elétrons migram de um braço do "xis" para o outro.
Com a técnica, os cientistas conseguiram observar a troca na distribuição de carga. Ao combinar o método com outras técnicas mais tradicionais, os cientistas acreditam que poderão fazer novas descobertas no mundo da nanotecnologia.
"Será possível investigar no nível molecular único como a carga se redistribui quando elos químicos individuais são formados entre átomos e moléculas em superfícies", afirma um dos autores do estudo, o cientista Fabian Mohn. "Isso é essencial para construir aparelhos de escala atômica ou molecular".
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5634775-EI238,00-Cientistas+capturam+imagem+de+emissao+de+energia+em+molecula.html
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Pesquisadores conseguiram captar pela primeira vez imagens da distribuição de carga em uma única molécula, com detalhes de uma complexa "dança" de elétrons em pequenas escalas. Cargas em átomos únicos já foram medidas em outras ocasiões, mas a captura de imagens do fenômeno em uma molécula complexa é algo mais difícil.
A técnica pioneira pode permitir que se observe diversos processos de transferência de carga que são comuns na natureza. A pesquisa do grupo IBM Research, de Zurique, na Suíça, foi publicada nesta semana na revista científica Nature Nanotechnology.
A mesma equipe foi responsável por medir pela primeira vez a carga de átomos únicos, e também por fazer a primeira imagem de uma molécula única. A nova pesquisa é uma extensão dos dois trabalhos anteriores. No entanto, uma técnica diferente foi usada, chamada de microscopia por sonda Kelvin - uma variação de uma técnica de microscopia que permitiu que se fizesse a primeira imagem molecular, em 2009.
Os cientistas usam uma barra com apenas bilionésimos de metros de largura, cuja ponta é formada por apenas uma molécula. A barra, chamada de cantiléver, é carregada com uma pequena voltagem e aproximada de uma molécula maior, em formato de xis.
Quando ocorre a aproximação, a cantiléver começa a se mexer, revelando onde os elétrons estão na molécula. Na molécula usada - de naphthalocyanine, em inglês - os átomos de hidrogênio trocam de posição, e os elétrons migram de um braço do "xis" para o outro.
Com a técnica, os cientistas conseguiram observar a troca na distribuição de carga. Ao combinar o método com outras técnicas mais tradicionais, os cientistas acreditam que poderão fazer novas descobertas no mundo da nanotecnologia.
"Será possível investigar no nível molecular único como a carga se redistribui quando elos químicos individuais são formados entre átomos e moléculas em superfícies", afirma um dos autores do estudo, o cientista Fabian Mohn. "Isso é essencial para construir aparelhos de escala atômica ou molecular".
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5634775-EI238,00-Cientistas+capturam+imagem+de+emissao+de+energia+em+molecula.html
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Gravura rupestre mais antiga das Américas é descoberta no Brasil
Gravura encontrada na rocha basal da Lapa do Santo constitui a representação de um antropomorfo
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Cientistas brasileiros descobriram no sítio arqueológico chamado Lapa do Santo, a 60 km de Belo Horizonte (MG), a gravura rupestre mais antiga do continente americano. A representação de um homem "desenhado" na pedra, com 30 cm de altura e 20 cm de largura, foi a primeira gravura arqueológica encontrada no local. O trabalho foi divulgado na revista PLos One.
O líder do grupo de pesquisadores que encontraram a imagem, o arqueólogo do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) Walter Neves, conta que foi uma surpresa para a equipe encontrar a gravura, que estava abaixo de 4 m de sedimentos arqueológicos. Ela foi descoberta nos últimos momentos de escavação de determinada área do sítio arqueológico em julho de 2009.
"Depois disso, para descobrir a datação, foi um longo caminho. Obviamente, por conhecer o sítio que estávamos escavando, sabíamos que havíamos encontrado algo antigo, mas não sabíamos o quão antigo", relata o também arqueólogo Danilo Bernardo, coautor do trabalho. Ele conta que graças ao trabalho meticuloso ao longo das escavações, conseguiram selecionar amostras de carvão ao longo do processo para estabelecer os limites cronológicos do achado.
Segundo os autores, a imagem deve ter entre 9,5 mil e 10,5 mil anos. "Encontramos carvão embaixo e acima da gravura e, assim, conseguimos estimar a idade da representação por meio da datação por carbono-14", explica Neves. A datação por meio dos valores de carnono-14 dão pistas muito precisas sobre a idade dos objetos, pois este elemento diminui a um ritmo constante com o passar do tempo.
A imagem
O desenho na pedra mostra um antropomorfo (uma imagem de um homem) com a cabeça em forma de C, três dígitos nas mãos e o falo ereto. Danilo Bernardo lembra que entender o significado da manifestação artística de uma cultura antepassada é algo extremamente difícil. "Tradicionalmente, figuras como essa são compreendidas como tendo alguma relação com rituais, de fertilidade, por exemplo, mas, insisto em dizer, que acho essa interpretação muito complexa".
O achado dos pesquisadores brasileiros tem relevância especialmente sob dois aspectos: a dificuldade de se datar precisamente manifestações rupestres, em especial os petróglifos (imagens gravadas nas rochas), e o fortalecimento da ideia de que o Novo Mundo teria sido ocupado pelo homem em idades anteriores àquelas propostas pelos defensores do modelo Clóvis, no qual teria apenas uma via de entrada para os pioneiros - o estreito de Bering - e que esta chegada teria ocorrido há cerca de 12 mil anos.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5629392-EI8147,00-Gravura+rupestre+mais+antiga+das+Americas+e+descoberta+no+Brasil.html
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Cientistas brasileiros descobriram no sítio arqueológico chamado Lapa do Santo, a 60 km de Belo Horizonte (MG), a gravura rupestre mais antiga do continente americano. A representação de um homem "desenhado" na pedra, com 30 cm de altura e 20 cm de largura, foi a primeira gravura arqueológica encontrada no local. O trabalho foi divulgado na revista PLos One.
O líder do grupo de pesquisadores que encontraram a imagem, o arqueólogo do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) Walter Neves, conta que foi uma surpresa para a equipe encontrar a gravura, que estava abaixo de 4 m de sedimentos arqueológicos. Ela foi descoberta nos últimos momentos de escavação de determinada área do sítio arqueológico em julho de 2009.
"Depois disso, para descobrir a datação, foi um longo caminho. Obviamente, por conhecer o sítio que estávamos escavando, sabíamos que havíamos encontrado algo antigo, mas não sabíamos o quão antigo", relata o também arqueólogo Danilo Bernardo, coautor do trabalho. Ele conta que graças ao trabalho meticuloso ao longo das escavações, conseguiram selecionar amostras de carvão ao longo do processo para estabelecer os limites cronológicos do achado.
Segundo os autores, a imagem deve ter entre 9,5 mil e 10,5 mil anos. "Encontramos carvão embaixo e acima da gravura e, assim, conseguimos estimar a idade da representação por meio da datação por carbono-14", explica Neves. A datação por meio dos valores de carnono-14 dão pistas muito precisas sobre a idade dos objetos, pois este elemento diminui a um ritmo constante com o passar do tempo.
A imagem
O desenho na pedra mostra um antropomorfo (uma imagem de um homem) com a cabeça em forma de C, três dígitos nas mãos e o falo ereto. Danilo Bernardo lembra que entender o significado da manifestação artística de uma cultura antepassada é algo extremamente difícil. "Tradicionalmente, figuras como essa são compreendidas como tendo alguma relação com rituais, de fertilidade, por exemplo, mas, insisto em dizer, que acho essa interpretação muito complexa".
O achado dos pesquisadores brasileiros tem relevância especialmente sob dois aspectos: a dificuldade de se datar precisamente manifestações rupestres, em especial os petróglifos (imagens gravadas nas rochas), e o fortalecimento da ideia de que o Novo Mundo teria sido ocupado pelo homem em idades anteriores àquelas propostas pelos defensores do modelo Clóvis, no qual teria apenas uma via de entrada para os pioneiros - o estreito de Bering - e que esta chegada teria ocorrido há cerca de 12 mil anos.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5629392-EI8147,00-Gravura+rupestre+mais+antiga+das+Americas+e+descoberta+no+Brasil.html
Cavalos do tamanho de gatos eram comuns há 50 milhões de anos
Há mais de 50 milhões de anos, fazia muito mais calor na Terra e os cavalos, para se adaptarem a essas temperaturas, eram quase que do tamanho de gatos domésticos, vagando pelas florestas da América do Norte, segundo estudo publicado nesta quinta-feira pela revista Science.
Esses primeiros cavalos conhecidos, chamados Sifrhippus, na realidade, tornaram-se menores ao longo de dezenas de milhares de anos, numa época na qual as emissões de metano dispararam, possivelmente devido às grandes erupções vulcânicas. Com isso, a pesquisa poderá contribuir com o conhecimento sobre como os animais modernos do planeta poderão se adaptar ao aquecimento da Terra.
Para chegar a esse resultado, os cientistas analisaram fósseis de dentes de cavalos descobertos no estado americano de Wyoming (noroeste). Muitos animais se extinguiram nesse período de 175 mil anos de duração, conhecido como o Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno, ocorrido há 56 milhões de anos. Outros diminuíram de tamanho para sobreviver com recursos limitados.
Segundo um dos autores do estudo, Jonathan Bloch, do Museu de História Natural da Flórida (sudeste), as temperaturas médias mundiais aumentaram 10 graus Fahrenheit durante esse período devido ao aumento significativo de dióxido de carbono emitido no ar e nos oceanos. A temperatura superficial do mar no Ártico era, então, de 23 grados centígrados, como a das águas subtropicais contemporâneas.
A pesquisa demonstrou que o Sifrhippus se reduziu em quase um terço, até chegar ao tamanho de um gato doméstico (de 4 kg) nos primeiros 130 mil anos do período. Depois, voltou a crescer até chegar aos 7 kg, nos últimos 45 mil anos do período. Aproximadamente um terço dos mamíferos conhecidos também se tornaram menores durante esse tempo.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5629710-EI8147,00-Cavalos+do+tamanho+de+gatos+eram+comuns+ha+milhoes+de+anos.html
Esses primeiros cavalos conhecidos, chamados Sifrhippus, na realidade, tornaram-se menores ao longo de dezenas de milhares de anos, numa época na qual as emissões de metano dispararam, possivelmente devido às grandes erupções vulcânicas. Com isso, a pesquisa poderá contribuir com o conhecimento sobre como os animais modernos do planeta poderão se adaptar ao aquecimento da Terra.
Para chegar a esse resultado, os cientistas analisaram fósseis de dentes de cavalos descobertos no estado americano de Wyoming (noroeste). Muitos animais se extinguiram nesse período de 175 mil anos de duração, conhecido como o Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno, ocorrido há 56 milhões de anos. Outros diminuíram de tamanho para sobreviver com recursos limitados.
Segundo um dos autores do estudo, Jonathan Bloch, do Museu de História Natural da Flórida (sudeste), as temperaturas médias mundiais aumentaram 10 graus Fahrenheit durante esse período devido ao aumento significativo de dióxido de carbono emitido no ar e nos oceanos. A temperatura superficial do mar no Ártico era, então, de 23 grados centígrados, como a das águas subtropicais contemporâneas.
A pesquisa demonstrou que o Sifrhippus se reduziu em quase um terço, até chegar ao tamanho de um gato doméstico (de 4 kg) nos primeiros 130 mil anos do período. Depois, voltou a crescer até chegar aos 7 kg, nos últimos 45 mil anos do período. Aproximadamente um terço dos mamíferos conhecidos também se tornaram menores durante esse tempo.
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Nasa descobre pela 1ª vez moléculas de carbono em estado sólido
O telescópio espacial Spitzer, da Nasa, detectou a forma sólida das buckyballs no espaço pela primeira vez
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Astrônomos da Nasa, a agência espacial americana, descobriram pela primeira vez esferas microscópicas de carbono em estado sólido, encontradas antes somente em forma de gás no espaço. As moléculas sólidas de carbono são chamadas de buckyballs e foram identificadas por meio de dados de do telescópio espacial Spitzer.
Os cientistas acreditam que estas são as maiores moléculas presentes no espaço. Compostas de 60 átomos de carbono arranjados em uma esfera oca, tal como uma bola de futebol, elas foram obtidas pela primeira vez em laboratório há 25 anos.
No espaço, o primeiro reconhecimento se deu por meio do Spitzer em 2010, mas sob forma de gás. O telescópio identificou as moléculas em uma série de diferentes ambientes cósmicos e foi capaz de encontrar as moléculas em quantidades assombrosas - o equivalente em massa a 15 luas da Terra -, na galáxia Pequena Nuvem de Magalhães.
A recente descoberta das buckyballs significa que grandes quantidades destas moléculas devem estar presentes em alguns ambientes estelares para se ligar e formar partículas sólidas. "Esse resultado sugere que as buckyballs são ainda mais difundidas no espaço do que os resultados anteriores mostraram", disse Mike Werner, cientista do projeto Spitzer, da Nasa. "Elas podem ser uma importante forma de carbono, um elemento essencial para a vida por todo o cosmo", afirmou.
As moléculas receberam este nome pela semelhança da criação do arquiteto Buckminster Fuller, que foi o idealizador do domo geodésico - estrutura que possui círculos interligados na superfície de uma esfera parcial.
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5628529-EI301,00-Nasa+descobre+pela+vez+moleculas+de+carbono+em+estado+solido.html
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Astrônomos da Nasa, a agência espacial americana, descobriram pela primeira vez esferas microscópicas de carbono em estado sólido, encontradas antes somente em forma de gás no espaço. As moléculas sólidas de carbono são chamadas de buckyballs e foram identificadas por meio de dados de do telescópio espacial Spitzer.
Os cientistas acreditam que estas são as maiores moléculas presentes no espaço. Compostas de 60 átomos de carbono arranjados em uma esfera oca, tal como uma bola de futebol, elas foram obtidas pela primeira vez em laboratório há 25 anos.
No espaço, o primeiro reconhecimento se deu por meio do Spitzer em 2010, mas sob forma de gás. O telescópio identificou as moléculas em uma série de diferentes ambientes cósmicos e foi capaz de encontrar as moléculas em quantidades assombrosas - o equivalente em massa a 15 luas da Terra -, na galáxia Pequena Nuvem de Magalhães.
A recente descoberta das buckyballs significa que grandes quantidades destas moléculas devem estar presentes em alguns ambientes estelares para se ligar e formar partículas sólidas. "Esse resultado sugere que as buckyballs são ainda mais difundidas no espaço do que os resultados anteriores mostraram", disse Mike Werner, cientista do projeto Spitzer, da Nasa. "Elas podem ser uma importante forma de carbono, um elemento essencial para a vida por todo o cosmo", afirmou.
As moléculas receberam este nome pela semelhança da criação do arquiteto Buckminster Fuller, que foi o idealizador do domo geodésico - estrutura que possui círculos interligados na superfície de uma esfera parcial.
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Google desenvolve óculos de realidade aumentada com conexão à internet
A Google vem desenvolvendo futuristas óculos equipados com o sistema operacional Android, com conexão à internet e software de realidade aumentada, podendo lançá-los ainda este ano, segundo informou nesta quarta-feira o jornal "Los Angeles Times".
A notícia, que não foi confirmada pela Google, tem como fontes funcionários anônimos da empresa que, aparentemente, estariam ao corrente das secretas atividades de seus engenheiros.
Os óculos, já apelidados de "smart glasses" ("óculos inteligentes"), permitirão ao usuário ver as coisas de forma diferente, com as informações adicionais que o dispositivo fornecerá.
O novo produto contará com uma câmera integrada para recolher imagens que irão interagir com bases de dados, assim como o serviço GPS da Google, e os resultados das buscas serão projetados nas próprias lentes.
A conexão à internet será feita através de tecnologia 3G ou 4G, bem associada a outro dispositivo Android, como um telefone ou com sua rede própria.
Segundo alguns blogs, a experiência é muito similar à dos robôs da saga cinematográfica "O Exterminador do Futuro".
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http://www1.folha.uol.com.br/tec/1052267-google-desenvolve-oculos-de-realidade-aumentada-com-conexao-a-internet.shtml
A notícia, que não foi confirmada pela Google, tem como fontes funcionários anônimos da empresa que, aparentemente, estariam ao corrente das secretas atividades de seus engenheiros.
Os óculos, já apelidados de "smart glasses" ("óculos inteligentes"), permitirão ao usuário ver as coisas de forma diferente, com as informações adicionais que o dispositivo fornecerá.
O novo produto contará com uma câmera integrada para recolher imagens que irão interagir com bases de dados, assim como o serviço GPS da Google, e os resultados das buscas serão projetados nas próprias lentes.
A conexão à internet será feita através de tecnologia 3G ou 4G, bem associada a outro dispositivo Android, como um telefone ou com sua rede própria.
Segundo alguns blogs, a experiência é muito similar à dos robôs da saga cinematográfica "O Exterminador do Futuro".
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Internet amplia acesso a pesquisas científicas e desafia conservadores
Ijad Madisch (em pé), criador do ResearchGate, uma rede social para cientistas
.Há séculos, a pesquisa científica é feita em particular, e então apresentada a publicações para ser revisada por outros cientistas e, mais tarde, é publicada.
Mas, para muitos cientistas, o sistema parece antiquado, caro e elitista. A revisão por pares pode demorar meses, as assinaturas de publicações costumam ter custo exorbitante, e um punhado de guardiões limita o fluxo das informações ao grande público.
É um sistema ideal para partilhar informações, disse o físico quântico Michael Nielsen, desde que "você se atenha às tecnologias do século 17".
Nielsen e outros defensores da "ciência aberta" afirmam que a ciência pode realizar muito mais, com mais rapidez, no ambiente livre de atritos da colaboração via internet. E, apesar do ceticismo de muitos pesquisadores, suas idéias estão se espalhando.
Nos últimos anos, surgiram arquivos e publicações com livre acesso, como o arXiv e a Biblioteca Pública de Ciências (PLoS, na sigla em inglês). O GalaxyZoo, um site de ciência-cidadã, já classificou milhões de objetos espaciais, descobrindo características que levaram a uma série de trabalhos científicos. E uma rede social chamada ResearchGate --onde os cientistas responder a perguntas de colegas, partilhar trabalhos e encontrar colaboradores --está rapidamente se popularizando.
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Editores de publicações tradicionais dizem que a ciência aberta, na teoria, parece boa. Mas, na prática, "a comunidade científica em si é bastante conservadora", disse Maxine Clarke, editora-executiva da revista "Nature", acrescentando que a publicação de trabalhos na forma tradicional ainda é vista como "uma unidade na concessão de verbas ou na avaliação de empregos e cargos".
Nielsen, 38, que largou uma bem-sucedida carreira científica para escrever "Reinventing Discovery: The New Era of Networked Science" ("Reinventando a Descoberta: a Nova Era da Ciência em Rede"), admitiu que os cientistas estão "muito inibidos e lentos para adotar muitas ferramentas on-line", mas acrescentou que a ciência aberta está se aglutinando para virar "meio que um movimento".
O ResearchGate, com sede em Berlim, foi ideia de Ijad Madisch, 31, virologista e cientista da computação formado em Harvard. "Quero tornar a ciência mais aberta", disse ele. Criada em 2008 com poucos recursos, a rede hoje reúne 1,3 milhão de membros, segundo Madisch, e já atraiu milhões de dólares em investimentos.
O site é uma mistura de Facebook, Twitter e LinkedIn, com páginas de perfil, comentários, grupos, listas de vagas profissionais e botões de "curtir" e de "seguir", embora só cientistas possam fazer e responder perguntas.
Ele também tem um atalho para o restritivo acesso às publicações. Como a maioria das revistas autoriza os cientistas a colocarem em seus sites links para trabalhos apresentados por eles próprios, Madisch estimula seus usuários a fazerem isso nos seus perfis do ResearchGate.
Greg Phelan, chefe do Departamento de Química da Universidade Estadual de Nova York, em Cortland, usou o site para encontrar novos colaboradores, receber orientação de especialistas e ler artigos acadêmicos que não estavam disponíveis por intermédio da sua pequena universidade.
Alterar o "status quo" --abrindo dados, trabalhos, sugestões de pesquisa e soluções parciais-- ainda é algo mais para ideia do que para realidade.
Como argumentam as publicações estabelecidas, elas oferecem um serviço crucial, que não sai barato. "Temos de cobrir os custos", disse Alan Leshner, editor da "Science", uma revista sem fins lucrativos.
Esses custos rondam os US$ 40 milhões por ano, para bancar 25 editores e redatores, o pessoal de produção e de vendas, e escritórios na América do Norte, na Europa e na Ásia, sem falar dos gastos com impressão e distribuição.
Periódicos abertos e com revisão por pares, como a "Nature Communications" e a "PLoS One", cobram taxas dos autores publicados --US$ 5.000 e US$ 1.350, respectivamente-- para arcar com suas despesas, mais modestas.
Madisch admitiu que talvez jamais atinja muitos cientistas renomados para os quais as redes sociais podem parecer uma perda de tempo. Mas espere, disse ele, até os cientistas mais jovens, acostumados às redes sociais, começarem a comandar laboratórios.
"Se anos atrás você dissesse: 'Um dia você vai estar no Facebook compartilhando todas as suas fotos e informações pessoais com os outros', não iriam acreditar em você", disse ele. "Estamos só no começo. A mudança está vindo rapidamente."
Leshner concorda que as coisas estão se mexendo. "Será que o modelo das revistas científicas será o mesmo daqui a dez anos? Duvido muito, acredito na evolução."
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http://www1.folha.uol.com.br/tec/1050533-internet-amplia-acesso-a-pesquisas-cientificas-e-desafia-conservadores.shtml
.Há séculos, a pesquisa científica é feita em particular, e então apresentada a publicações para ser revisada por outros cientistas e, mais tarde, é publicada.
Mas, para muitos cientistas, o sistema parece antiquado, caro e elitista. A revisão por pares pode demorar meses, as assinaturas de publicações costumam ter custo exorbitante, e um punhado de guardiões limita o fluxo das informações ao grande público.
É um sistema ideal para partilhar informações, disse o físico quântico Michael Nielsen, desde que "você se atenha às tecnologias do século 17".
Nielsen e outros defensores da "ciência aberta" afirmam que a ciência pode realizar muito mais, com mais rapidez, no ambiente livre de atritos da colaboração via internet. E, apesar do ceticismo de muitos pesquisadores, suas idéias estão se espalhando.
Nos últimos anos, surgiram arquivos e publicações com livre acesso, como o arXiv e a Biblioteca Pública de Ciências (PLoS, na sigla em inglês). O GalaxyZoo, um site de ciência-cidadã, já classificou milhões de objetos espaciais, descobrindo características que levaram a uma série de trabalhos científicos. E uma rede social chamada ResearchGate --onde os cientistas responder a perguntas de colegas, partilhar trabalhos e encontrar colaboradores --está rapidamente se popularizando.
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Editores de publicações tradicionais dizem que a ciência aberta, na teoria, parece boa. Mas, na prática, "a comunidade científica em si é bastante conservadora", disse Maxine Clarke, editora-executiva da revista "Nature", acrescentando que a publicação de trabalhos na forma tradicional ainda é vista como "uma unidade na concessão de verbas ou na avaliação de empregos e cargos".
Nielsen, 38, que largou uma bem-sucedida carreira científica para escrever "Reinventing Discovery: The New Era of Networked Science" ("Reinventando a Descoberta: a Nova Era da Ciência em Rede"), admitiu que os cientistas estão "muito inibidos e lentos para adotar muitas ferramentas on-line", mas acrescentou que a ciência aberta está se aglutinando para virar "meio que um movimento".
O ResearchGate, com sede em Berlim, foi ideia de Ijad Madisch, 31, virologista e cientista da computação formado em Harvard. "Quero tornar a ciência mais aberta", disse ele. Criada em 2008 com poucos recursos, a rede hoje reúne 1,3 milhão de membros, segundo Madisch, e já atraiu milhões de dólares em investimentos.
O site é uma mistura de Facebook, Twitter e LinkedIn, com páginas de perfil, comentários, grupos, listas de vagas profissionais e botões de "curtir" e de "seguir", embora só cientistas possam fazer e responder perguntas.
Ele também tem um atalho para o restritivo acesso às publicações. Como a maioria das revistas autoriza os cientistas a colocarem em seus sites links para trabalhos apresentados por eles próprios, Madisch estimula seus usuários a fazerem isso nos seus perfis do ResearchGate.
Greg Phelan, chefe do Departamento de Química da Universidade Estadual de Nova York, em Cortland, usou o site para encontrar novos colaboradores, receber orientação de especialistas e ler artigos acadêmicos que não estavam disponíveis por intermédio da sua pequena universidade.
Alterar o "status quo" --abrindo dados, trabalhos, sugestões de pesquisa e soluções parciais-- ainda é algo mais para ideia do que para realidade.
Como argumentam as publicações estabelecidas, elas oferecem um serviço crucial, que não sai barato. "Temos de cobrir os custos", disse Alan Leshner, editor da "Science", uma revista sem fins lucrativos.
Esses custos rondam os US$ 40 milhões por ano, para bancar 25 editores e redatores, o pessoal de produção e de vendas, e escritórios na América do Norte, na Europa e na Ásia, sem falar dos gastos com impressão e distribuição.
Periódicos abertos e com revisão por pares, como a "Nature Communications" e a "PLoS One", cobram taxas dos autores publicados --US$ 5.000 e US$ 1.350, respectivamente-- para arcar com suas despesas, mais modestas.
Madisch admitiu que talvez jamais atinja muitos cientistas renomados para os quais as redes sociais podem parecer uma perda de tempo. Mas espere, disse ele, até os cientistas mais jovens, acostumados às redes sociais, começarem a comandar laboratórios.
"Se anos atrás você dissesse: 'Um dia você vai estar no Facebook compartilhando todas as suas fotos e informações pessoais com os outros', não iriam acreditar em você", disse ele. "Estamos só no começo. A mudança está vindo rapidamente."
Leshner concorda que as coisas estão se mexendo. "Será que o modelo das revistas científicas será o mesmo daqui a dez anos? Duvido muito, acredito na evolução."
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Igreja Universal: “Aprendi a extorquir o povo”, diz ex-pastor para a Revista Época
Igreja Universal: “Aprendi a extorquir o povo”, diz ex-pastor para a Revista Época. Confira a matéria completa!
A casa no bairro de Cascadura, Rio de Janeiro, onde Gustavo Alves da Rocha passou a infância ficava a cerca de 1 quilômetro de distância do local onde foi erguido o primeiro templo da Igreja Universal do Reino de Deus, há 32 anos. A vida de Gustavo e a de Edir Macedo, o líder da Universal, só se entrelaçaram, porém, quando os dois cruzaram o Oceano Atlântico. Em 1996, Gustavo, aos 16 anos, morava com sua tia em Londres. O bispo Macedo acabara de abrir sua primeira igreja na Inglaterra e precisava de um tecladista que animasse as reuniões dominicais. O tempo livre e o talento musical de Gustavo se encontraram com as ambições do bispo Macedo no número 232 da Seven Sisters Road, no bairro londrino de Finsbury Park. Era lá que ficava a primeira igreja da Universal em Londres, onde Gustavo foi empregado como tecladista.
Três anos depois, Gustavo se tornou pastor da Universal em Nova York. Ele diz que era responsável por contar e fazer o depósito do dízimo recolhido nos 26 templos da Universal em Nova York. Diz ter sido instruído a se casar com a empregada doméstica do bispo Macedo, Jacira Aparecida da Silva, e conta que se mudou para a casa de Macedo, nos Estados Unidos, onde morou por quase três anos. Da sala da luxuosa casa do bispo, Gustavo afirma que assistia a Macedo orquestrar por rádio a expansão dos templos da igreja e dos negócios de comunicação, hoje alvos de investigação pelo Ministério Público.
Gustavo diz ter ouvido o bispo Macedo instruir seus bispos a trocar dólares para ele em São Paulo, diz ter depositado dinheiro do dízimo em duas contas no exterior, uma delas em nome de um pastor americano amigo de Macedo, conhecido como Forrest Hills, e afirma que o dinheiro dos fiéis era usado para investimentos na TV Record. “Em 2003, fizemos com os fiéis de Nova York uma campanha para arrecadar US$ 1 milhão. Foi com esse dinheiro que a Record montou o estúdio em Manhattan”, diz. As ligações de Gustavo com a igreja são comprovadas por documentos como passaporte, contracheques e fotos. A TV Record negou as acusações.
Em 2004, Gustavo foi demitido pelo bispo Macedo. Hoje, ele é considerado pelos promotores uma testemunha importante nos processos abertos contra o fundador da Universal. Seu depoimento poderá contribuir para confirmar as suspeitas de estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha que recaem sobre o bispo Macedo e a cúpula da igreja e da Rede Record. Gustavo hoje trabalha de madrugada como taxista em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Mora numa casa de quatro cômodos, alugada, que não guarda nenhuma semelhança com o luxo e o conforto que Gustavo diz ter experimentado em Nova York. Não tem mais o dinheiro que juntou enquanto era pastor. Desde que voltou ao Brasil, já morou em mais de cinco cidades. Aos 29 anos, diz ter dificuldade para arrumar emprego e afirma temer represálias de membros da Universal. Ele contou a história que viveu na igreja num depoimento de cinco horas concedido a ÉPOCA.
Procurada por ÉPOCA, a Igreja Universal confirmou que Gustavo foi pastor da igreja, “desligado da obra por motivos de prática de conduta contrária aos bons costumes e à moral”. Disse que “a Igreja Universal, seus bispos e pastores fazem tudo dentro da maior legalidade” e negou que Gustavo tivesse sido instruído a se casar com uma mulher indicada pelo bispo Macedo e que tivesse morado na mesma casa que ele. A Universal negou ainda que Jacira Aparecida da Silva tivesse trabalhado como empregada doméstica para o bispo Macedo. A TV Record afirmou, também por e-mail, que não faz nenhuma transação com dinheiro oriundo da Universal: “Todos os salários dos funcionários da Rede Record são pagos pela emissora em conta-corrente dos beneficiários e todos os investimentos são pagos pela emissora com recursos próprios”. A seguir os principais trechos do depoimento do ex-pastor Gustavo Rocha.
Como conheceu o bispo Edir Macedo
“Eu nasci no Rio de Janeiro, mas quando tinha 12 anos fui morar com uma tia em Londres. Uma tarde eu estava passeando com minha tia pelas ruas de Finsbury Park e vi um teatro. Resolvemos entrar. Na porta estava escrito apenas Teatro Arco-Íris. Aí eu vi um piano e, como sempre tive paixão pela música, pedi para tocar um pouco. Quem veio até mim foi o Edir Macedo. Ele me pediu para que eu tocasse “Yesterday”, dos Beatles. Ele elogiou e me perguntou: ‘Você sabe tocar música gospel?’. Eu respondi que não, mas consegui acompanhar no piano quando ele colocou umas músicas gospel para tocar no rádio. Ele disse que precisavam de um tecladista e eu, que tinha 16 anos, aceitei tocar todos os domingos em troca de algo em torno de R$ 50. Depois de uns quatro meses, minha tia procurou Edir Macedo para dizer que eu voltaria ao Brasil. Daí Edir veio com uma proposta: ‘Não, a gente vai ajudá-lo. Se você permitir, nós queremos investir nele. A igreja se propõe a pagar uma escola para ele aqui na Inglaterra’. A igreja pagou para mim por dois anos uma escola de idiomas, a London Capital College. Eu passei a morar na igreja e não tinha salário.”
A preparação para ser pastor
“Quando fui morar na igreja, eu dividia um quarto com outros obreiros. Passei a tocar todos os dias, fazia a limpeza do templo, a evangelização, distribuía jornal da igreja de porta em porta. Eu não tinha dinheiro para ligar para minha família no Brasil, nem no Natal. Fiquei praticamente confinado. Minha tia deixou de me visitar, achou que eu estava fanático. Eles fizeram comigo um processo de preparação para ser um futuro pastor. Quando chegava alguém à igreja para pedir um conselho, o bispo Macedo me chamava: ‘Senta aqui do meu lado para você conhecer os problemas do povo e aprender a orientar as pessoas’. Foram dois anos sentado ao lado dele. Quando o fiel ia embora, ele perguntava: ‘Entendeu? Essa moça está com problema financeiro e está tão fragilizada que, se você disser Faça isso!, ela vai fazer. Você tem de despertar essa fé que está nela para que ela venha e traga uma oferta para a igreja’. Oferta significava dinheiro, mas no começo ele não falava muito a palavra ‘dinheiro’, para não me assustar. Dependia dele para ter roupas e comida. Aqueles que eram bispos tinham muito privilégio. Queria ter a vida que o bispo Macedo e outros bispos tinham, então eu me submetia a tudo o que mandavam. Cheguei a fazer um jejum e só beber água durante sete dias. Nesses dois anos não fui sequer uma vez ao médico. O bispo Macedo me dizia que eu tinha de usar minha fé para curar a gripe, a dor de cabeça. Fazia parte do processo de sacrifício.”
Como a Universal se expande
“Eu e Edir Macedo saíamos pelo menos duas vezes por semana para procurar um teatro, um galpão onde desse para abrir uma nova igreja. A gente olhava primeiro a vizinhança. Se tivesse outra igreja na região, não valia a pena investir. E olhávamos se o povo era pobre ou de classe média. Se a área fosse pobre, era mais interessante, a igreja cresce mais. O bispo Macedo dizia que gente pobre tem todo tipo de problema. Então, é fácil ter argumento para atrair essas pessoas. Se fosse um pessoal com mais dinheiro, ele já pensava duas ou três vezes se valia a pena investir, porque apenas uma minoria frequentaria a igreja. Quando o bairro era de classe média, o pastor tinha de falar bom inglês e ter cultura, porque colocar um pastor escandaloso, ignorante, não dava certo. Em Londres, presenciei a criação de duas igrejas. Uma foi em Brixton e a outra em Peckham. Os cultos eram em inglês, 2% ou 3% dos fiéis da igreja eram brasileiros, 2% ou 3 % eram britânicos, e o restante eram africanos e jamaicanos. Havia uma preferência por colocar um pastor negro, para que os fiéis se identificassem mais.”
A escala em Portugal e a promoção
“Depois de dois anos na Universal em Londres, meu visto de estudante venceu e não conseguimos renovar. Eu já estava com 18 anos. O bispo Macedo conversou comigo e disse que Deus estava me enviando para Portugal. Fiquei lá um mês e meio, morando em Lisboa, até que o bispo Macedo me avisou que ele iria me registrar como pastor da Universal e em 15 dias eu estaria em Nova York. Ele disse que não me deixaria em Portugal porque ele precisava de um pastor com bom inglês nos Estados Unidos. No dia 13 de maio de 1999, eu cheguei a Nova York. Eu passei a tocar piano na igreja principal, no Brooklyn. Depois de uns 15 dias, o bispo Macedo chegou a Nova York e me disse que eu não deveria ficar só tocando, passaria a pregar. Foi a primeira vez em que fui responsável por uma igreja, a igreja de Utica, no Brooklyn. E, como eu era um pastor registrado pela Universal, passei a ter um salário. Ganhava US$ 600 brutos por mês. Era pouco, mas não tinha despesa com água, luz, aluguel porque eu morava na igreja.”
As metas e o método de arrecadação
“Em Utica, em dois meses, a igreja encheu. Cabiam 70 pessoas. O bispo Macedo achou que tinha valido a pena investir em mim. Comecei a fazer programas de TV e de rádio para a igreja e a participar das reuniões de pastores e bispos. Nessas reuniões, Edir Macedo nos ensinava a atingir as metas que ele criava para cada igreja. E a meta era financeira. Não era de fiéis. No primeiro mês, a minha igreja rendeu US$ 3 mil. Daí o bispo Macedo me falou: ‘Olha, Gustavo, este mês fez US$ 3 mil. Então, se no mês que vem você conseguir arrecadar só US$ 2.900, eu tiro a igreja de você. Você vai se virar para fazer US$ 3.500, senão eu vou descontar do seu salário, você não vai mais participar das reuniões e vai voltar para o piano’.”
“Fiquei tranquilo porque eu já tinha aprendido o trabalho. Ele me ensinou o seguinte: como era uma igreja pequena, primeiro eu tinha de fazer um atendimento corpo a corpo, conversar com cada um dos membros da igreja, visitar a casa, participar da vida. Eu levantava toda a vida da pessoa e determinava o dízimo. E eu ia colocando isso na cabeça das pessoas. Elas chegavam para me contar alguma coisa: ‘Pastor, fui viajar e bati meu carro’. Eu dizia: ‘A senhora está sendo fiel no seu dízimo?’. Ela dizia que não. Então eu falava que era por isso que ela tinha batido o carro. Óbvio que não tinha nada a ver, mas era uma questão de mexer com o psicológico, para que ela pensasse que as coisas ruins aconteciam por causa de um erro dela, e não por um erro da igreja ou um erro de Deus. Eu tinha de fazer aquela pessoa acreditar que o dízimo dela era uma coisa sagrada. Noventa e nove por cento das pessoas que vão à igreja, e isso eu ouvi do bispo Macedo, não vão para adorar a Deus. Vão para pedir, porque têm problemas no casamento, nas finanças, de saúde. Então o bispo falava: ‘Você chega para a pessoa e diz: Você está com problema financeiro, não está? Eu sei, eu estou vendo que sua vida financeira não está boa’. É muito fácil. Por serem pessoas humildes, elas estão mais propensas a certos problemas.”
O sucesso
“As minhas metas sempre eram alcançadas. Edir me dizia: ‘Agora a meta é US$ 4 mil’, eu fazia 4 mil. ‘Agora é US$ 5 mil’, eu fazia US$ 5 mil. E, a cada mês que eu alcançava minha meta, eu ganhava mais crédito, até o ponto de o bispo Macedo falar: ‘Você não é pastor para essa igreja, você é pastor para uma igreja melhor. Vou te colocar numa igreja maior, onde a meta já não é US$ 5 mil, a meta é US$ 30 mil’. Fiquei seis meses em Utica e fui para a igreja de Bedford. Vinham umas 400 pessoas, e a meta mensal era de US$ 25 mil. Alcancei todas as metas outra vez. Peguei a igreja com US$ 25 mil e deixei com quase US$ 40 mil de doações mensais. Aprendi a extorquir o povo, tenho até vergonha de falar. Uma vez coloquei uma piscina de plástico no altar por 15 dias, cheia de água. Disse que aquela era uma água do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado. Eu dizia que as pessoas iam ser batizadas na mesma água que Jesus, desde que dessem uma oferta. E era água de torneira. Uma vez consegui fazer os fiéis doar três carros. Eles iam embora e me deixavam as chaves e o documento. A igreja vendia para fazer dinheiro. Entre os pastores, a conversa sempre era: ‘E aí, já pegou o mês?’. ‘Pegar o mês’ significava cumprir a meta. Eu chegava para um pastor que tinha uma igreja melhor que a minha e perguntava: ‘Já pegou o mês?’. ‘Já, fiz US$ 80 mil’, ele dizia. Eu respondia: ‘Olha, meu mês está em US$ 50 mil, mas vou fazer uma loucura, vou passar o teu mês e vou pegar tua igreja, hein?!’.”
As gratificações
“Quanto mais eu ganhava para a igreja, mais privilégios eu tinha. O meu pior carro foi um Toyota Corolla, era o primeiro carro de todo pastor. Do Corolla, passei para um Ford Focus, zero-quilômetro. Do Focus, tive um Honda Civic, do ano. Do Civic, fui para um Honda Accord. Nos Estados Unidos, morei em três casas diferentes. Conforme cumpria a meta, as casas aumentavam de tamanho, melhoravam de localização. O bispo Macedo pegava o relatório do mês, via a progressão de rendimentos e te perguntava: ‘Você está morando onde? E vai para a igreja com que carro? Faz o seguinte: fala com o bispo responsável para ele te mudar para tal casa’. Ele olhava em uma relação de pastores os bens que cada um estava usando e dizia: ‘Esse carro aí que você tem, dê para o pastor Álvaro e pega o carro do pastor Álvaro para você’. Era frequente essa troca de carros e casas entre os pastores. Como a gente não podia comprar mobília nem bens, só coisas pessoais, roupas, a mudança era bem rápida. Pastor não pode ter nada em seu nome, todos os carros que eu tive e casas em que morei estavam no nome da Universal.”
O casamento arranjado
“Em 2001, eu tinha 21 anos, era um pastor promissor e ainda era solteiro. Namorava havia dois anos uma americana que era obreira da igreja. Houve uma dessas reuniões de bispos e pastores e o Edir Macedo estava chamando a atenção de todo mundo. Ele olhou para mim: ‘Fica de pé. Você está namorando?’. Eu disse que sim. ‘Mas quem autorizou seu namoro? Está tudo errado. Você vai pegar o meu celular e vai ligar para sua namorada. Você vai dizer para ela que Deus não quer mais que vocês fiquem juntos.’ Eu fiquei indeciso, mas não teve jeito. Peguei o telefone, liguei para minha namorada no viva-voz e rompi com ela. Quando desliguei, ele disse para os pastores: ‘Estão vendo? A obra de Deus precisa de homens assim. Por você ter obedecido, vai ser abençoado agora. Você vai para o Brasil e vai conhecer uma mulher que Deus preparou para você. E você vai casar com ela. Você é um pastor da minha confiança, mas nela eu confio ainda mais do que em você, porque ela mora na minha casa, ela é minha empregada doméstica’. Embarquei para o Brasil no dia seguinte. Só conheci a Jacira no cartório. Dois dias depois, a gente casou no religioso. O bispo João Batista (ex-deputado federal) fez o casamento e pagou a lua de mel em Poços de Caldas (Minas Gerais). No dia em que partimos para a lua de mel, ele disse: ‘Gasta à vontade, porque quem está pagando isso é o povo. Não tem limite, fica tranquilo’.”
“Depois que voltei da lua de mel, passamos 15 dias na casa do João Batista, até que o visto da Jacira saísse. Era um apartamento por andar, com oito quartos. O João Batista guardava uma boa quantidade de dinheiro no escritório, notas de dólar e real. A Jacira me disse que estava acostumada a ver aquilo na casa dos bispos. Quando voltei aos Estados Unidos levando a Jacira, o bispo Macedo me disse: ‘Que bom que deu tudo certo. O visto dela já tinha sido negado antes, mas você conseguiu trazê-la’. O casamento garantiu a entrada da empregada doméstica dele nos Estados Unidos.”
A vasectomia
“Logo depois que eu casei, o bispo Macedo me obrigou a fazer vasectomia. Ele justificava dizendo que um filho traria despesas e dificuldades para que eu fizesse a obra de Deus, já que com filho era mais difícil mudar de país. Ele dizia que a saída era, quando eu me tornasse um bispo, adotar, seguir o exemplo dele, dos genros dele, Renato Cardoso e Júlio Freitas. Os três primeiros médicos que procurei se recusaram a me operar. Eu tinha 21 anos e nenhum filho. O quarto topou, mas me disse que não recomendava. Fiz uma vasectomia irreversível. Enquanto eu estava nos Estados Unidos, dos 26 pastores que trabalhavam em Nova York, outros sete também fizeram. Se você não faz a vasectomia, perde a chance de crescer e chegar a bispo, vai ser só mais um pastor que fica 15 anos na mesma igreja e não sai do lugar.”
Na casa do bispo
“Quando cheguei a Nova York com a Jacira, Edir Macedo e a mulher dele, a Ester, quiseram que ela fosse morar com eles. Eu era casado com ela. Daí eles me disseram: ‘Faz o seguinte. Pega um quarto aí e mora aqui com a gente’. Passei a morar no dúplex do Edir Macedo. Na casa dele, ouvi as conversas da cúpula da igreja. Era comum diálogos em que o bispo Macedo dizia: ‘Romualdo, como é que foi a campanha da Fogueira Santa aí no Brasil?’. E o bispo Romualdo Panceiro (outro dos auxiliares de confiança do bispo Macedo) dizia: ‘Olha, bispo, não foi muito boa não, deu só R$ 18 milhões’. Dinheiro na casa de Edir Macedo não era problema. Dirigia os carros dele, umas Mercedes antigas e superluxuosas. No dia a dia, ele não é religioso. A mulher de Edir Macedo, a Ester, tinha dentro de casa uma clínica de estética, com aparelhos de última geração. Quanto se gastava na casa do bispo Macedo era uma coisa que nem se fazia um cálculo, porque não precisava. Os outros bispos também viviam muito bem. Como os pastores, eles também tinham um contracheque bem baixo, mas era só fachada, para mostrar em caso de investigação. Mas o salário que vinha por fora era muito maior. Eu já presenciei durante a contagem da oferta os bispos dividirem o dinheiro entre si, esse ou aquele bispo tirar US$ 10 mil de uma oferta de US$ 50 mil. Eu também ganhava coisa por fora. Quando trabalhei com alguns bispos e a oferta era muito boa, o próprio bispo dizia para eu pegar um dinheiro para mim. Quando saí da igreja, eu tinha uns US$ 15 mil na conta que eu tinha tirado das doações dos fiéis.”
Os negócios da Record
“Eu posso dizer que a Record e a Universal são uma coisa só. Era comum eu ouvir o bispo Macedo falando em casa com o presidente da Record, Honorilton Gonçalves, pelo radinho: ‘Ô, Gonçalves, você fez aquele depósito, contratou tal artista, tal jornalista?’. Para pagar funcionários, despesas de programas televisivos, o Edir Macedo pedia para o Romualdo Panceiro tirar o dinheiro da conta da igreja para passar para a conta da Record. De tempos em tempos, o Gonçalves e o Romualdo diziam: ‘Edir, o negócio aqui está complicado, o cerco está bem apertado. A investigação está andando aqui, eles estão fiscalizando’. O Edir dizia: ‘Vocês têm de fazer alguma coisa, tira o dinheiro da conta da igreja e faz a contratação em dinheiro vivo’. Sempre em dinheiro vivo. Eu me lembro de quando foi montado o estúdio da Record em Nova York, em 2003. O bispo Macedo diz que foi gasto US$ 1 milhão. Ele fez uma reunião com os pastores da igreja e disse: ‘Precisamos levantar US$ 1 milhão. Vamos fazer uma campanha, e todas as igrejas precisam atingir uma meta’. Daí, ele já dividiu ali quanto cada uma teria de obter. Era a campanha das Muralhas de Jericó. Conseguimos mais de US$ 1 milhão, e foi com esse dinheiro que comprou os equipamentos para a TV.”
As contas no exterior
“Todo domingo à noite eu e alguns outros pastores éramos responsáveis por abrir os envelopes de dízimo e oferta e contar o dinheiro arrecadado pelas 26 igrejas de Nova York. Cada pastor guardava no cofre de sua igreja a oferta da segunda-feira até a última reunião do domingo. Daí levava tudo até a sede, no Brooklyn, para a contagem. Na segunda-feira de manhã, nós íamos ao banco fazer o depósito desse valor. O banco era o Chase Manhattan Bank. A matriz ficava a 300 metros da igreja. A quantia variava. Quando tinha uma campanha da Fogueira Santa de Israel, eu depositava tranquilamente US$ 1 milhão nesse banco por semana. Os depósitos eram feitos em duas contas. Uma no nome da Igreja Universal e a outra no nome de Forrest Higginbotham, um pastor americano que todo mundo conhecia como Forrest Hills. Ele pertencia a outra igreja, mas era uma pessoa de confiança do Edir Macedo. Foi o Forrest Hills quem ajudou a Universal a entrar nos Estados Unidos.”
“Lá nos Estados Unidos, eu também ouvi o Edir Macedo comentar umas quatro ou cinco vezes da necessidade de trocar dólares no Brasil, em São Paulo. Mas era uma tarefa que ele mesmo fazia ou passava para gente de muita confiança dele. Eles embarcavam no avião com o dinheiro e trocavam. Nunca soube quem eram os doleiros, mas posso te falar que os bispos que faziam esse serviço para ele eram os genros, o bispo Júlio Freitas, o bispo Renato Cardoso, o bispo Clodomir Santos e o bispo Romualdo Panceiro. Toda vez que eu ouvia falar em troca de dólar, era com esses bispos e o João Batista. O João Batista era com a maior frequência. O João Batista era, na gíria, a mula. Era ele quem levava, que trazia no avião, que fazia a transação, a troca. E, depois que ele fazia, ele levava nas mãos do Romualdo, do Clodomir. E com esses mesmos bispos, de altíssima confiança, o Edir costuma fazer umas reuniões na Suíça, em Zurique.”
A derrocada
“Uns quatro meses depois de fazer a vasectomia, comecei a ter problemas com a cirurgia. Descobri que o médico que me operou acabou cortando uma veia que não deveria ter sido cortada. Tive uma espécie de trombose nos testículos. Tive de usar um dreno e fui afastado pelo médico da pregação, mas o bispo Macedo me mandava trabalhar mesmo assim, usar a fé para me curar. Tive de fazer mais três cirurgias. O bispo Macedo dizia que eu devia estar endiabrado, que eu estava recebendo salário da igreja para não fazer nada. A pressão para que eu voltasse a trabalhar era tanta que tive de mostrar ao bispo Macedo todos os papéis, exames, porque ele não acreditava que eu realmente estava doente. Quando ele viu os laudos médicos, notou que tinha havido um erro. Foi logo me dizendo que um processo daria uma indenização milionária.”
“Procurei um advogado, que me disse que era uma causa ganha e que o processo duraria um ano e meio e deveria render por volta de US$ 500 mil. Quando o Edir soube que eu procurei outro advogado e não o da igreja, ele ficou bravo. Disse que eu tinha de procurar o advogado da Universal para abrir o processo e que deveria passar uma procuração para ele, porque o dinheiro que viesse deveria ser dado para a igreja, para a obra de Deus. Eu me recusei, disse que precisaria do dinheiro, que teria de me tratar. E aí começou uma pressão, e eu resolvi desistir do processo e fazer um acordo de US$ 65 mil com o médico. No mesmo dia em que assinei o acordo, o dinheiro já estava na minha conta. Quando contei ao bispo Macedo, ele começou a gritar comigo, dizer que eu era maluco, perguntou onde estava o dinheiro. Eu disse que estava na minha conta. Ele me mandou ir ao banco na mesma hora, sacar o dinheiro e depositar na conta da igreja. Eu me recusei. E aí ele me disse que eu estava fora: ‘A partir de hoje, você não é mais pastor da Igreja Universal. Você vai embora para o Brasil e não procure mais a igreja’. Isso foi em julho de 2004. E eu, doente, com quatro cirurgias feitas, fui mandado embora sem receber um dólar da igreja, depois de cinco anos de trabalho na igreja. Nunca tive férias, não tinha dia de folga certo. Eu me senti usado.”
“Voltei para o Brasil, me separei da Jacira um ano depois. Eu sofri por ter entrado na igreja muito jovem, abandonei a família, não terminei os estudos. Eu não tinha amigos que não fossem pastores ou bispos, não sabia o que era lutar por um emprego, não sabia quanto era um aluguel. Perdi tudo. Eu sempre me lembro da frase que o bispo Macedo costumava me falar: ‘Se você sair da igreja um dia, todos esses demônios que você expulsou nestes anos vão voltar para sua vida’.”
Gustavo Rocha fez parte da igreja por oito anos, cinco deles como pastor.
http://missionariaandrea.blogspot.com/2009/09/igreja-universal-aprendi-extorquir-o.html
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Cientistas da Nasa descobrem planeta composto por água
O planeta é considerado uma "super-Terra" e orbita ao redor de uma estrela vermelha anã
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Um grupo de astrônomos descobriu a existência de um novo tipo de planeta, composto em sua maior parte de água e com uma leve atmosfera de vapor, indicaram nesta terça-feira o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e a Nasa.
Trata-se de um planeta fora de nosso sistema solar denominado "GJ1214b", cujos registros foram observados em 2009 graças ao telescópio espacial Hubble da Nasa, e que, segundo recentes estudos de um grupo de astrônomos, tem "uma enorme fração de sua massa" composta de água.
Em nosso sistema solar existem três tipos de planetas: rochosos e terrestres (Mercúrio, Vênus, a Terra e Marte), gigantes gasosos (Júpiter e Saturno) e gigantes de gelo (Urano e Netuno). Por outro lado, existem planetas variados que orbitam em torno de estrelas distantes, entre os quais há mundos de lava e "Júpiteres" quentes.
"Observações do telescópio espacial Hubble da Nasa acrescentaram este novo tipo de planeta", ressaltaram o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e a Nasa em seu comunicado, onde explicam os estudos realizados pelo astrônomo Zachory Berta e por um grupo de colegas.
O "GJ1214b", situado a 40 anos luz da Terra, é considerado uma "super-Terra", com 2,7 vezes o comprimento de nosso planeta e sete vezes sua massa. Ele orbita a cada 38 horas ao redor de uma estrela vermelha anã e possui temperatura estimada de 450 graus Fahrenheit (232 graus Celsius).
Em 2010, um grupo de cientistas liderado por Jacob Bean havia indicado que a atmosfera de "GJ1214b" deveria ser composta em sua maior parte por água, depois de medir sua temperatura. No entanto, suas observações também podem ter sido feitas em razão da presença de uma nuvem que envolve totalmente o planeta.
As medições e observações efetuadas por Berta e por seus colegas quando o "GJ1214b" passava diante de seu sol permitiram comprovar que a luz da estrela era filtrada através da atmosfera do planeta, exibindo um conjunto de gases.
O equipamento do Hubble permitiu distinguir uma atmosfera de vapor e os astrônomos conseguiram calcular depois a densidade do planeta a partir de sua massa e tamanho, comprovando que tem "muito mais água do que a Terra e muito menos rocha".
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5625649-EI301,00-Cientistas+da+Nasa+descobrem+planeta+composto+por+agua.html
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Um grupo de astrônomos descobriu a existência de um novo tipo de planeta, composto em sua maior parte de água e com uma leve atmosfera de vapor, indicaram nesta terça-feira o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e a Nasa.
Trata-se de um planeta fora de nosso sistema solar denominado "GJ1214b", cujos registros foram observados em 2009 graças ao telescópio espacial Hubble da Nasa, e que, segundo recentes estudos de um grupo de astrônomos, tem "uma enorme fração de sua massa" composta de água.
Em nosso sistema solar existem três tipos de planetas: rochosos e terrestres (Mercúrio, Vênus, a Terra e Marte), gigantes gasosos (Júpiter e Saturno) e gigantes de gelo (Urano e Netuno). Por outro lado, existem planetas variados que orbitam em torno de estrelas distantes, entre os quais há mundos de lava e "Júpiteres" quentes.
"Observações do telescópio espacial Hubble da Nasa acrescentaram este novo tipo de planeta", ressaltaram o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e a Nasa em seu comunicado, onde explicam os estudos realizados pelo astrônomo Zachory Berta e por um grupo de colegas.
O "GJ1214b", situado a 40 anos luz da Terra, é considerado uma "super-Terra", com 2,7 vezes o comprimento de nosso planeta e sete vezes sua massa. Ele orbita a cada 38 horas ao redor de uma estrela vermelha anã e possui temperatura estimada de 450 graus Fahrenheit (232 graus Celsius).
Em 2010, um grupo de cientistas liderado por Jacob Bean havia indicado que a atmosfera de "GJ1214b" deveria ser composta em sua maior parte por água, depois de medir sua temperatura. No entanto, suas observações também podem ter sido feitas em razão da presença de uma nuvem que envolve totalmente o planeta.
As medições e observações efetuadas por Berta e por seus colegas quando o "GJ1214b" passava diante de seu sol permitiram comprovar que a luz da estrela era filtrada através da atmosfera do planeta, exibindo um conjunto de gases.
O equipamento do Hubble permitiu distinguir uma atmosfera de vapor e os astrônomos conseguiram calcular depois a densidade do planeta a partir de sua massa e tamanho, comprovando que tem "muito mais água do que a Terra e muito menos rocha".
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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5625649-EI301,00-Cientistas+da+Nasa+descobrem+planeta+composto+por+agua.html
Curso superior não tem elevado renda, diz estudo do IBGE
O diploma de curso superior não tem assegurado, necessariamente, crescimento do poder de compra nos últimos anos, mostra recente estudo feito pelo IBGE, informa reportagem de Mariana Schreiber, publicada na Folha desta terça-feira (a íntegra está disponível assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Na média, a renda dos trabalhadores com diploma universitário ficou praticamente estagnada de 2003 a 2011.
Mesmo com recuperação econômica, renda recua no país, diz Ipea
Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado no início do mês mostrou que, apesar da recuperação econômica que o Brasil vem experimentando, a renda tem evoluído pouco.
Segundo o levantamento, entre 1995 e 2002, o rendimento do trabalho na renda nacional recuou 11,8%, enquanto entre 2002 e 2009 houve acréscimo de 2,5%. No ano de 2009, a parcela do rendimento do trabalho foi 9,6% inferior à verificada em 1995. O rendimento do trabalho é o quanto o salário do trabalhador compõe a renda nacional.
Leia a reportagem completa na Folha desta terça-feira que já está nas bancas.
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/1051422-curso-superior-nao-tem-elevado-renda-diz-estudo-do-ibge.shtml
Estimativas dos crentes de crenças de Deus são mais egocêntricos do que as estimativas de crenças de outras pessoas
Believers' estimates of God's beliefs are more egocentric than estimates of other people's beliefs
Nicholas Epleya,1, Benjamin A. Conversea, Alexa Delboscb, George A. Monteleonec and John T. Cacioppoc
+ Author Affiliations
aBooth School of Business, 5807 South Woodlawn Avenue, University of Chicago, Chicago, IL, 60637;
bInstitute of Transport Studies, Monash University, Melbourne 3800, Australia; and
cDepartment of Psychology, 5848 South University Avenue, University of Chicago, Chicago, IL 60637
Edited by Edward E. Smith, Columbia University, New York, NY, and approved October 21, 2009 (received for review July 27, 2009)
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Abstract
People often reason egocentrically about others' beliefs, using their own beliefs as an inductive guide. Correlational, experimental, and neuroimaging evidence suggests that people may be even more egocentric when reasoning about a religious agent's beliefs (e.g., God). In both nationally representative and more local samples, people's own beliefs on important social and ethical issues were consistently correlated more strongly with estimates of God's beliefs than with estimates of other people's beliefs (Studies 1–4). Manipulating people's beliefs similarly influenced estimates of God's beliefs but did not as consistently influence estimates of other people's beliefs (Studies 5 and 6). A final neuroimaging study demonstrated a clear convergence in neural activity when reasoning about one's own beliefs and God's beliefs, but clear divergences when reasoning about another person's beliefs (Study 7). In particular, reasoning about God's beliefs activated areas associated with self-referential thinking more so than did reasoning about another person's beliefs. Believers commonly use inferences about God's beliefs as a moral compass, but that compass appears especially dependent on one's own existing beliefs.
decision making judgment religion social cognition social neuroscience
Religion appears to serve as a moral compass for the vast majority of people around the world. It informs whether same-sex marriage is love or sin, whether war is an act of security or of terror, and whether abortion rights represent personal liberty or permission to murder. Many religions are centered on a god (or gods) that has beliefs and intentions, with adherents encouraged to follow “God's will” on everything from martyrdom to career planning to voting. Within these religious systems, how do people know what their god wills?
When people try to infer other people's attitudes and beliefs, they often do so egocentrically by using their own beliefs as an inductive guide (1). This research examines the extent to which people might also reason egocentrically about God's beliefs. We predicted that people would be consistently more egocentric when reasoning about God's beliefs than when reasoning about other people's beliefs. Intuiting God's beliefs on important issues may not produce an independent guide, but may instead serve as an echo chamber that reverberates one's own beliefs.
The Jewish and Christian traditions state explicitly that God created man in his own image, but believers and nonbelievers alike have long argued that people seem to create God in their own image as well (2–5). Xenophanes (sixth century B.C.E.), for instance, coined the term anthropomorphsim when noting the similarity between religious believers and representations of their gods, with Greek gods being fair skinned and African gods being dark skinned (6). Voltaire reports a Pope as saying, “If God made us in His own image, we have certainly returned the favor” (7). And Bob Dylan (8) sang of the ease with which groups come to believe that God is “on our side.” Egocentric representations of God are frequently discussed in public discourse, but are rarely the topic of scientific inquiry. This research examines the strength of such egocentric representations by measuring the extent to which people's own beliefs guide their predictions about God's beliefs. This research does not in any way, however, deny the possibility that the inverse process of reflection (using God's presumed beliefs as a guide to one's own) may operate in contexts where people's own beliefs are uncertain or unknown.
Although religious agents are attributed many unique properties, people nevertheless conceive of them in surprisingly humanlike ways (4, 9, 10). Inferences about a religious agent's beliefs may therefore be guided by the same two sources of information used to reason about other people's beliefs (11–15). The first source is one's own beliefs. Conservatives, for instance, tend to assume that the average person is more conservative than do liberals (16–18). Inferences about other people's beliefs are often based at least partly on one's own beliefs (1, 14). The second source is semantic or episodic knowledge about the target. This knowledge may come from group-based stereotypes (e.g., Texans are conservative; Californians are liberal), from observations of behavior, or from third-person reports. It is easy to guess that Barack Obama has relatively liberal beliefs, for instance, because he is a Democrat, because he expresses liberal beliefs, and because his colleagues say he is liberal.
Religious believers can use both sources of information when reasoning about a religious agent. People can readily recall or construct their own beliefs on an issue and can also consult texts (e.g., the Koran, Torah, or Bible) or presumed experts (e.g., an Imam or Priest) that report on God's beliefs. Like inferences about people, inferences about God's beliefs are therefore likely to reflect a mixture of egocentric and nonegocentric information.
Unlike inferences about people, however, inferences about God's beliefs cannot rely as readily on information directly from the judgment target. One can quiz neighbors on their beliefs, read editorials about celebrities' positions, or observe public opinion polls. Religious agents do not lend themselves to public opinion polling. Even within Christianity, for example, groups differ quite dramatically in their interpretation of God's attitudes toward such topics as same-sex marriage, the death penalty, and abortion. The inherent ambiguity of God's beliefs on major issues and the extent to which religious texts may be open to interpretation and subjective evaluation, suggests not only strong egocentric biases when reasoning about God, but also that people may be consistently more egocentric when reasoning about God's beliefs than when reasoning about other people's beliefs. When the beliefs of a positively evaluated target are relatively ambiguous, a person may construct them by relying on his or her own beliefs (19). Indeed, it may seem particularly logical to use egocentric information when reasoning about God, because religious agents are generally presumed to hold true beliefs, and people generally presume that their own beliefs are true as well (20).
We tested this basic hypothesis that people would be especially egocentric when reasoning about God's beliefs using correlational, experimental, and neuroimaging methods. We investigate important social and moral beliefs on which believers are likely to consider God's beliefs more consistently, rather than more minor and idiosyncratic beliefs. Although our theoretical predictions apply to any religious or supernatural agent presumed to have beliefs (4), our experimental participants are drawn primarily from the United States and therefore cannot represent the entire corpus of world religions. The vast majority of participants from these samples also report believing in God. We exclude nonbelievers from analyses, except where we have a sufficiently large sample for independent analysis (Study 4), primarily because our hypotheses are relevant only to believers. Including the relatively small number of nonbelievers in the other studies, however, does not meaningfully alter any conclusions suggested by the following analyses.
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Studies 1–4
Description. We conducted four surveys in which participants reported their own belief about an issue, and then estimated God's belief along with a variety of other human targets' beliefs. For more detailed materials and methods see SI Text. Within and across surveys (see Table 1), we selected human targets that varied on a number of dimensions known to influence the degree of egocentrism, such as likeability and ambiguity of beliefs. These targets include liked individuals with relatively unknown beliefs (e.g., Bill Gates), a generalized other (average American), disliked individuals with unknown beliefs (Barry Bonds), and an individual with well-known beliefs (George W. Bush). We expected that egocentric correlations would diminish from the first of these groups to the last, but that all would show weaker evidence of egocentrism than estimates of God's beliefs. Of course, significant correlations between people's own beliefs and God's presumed beliefs could reflect both egocentric projection onto God and the opposite (using God's beliefs as a guide to one's own). We reduced the impact of this reverse causality in Studies 1–3 by asking participants to report their own beliefs first and then randomly ordering the remaining targets. We demonstrate causality conclusively using experimental methods in Studies 5 and 6.
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Table 1. Egocentric correlations with God and other targets from Studies 1–4
Results. In Study 1, Boston rail-commuters indicated their own, God's, Bush's, and Gates' attitudes about abortion by rating agreement with six statements about the abortion debate. We formed a composite attitude-about-abortion score for every target. Using these composites, we computed an “egocentric correlation” between participants' own attitudes and their estimates of each other target. As predicted, the egocentric correlation with God was larger than every other egocentric correlation, Zs > 3.8, Ps < 0.01. In Study 2, undergraduates responded to a similarly structured set of items about same-sex marriage. The egocentric correlation with God's beliefs was again larger than with every other target, Zs > 2.3, Ps < 0.05. Study 3 extended the first two studies by examining undergraduates' beliefs about multiple sociopolitical issues (see Table 1). Standardizing and collapsing across issues, the egocentric correlation with God's beliefs was again larger than with every other target, Zs > 2.2, Ps < 0.05. Study 4 questioned adults from a nationally representative (United States) database of online respondents. Participants indicated their own, God's, and the average American's attitudes about abortion and same-sex marriage. The order of targets was counterbalanced, but did not significantly alter the strength of the egocentric correlations. For each issue, the egocentric correlation among religious believers (n = 922) was higher for God than for the average American, Zs > 4.0, Ps < 0.01. For nonbelievers (n = 77), the egocentric correlation with God's beliefs was significantly lower on both issues than for believers, both Fisher's Zs > 2.0, Ps < 0.05, and did not differ on either issue from the egocentric correlation with the average American, Zs < 1. It is difficult to interpret these results for nonbelievers, but the relatively weaker egocentric correlations at least demonstrate that egocentric biases are not an invariant product of inferring God's beliefs (see SI Text, Fig. S1, and Table S1 for supplemental analyses by frequency of consulting God). Previous Section Next Section Study 5 Description. If believers are especially egocentric when making inferences about God's beliefs, then manipulating believers' own attitudes should similarly manipulate predictions of God's attitudes but should have less consistent impact on predictions of other people's attitudes. We investigated this in Study 5 by influencing participants' own attitudes about affirmative action through exposure to persuasive arguments. In a pro-policy condition, participants read one strong argument supporting affirmative action and one weak argument opposing it. In an anti-policy condition, participants read one weak argument supporting affirmative action and one strong argument opposing it (see SI Text). Participants then rated the strength of each argument they received. Finally, participants reported their attitude about affirmative action and did the same for God, the average American, Gates, and Bush. Previous Section Next Section Results Manipulation Check. Participants in the pro-policy condition indicated that the argument in favor of affirmative action was stronger (M = 3.25, SD = 1.25) than the argument against affirmative action (M = 2.03, SD = 1.19), paired-t (64) = 5.40, P < 0.001. Participants in the anti-policy condition indicated that the argument against affirmative action was stronger (M = 3.82, SD = 1.12) than the argument in favor of affirmative action (M = 1.33, SD = 0.75), paired-t (54) = 16.03, P < 0.001. As intended, the balance of arguments in the pro-policy condition favored affirmative action whereas the balance of arguments in the anti-policy condition opposed it. Main Analyses. As predicted, the arguments manipulation had different effects across the targets, F(4, 472) = 4.55, P < 0.001 (Fig. 1). People in the pro-policy condition supported affirmative action more than did those in the anti-policy condition, t (119) = 2.15, P < 0.05, and also estimated that God supported it more, t (119) = 3.03, P < 0.01. As in the preceding experiments, the egocentric correlation was stronger for God's attitudes (r = 0.67) than for any of the other targets (rGates = 0.42, rAmerican = 0.41, rBush = 0.07), Zs > 3.1, Ps < 0.01. Although the egocentric correlation was significantly weaker for Gates than for God, estimates of Gates' attitudes, a relatively liked target with unknown beliefs, were also significantly influenced by the arguments condition, t (118) = 3.75, P < 0.001. Estimates of the average American's and Bush's beliefs were not significantly influenced, ts < 1.
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Fig. 1. Average attitude judgments for self and other targets by argument condition (Study 5). Error bars represent standard error of the mean.
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Study 6
Description. Study 6 sought convergent evidence by using a different experimental manipulation that relied on internally generated arguments rather than on externally provided ones. In particular, participants were asked to write and deliver a speech either consistent or inconsistent with their own preexisting beliefs in front of a video camera. Under these circumstances, people tend to shift their attitudes in a direction consistent with the speech they deliver (21, 22). Participants first reported (in a dichotomous choice task) whether they generally supported or opposed the death penalty, among other issues. Approximately 30 min later, a new experimenter told participants that videotapes were needed for another study of people evaluating speeches about the death penalty. Participants were then asked, depending on random assignment, if they would be willing to deliver a speech in favor of or opposed to the death penalty. This meant delivering a speech consistent with preexisting attitudes for some participants and inconsistent with preexisting attitudes for the other participants. All but five participants (two in the consistent condition, three in the inconsistent condition) agreed to the experimenter's request. After delivering the speech, participants reported their own attitude about the death penalty, and then did the same for God, Gates, Bush, and the average American.
Results. As predicted, participants' own postspeech attitudes were a function of their preexisting beliefs and their speech (Fig. 2). Delivering an attitude-inconsistent speech made participants' own attitudes more moderate than delivering an attitude-consistent speech, F(1, 39) = 12.05, P = 0.001. The interaction between participants' preexisting beliefs and their speech condition differed across the other targets, F(3, 117) = 2.62, P = 0.054. In particular, the significant interaction pattern observed on participants' own attitudes was replicated only in estimates of God's attitudes, F(1, 39) = 7.44, P < 0.01, and did not approach significance for any other target, Fs < 1. Manipulating people's own attitudes produced consistently similar shifts in estimates of God's attitudes, but not consistent shifts in estimates of other people's attitudes.
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Fig. 2. Average attitude judgments for self, God, and other targets as a function of preexisting belief (oppose or support death penalty) and delivered speech (consistent or inconsistent with preexisting belief; Study 6). Error bars represent standard error of the mean.
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Study 7
Description. Our final research approach used fMRI to measure similarity in neural activity when reasoning about one's own versus God's beliefs, compared to when reasoning about another person's beliefs, namely a specific (participant-generated) individual representing the average American. Thinking about one's own mental states in contrast to thinking about another person's mental states is associated with heightened activation in the medial prefrontal cortex (mPFC), precuneus, temporoparietal junction, and temporal poles (23), and the egocentric projection of one's own mental states onto others' is associated with heightened activation of the inferior regions of the mPFC (24). If people are indeed more egocentric when reasoning about God's attitudes than when reasoning about other people's attitudes, then neural activity in these regions should be more similar between self and God than between self and average American.
During fMRI scanning, 17 participants were presented with six 90-s blocks (two self, two God, two average American blocks) of 10 attitude items (e.g., legal euthanasia), each for 9 s. A pilot experiment of 18 participants using these items replicated the basic result from the preceding studies: egocentric correlations across the 20 items were calculated for each participant. Across participants, the egocentric correlation in this pilot experiment was larger for God's attitudes (MFisher's z = 0.47) than for the Average American's attitudes (MFisher's z = 0.06), paired-t (17) = 3.24, P < 0.01 (see SI Text and Fig. S2 for procedural details).
Participants in the scanner reported their own attitude on each item during the self blocks, the average American's attitude during the average American blocks, and God's attitude during the God blocks. These blocks were separated by a fixation period of 90 s. Participants saw one of four orders of stimulus presentation, made by crossing two randomized block orders with two randomized issue orders.
Results. Voxelwise comparisons indicated that the God-American contrast and self-American contrast produced similar patterns of activation in the mPFC, medial precuneus, bilateral tempororparietal junction, right medial temporal gyrus, and left insula regions (voxelwise Ps < 0.005, corrected; Fig. 3A), whereas the self-God contrast produced no significant differences in these regions. We next designated four equal-volume regions of interest that covered the area within the mPFC previously associated with self and other processing (Fig. 3B) (23). A 3 (condition: Self, God, average American) × 4 (mPFC region: inferior, middle inferior, middle superior, superior) repeated measures analysis of variance revealed a significant main effect for condition, F(2, 32) = 3.80, P = 0.033. As illustrated in Fig. 3B, activity in the mPFC was lower when participants thought about the average American's attitudes than when they thought about their own attitude or God's attitudes (Ps < 0.05), whereas activity in the mPFC did not differ between the self and God conditions. The mPFC region × condition interaction was nonsignificant, F < 1 (see SI Text, Figs. S3–S5, and Tables S2 and S3 for details about acquisition and supplemental analyses).
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Fig. 3. Comparisons of neural activation when reasoning about self, God, and the “average American.” (A) Depicts a representative slice (x = 0) for the voxelwise t tests of self vs. American, God vs. American, and self vs. God contrasts. (B) Depicts the regions of interest (radius = 8 mm) spanning portions of mPFC previously identified to differentiate self-other processing.
These results expand considerably on the behavioral results observed in Studies 1–6 by demonstrating a relative similarity in the neural substrates involved in thinking about one's own beliefs and God's beliefs compared to when thinking about another person's beliefs. Combined with Studies 1–6, there is not only a stronger relationship between reports of one's own beliefs and God's beliefs compared to another person's beliefs, but an increased similarity in the underlying mechanism used to generate one's own beliefs and God's beliefs as well. Inferences about God's beliefs appear to egocentrically biased, these data suggest, because the process used to generate inferences about God's beliefs is relatively similar to the process used to generate one's own beliefs.
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Discussion
Correlational, experimental, and neuroimaging methodologies all suggest that religious believers are particularly likely to use their own beliefs as a guide when reasoning about God's beliefs compared to when reasoning about other people's beliefs. People's estimates of God's beliefs were more strongly correlated with their own beliefs than were their estimates of a broad range of other people's beliefs (Studies 1–4). Manipulating people's own beliefs similarly affected their estimates of God's beliefs more than it affected estimates of other people's beliefs (Studies 5 and 6), demonstrating that estimates of God's beliefs are causally influenced at least in part by one's own beliefs. Finally, neuroimaging evidence demonstrated that reasoning about God's beliefs tends to activate the same regions that are active when reasoning about one's own beliefs (indeed, statistically indistinguishable in the whole-brain analysis), whereas reasoning about the average American's beliefs activates relatively distinct regions associated with reasoning about other people.
We believe these findings provide important insights into the origins and variability of religious beliefs and have interesting implications for their impact on everyday judgment, decision-making, and behavior. First, these data join a growing body of literature demonstrating that religious beliefs are guided by the same basic or natural mechanisms that guide social cognition more generally (4, 10, 25, 26). Religious beliefs need not be explained by any unique psychological mechanisms, but instead are likely to be the natural outcome of existing mechanisms that enable people to reason about other social agents more generally. Insights into the basic mechanisms that guide social cognition are therefore likely to be of considerable value for understanding religious experience and belief.
Second, these data provide insight into the sources of people's own religious beliefs. Although people obviously acquire religious beliefs from a variety of external sources, from parents to broader cultural influences, these data suggest that the self may serve as an important source of religious beliefs as well. Not only are believers likely to acquire the beliefs and theology of others around them, but may also seek out believers and theologies that share their own personal beliefs. If people seek out religious communities that match their own personal views on major social, moral, or political issues, then the information coming from religious sources is likely to further validate and strengthen their own personal convictions and values. Religious belief has generally been treated as a process of socialization whereby people's personal beliefs about God come to reflect what they learn from those around them, but these data suggest that the inverse causal process may be important as well: people's personal beliefs may guide their own religious beliefs and the religious communities they seek to be part of.
Finally, these data have interesting implications for the impact of religious thought on judgment and decision-making. People may use religious agents as a moral compass, forming impressions and making decisions based on what they presume God as the ultimate moral authority would believe or want. The central feature of a compass, however, is that it points north no matter what direction a person is facing. This research suggests that, unlike an actual compass, inferences about God's beliefs may instead point people further in whatever direction they are already facing.
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Methods
All of the attitude items used in the following studies are presented in the SI Text.
Study 1. Sixty-three people (36 women, 27 men; age 18 to 73 years, 3 unspecified, Mdn = 21.5 years) approached by an experimenter in Boston's South Station agreed to complete a survey on opinions about abortion. Participants first reported the extent to which they agreed with six statements about abortion, and were then asked to respond to each of the same six items as they thought God (as the participant understood God), President George W. Bush, and Bill Gates would respond. The order of these targets was counterbalanced across participants. Finally, participants answered five questions that measured their belief in God (27) and reported their religious affiliation. Nine participants with composite belief-in-God scores equal to zero were excluded from analyses.
Study 2. Forty University of Chicago undergraduates (23 women, 17 men; age 18 to 27 years, Mdn = 20 years) completed a survey in the laboratory in exchange for $3. The procedure was identical to Study 1, except that participants reported beliefs about same-sex marriage, and estimated beliefs for God, President George W. Bush, the average American, and Katie Couric. Three participants with composite belief-in-God scores equal to zero were excluded from analyses.
Study 3. One hundred thirty-six University of Chicago students (71 women, 62 men, 3 did not specify sex; age 18–44 years, Mdn = 20 years) completed a survey in the laboratory in exchange for $3. The procedure was similar to Studies 1 and 2, except that participants were randomly assigned to answer six items measuring attitudes about one of six different issues: abortion (n = 22 believers, 2 nonbelievers), affirmative action (n = 20 believers, 4 nonbelievers), death penalty (n = 19 believers, 5 nonbelievers), Iraq War (n = 15 believers, 6 nonbelievers), legalization of marijuana (n = 20 believers, 1 nonbeliever), and same-sex marriage (n = 20 believers, 2 nonbelievers). The samples included in parentheses represent the number of religious believers in each issue condition, followed by those participants with composite belief-in-God scores equal to 0 (or who did not answer the belief-in-God questions, n = 2). Participants first reported their own attitude, and then reported (in counterbalanced order across participants) how they believed God (as they understood God), Bill Gates, the average American, and George W. Bush would respond to each of the items.
Study 4. This survey was administered online to a nationally representative sample of adults as part of the Time-Sharing Experiments for the Social Sciences (TESS) project, and 1,019 participants (513 women, 506 men; age 18–92 years, Mdn = 47 years) fielded the survey. Nineteen participants failed to answer all of the attitude items, and were therefore removed from the analyses, leaving 1,000 participants in the final sample (922 Believers, 77 nonbelievers, and 1 nonresponse). Participants were asked to report their own, God's, and the average American's attitudes on abortion and then same-sex marriage in one of four randomly assigned orders: Self-God-American, self-American-God, God-self-American, or God-American-self. When reporting participants' own attitudes, each participant was asked to indicate his or her “personal opinion about abortion” on a seven-point attitude scale ranging from 1 (completely pro-choice) to 7 (completely pro-life), and then his or her “personal opinion about same-sex marriage” on a seven-point scale ranging from 1 (completely oppose same-sex marriage) to 7 (completely support same-sex marriage). Participants then did likewise for God and the average American. Finally, participants responded to two items about their belief in God. The first asked, “Do you believe in God? Please answer in whatever way you understand God. [Yes/No].” The second asked, “To what extent do you consult God through prayer or meditation when making decisions?” Possible responses were: At least once a day; around once a week; around once a month; a couple of times a year; less than once a year; and never or not applicable.
Study 5. One hundred forty-five people (62 men, 82 women, 1 nonresponse; age 19–77 years, Mdn = 52 years) completed an online study in which they were exposed to arguments in favor of and opposed to affirmative action. In the pro-policy condition, participants read one paragraph of strong arguments in favor of affirmative action and one paragraph of weak arguments opposed to affirmative action. In the anti-policy condition, participants read one paragraph of strong arguments opposed to affirmative action and one paragraph of weak arguments opposed to affirmative action (the actual arguments are presented in SI Text). Each participant then reported his or her own stance on affirmative action on a 9-point scale ranging from 1 (completely oppose) to 9 (completely support), and then did the same for God, the average American, Bill Gates, and George W. Bush (in a randomly determined order). Immediately preceding the question about God's attitude, participants were asked to indicate if they believed in God [Yes/No]. Those who responded “yes” to this question (n = 121) then answered questions about God's beliefs, whereas those who responded “no” (n = 24) were skipped ahead to the next target (and subsequently excluded from analyses).
Study 6. Fifty-nine Chicago residents (24 men, 35 women; age 18–62 years, 4 did not indicate age, Mdn = 21 years) participated in exchange for $12. On arrival to the laboratory, participants were asked to report whether they were in favor of or opposed to the death penalty and whether or not they believed in God, embedded within a large packet of unrelated questionnaires. The 48 people who reported believing in God served as the participants for this experiment. After approximately 30 min of completing unrelated experiments on the computer, participants were escorted to a new room and introduced to a second experimenter. Participants learned that the experimenter was planning to run some persuasion experiments and needed videotapes of persuasive arguments to do so. The experimenter then explained that she had enough videos of people arguing for one side of the death penalty issue (depending on condition), but needed more arguing for the other side. She then asked if the participant would be willing to make a video. Participants were then asked to either make a video consistent or inconsistent with the attitudes expressed at the beginning of the experiment. Agreeing to the experimenter's request put participants into one of the four cells of a 2 (preexisting attitude: support vs. oppose) × 2 (speech: consistent vs. inconsistent) quasi-experimental design. Those who agreed (all but five) were then asked to prepare a 2–3 min persuasive speech to deliver in front of a video camera. After ≈10 min of preparation, participants delivered their speeches. When finished, participants indicated their “own attitude about the death penalty” on a 9-point scale ranging from 1 (completely oppose) to 9 (completely support), and then did the same (in a randomized order) for God, Bill Gates, George Bush, and the average American.
Study 7. Eighteen healthy, right-handed volunteers (8 men, 10 women; age 18 to 45 years, Mdn = 21 years) participated in exchange for $40. Of these, 17 reported believing in God in a prescreening survey and are included in the analyses.
After a brief training period to familiarize participants with the experimental procedure, participants were presented during fMRI scanning with six 90-s blocks of attitude items (two each for self, God, and average American; see SI Text). Each block consisted of 10 attitude items presented on the viewing screen for 9 s each, with each block separated by a 90-s fixation period. During each “self” block, participants were presented for 9 s with a slide reading “My position on [attitude item]” for each of the items, and reported their attitude for each item during this period by pressing one of five response buttons on a handheld device ranging from “completely opposed” to “completely support.” This response procedure was identical for the “average American” and “God” blocks, except that the attitude items were presented on slides reading “[name]'s position on [attitude item]” and “God's position on [attitude item],” respectively. Blocks of attitude items were separated by a fixation slide presented for 84 s, followed for 6 s by the name of the target they would be evaluating in the next block (self, God, or [average American name]). Participants saw one of four versions of stimulus presentation made by crossing two orders of block presentation (randomly selected, on the condition that the same judgment target was not repeated consecutively) with two orders of trial presentation (randomly selected). See SI Text for additional procedural details and analyses for Study 7 and the pretest to this study.
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Acknowledgments
We thank Thomas Gilovich, Benoit Monin, and Daniel Wegner for comments on an earlier version of this manuscript, Ye Li for website access, and Mina Kang and Jasmine Kwong for help conducting the experiments, the National Science Foundation for supporting TESS, Diana Mutz and Arthur Lupia for leading our study using TESS [Study 4 data collected by Time-Sharing Experiments for the Social Sciences (TESS), National Science Foundation Grant no. 0094964 to Diana C. Mutz and Arthur Lupia, Principal Investigators.]. This work was supported by the Booth School of Business, the National Science Foundation Grant no. SES-0241544, and the Templeton Foundation.
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Footnotes
1To whom correspondence should be addressed. E-mail: epley@chicagobooth.edu
Author contributions: N.E., B.A.C., and J.T.C. designed research; B.A.C. and A.D. performed research; B.A.C., A.D., G.A.M., and J.T.C. analyzed data; and N.E. and B.A.C. wrote the paper.
The authors declare no conflict of interest.
This article is a PNAS Direct Submission.
This article contains supporting information online at www.pnas.org/cgi/content/full/0908374106/DCSupplemental.
Freely available online through the PNAS open access option.
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Nicholas Epleya,1, Benjamin A. Conversea, Alexa Delboscb, George A. Monteleonec and John T. Cacioppoc
+ Author Affiliations
aBooth School of Business, 5807 South Woodlawn Avenue, University of Chicago, Chicago, IL, 60637;
bInstitute of Transport Studies, Monash University, Melbourne 3800, Australia; and
cDepartment of Psychology, 5848 South University Avenue, University of Chicago, Chicago, IL 60637
Edited by Edward E. Smith, Columbia University, New York, NY, and approved October 21, 2009 (received for review July 27, 2009)
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Abstract
People often reason egocentrically about others' beliefs, using their own beliefs as an inductive guide. Correlational, experimental, and neuroimaging evidence suggests that people may be even more egocentric when reasoning about a religious agent's beliefs (e.g., God). In both nationally representative and more local samples, people's own beliefs on important social and ethical issues were consistently correlated more strongly with estimates of God's beliefs than with estimates of other people's beliefs (Studies 1–4). Manipulating people's beliefs similarly influenced estimates of God's beliefs but did not as consistently influence estimates of other people's beliefs (Studies 5 and 6). A final neuroimaging study demonstrated a clear convergence in neural activity when reasoning about one's own beliefs and God's beliefs, but clear divergences when reasoning about another person's beliefs (Study 7). In particular, reasoning about God's beliefs activated areas associated with self-referential thinking more so than did reasoning about another person's beliefs. Believers commonly use inferences about God's beliefs as a moral compass, but that compass appears especially dependent on one's own existing beliefs.
decision making judgment religion social cognition social neuroscience
Religion appears to serve as a moral compass for the vast majority of people around the world. It informs whether same-sex marriage is love or sin, whether war is an act of security or of terror, and whether abortion rights represent personal liberty or permission to murder. Many religions are centered on a god (or gods) that has beliefs and intentions, with adherents encouraged to follow “God's will” on everything from martyrdom to career planning to voting. Within these religious systems, how do people know what their god wills?
When people try to infer other people's attitudes and beliefs, they often do so egocentrically by using their own beliefs as an inductive guide (1). This research examines the extent to which people might also reason egocentrically about God's beliefs. We predicted that people would be consistently more egocentric when reasoning about God's beliefs than when reasoning about other people's beliefs. Intuiting God's beliefs on important issues may not produce an independent guide, but may instead serve as an echo chamber that reverberates one's own beliefs.
The Jewish and Christian traditions state explicitly that God created man in his own image, but believers and nonbelievers alike have long argued that people seem to create God in their own image as well (2–5). Xenophanes (sixth century B.C.E.), for instance, coined the term anthropomorphsim when noting the similarity between religious believers and representations of their gods, with Greek gods being fair skinned and African gods being dark skinned (6). Voltaire reports a Pope as saying, “If God made us in His own image, we have certainly returned the favor” (7). And Bob Dylan (8) sang of the ease with which groups come to believe that God is “on our side.” Egocentric representations of God are frequently discussed in public discourse, but are rarely the topic of scientific inquiry. This research examines the strength of such egocentric representations by measuring the extent to which people's own beliefs guide their predictions about God's beliefs. This research does not in any way, however, deny the possibility that the inverse process of reflection (using God's presumed beliefs as a guide to one's own) may operate in contexts where people's own beliefs are uncertain or unknown.
Although religious agents are attributed many unique properties, people nevertheless conceive of them in surprisingly humanlike ways (4, 9, 10). Inferences about a religious agent's beliefs may therefore be guided by the same two sources of information used to reason about other people's beliefs (11–15). The first source is one's own beliefs. Conservatives, for instance, tend to assume that the average person is more conservative than do liberals (16–18). Inferences about other people's beliefs are often based at least partly on one's own beliefs (1, 14). The second source is semantic or episodic knowledge about the target. This knowledge may come from group-based stereotypes (e.g., Texans are conservative; Californians are liberal), from observations of behavior, or from third-person reports. It is easy to guess that Barack Obama has relatively liberal beliefs, for instance, because he is a Democrat, because he expresses liberal beliefs, and because his colleagues say he is liberal.
Religious believers can use both sources of information when reasoning about a religious agent. People can readily recall or construct their own beliefs on an issue and can also consult texts (e.g., the Koran, Torah, or Bible) or presumed experts (e.g., an Imam or Priest) that report on God's beliefs. Like inferences about people, inferences about God's beliefs are therefore likely to reflect a mixture of egocentric and nonegocentric information.
Unlike inferences about people, however, inferences about God's beliefs cannot rely as readily on information directly from the judgment target. One can quiz neighbors on their beliefs, read editorials about celebrities' positions, or observe public opinion polls. Religious agents do not lend themselves to public opinion polling. Even within Christianity, for example, groups differ quite dramatically in their interpretation of God's attitudes toward such topics as same-sex marriage, the death penalty, and abortion. The inherent ambiguity of God's beliefs on major issues and the extent to which religious texts may be open to interpretation and subjective evaluation, suggests not only strong egocentric biases when reasoning about God, but also that people may be consistently more egocentric when reasoning about God's beliefs than when reasoning about other people's beliefs. When the beliefs of a positively evaluated target are relatively ambiguous, a person may construct them by relying on his or her own beliefs (19). Indeed, it may seem particularly logical to use egocentric information when reasoning about God, because religious agents are generally presumed to hold true beliefs, and people generally presume that their own beliefs are true as well (20).
We tested this basic hypothesis that people would be especially egocentric when reasoning about God's beliefs using correlational, experimental, and neuroimaging methods. We investigate important social and moral beliefs on which believers are likely to consider God's beliefs more consistently, rather than more minor and idiosyncratic beliefs. Although our theoretical predictions apply to any religious or supernatural agent presumed to have beliefs (4), our experimental participants are drawn primarily from the United States and therefore cannot represent the entire corpus of world religions. The vast majority of participants from these samples also report believing in God. We exclude nonbelievers from analyses, except where we have a sufficiently large sample for independent analysis (Study 4), primarily because our hypotheses are relevant only to believers. Including the relatively small number of nonbelievers in the other studies, however, does not meaningfully alter any conclusions suggested by the following analyses.
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Studies 1–4
Description. We conducted four surveys in which participants reported their own belief about an issue, and then estimated God's belief along with a variety of other human targets' beliefs. For more detailed materials and methods see SI Text. Within and across surveys (see Table 1), we selected human targets that varied on a number of dimensions known to influence the degree of egocentrism, such as likeability and ambiguity of beliefs. These targets include liked individuals with relatively unknown beliefs (e.g., Bill Gates), a generalized other (average American), disliked individuals with unknown beliefs (Barry Bonds), and an individual with well-known beliefs (George W. Bush). We expected that egocentric correlations would diminish from the first of these groups to the last, but that all would show weaker evidence of egocentrism than estimates of God's beliefs. Of course, significant correlations between people's own beliefs and God's presumed beliefs could reflect both egocentric projection onto God and the opposite (using God's beliefs as a guide to one's own). We reduced the impact of this reverse causality in Studies 1–3 by asking participants to report their own beliefs first and then randomly ordering the remaining targets. We demonstrate causality conclusively using experimental methods in Studies 5 and 6.
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Table 1. Egocentric correlations with God and other targets from Studies 1–4
Results. In Study 1, Boston rail-commuters indicated their own, God's, Bush's, and Gates' attitudes about abortion by rating agreement with six statements about the abortion debate. We formed a composite attitude-about-abortion score for every target. Using these composites, we computed an “egocentric correlation” between participants' own attitudes and their estimates of each other target. As predicted, the egocentric correlation with God was larger than every other egocentric correlation, Zs > 3.8, Ps < 0.01. In Study 2, undergraduates responded to a similarly structured set of items about same-sex marriage. The egocentric correlation with God's beliefs was again larger than with every other target, Zs > 2.3, Ps < 0.05. Study 3 extended the first two studies by examining undergraduates' beliefs about multiple sociopolitical issues (see Table 1). Standardizing and collapsing across issues, the egocentric correlation with God's beliefs was again larger than with every other target, Zs > 2.2, Ps < 0.05. Study 4 questioned adults from a nationally representative (United States) database of online respondents. Participants indicated their own, God's, and the average American's attitudes about abortion and same-sex marriage. The order of targets was counterbalanced, but did not significantly alter the strength of the egocentric correlations. For each issue, the egocentric correlation among religious believers (n = 922) was higher for God than for the average American, Zs > 4.0, Ps < 0.01. For nonbelievers (n = 77), the egocentric correlation with God's beliefs was significantly lower on both issues than for believers, both Fisher's Zs > 2.0, Ps < 0.05, and did not differ on either issue from the egocentric correlation with the average American, Zs < 1. It is difficult to interpret these results for nonbelievers, but the relatively weaker egocentric correlations at least demonstrate that egocentric biases are not an invariant product of inferring God's beliefs (see SI Text, Fig. S1, and Table S1 for supplemental analyses by frequency of consulting God). Previous Section Next Section Study 5 Description. If believers are especially egocentric when making inferences about God's beliefs, then manipulating believers' own attitudes should similarly manipulate predictions of God's attitudes but should have less consistent impact on predictions of other people's attitudes. We investigated this in Study 5 by influencing participants' own attitudes about affirmative action through exposure to persuasive arguments. In a pro-policy condition, participants read one strong argument supporting affirmative action and one weak argument opposing it. In an anti-policy condition, participants read one weak argument supporting affirmative action and one strong argument opposing it (see SI Text). Participants then rated the strength of each argument they received. Finally, participants reported their attitude about affirmative action and did the same for God, the average American, Gates, and Bush. Previous Section Next Section Results Manipulation Check. Participants in the pro-policy condition indicated that the argument in favor of affirmative action was stronger (M = 3.25, SD = 1.25) than the argument against affirmative action (M = 2.03, SD = 1.19), paired-t (64) = 5.40, P < 0.001. Participants in the anti-policy condition indicated that the argument against affirmative action was stronger (M = 3.82, SD = 1.12) than the argument in favor of affirmative action (M = 1.33, SD = 0.75), paired-t (54) = 16.03, P < 0.001. As intended, the balance of arguments in the pro-policy condition favored affirmative action whereas the balance of arguments in the anti-policy condition opposed it. Main Analyses. As predicted, the arguments manipulation had different effects across the targets, F(4, 472) = 4.55, P < 0.001 (Fig. 1). People in the pro-policy condition supported affirmative action more than did those in the anti-policy condition, t (119) = 2.15, P < 0.05, and also estimated that God supported it more, t (119) = 3.03, P < 0.01. As in the preceding experiments, the egocentric correlation was stronger for God's attitudes (r = 0.67) than for any of the other targets (rGates = 0.42, rAmerican = 0.41, rBush = 0.07), Zs > 3.1, Ps < 0.01. Although the egocentric correlation was significantly weaker for Gates than for God, estimates of Gates' attitudes, a relatively liked target with unknown beliefs, were also significantly influenced by the arguments condition, t (118) = 3.75, P < 0.001. Estimates of the average American's and Bush's beliefs were not significantly influenced, ts < 1.
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Fig. 1. Average attitude judgments for self and other targets by argument condition (Study 5). Error bars represent standard error of the mean.
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Study 6
Description. Study 6 sought convergent evidence by using a different experimental manipulation that relied on internally generated arguments rather than on externally provided ones. In particular, participants were asked to write and deliver a speech either consistent or inconsistent with their own preexisting beliefs in front of a video camera. Under these circumstances, people tend to shift their attitudes in a direction consistent with the speech they deliver (21, 22). Participants first reported (in a dichotomous choice task) whether they generally supported or opposed the death penalty, among other issues. Approximately 30 min later, a new experimenter told participants that videotapes were needed for another study of people evaluating speeches about the death penalty. Participants were then asked, depending on random assignment, if they would be willing to deliver a speech in favor of or opposed to the death penalty. This meant delivering a speech consistent with preexisting attitudes for some participants and inconsistent with preexisting attitudes for the other participants. All but five participants (two in the consistent condition, three in the inconsistent condition) agreed to the experimenter's request. After delivering the speech, participants reported their own attitude about the death penalty, and then did the same for God, Gates, Bush, and the average American.
Results. As predicted, participants' own postspeech attitudes were a function of their preexisting beliefs and their speech (Fig. 2). Delivering an attitude-inconsistent speech made participants' own attitudes more moderate than delivering an attitude-consistent speech, F(1, 39) = 12.05, P = 0.001. The interaction between participants' preexisting beliefs and their speech condition differed across the other targets, F(3, 117) = 2.62, P = 0.054. In particular, the significant interaction pattern observed on participants' own attitudes was replicated only in estimates of God's attitudes, F(1, 39) = 7.44, P < 0.01, and did not approach significance for any other target, Fs < 1. Manipulating people's own attitudes produced consistently similar shifts in estimates of God's attitudes, but not consistent shifts in estimates of other people's attitudes.
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Fig. 2. Average attitude judgments for self, God, and other targets as a function of preexisting belief (oppose or support death penalty) and delivered speech (consistent or inconsistent with preexisting belief; Study 6). Error bars represent standard error of the mean.
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Study 7
Description. Our final research approach used fMRI to measure similarity in neural activity when reasoning about one's own versus God's beliefs, compared to when reasoning about another person's beliefs, namely a specific (participant-generated) individual representing the average American. Thinking about one's own mental states in contrast to thinking about another person's mental states is associated with heightened activation in the medial prefrontal cortex (mPFC), precuneus, temporoparietal junction, and temporal poles (23), and the egocentric projection of one's own mental states onto others' is associated with heightened activation of the inferior regions of the mPFC (24). If people are indeed more egocentric when reasoning about God's attitudes than when reasoning about other people's attitudes, then neural activity in these regions should be more similar between self and God than between self and average American.
During fMRI scanning, 17 participants were presented with six 90-s blocks (two self, two God, two average American blocks) of 10 attitude items (e.g., legal euthanasia), each for 9 s. A pilot experiment of 18 participants using these items replicated the basic result from the preceding studies: egocentric correlations across the 20 items were calculated for each participant. Across participants, the egocentric correlation in this pilot experiment was larger for God's attitudes (MFisher's z = 0.47) than for the Average American's attitudes (MFisher's z = 0.06), paired-t (17) = 3.24, P < 0.01 (see SI Text and Fig. S2 for procedural details).
Participants in the scanner reported their own attitude on each item during the self blocks, the average American's attitude during the average American blocks, and God's attitude during the God blocks. These blocks were separated by a fixation period of 90 s. Participants saw one of four orders of stimulus presentation, made by crossing two randomized block orders with two randomized issue orders.
Results. Voxelwise comparisons indicated that the God-American contrast and self-American contrast produced similar patterns of activation in the mPFC, medial precuneus, bilateral tempororparietal junction, right medial temporal gyrus, and left insula regions (voxelwise Ps < 0.005, corrected; Fig. 3A), whereas the self-God contrast produced no significant differences in these regions. We next designated four equal-volume regions of interest that covered the area within the mPFC previously associated with self and other processing (Fig. 3B) (23). A 3 (condition: Self, God, average American) × 4 (mPFC region: inferior, middle inferior, middle superior, superior) repeated measures analysis of variance revealed a significant main effect for condition, F(2, 32) = 3.80, P = 0.033. As illustrated in Fig. 3B, activity in the mPFC was lower when participants thought about the average American's attitudes than when they thought about their own attitude or God's attitudes (Ps < 0.05), whereas activity in the mPFC did not differ between the self and God conditions. The mPFC region × condition interaction was nonsignificant, F < 1 (see SI Text, Figs. S3–S5, and Tables S2 and S3 for details about acquisition and supplemental analyses).
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Fig. 3. Comparisons of neural activation when reasoning about self, God, and the “average American.” (A) Depicts a representative slice (x = 0) for the voxelwise t tests of self vs. American, God vs. American, and self vs. God contrasts. (B) Depicts the regions of interest (radius = 8 mm) spanning portions of mPFC previously identified to differentiate self-other processing.
These results expand considerably on the behavioral results observed in Studies 1–6 by demonstrating a relative similarity in the neural substrates involved in thinking about one's own beliefs and God's beliefs compared to when thinking about another person's beliefs. Combined with Studies 1–6, there is not only a stronger relationship between reports of one's own beliefs and God's beliefs compared to another person's beliefs, but an increased similarity in the underlying mechanism used to generate one's own beliefs and God's beliefs as well. Inferences about God's beliefs appear to egocentrically biased, these data suggest, because the process used to generate inferences about God's beliefs is relatively similar to the process used to generate one's own beliefs.
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Discussion
Correlational, experimental, and neuroimaging methodologies all suggest that religious believers are particularly likely to use their own beliefs as a guide when reasoning about God's beliefs compared to when reasoning about other people's beliefs. People's estimates of God's beliefs were more strongly correlated with their own beliefs than were their estimates of a broad range of other people's beliefs (Studies 1–4). Manipulating people's own beliefs similarly affected their estimates of God's beliefs more than it affected estimates of other people's beliefs (Studies 5 and 6), demonstrating that estimates of God's beliefs are causally influenced at least in part by one's own beliefs. Finally, neuroimaging evidence demonstrated that reasoning about God's beliefs tends to activate the same regions that are active when reasoning about one's own beliefs (indeed, statistically indistinguishable in the whole-brain analysis), whereas reasoning about the average American's beliefs activates relatively distinct regions associated with reasoning about other people.
We believe these findings provide important insights into the origins and variability of religious beliefs and have interesting implications for their impact on everyday judgment, decision-making, and behavior. First, these data join a growing body of literature demonstrating that religious beliefs are guided by the same basic or natural mechanisms that guide social cognition more generally (4, 10, 25, 26). Religious beliefs need not be explained by any unique psychological mechanisms, but instead are likely to be the natural outcome of existing mechanisms that enable people to reason about other social agents more generally. Insights into the basic mechanisms that guide social cognition are therefore likely to be of considerable value for understanding religious experience and belief.
Second, these data provide insight into the sources of people's own religious beliefs. Although people obviously acquire religious beliefs from a variety of external sources, from parents to broader cultural influences, these data suggest that the self may serve as an important source of religious beliefs as well. Not only are believers likely to acquire the beliefs and theology of others around them, but may also seek out believers and theologies that share their own personal beliefs. If people seek out religious communities that match their own personal views on major social, moral, or political issues, then the information coming from religious sources is likely to further validate and strengthen their own personal convictions and values. Religious belief has generally been treated as a process of socialization whereby people's personal beliefs about God come to reflect what they learn from those around them, but these data suggest that the inverse causal process may be important as well: people's personal beliefs may guide their own religious beliefs and the religious communities they seek to be part of.
Finally, these data have interesting implications for the impact of religious thought on judgment and decision-making. People may use religious agents as a moral compass, forming impressions and making decisions based on what they presume God as the ultimate moral authority would believe or want. The central feature of a compass, however, is that it points north no matter what direction a person is facing. This research suggests that, unlike an actual compass, inferences about God's beliefs may instead point people further in whatever direction they are already facing.
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Methods
All of the attitude items used in the following studies are presented in the SI Text.
Study 1. Sixty-three people (36 women, 27 men; age 18 to 73 years, 3 unspecified, Mdn = 21.5 years) approached by an experimenter in Boston's South Station agreed to complete a survey on opinions about abortion. Participants first reported the extent to which they agreed with six statements about abortion, and were then asked to respond to each of the same six items as they thought God (as the participant understood God), President George W. Bush, and Bill Gates would respond. The order of these targets was counterbalanced across participants. Finally, participants answered five questions that measured their belief in God (27) and reported their religious affiliation. Nine participants with composite belief-in-God scores equal to zero were excluded from analyses.
Study 2. Forty University of Chicago undergraduates (23 women, 17 men; age 18 to 27 years, Mdn = 20 years) completed a survey in the laboratory in exchange for $3. The procedure was identical to Study 1, except that participants reported beliefs about same-sex marriage, and estimated beliefs for God, President George W. Bush, the average American, and Katie Couric. Three participants with composite belief-in-God scores equal to zero were excluded from analyses.
Study 3. One hundred thirty-six University of Chicago students (71 women, 62 men, 3 did not specify sex; age 18–44 years, Mdn = 20 years) completed a survey in the laboratory in exchange for $3. The procedure was similar to Studies 1 and 2, except that participants were randomly assigned to answer six items measuring attitudes about one of six different issues: abortion (n = 22 believers, 2 nonbelievers), affirmative action (n = 20 believers, 4 nonbelievers), death penalty (n = 19 believers, 5 nonbelievers), Iraq War (n = 15 believers, 6 nonbelievers), legalization of marijuana (n = 20 believers, 1 nonbeliever), and same-sex marriage (n = 20 believers, 2 nonbelievers). The samples included in parentheses represent the number of religious believers in each issue condition, followed by those participants with composite belief-in-God scores equal to 0 (or who did not answer the belief-in-God questions, n = 2). Participants first reported their own attitude, and then reported (in counterbalanced order across participants) how they believed God (as they understood God), Bill Gates, the average American, and George W. Bush would respond to each of the items.
Study 4. This survey was administered online to a nationally representative sample of adults as part of the Time-Sharing Experiments for the Social Sciences (TESS) project, and 1,019 participants (513 women, 506 men; age 18–92 years, Mdn = 47 years) fielded the survey. Nineteen participants failed to answer all of the attitude items, and were therefore removed from the analyses, leaving 1,000 participants in the final sample (922 Believers, 77 nonbelievers, and 1 nonresponse). Participants were asked to report their own, God's, and the average American's attitudes on abortion and then same-sex marriage in one of four randomly assigned orders: Self-God-American, self-American-God, God-self-American, or God-American-self. When reporting participants' own attitudes, each participant was asked to indicate his or her “personal opinion about abortion” on a seven-point attitude scale ranging from 1 (completely pro-choice) to 7 (completely pro-life), and then his or her “personal opinion about same-sex marriage” on a seven-point scale ranging from 1 (completely oppose same-sex marriage) to 7 (completely support same-sex marriage). Participants then did likewise for God and the average American. Finally, participants responded to two items about their belief in God. The first asked, “Do you believe in God? Please answer in whatever way you understand God. [Yes/No].” The second asked, “To what extent do you consult God through prayer or meditation when making decisions?” Possible responses were: At least once a day; around once a week; around once a month; a couple of times a year; less than once a year; and never or not applicable.
Study 5. One hundred forty-five people (62 men, 82 women, 1 nonresponse; age 19–77 years, Mdn = 52 years) completed an online study in which they were exposed to arguments in favor of and opposed to affirmative action. In the pro-policy condition, participants read one paragraph of strong arguments in favor of affirmative action and one paragraph of weak arguments opposed to affirmative action. In the anti-policy condition, participants read one paragraph of strong arguments opposed to affirmative action and one paragraph of weak arguments opposed to affirmative action (the actual arguments are presented in SI Text). Each participant then reported his or her own stance on affirmative action on a 9-point scale ranging from 1 (completely oppose) to 9 (completely support), and then did the same for God, the average American, Bill Gates, and George W. Bush (in a randomly determined order). Immediately preceding the question about God's attitude, participants were asked to indicate if they believed in God [Yes/No]. Those who responded “yes” to this question (n = 121) then answered questions about God's beliefs, whereas those who responded “no” (n = 24) were skipped ahead to the next target (and subsequently excluded from analyses).
Study 6. Fifty-nine Chicago residents (24 men, 35 women; age 18–62 years, 4 did not indicate age, Mdn = 21 years) participated in exchange for $12. On arrival to the laboratory, participants were asked to report whether they were in favor of or opposed to the death penalty and whether or not they believed in God, embedded within a large packet of unrelated questionnaires. The 48 people who reported believing in God served as the participants for this experiment. After approximately 30 min of completing unrelated experiments on the computer, participants were escorted to a new room and introduced to a second experimenter. Participants learned that the experimenter was planning to run some persuasion experiments and needed videotapes of persuasive arguments to do so. The experimenter then explained that she had enough videos of people arguing for one side of the death penalty issue (depending on condition), but needed more arguing for the other side. She then asked if the participant would be willing to make a video. Participants were then asked to either make a video consistent or inconsistent with the attitudes expressed at the beginning of the experiment. Agreeing to the experimenter's request put participants into one of the four cells of a 2 (preexisting attitude: support vs. oppose) × 2 (speech: consistent vs. inconsistent) quasi-experimental design. Those who agreed (all but five) were then asked to prepare a 2–3 min persuasive speech to deliver in front of a video camera. After ≈10 min of preparation, participants delivered their speeches. When finished, participants indicated their “own attitude about the death penalty” on a 9-point scale ranging from 1 (completely oppose) to 9 (completely support), and then did the same (in a randomized order) for God, Bill Gates, George Bush, and the average American.
Study 7. Eighteen healthy, right-handed volunteers (8 men, 10 women; age 18 to 45 years, Mdn = 21 years) participated in exchange for $40. Of these, 17 reported believing in God in a prescreening survey and are included in the analyses.
After a brief training period to familiarize participants with the experimental procedure, participants were presented during fMRI scanning with six 90-s blocks of attitude items (two each for self, God, and average American; see SI Text). Each block consisted of 10 attitude items presented on the viewing screen for 9 s each, with each block separated by a 90-s fixation period. During each “self” block, participants were presented for 9 s with a slide reading “My position on [attitude item]” for each of the items, and reported their attitude for each item during this period by pressing one of five response buttons on a handheld device ranging from “completely opposed” to “completely support.” This response procedure was identical for the “average American” and “God” blocks, except that the attitude items were presented on slides reading “[name]'s position on [attitude item]” and “God's position on [attitude item],” respectively. Blocks of attitude items were separated by a fixation slide presented for 84 s, followed for 6 s by the name of the target they would be evaluating in the next block (self, God, or [average American name]). Participants saw one of four versions of stimulus presentation made by crossing two orders of block presentation (randomly selected, on the condition that the same judgment target was not repeated consecutively) with two orders of trial presentation (randomly selected). See SI Text for additional procedural details and analyses for Study 7 and the pretest to this study.
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Acknowledgments
We thank Thomas Gilovich, Benoit Monin, and Daniel Wegner for comments on an earlier version of this manuscript, Ye Li for website access, and Mina Kang and Jasmine Kwong for help conducting the experiments, the National Science Foundation for supporting TESS, Diana Mutz and Arthur Lupia for leading our study using TESS [Study 4 data collected by Time-Sharing Experiments for the Social Sciences (TESS), National Science Foundation Grant no. 0094964 to Diana C. Mutz and Arthur Lupia, Principal Investigators.]. This work was supported by the Booth School of Business, the National Science Foundation Grant no. SES-0241544, and the Templeton Foundation.
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Footnotes
1To whom correspondence should be addressed. E-mail: epley@chicagobooth.edu
Author contributions: N.E., B.A.C., and J.T.C. designed research; B.A.C. and A.D. performed research; B.A.C., A.D., G.A.M., and J.T.C. analyzed data; and N.E. and B.A.C. wrote the paper.
The authors declare no conflict of interest.
This article is a PNAS Direct Submission.
This article contains supporting information online at www.pnas.org/cgi/content/full/0908374106/DCSupplemental.
Freely available online through the PNAS open access option.
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